Categoria: Política

  • Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, morre aos 77 anos

    Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, morre aos 77 anos

    O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu nesta quarta-feira, 26, aos 77 anos de idade. O político estava afastado do cargo desde 3 de janeiro, quando foi internado no hospital Mater Dei, na capital mineira, devido a um quadro de pneumonia. Na noite de terça-feira, 25, Noman teve o quadro agravado após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

    O que causou a morte

    Reeleito no segundo turno do pleito de 2024 em uma disputa contra Bruno Engler (PL), Noman passou por várias internações depois apresentar um quadro de pneumonia e sinusite desde 10 de dezembro de 2024.

    Nessa última internação, ele precisou ser reanimado, porém, evoluiu com choque cardiogênico necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas. O prefeito estava em estado grave.

    Em novembro de 2024, Fuad passou por outro processo de internação em função de dores nas pernas – efeito colateral do tratamento bem-sucedido contra um câncer linfático. Poucos dias após receber alta, ele voltou ao hospital, dessa vez para tratar dos problemas respiratórios.

    Desde o dia 10 de dezembro, o político teve alta, foi internado novamente em 19 de dezembro por um quadro de diarreia, desidratação e sangramento intestinal, deixou o hospital e retornou mais uma vez no dia 3 de janeiro, quando foi entubado, sendo extubado três dias depois, mas precisando voltar para respiração mecânica em 9 de janeiro.

    Fuad Noman havia conquistado o título de prefeito mais velho das capitais nas eleições de 2024. Ele se elegeu enquanto terminava o tratamento do câncer – que estava em processo de remissão desde outubro. O mineiro deixa a esposa, Mônica Drummond, dois filhos e quatro netos.

    Quem era Fuad Noman

    Fuad Jorge Noman Filho nasceu em Belo Horizonte. Graduado em economia, ingressou no poder público como secretário-executivo da Casa Civil, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1996. Foi secretário estadual de Transporte e Obras de Minas Gerais nas gestões dos tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia e, em 2017, assumiu a Secretaria da Fazenda da capital mineira.

    Chefe da Fazenda durante o primeiro mandato de Alexandre Kalil (PSD), até 2020, disputou a eleição como vice do incumbente, reeleito ainda em primeiro turno. Assumiu a prefeitura em março de 2022, quando o titular deixou o cargo para se candidatar ao governo do estado — foi derrotado por Romeu Zema (Novo) — e, desde então, trocou secretários e deu novo rumo à gestão.

    Diagnosticado com câncer, decidiu concorrer à reeleição e enfrentou um início difícil de campanha, com Kalil apoiando Mauro Tramonte (Republicanos, derrotado no primeiro turno), e abrindo críticas ao sucessor. Se recuperou na corrida ao se associar à centro-esquerda e encampar uma forte campanha de “voto útil” ainda na primeira votação, diante da fragilidade das candidaturas de PT e PDT na cidade.

    Álvaro Damião, que assume a prefeitura de BH com a morte de Fuad Noman

    Prefeitura de Belo Horizonte
    Álvaro Damião (União Brasil) assumiu a prefeitura de Belo Horizonte com a morte de Fuad Noman (PSD) Foto: Prefeitura de Belo Horizonte

    O vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião (União Brasil), de 54 anos, assumiu em definitivo a Prefeitura da capital mineira nesta quarta-feira, 26.

    O político já ocupava o cargo mais alto do executivo no município interinamente desde a sexta-feira, 3 de janeiro, quando Noman foi internado.

    Damião foi eleito vice de Belo Horizonte nas eleições municipais de 2024 e leu o discurso do companheiro de chapa na cerimônia de posse, realizada em 1º de janeiro de 2025, já que o prefeito participou de forma virtual por recomendação médica.

    Álvaro Damião nasceu em 27 de setembro de 1970 e cresceu no bairro Concórdia, na região Nordeste de Belo Horizonte. O político atuou por 25 anos como repórter e apresentador da Rádio Itatiaia, cobrindo cinco Copas do Mundo, duas Olimpíadas e outros eventos esportivos nacionais e internacionais.

    Damião também foi apresentador de programas esportivos na TV Alterosa, afiliada ao SBT, além de passagem pela Record. Em 2014, o jornalista criou uma organização não governamental chamada Bacana Demais para crianças, jovens e idosos para promover atividades esportivas, culturais, educacionais, da cidadania e do meio ambiente.

