Categoria: Política

  • Apesar do assédio de partidos, Caiado não deve deixar o UB

    Apesar do assédio de partidos, Caiado não deve deixar o UB

    O primeiro dos pré-candidatos e já com data de lançamento da pré-campanha, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) busca fortalecer seu projeto político visando a disputa pela Presidência da República em 2026.

    Um dos primeiros desafios – e talvez o principal deles – é Caiado ser um consenso dentro do próprio partido. Uma ala no União Brasil defende que a legenda, que possui três ministérios na Esplanada, siga na base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apoie a reeleição do petista no ano que vem.

    Um dos defensores que a sigla mantenha o apoio ao atual governo, o ministro do Turismo, Celso Sabino, já declarou que vê a pré-candidatura do governador de Goiás como “um ato isolado”. “É legítimo Caiado querer pleitear esse posto, mas não vejo essa vontade pessoal dele refletida na vontade do conjunto das lideranças do partido. Vejo isso mais como um ato isolado do Caiado. A ampla maioria defende o apoio ao presidente Lula”.

    Diante das divergências internas no União Brasil, surge a questionamento: Caiado deixaria o partido para disputar a eleição por outra legenda? Até o momento, a resposta mais provável é que esse movimento seja improvável.

    Um dos motivos é a ligação histórica do chefe do Executivo estadual com as lideranças do antigo Democratas, partido o qual Caiado fez sua carreira política. Desde 1994, o governador não troca de legenda. Era filiado ao PFL, que se tornou Democratas em 2007 e que se fundiu com o PSL em 2021, fundando o União Brasil. São mais de 30 anos caminhando com a mesma cúpula.

    Além disso, os rumores de uma possível debandada do governador circulam em partidos de menor expressão, como Podemos, PRD e Avante. O PP também seria um dos interessados, e nesse caso, se trata de uma sigla de peso no cenário nacional. Porém, o Progressistas, na iminência de se federar com o próprio União Brasil de Caiado, deve sentar nas mesas de grandes negociações políticas no ano que vem, o que é natural para um partido que compõe o alto escalão do Centrão.

    Uma possível saída de Caiado do União Brasil para concorrer ao Planalto por um partido menor representaria uma derrota para o governador – além de, claro, chances reduzidas de sair vencedor da disputa. No cenário regional, dificilmente o governador perderia seu prestígio em Goiás e o partido que conquistasse o passe político do chefe do Executivo goiano aumentaria de tamanho exponencialmente, porém, Caiado já deixou claro que suas ambições são nacionais.

    Contudo, o caminho natural é que o governador brigue por sua candidatura a cadeira mais cobiçada do país até o momento mais próximo da eleição e lá, caso não encontre força política suficiente, recue por conta própria.

    Até lá, Caiado continuará com sua saga pelo Brasil, que terá início oficial na próxima sexta-feira, 4 de abril, no lançamento de sua pré-candidatura em Salvador, capital da Bahia. Por lá, receberá o título de cidadão baiano, acompanhado do vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, e do correligionário e aliado Bruno Reis, prefeito de Salvador.

    Vale ressaltar que o governador irá enfrentar o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), no próximo dia 8 de abril. Caiado e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), foram condenados em 1ª instância a 8 anos de inelegibilidade e a cassação da chapa que elegeu Mabel, por abuso de poder político. A ação é movida pelo candidato derrotado no 2° turno das eleições para prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), da coligação Goiânia Acima de Tudo (PL/Novo). (Especial para O Hoje)

  • Casa Branca confirma que Trump se reunirá com o presidente do Equador

    Casa Branca confirma que Trump se reunirá com o presidente do Equador

    A Casa Branca confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com seu homólogo equatoriano, Daniel Noboa, que nesta sexta-feira viaja para os EUA em meio à campanha eleitoral equatoriana.