    O jornalista entrou para a vida política em 2017, quando foi eleito para o primeiro mandato como vereador de Belo Horizonte, sendo reeleito em 2020 com 13 mil votos e se tornando vice de Fuad na disputa pela Prefeitura da capital mineira em 2024.

  • Cármen Lúcia interrompe Zanin em retomada de julgamento contra Bolsonaro

    Cármen Lúcia interrompe Zanin em retomada de julgamento contra Bolsonaro

    A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, interrompeu o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, no início da sessão de retomada, desta quarta-feira (26), do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apura uma tentativa de golpe durante e depois das eleições de 2022. Ela lembrou Zanin que a ata da sessão ainda não tinha sido lida antes do início do julgamento. O presidente da Primeira Turma agradeceu o lembrete da ministra. Ocorrência se deu durante o julgamento do STF para definição de aceitação ou não do processo do “Golpe” de Bolsonaro e envovidos.

    CNN

  • Imprensa internacional repercute julgamento de denúncia contra Bolsonaro

    Imprensa internacional repercute julgamento de denúncia contra Bolsonaro

    O início do julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado foi noticiado em veículos da imprensa internacional nesta terça-feira, 25. BBCEl PaísThe Washington Post e La Nación foram alguns dos que registraram a abertura das sessões.

    Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não entraram no mérito de se há elementos suficientes para abrir uma ação penal contra Bolsonaro e seus aliados. O julgamento será retomado nesta quarta-feira, 26, às 9h30.

    O primeiro dia foi dedicado a acusação, feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, defesas dos acusados e análise pelos ministros das questões preliminares, que são de natureza processual.

    Além do ex-presidente, integram o primeiro núcleo de denunciados: Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid.

    The Washington Post (Estados Unidos)

    O americano The Washington Post reportou que a Suprema Corte brasileira vai decidir se Bolsonaro será criminalmente julgado e que o primeiro dia de julgamento terminou sem definição.

    O jornal o descreveu como “um ex-oficial militar conhecido por expressar nostalgia pelo período de ditadura militar do País”, que “desafiou abertamente o sistema judicial brasileiro durante seu mandato, entre 2019 e 2022?.

    The Washington Post noticiou que a Suprema Corte brasileira vai decidir se Bolsonaro será criminalmente julgado Foto: Reprodução

    El País (Espanha)

    O espanhol El País noticiou que Bolsonaro está “a um passo do banco de réus” e escreveu perfis sobre os cinco ministros da Primeira Turma.

    Alexandre de Moraes foi descrito como “o juiz estrela do momento, o mais poderoso do Brasil e o pior pesadelo do bolsonarismo”. A ministra Cármen Lúcia foi apresentada como “dura nos casos penais”.

    O jornal destaca que a defesa do ex-presidente pediu a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

    El País noticiou que Bolsonaro está ‘a um passo do banco de réus’ Foto: Reprodução

    La Nación (Argentina)

    O argentino La Nación diz que Bolsonaro “surpreendeu ao chegar para acompanhar o início do processo”, e chamou o comparecimento de uma “estratégia para reforçar sua imagem de mártir político”.

    A reportagem também enfatizou uma publicação do ex-presidente no X (antigo Twitter), em que ele ironiza o ministro Alexandre de Moraes usando jogo das eliminatórias da Copa do Mundo entre Brasil e Argentina, marcado para esta terça-feira.

    “Brasil e Argentina em campo hoje às 21h no Monumental de Núñez. Vamos torcer pelos nossos garotos voltarem com a vitória. Já no meu caso, o juiz apita contra antes mesmo do jogo começar… Ainda é o VAR, o bandeirinha, o técnico e o artilheiro do time adversário; tudo numa pessoa só“, escreveu.

    Argentino La Nación diz que Bolsonaro ‘surpreendeu ao chegar para acompanhar o início do processo’ Foto: Reprodução

    BBC (Reino Unido)

    BBC citou que, depois do inquérito de 884 páginas, da Polícia Federal, que apurou que Bolsonaro estava efetivamente ciente da trama golpista e agiu nela, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, atribuiu a ele na denúncia da PGR a liderança da organização criminosa que a teria orquestrado.

    O plano para envenenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e matar o ministro Alexandre de Moraes, apontando pelas investigações, também é mencionado no texto do veículo de imprensa. A reportagem destaca que Moraes é um dos cinco ministros que decidirá o futuro da denúncia.

    BBC destaca início do julgamento que vai decidir se Bolsonaro vira réu ou não Foto: Reprodução
    Estadão
  • Médicos cogitaram suspender tratamento e deixar papa Francisco morrer

    Médicos cogitaram suspender tratamento e deixar papa Francisco morrer

    O médico Sergio Alfieri, chefe da equipe que cuidou do papa Francisco no Hospital Gemelli, em Roma, disse nesta terça-feira, 25, em entrevista ao jornal Corriere Della Sera, que no momento mais crítico do tratamento do pontífice, foi cogitado suspender o tratamento e deixar Francisco morrer, uma vez que ele estava sofrendo bastante.

    “Tivemos que escolher entre parar e deixá-lo ir ou forçá-lo e tentar todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o risco muito alto de danificar outros órgãos. E no final nós tomamos esse caminho”, revelou Alfieri.

    De acordo o médico, a pior noite foi em 28 de fevereiro, quando o papa sofreu uma crise respiratória com vômitos. “Pela primeira vez vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas ao seu redor.” Segundo ele, o pontífice estava totalmente consciente durante todo o processo.

    “Estávamos saindo do período mais difícil, enquanto o papa Francisco comia ele teve uma regurgitação e inalou. Foi o segundo momento realmente crítico porque nesses casos – se não forem socorridos prontamente – há risco de morte súbita, além de complicações nos pulmões, que já eram os órgãos mais comprometidos. Foi terrível, realmente achamos que não conseguiríamos.”

    Alfieri também explicou que o papa delegou as decisões a seu assistente médico pessoal, Massimiliano Strappetti, em quem tem total confiança. “Strappetti nos disse: tente de tudo, não desista e ninguém desistiu”, disse Alfieri.

    Francisco continua o seu tratamento, que inclui remédios e fisioterapias, especialmente a reabilitação respiratória “para recuperar totalmente o uso da respiração e da fala”, disse o Vaticano aos jornalistas, sem especificar quando o papa fará a sua próxima aparição pública.

    Após 38 dias de internação por pneumonia bilateral, ele regressou no domingo à Casa de Santa Marta, residência onde vive. O papa concelebra a missa na capela localizada no segundo andar do edifício, mas nos últimos dois dias não recebeu visitantes “além dos seus colaboradores mais próximos”, disse o Vaticano.

    Francisco não presidirá a tradicional audiência geral semanal nesta quarta-feira, 26, e o texto da sua catequese será transmitido por escrito, informou o Vaticano, observando que “provavelmente” também não estará presente na oração do Angelus no próximo domingo, 30.

    primeira aparição pública desde a sua internação, no dia 14 de fevereiro, foi no último domingo, quando Jorge Mario Bergoglio apareceu debilitado e com a voz frágil, cumprimentando a multidão da varanda do hospital./Com informações da AFP e Corriere Della Sera

  • Nunes Marques pede vista, e julgamento de Carla Zambelli é suspenso

    Nunes Marques pede vista, e julgamento de Carla Zambelli é suspenso

    O ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu vista no processo contra Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Mesmo após a solicitação, o ministro Cristiano Zanin antecipou o voto e seguiu a avaliação do relator do caso, Gilmar Mendes, que votou a favor da condenação, da perda do mandato da parlamentar, da revogação de sua autorização para porte de armas e da entrega da arma apreendida ao Comando do Exército. Os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino também acompanharam o relator.

    Com o pedido de vista de Nunes Marques, o julgamento será suspenso, mas continua sendo analisado no plenário virtual, onde os ministros registram seus votos no sistema eletrônico do STF. Já se algum ministro pedir destaque, o julgamento é transferido ao plenário físico.

    Assim como Zanin, que antecipou seu voto pela perda de mandato de Carla Zambelli, outros ministros podem fazer o mesmo. Além de adiantar, os magistrados podem mudar o voto. As movimentações podem ocorrer até o dia 28, as 23h59. Até o momento, o placar está em 5 a 0 pela condenação.

    O caso se refere a outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, quando Zambelli se envolveu em uma discussão com um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma rua de um bairro nobre de São Paulo.

    A Procuradoria-Geral da República denunciou a deputada por dois crimes: porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com arma de fogo. O porte ilegal de arma ocorre quando alguém porta uma arma sem a devida autorização, o que é considerado crime pelo Estatuto do Desarmamento, com pena de 2 a 4 anos de prisão.