    Um alto funcionário da Casa Branca confirmou à Agência EFE que os dois mandatários se encontrarão, conforme anunciado pelo governo de Noboa, embora não tenha especificado o local exato ou a data do encontro.

    De acordo com a agenda oficial da Casa Branca, Trump viajará hoje para a Flórida com o objetivo de passar o fim de semana em sua residência em Mar-a-Lago, onde às vezes recebe líderes estrangeiros.

    De acordo com um decreto publicado nesta sexta pelo governo equatoriano, Noboa partirá nas próximas horas para atividades oficiais nos EUA.

    O mandatário equatoriano visitará as cidades de Miami e Fort Lauderdale acompanhado de sua ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld, e representantes do Centro de Inteligência Estratégica, entre outras autoridades.

    Noboa espera discutir com Trump, entre outros assuntos, sobre segurança, uma das maiores preocupações dos equatorianos, afetados pelos altos níveis de violência no país.

    A reunião acontecerá em meio à campanha eleitoral do Equador, onde Noboa busca a reeleição para um mandato completo (2025-2029) contra a candidata de oposição Luisa González.

    Noboa, nascido em Miami, nos EUA, foi um dos poucos presidentes latino-americanos convidados para a posse de Trump em janeiro.

    Exame

     

     

  • Em ato esvaziado na Paulista, Boulos provoca família Bolsonaro, e Lindbergh discursa contra anistia

    Em ato esvaziado na Paulista, Boulos provoca família Bolsonaro, e Lindbergh discursa contra anistia

    Em ato esvaziado na Avenida Paulista neste domingo, 30, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e aliados protestaram contra o projeto de lei que anistia os condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Durante o discurso, Boulos afirmou que a base governista vai barrar a proposta na Câmara dos Deputados e provocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu por tentativa de golpe de Estado.

    “O mundo gira e nós ainda vamos ter oportunidade de pegar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e levar a marmita da Cozinha Solidária para ele lá na Papuda”, disse Boulos, em referência ao ex-presidente.

    Também presente no ato, o líder do governo na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), classificou esta semana como decisiva para o futuro do projeto e reforçou que a base do governo está unida para “enterrar de vez” o “PL da Anistia”.

    “Estou ligando para os líderes. Esta vai ser a semana em que nós vamos enterrar esse PL da Anistia. Não vão conseguir, eu digo aqui para vocês. Só de votar estão cometendo um crime. Você sabe que prisão preventiva é para qualquer pessoa que quer atrapalhar uma investigação”, afirmou Lindbergh.

    Também discursaram na manifestação os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP), além dos deputados estaduais de São Paulo Antônio Donato (PT) e Ediane Maria (PSOL).

    A mobilização foi uma resposta à manifestação organizada por Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia no Rio de Janeiro, no dia 16 de março, que teve entre suas principais bandeiras justamente a defesa da anistia aos envolvidos no ataque às sedes dos Três Poderes.

    Manifestantes exibem a frase ‘sem anistia’ em ato da esquerda na Paulista neste domingo, 30 Foto: Werther Santana/Estadão

    O ato foi promovido por entidades ligadas ao PT e ao PSOL. Além de São Paulo, outras sete capitais do País registraram manifestações da esquerda neste domingo: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Belém (PA), São Luís (MA), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

    Na capital paulista, o protesto ocorreu na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, na intersecção da via com a Avenida Bernardino de Campos e a Rua Treze de Maio.

    Os manifestantes seguiram até a sede do antigo Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), principal órgão de repressão política na ditadura miliar.

    Os participantes seguravam cartazes com os dizeres “sem anistia” e em referência a uma eventual prisão de Jair Bolsonaro. Também exibiam bandeiras do Brasil.

    Ato da esquerda na Avenida Paulista contra o PL da Anistia Foto: Werther Santana/Estadão

    O protesto ocorreu também em memória ao golpe militar de 1964, que tomou curso entre os dias 31 de março e 2 de abril. O governo federal decidiu não emitir manifestações oficiais sobre a data.