    Já o constrangimento ilegal acontece quando alguém é forçado a não fazer o que a lei permite ou a fazer o que ela não manda, por meio de violência ou ameaça, especialmente com o uso de arma de fogo. Neste caso, a pena inicial é de 3 meses a 1 ano, sendo dobrada se a arma for utilizada.

    Além da condenação no STF, Zambelli também teve seu diploma de deputada federal cassado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) em janeiro, tornando-a inelegível por 8 anos. A ação foi movida pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que acusou Zambelli de abuso de poder político e de disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022.

    O julgamento no STF também aborda a atitude de Zambelli em desrespeitar uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que proibia o porte de armas e munições por CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) nas 24 horas antes e depois das eleições. A parlamentar ainda pode recorrer ao TSE quanto à cassação de seu diploma.

    R7

  • Por reajuste de servidores, Orçamento 2025 deve ser sancionado antes de abril

    Por reajuste de servidores, Orçamento 2025 deve ser sancionado antes de abril

    Interlocutores afirmam que a intenção de Lula é que a sanção do orçamento 2025 aconteça a tempo de garantir o reajuste no próximo mês

    O presidente Lula pretende garantir que o reajuste dos salários dos servidores públicos aconteça no próximo mês. Para isso, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, aprovada na última semana pelo Congresso Nacional, precisa ser sancionada ainda nos últimos dias de março. Com Lula em viagem ao Japão e Vietnã, a sanção pode ser feita pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin.

    O esforço do Executivo está no leque de medidas para tentar reverter a queda de popularidade. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, técnicos já estão debruçados sobre a peça orçamentária, analisando possíveis vetos.

    Caso o orçamento não seja sancionado até o fim deste mês, o reajuste dos servidores públicos ficará para maio. A não aprovação do orçamento durante os primeiros meses do ano obrigou o governo a trabalhar com recursos limitados, suficientes apenas para manter a máquina pública.

    Superávit

    Após alterações no texto, a LOA foi aprovada com superávit de R$ 15 bilhões, acima da expectativa do governo, que havia enviado a proposta com superávit de cerca de R$ 3 bilhões. Porém, confirmar esse resultado, enxergado como um aceno à responsabilidade fiscal, ainda depende da execução do orçamento durante o ano: se o governo vai cortar ou aumentar gastos.

    A tendência é de aumento e que o resultado seja alterado, principalmente com o esforço do governo de entregar programas e promessas para reverter a queda de popularidade em ano pré-eleitoral.

    O orçamento aprovado também autoriza o governo a remanejar 30% de R$ 115 bilhões, o equivalente a R$ 34 bilhões. O montante abre espaço para o governo financiar os R$ 12 bilhões que faltam para o programa Pé de Meia por meio de remanejamento. Ou seja, por Portaria, sem obrigatoriedade de enviar projeto (PLN) ao Congresso Nacional. Na prática, a possibilidade diminui a dependência do Executivo em relação ao Legislativo.

    Também há possibilidade de remanejamento de 25% dos R$ 61 bilhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

    R7/Blog da Farfan

  • Associação Brasileira de Municípios (ABM) elege nova diretoria

    Associação Brasileira de Municípios (ABM) elege nova diretoria

    Associação Brasileira de Municípios (ABM) realizará, nesta terça-feira (25), a eleição de sua nova diretoria. O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, deverá assumir a presidência da entidade, compondo uma chapa única que será eleita por aclamação. O evento contará com a presença de prefeitos/as e parlamentares de diversas regiões do Brasil, além da ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que reforçará a importância do diálogo entre os gestores municipais e o governo federal.

    Quaqua foto clarildo
    Prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT) foto: Clarildo Menezes

    O novo presidente sucederá o ex-prefeito de São Leopoldo/RS, Ary Vanazzi, que recentemente ganhou destaque nacional pelas ações eficazes no enfrentamento e mitigação dos efeitos das enchentes que atingiram o município.

    A eleição marca um momento estratégico para os municípios brasileiros, com a proposta de colocá-los no centro do debate nacional. Quaquá, entusiasmado com o desafio, destacou: “Quero ajudar o governo a formular políticas públicas que fortaleçam o papel dos municípios na federação. Vamos promover um amplo debate sobre os rumos do país a partir da realidade dos municípios, onde, na verdade, as pessoas vivem.”