    De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), e a ONG More in Common, 6,6 mil pessoas estiveram presentes no ato na capital paulista. A contagem foi feita no momento de pico da manifestação, às 15h15, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.

    No método, um drone captou imagens aéreas da multidão e o software analisou automaticamente essas imagens para identificar e marcar as cabeças das pessoas. Utilizando inteligência artificial, o sistema localizou cada indivíduo e calculou quantos pontos correspondiam a pessoas na imagem. Esse processo garantiu uma contagem precisa, mesmo em áreas densas, segundo os responsáveis pelo levantamento.

    O Monitor da USP também realizou a estimativa de público do ato convocado por Bolsonaro na orla de Copacabana no dia 16. A manifestação reuniu 18,3 mil pessoas.

    Antes do ato, na sexta-feira, 28, Boulos minimizou uma possível diferença de público entre as manifestações em Copacabana e na Praça Oswaldo Cruz. Para o deputado federal, importa mais que a esquerda marque presença em atos de rua. “A questão não é o tamanho do público. Nós não podemos deixar as ruas para o bolsonarismo e ficar na defensiva nesta pauta da anistia”, disse o ex-candidato a prefeito de São Paulo.

    Na cidade, a capacidade da esquerda em mobilizar atos de rua foi posta em xeque no ato das centrais sindicais de 1º de maio de 2024. Um evento organizado no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, contou com público reduzido, frustrando a expectativa de que o ato pudesse impulsionar a pré-candidatura de Boulos.

    Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou um pedido de voto em Boulos antecipado, pelo qual foi condenado ao pagamento de uma multa eleitoral. Após o evento, o petista admitiu o público reduzido e o atribuiu a um “ato mal convocado”.

    PL da Anistia

    Um projeto de lei de autoria do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) pretende anistiar “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional” desde o dia 30 de outubro de 2022. Se aprovado, o texto abre brechas para que Bolsonaro seja beneficiado, uma vez que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente esteve à frente de uma tentativa de golpe de Estado que teve os atos de vandalismo à sede dos Três Poderes como ato derradeiro.

    Como mostrou o Placar da Anistia do Estadãomais de um terço da Câmara é favorável a conceder anistia aos presos do 8 de Janeiro. Dos 513 membros da Casa, 424 deram retorno até este sábado, 29: são 192 votos a favor do projeto, 126 contrários e 106 preferiram não responder. O apoio ao projeto é reduzido quando Bolsonaro é incluído no rol de anistiados.

    Os 192 deputados federais favoráveis ao projeto podem levar o texto à votação no plenário da Casa, mas o número não é suficiente para aprovar a medida. Enquanto PL e PT são unânimes em votar a favor e contra o projeto, o Centrão é o fiel da balança e está indefinido. O PSD é o partido mais dividido entre adeptos e opositores do projeto.

    Oposição critica ato na Paulista

    Nas redes sociais, a oposição fez críticas ao ato na Paulista contra o projeto. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), em publicação no X (antigo Twitter), afirmou que “o vazio de Boulos encheu a Paulista de…vazio”.

    “Vazio total. A manifestação de Boulos comprova que o vazio de dentro pode ser visto pelo vazio de fora. Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz, diz o ditado. Nesse caso, é menos. O vazio de Boulos encheu a Paulista de…vazio”, escreveu.

    Na mesma rede social, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou uma foto e comentou sobre o número de pessoas no local. “A esquerda conseguiu fazer uma manifestação tão grande, mas tão grande, que dá pra contar quantas pessoas foram na foto kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eu contei 44 e vocês?”, ironizou.

    Estadão

  • Coreia do Sul está envelhecendo tanto que optou pela solução mais radical: substituir seus idosos por uma retórica preconceituosa com relação à idade

    Coreia do Sul está envelhecendo tanto que optou pela solução mais radical: substituir seus idosos por uma retórica preconceituosa com relação à idade

    Embora esse não seja exatamente o problema que tira o sono das nossas políticas públicas no momento, a questão do envelhecimento populacional promete nos impactar mais cedo ou mais tarde. Em países onde isso já acontece de forma mais intensa, como a Coreia do Sul, a situação dos número de idosos se tornou tão crítica que já se fala em “superenvelhecimento” da população – uma forma sutil como o tema é tratado, mas que não para por aí.

    Atualmente, 20% da população sul-coreana tem mais de 65 anos, e a taxa de natalidade caiu para 0,75 filho por mulher após oito anos consecutivos de declínio. Estimativas apontam que, até 2050, mais de 40% dos habitantes do país serão idosos. A menos, é claro, que o debate que os sul-coreanos iniciaram sobre esse conceito continue evoluindo.

    A Coreia do Sul enfrenta o problema do superenvelhecimento

    O envelhecimento da população sul-coreana apresenta três grandes desafios. O primeiro, e mais óbvio, é a sustentabilidade do país com um número crescente de idosos e uma força de trabalho insuficiente para atender às demandas do mercado. Sem jovens para substituir os trabalhadores que se aproximam da aposentadoria, a economia pode entrar em colapso.

    O segundo desafio envolve o sistema de previdência. Atualmente, a Câmara de Comércio e Indústria da Coreia estima que haja 10 milhões de idosos no país, mas esse número pode dobrar até 2050. “Excluindo os 10 milhões de menores, os 2 milhões restantes terão que sustentar os idosos”, destaca a projeção. Não é preciso ser um gênio da matemática para perceber o quão preocupante é essa situação.

    O terceiro e mais alarmante problema é a pobreza na terceira idade. A Coreia do Sul tem a maior taxa de pobreza entre idosos da OCDE. Em 2018, 43,4% das pessoas com mais de 66 anos viviam abaixo da linha da pobreza – um número expressivo quando comparado a países como França (4,1%) e Alemanha (10,2%). Até mesmo o Japão, que enfrenta um problema semelhante de baixa natalidade, apresenta uma taxa menor, de 19,6%.

    Diante desse cenário, a Coreia do Sul adotou uma solução tão surreal quanto estratégica: redefinir o conceito de “idoso”. Agora, os cidadãos não serão mais considerados idosos aos 60 anos, mas apenas aos 74. A mudança, aparentemente simples, consiste em classificar como adultos aqueles que antes eram vistos como idosos. E, por mais absurda que pareça à primeira vista, essa solução já tem impacto nos dados oficiais.

    A tecnologia como aliada na crise do envelhecimento

    Independentemente da opinião sobre essa medida, a realidade é clara: a Coreia do Sul não pode sustentar toda a sua população idosa com um número cada vez menor de jovens. Aumentar impostos ou contribuições trabalhistas para manter o sistema como está não parece viável, tanto por questões de justiça intergeracional quanto pela iminência de um colapso financeiro.

    Mas, felizmente, o avanço da tecnologia também trouxe novas soluções. O progresso na medicina, impulsionado por ferramentas como a inteligência artificial, não só promete ampliar ainda mais a expectativa de vida, mas também melhorar as condições de saúde na terceira idade.

    Além disso, países como Suécia e Holanda já implementaram modelos de aposentadoria parcial, permitindo que idosos continuem trabalhando em empregos menos exigentes e em meio período. Essa abordagem reduz os custos da previdência e mantém os mais velhos economicamente ativos por mais tempo.

    Ainda há muito a ser feito. Se a inteligência artificial já consegue resolver problemas médicos em 48 horas – algo que antes exigia anos de estudo –, talvez estejamos subestimando seu potencial para aprimorar a gestão da previdência e criar soluções mais eficazes para o envelhecimento populacional.