    Além da eleição, a ABM prepara uma agenda comemorativa para o seu 80º aniversário, que será celebrado em 15 de março de 2026, e uma série de seminários regionais a serem realizados em diferentes partes do país. O objetivo é reunir prefeitos e gestores municipais para ouvir demandas locais e construir propostas integradas de atuação. A primeira rodada de encontros está prevista para o primeiro semestre de 2025.

    Serviço:
    Evento: Eleição da nova diretoria da Associação Brasileira de Municípios (ABM)
    Data: Terça-feira, 25 de outubro
    Local: Sede da ABM, em Brasília
    Horário: 9h

    Presenças confirmadas:

    • Ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República;
    • Prefeito de Maricá, Washington Quaquá (candidato à presidência da ABM);
    • Ex-prefeito de São Leopoldo/RS, Ary Vanazzi, atual presidente da ABM;
    • Prefeitos e parlamentares de diversas cidades brasileiras.
  • “Para ser viável, Caiado precisa do apoio de Bolsonaro”, diz Ciro Nogueira

    “Para ser viável, Caiado precisa do apoio de Bolsonaro”, diz Ciro Nogueira

    No momento em que o Progressistas (PP) e o União Brasil fazem os acertos finais para formar uma federação, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, disse à CNN que o apoio à candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não está garantido.

    “Para ser viável, o Caiado precisa do apoio do Bolsonaro. O governador precisa do aval do ex-presidente para consolidar sua candidatura”, disse Nogueira.

    Pelas regras do instituto da Federação, os partidos são obrigados a caminhar juntos no Congresso e nas eleições por um período de quatro anos a partir da formalização da aliança.

    O União Brasil planeja lançar Caiado à Presidência no dia 4 de abril, em um evento em Salvador, com toda a cúpula e quadros da sigla.

    CNN

  • A volta do Papa Francisco após internação e 2 crises em que sua vida com risco

    A volta do Papa Francisco após internação e 2 crises em que sua vida com risco

    Após 37 dias de internação, o papa Francisco recebeu alta do hospital Gemelli de Roma neste domingo (23/3), informou o Vaticano.

    Antes da liberação médica, o líder religioso de 88 anos apareceu em uma janela do hospital e acenou cumprimentos a fiéis. Pouco depois, ele apareceu novamente, dessa vez de alta hospital.

    Com um aceno, o pontífice disse ‘Obrigado a todos’ para os presentes e deixou o local no banco dianteiro de um carro.

    Uma criança perto da estátua do Papa João Paulo 2º no Hospital Gemelli, onde o Papa Francisco esteve internado para tratamento, em Roma, Itália
    Francisco ficou ‘comovido’ com todas as manifestações de carinho e melhoras que recebeu ao longo da internação, diz o Vaticano Reuters
    Papa Francisco acenando sentado em uma cadeira de rodas
    O papa deve enfrentar longa recuperação, devido à sua idade e histórico médico Reuters

    Francisco se recupera de uma pneumonia bilateral — quando a doença acomete os dois pulmões — e precisará de pelo menos dois meses de repouso no Vaticano após deixar o hospital.

    Luigi Carboni, um dos médicos responsáveis pelo acompanhamento da evolução clínica do Pontífice no hospital, explicou à imprensa italiana as restrições e prescrições necessárias para a recuperação do paciente.

    O Papa não poderá ter contato com crianças nem receber grandes aglomerações de pessoas, a fim de evitar o risco de infecções virais. Além disso, o Pontífice continuará a receber oxigênio por meio de cânulas e seguirá com terapias motoras e respiratórias, visando recuperar a sua autonomia vocal.

    No sábado (22/3), ao informar que o papa teria alta no dia seguinte, um dos médicos que tratam do líder religioso afirmou que, nas últimas cinco semanas, ele apresentou “dois episódios muito críticos” onde sua “vida esteve em perigo”.

    Francisco, no entanto, nunca foi intubado e sempre permaneceu alerta e orientado, disse Sergio Alfieri a jornalistas.

    Francisco só foi visto pelo público uma vez durante o período em que esteve internado no hospital, desde 14 de fevereiro, em uma fotografia divulgada pelo Vaticano na semana passada, que mostrou ele rezando em uma capela do hospital.

    O Vaticano havia dito na sexta-feira que a condição do papa estava melhorando, embora uma autoridade tenha dito que ele pode ter que “reaprender a falar” após seu uso prolongado de terapia de oxigênio de alto fluxo.