    Talvez esse seja um dos preços do progresso. Mas, ainda que a tecnologia nos ajude a viver mais e melhor, parece cada vez mais certo que a ideia de aposentadoria como um período de descanso prolongado será repensada. A grande questão agora é: até que ponto a tecnologia poderá ajudar a tornar esses últimos anos mais dignos – tanto na Coreia do Sul quanto no resto do mundo?

    Fonte: Minha Vida

  • Câmara aprova dois acordos internacionais; propostas vão agora ao Senado

    Câmara aprova dois acordos internacionais; propostas vão agora ao Senado

    O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (27) dois projetos de decreto legislativo que tratam de acordos internacionais. Todas as propostas seguirão agora para análise do Senado.

    Foram aprovados:

    • PDL 478/23, relatado pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), com o texto atualizado em 2010 da Convenção Internacional sobre Padrões de Instrução, Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos, adotada pelo Brasil; e
    • PDL 311/24, relatado pelo deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), com acordos entre Brasil e Colômbia para eliminar nos dois países a dupla tributação e para prevenção de evasão ou elisão fiscal, assinados em 2022.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • “Putin vai morrer em breve”, diz Zelensky em entrevista

    “Putin vai morrer em breve”, diz Zelensky em entrevista

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que o líder da Rússia, Vladimir Putin, morrerá em breve. A declaração foi feita durante uma entrevista para a emissora de TV francesa Eurovision, na noite de quarta-feira (26/3).

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que o líder da Rússia, Vladimir Putin, morrerá em breve. A declaração foi feita durante uma entrevista para a emissora de TV francesa Eurovision, na noite de quarta-feira (26/3).

    A fala do representante da Ucrânia foi feita após rumores de que Putin estaria com problemas de saúde, incluindo relatos de derrames, câncer ou até mesmo parkinson. As especulações, no entanto, nunca foram confirmadas.

    Antes da entrevista, Zelensky teve um encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris, para preparar uma reunião que discutirá os rumos da guerra na Ucrânia. “A Europa sabe como se defender. Temos que provar isso”, compartilhou Zelensky na manhã de quinta-feira (27/3), nas redes sociais.

    Em outra publicação, o presidente da Ucrânia afirmou que a Rússia é responsável por prolongar a guerra. “A Rússia mata pessoas todos os dias e prolonga esta guerra. A proposta dos EUA para um cessar-fogo incondicional está na mesa há meio mês. É necessária pressão sobre a Rússia para salvar vidas e fazer com que a diplomacia funcione de forma mais rápida e eficaz. Sem pressão sobre a Rússia, não haverá resultado.”

    Zelensky também agradeceu à França por ajudar a Ucrânia a se defender contra os ataques russos. “Os ‘mirages’ — aeronaves de combate fabricadas na França — tiveram um desempenho muito bom. Obrigado especialmente por eles — eles já se tornaram parte do nosso escudo aéreo e nos ajudam a nos defender principalmente”, compartilhou.

    Correio Braziliense

  • Com Bolsonaro réu, deputados do PL mantêm pressão para pautar anistia ao 8/1

    Com Bolsonaro réu, deputados do PL mantêm pressão para pautar anistia ao 8/1

    Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantêm prioridade para pautar a anistia aos envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023 e defendem discutir a proposta com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na próxima semana.

    O encontro deve ocorrer na manhã da próxima terça-feira (1º), com a demanda dos parlamentares para conseguir algum avanço ligado ao texto. O PL quer tentar ao menos que o projeto ganhe regime de urgência — o que dispensaria a análise da proposta por comissões —, com intenção de se chegar a um acordo entre líderes para votação do requerimento em 8 de abril.

    O projeto, apontado como a prioridade número 1 por líderes do partido, ganha agora mais apelo dentro da legenda após o ex-presidente ter se tornado réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado.

    Na última reunião da legenda, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou ter o apoio de outros nove partidos ao texto e estimou um placar de 310 votos.

    Nessa quarta-feira (26), em declaração à imprensa depois do resultado do STF, Bolsonaro fez coro pela anistia. “Eu quero tirar as pessoas da cadeia porque isso é uma injustiça. Ninguém tentou dar um golpe. Olha o perfil dessas pessoas, elas tinham condições de assumir?”, questionou. “Anistia é perdão, é passar borracha, é fazer o Brasil voltar a sua normalidade”, acrescentou.

    Em outra frente, parlamentares governistas avaliam que não será fácil fechar um acordo em relação ao texto e consideram que a insistência com a pauta da anistia pode provocar um desentendimento com o STF, dado que a corte ainda não concluiu todas as etapas de julgamento do 8 de Janeiro.

    “Votar anistia é comprar uma briga do tamanho do mundo com o Supremo. É desmoralizar o Supremo. Não votar, estabelece um canal de diálogo”, afirma o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).

    PL entra em obstrução

    Nessa quarta, Sóstenes anunciou que a bancada do PL na Câmara vai entrar em regime de obstrução como forma de protesto ao julgamento do STF contra Bolsonaro.

    R7

  • Banco Central revisa projeção de crescimento do PIB de 2025, de 2,1% para 1,9%

    Banco Central revisa projeção de crescimento do PIB de 2025, de 2,1% para 1,9%

    O Banco Central revisou a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2025, de 2,1% para 1,9%. Os números constam do Relatório de Política Monetária de março, publicado nesta quinta-feira (27) pela autarquia. A previsão está abaixo da mediana do último relatório Focus, que indicava crescimento de 1,98% para a economia este ano.

    A mudança incorpora novas projeções para o PIB agropecuário (4% para 6,5%), de serviços (1,9% para 1,5%) e industrial (2,4% para 2,2%). Pelo lado da demanda, a autarquia ajustou as previsões para o consumo das famílias (2,4% para 1,5%), formação bruta de capital fixo (2,9% para 2%), além das importações e exportações (2,5% para 4% em ambos os casos). A projeção para o consumo do governo foi mantida em 1,9%.

    “Dadas as projeções atualizadas, as contribuições da demanda interna e do setor externo para a evolução do PIB em 2025 são estimadas em 1,9 ponto porcentual e zero ponto, ante 5,2 ponto e -1,8 ponto em 2024″, informou o BC.

    Inflação

    No documento, o BC informou que não vê convergência do IPCA, a inflação oficial do país, para o centro da meta de 3% até pelo menos o terceiro trimestre de 2027. “Nas projeções do cenário de referência, a inflação continua acima do limite do intervalo de tolerância ao longo de 2025, começando a cair a partir do quarto trimestre, mas ainda permanecendo acima da meta”, considerou a autoridade monetária.

    Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres fica na faixa de 5,5% a 5,6% nos três primeiros trimestres de 2025, cai para 5,1% no final do ano 3,7% em 2026 e 3,1% no último período considerado, referente ao terceiro trimestre de 2027.

    No horizonte relevante de política monetária, considerado como sendo o terceiro trimestre de 2026, a inflação projetada é 3,9%. A projeção para a inflação cheia de 2025, de 5,1%, já havia sido divulgada no comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada.

    Considerando as projeções mensais, o BC destacou que a inflação acumulada em 12 meses fica acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta por seis meses consecutivos em junho deste ano. “No caso de concretização desse cenário, se caracterizará descumprimento da meta para a inflação e será necessária a publicação das razões desse descumprimento por meio de nota neste Relatório e de carta aberta ao Ministro da Fazenda”, lembrou a autoridade monetária.

    O detalhamento das projeções do BC é a seguinte, sempre considerando o IPCA em 12 meses: 5,6% no fim do primeiro trimestre de 2025; 5,5% no segundo e 5,6% no terceiro. No primeiro trimestre do ano que vem a estimativa é de 4,3% e, do segundo, de 4,2%. Para o terceiro, a taxa esperada é de 3,9% e, para o fim do ano, de 3,7%. No primeiro trimestre de 2027, o IPCA deve ficar em 3,4%, cedendo para 3,3% no segundo e atingindo 3,1% no terceiro, que é o último número da série.