    “O papa está muito bem, mas o oxigênio de alto fluxo seca tudo. Ele precisa reaprender a falar, mas sua condição física geral é como era antes”, disse o cardeal Victor Fernandez na sexta-feira, segundo a agência de notícias Reuters.

    O Vaticano acrescentou na sexta-feira que a condição do papa era estável, com algumas melhorias na respiração e na mobilidade.

    Confirmou também que ele não usa mais ventilação mecânica para respirar à noite, mas estava recebendo oxigênio por meio de um pequeno tubo sob o nariz.

    Papa Francisco rezando em capela do hospitalFotografia divulgada pelo Vaticano na semana passadaNo início deste mês, uma gravação de áudio do papa Francisco falando em seu espanhol nativo foi tocada na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.

    Sua voz estava ofegante enquanto ele agradecia aos fiéis católicos por suas orações.O cardeal Fernandez, que é chefe do escritório doutrinário do Vaticano, rejeitou as especulações de que o pontífice seguiria seu antecessor Bento 16 e renunciaria ao papado.

    O papa Francisco está há quase 12 anos à frente da Igreja Católica Romana.Desde a internação, os boletins de saúde divulgados pelo Vaticano informam que Francisco ficou “comovido” com todas as manifestações de carinho e melhoras que recebeu, e “especialmente tocado” com as mensagens das crianças.

    Os 38 dias de hospital

    O líder católio foi hospitalizado em 14 de fevereiro após apresentar dificuldades respiratórias — e inicialmente tratado para bronquite antes de ser diagnosticado com pneumonia em ambos os pulmões.

    Segundo os médicos que trataram o religioso, o quadro foi provocado por uma infecção polimicrobiana, causada por vírus, bactérias e fungos.

    De acordo com especialistas médicos, idosos são mais suscetíveis ao quadro devido à diminuição natural da resposta imunológica, tanto no sistema imunológico geral quanto na resposta local nos brônquios.

    Durante a internação, o pontífice apresentou dois episódios de insuficiência respiratória e foi submetido à “ventilação mecânica não invasiva”.

    O líder católico de origem argentina sofreu vários problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é propenso a infecções pulmonares, já que desenvolveu pleurisia (uma inflamação do revestimento dos pulmões e do tórax) quando era jovem, o que levou à remoção de parte de um dos seus pulmões.

    Os médicos do papa acreditam que ele deve enfrentar uma longa recuperação, devido à sua idade e histórico médico.

    O Gemelli, o hospital universitário católico onde o papa esteve internado nos últimos 38 dias, foi inaugurado na década de 1960. Com mais de 1,5 mil leitos, é um dos maiores hospitais privados da Europa.

    Construído em um terreno doado pelo Papa Pio 11 ao teólogo e médico Agostino Gemelli em 1934, o hospital ficou conhecido como o “Hospital do Papa”.

    Isso porque, em 25 anos de pontificado, o falecido João Paulo 2º foi internado no Gemelli cerca de 10 vezes, algumas delas por longos períodos.

    João Paulo 2º chegou a apelidá-lo de “Vaticano Três” — sendo a Praça de São Pedro o “Vaticano Um” e a residência papal em Castel Gandolfo, o “Vaticano Dois”.

    Na década de 1980, o Gemelli criou uma ala especial para receber pontífices, que continua em uso até hoje.

    O Papa Francisco já foi tratado no Gemelli várias vezes.

    Em 2013, ele passou por uma cirurgia no cólon. Em março de 2023, recebeu tratamento para bronquite infecciosa e, mais tarde naquele ano, fez uma cirurgia para corrigir uma hérnia intestinal.

    Ele frequentemente agradece à sua equipe médica e aos demais trabalhadores do hospital.

    Ao final de uma de suas internações, batizou um recém-nascido e compartilhou um jantar de pizza com seus médicos, enfermeiros, assistentes e pessoal de segurança do Vaticano.

    Com informações da reportagem de Bethany Bell, da BBC News em Roma.

  • Por que Lula mira Japão e Vietnã em meio a tarifaço de Trump

    Por que Lula mira Japão e Vietnã em meio a tarifaço de Trump

    Num mundo chacoalhado pelo tarifaço do governo Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Ásia, destino de sua primeira viagem internacional de longa distância após complicações do acidente doméstico que sofreu em outubro.