    Estouro do teto da meta

    O Banco Central aumentou a estimativa da probabilidade de a inflação ficar acima do teto da meta, de 4,5%, em 2025, de 50% para 70%. A probabilidade de o IPCA ficar abaixo do piso, de 1,5%, passou de 1% para nula.

    A partir deste ano, a meta de inflação passou a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. O centro da meta continua em 3%, com uma margem de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

    A chance de a inflação de 2026 superar o teto da meta foi revista de 26% para 28%, enquanto a probabilidade de ficar abaixo do piso foi mantida em 6%.

    R7

  • ‘Morrer em paz’: o desabafo do médico de Papa Francisco sobre estado de saúde crítico do pontífice

    ‘Morrer em paz’: o desabafo do médico de Papa Francisco sobre estado de saúde crítico do pontífice

    Papa Francisco recebeu alta hospitalar no último domingo (23), após 38 dias internado por problemas respiratórios. No entanto, há quase um mês, o pontífice viveu momentos críticos e os profissionais de saúde chegaram a cogitar interromper o tratamento para que ele “pudesse morrer em paz”. Quem conta a informação é o médico Sergio Alfieri, em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Serra.

    “Tivemos que escolher entre parar e deixá-lo ir, ou forçá-lo e tentar todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o risco muito alto de danificar outros órgãos. No final nós tomamos esse caminho”, relata o médico.

    Sergio se refere ao episódio do dia 28 de fevereiro, quando Francisco sofreu uma crise isolada de broncoespasmo. O papa teve um episódio de vômito com inalação, o que agravou o quadro respiratório. Ele iniciou uma ventilação mecânica não invasiva e respondeu bem à troca de gases.

    O médico relata que todo esse processo aconteceu com Francisco consciente. “Mesmo quando sua condição piorou, ele estava totalmente consciente. Aquela noite foi terrível. Ele sabia, assim como nós, que talvez não sobrevivesse àquela noite. Vimos que estava sofrendo. Mas desde o primeiro dia ele nos pediu para lhe contar a verdade”, lembra o doutor.

    Alfieri ainda destaca o bom humor e o pensamento positivo do religioso. “Ele costuma dizer: ‘Ainda estou vivo’. ‘Não se esqueça de viver e manter o bom humor’. Ele tem um corpo cansado, mas a mente é a de um homem de 50 anos”, elogiou.

    COMO ESTÁ PAPA FRANCISCO HOJE?

    Francisco foi acometido por uma pneumonia bilateral, que já está curada após os quase 40 dias de tratamento. Agora, o papa deve ficar dois meses em repouso e tomar uma série de cuidados. Com a voz afetada, ele terá que passar por tratamentos de fisioterapia respiratória e exercícios de fala.

    Aos poucos, Francisco poderá retomar a agenda de trabalhos, no entanto, uma das principais recomendações é que ele se afaste de encontros, especialmente, com grandes grupos. O objetivo é evitar contato com novos vírus, além de não se submeter a atividades de grande esforço. Os médicos destacam que, apesar de curado da pneumonia bilateral, ele ainda traz alguns vírus em seu pulmão.

    Purepeople Brasil
  • Da carne bovina aos aviões: os objetivos da comitiva de Lula no Japão

    Da carne bovina aos aviões: os objetivos da comitiva de Lula no Japão

    A comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que viajou ao Japão tem celebrado os resultados das interações com autoridades políticas e empresários do país. Nessa terça-feira (25), cerca de 200 empresários brasileiros tiveram uma reunião com o grupo diplomático.

    Entre as metas do governo brasileiro está a abertura do mercado de carne bovina e suína. Existe uma perspectiva de que, ao ampliar a venda desses itens, possa inclusive baixar o preço da carne no Brasil.