    Com visitas ao Japão, parceiro de longa data (130 anos) do Brasil, e ao Vietnã (35 anos), parceiro mais recente, o governo brasileiro destaca suas relações que vão além das duas maiores potências — Estados Unidos e China —, em um momento turbulento da política global.

    O presidente desembarcou em Tóquio na manhã desta segunda-feira (24/3, no horário local, noite de domingo em Brasília), com dois itens principais na pauta de comércio: o pleito de longa data para que o Japão libere a compra de carne bovina e suína do Brasil e o avanço nas discussões de um acordo entre Mercosul e Japão.

    Mas a previsão não é de que o governo brasileiro consiga grandes anúncios nessas áreas durante a viagem, segundo reconhecem inclusive integrantes do governo (entenda mais abaixo). Um deles argumenta, em conversa reservada, que a visita de Lula representa um “impulso político” numa relação que precisa de “revitalização”.

    A visita de Estado ao Japão inclui honrarias que não costumam acontecer em outras visitas, como um banquete de recepção pelo imperador e a imperatriz, e a apresentação da família imperial ao chefe de Estado.

    Além do encontro com o Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako no Palácio Imperial, Lula tem reunião com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, no Palácio Akasaka e participação no Fórum Empresarial Brasil-Japão, entre outros compromissos.

    Na quinta-feira (27/3), Lula embarca para Hanói, capital do Vietnã, onde tem previstos encontros com o primeiro-ministro do país, Pham Minh Chính, e o presidente do Vietnã, Luong Cuong, entre outras autoridades. No domingo (29/3), retorna ao Brasil.

    A viagem de Lula, de pouco mais de uma semana, acontece num momento com desconfortos relevantes para ele no Brasil: o presidente vê sua popularidade cair e a inflação aumentar, e lida com pressões de partidos de sua base diante de uma reforma ministerial a ser concluída.

    Nomes do centrão, aliás, também estão entre as autoridades que acompanham o presidente. Estão em Tóquio mais de dez ministros na comitiva de Lula, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do deputado Arthur Lira (PP-AL).

    Nesse contexto, o que é importante na visita de Lula à Ásia agora e o que dá pra esperar dela?

    Além da China

    Fortalecer e intensificar relações comerciais e diplomáticas com outros países, além dos gigantes China e Estados Unidos, é o que o Brasil e outros países vêm buscando no atual contexto geopolítico, destacam especialistas brasileiros e japoneses ouvidos pela BBC News Brasil.

    “A gente está buscando uma diversificação — e não só o Brasil, na verdade. Se a gente olhar o mundo, as mudanças nos Estados Unidos e da postura dessa superpotência no sistema internacional têm feito com que os países busquem diferentes formas de lidar e de reequilibrar sua influência internacional”, diz a pesquisadora em Relações Internacionais na UnB Bárbara Dantas Mendes, que estuda política externa do Japão.

    O professor de Relações Internacionais da FGV Pedro Brites diz que o movimento do Brasil de mostrar que “não está dependente só das relações com essas duas principais potências” encontra “respaldo em um movimento que o próprio Japão faz, de diversificar seus parceiros, que historicamente foram muito centrados no ocidente e nos principais parceiros asiáticos”.

    Shuichiro Masukata, professor associado da Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio, que estuda a relação do Japão com o Brasil, disse à BBC News Brasil que “com a ordem internacional liberal liderada pelos EUA abalada e a China em ascensão, o mundo enfrenta riscos cada vez maiores” e que “a importância de fortalecer a parceria” entre Japão e Brasil está crescendo.

    “O G7 tem se mostrado disposto demais a colocar valores, democracia e direitos humanos na esteira dos países emergentes e em desenvolvimento. Isso teve o efeito oposto. A narrativa da China de que ‘o Ocidente pressiona e prega a democracia, mas o foco da China está primeiro na solução da pobreza e na estabilização da ordem internacional’ se espalhou de forma persuasiva”, disse.

    Quando foi questionado se o tarifaço dos EUA dá tração a um eventual acordo entre Japão e Mercosul, além de negociações com a Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, respondeu que “tanto Japão, quanto Vietnã, quanto Brasil são países que se beneficiam de um mundo onde o comércio é regulado por normas”.

    “Provavelmente, haverá uma manifestação de apoio a um mundo onde o comércio é regulado por normas multilaterais”, disse. “Quando países importantes se reúnem e apoiam isso, isso ajuda o movimento de contraponto às tendências de desagregação.”