    A conta se deve ao fato de que uma ampliação das vendas fortaleceria a pecuária brasileira. A leitura das autoridades brasileiras do Comércio Exterior é de que, como o brasileiro valoriza mais a parte traseira do boi e o japonês à parte dianteira, uma ampliação do comércio favoreceria a rentabilidade do setor, potencialmente diminuindo preços.

    Mas o objetivo não para neste item. Há ainda representantes de vários outros setores, como o etanol. Representantes da Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e da Raízen, uma das maiores produtoras do país, estão envolvidos nas negociações.

    Nessa quarta-feira (26), um acordo foi fechado para a compra de 15 aviões da brasileira Embraer pelo grupo japonês All Nippon Airways (ANA). O produto, de altíssimo valor agregado, contribuirá com a estratégia brasileira.

    Em entrevista à CNN, o presidente da Agência Brasileira para a Promoção das Exportações (Apex), Jorge Viana, destacou que, há cerca de dez anos, o fluxo comercial dos países vem caindo.

    O volume de negócios, que era de US$ 17 bilhões em 2011, hoje está em cerca de US$ 10 bilhões por ano.“Um dos objetivos principais da viagem é atrair investimentos para o Brasil. Estamos dialogando com marcas como a Toyota e o grupo Mitsui.

    Vamos ter a Expo Mundial, em Osaka, no mês de abril, com o Pavilhão Brasil, para mostrar o potencial que temos de ampliar as nossas relações comerciais, especialmente de itens manufaturados”, diz Viana.

    A próxima parada da comitiva de Lula é o Vietnã, parceiro comercial que vem estreitando relações comerciais com o Brasil nos últimos anos.

    Os dois países fazem parte de um grupo de quatro parceiros comerciais que estão na mira de uma força-tarefa de órgãos que une o Ministério de Indústria e Comércio, Ministério da Agricultura, Itamaraty e Apex.

    “Traçamos quatro mercados em potencial: Vietnã, Japão, Coreia do Sul e Turquia. Só com o Japão são 130 anos de relação bilateral”, diz Viana.

    Veja abaixo os principais itens exportados e importados na relação entre o Brasil, Japão e Vietnã. Os dados se referem ao ano de 2024 e são da plataforma ComexStat, do governo federal.

    Exportações para o Japão (11° maior parceiro comercial)

    total em 2024: US$ 5,5 bilhões

    1. Carnes (aves e miúdos): US$ 1,1 bi
    2. Minério: US$ 1 bi
    3. Café e chá: US$ 563 mi
    4. Cereais: US$ 515 mi
    5. Alumínio: US$ 387 mi

    Importações do Japão (10° maior parceiro comercial)

    total em 2024: US$ 5,4 bilhões

    1. Reatores nucleares, caldeiras e máquinas: US$: 1,2 bi
    2. Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios: US$ 1,2 bi
    3. Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: US$: 719 mi
    4. Instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia, de cinematografia e aparelhos médico-cirúrgicos: US$ 448 mi
    5. Produtos químicos orgânicos: US$ 291 mi

    Exportações para o Vietnã (18° maior parceiro comercial)

    total em 2024: US$ 4 bilhões

    1. Cereais: US$ 1,2 bi
    2. Algodão: US$ 1 bi
    3. Sementes e frutos oleaginosos: US$ 495 mi
    4. Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais: US$ 427 mi
    5. Café e chá: US$ 156 mi

    Importações do Vietnã (14° maior parceiro comercial)

    total em 2024: US$ 3,6 bilhões

    1. Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: US$ 1,8 bi
    2. Reatores nucleares, caldeiras, máquinas: US$ 392 mi
    3. Borracha: US$ 351 mi
    4. Sapatos: US$ 224 mi
    5. Peixes e frutos do mar: US$ 136 mi

    CNN