    ‘Aproximação crescente’

    O presidente Lula durante a reunião com o primeiro ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, no Rio de Janeiro, em novembro
    O presidente Lula durante a reunião com o primeiro ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, no Rio de Janeiro, em novembro Ricardo Stuckert/PR

    A viagem de Lula reflete a “aproximação crescente” do Brasil com a Ásia como um todo, e não apenas com os chineses, diz o ex-embaixador do Brasil nos EUA e no Reino Unido Rubens Barbosa.

    “O Itamaraty está muito consciente de que a Ásia hoje é a área mais importante, em crescimento, da relação comercial e econômica com o Brasil”, diz ele, que não vê uma relação direta da viagem de Lula à Asia com as medidas anunciadas por Trump.

    “Não é [uma aproximação] com a China, é com a Ásia”, diz. “O Brasil é observador da Asean já há algum tempo, e agora o Mercosul acabou de assinar um acordo com Singapura [dezembro de 2023]. E o Brasil está abrindo conversas com os outros países — Vietnã, Indonésia…”

    As exportações brasileiras para a Ásia em 2024 somaram US$ 144 bilhões, o que representa 42,8% do total das vendas externas do Brasil no ano. A China concentrou 28% das exportações brasileiras e o Japão, 1,7%.

    As exportações brasileiras para o Japão, no entanto, caíram 15% de 2023 para 2024.

    O fluxo comercial entre Brasil e Japão totalizou US$ 11 bilhões em 2024, com superávit de US$ 146 milhões para o Brasil.

    Entre os produtos que o Brasil vende para o Japão estão minério de ferro, carne de frango e soja em grãos. Do outro lado, o Japão vende para o Brasil produtos industrializados e com maior valor agregado, como máquinas, equipamentos, semicondutores e veículos.

    Tales Simões, pesquisador do Grupo de Estudos sobre Ásia do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP destaca que “o presidente Lula está indo em busca de expandir mercados e investimentos”, mas sem abrir mão de relacionamentos antigos.

    “Sabemos que a política externa do Lula enfatiza o estreitamento de laços com o sul global, mas isso não ocorre em detrimento das parcerias tradicionais com países do norte global. E o Japão é um caso ilustrativo”, diz ele, que tem pesquisa focada em Mercosul e Asean.

    ‘Momento decisivo’?

    O embaixador Eduardo Saboia manifestou a expectativa do governo de brasileiro de liberar a importação de carne brasileira no Japão — um pleito que já dura quase duas décadas.

    “A gente tem como base essa boa relação [com o Japão], de vínculos humanos, econômicos, mas queremos avançar. Uma das nossas expectativas é a abertura do mercado japonês para produtos agropecuários brasileiros, especialmente carne bovina e suína in natura”, disse.

    A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que reúne 43 empresas responsáveis por 98% da carne negociada para mercados internacionais, disse em nota que as negociações sobre o tema têm um “momento decisivo para sua conclusão” com a viagem de Lula ao Japão.

    Segundo a associação, o Brasil exporta cerca de 25% da carne bovina produzida no país para centenas de países. E o Japão é o terceiro maior país importador de carne bovina do mundo, com 80% do volume proveniente dos Estados Unidos e da Austrália.

    Apesar da pressão, um anúncio conclusivo não é esperado para a visita de Lula.

    Ainda há procedimentos necessários para isso acontecer, como o envio de uma missão sanitária japonesa para avaliação do risco no Brasil — e um compromisso nesse sentido seria visto como um avanço para o setor.

    Até a véspera da chegada de Lula, no entanto, não era claro se os japoneses se comprometeriam — com uma previsão de data, por exemplo — a confirmar o envio da missão sanitária.

    Em conversas privadas, integrantes do governo brasileiro argumentam que a sensibilidades do governo japonês nesse tema vão além da questão sanitária, e que abrir o mercado para o Brasil e o Mercosul “assustam um pouco”.

    Tomoyuki Yoshida, diretor-executivo do Japan Institute of International Affairs (Instituto Japonês de Relações Internacionais), disse à BBC News Brasil que “é verdade que há preocupações e ansiedade do setor agrícola”.

    “Eles estão preocupados com a concorrência com as importações do Brasil”, diz ele, que foi diretor-geral para América Latina e Caribe do Ministério de Relações Exteriores do Japão.

    O argumento do governo brasileiro é de que a carne brasileira não compete com a produção de versões mais “premium” nas fazendas japonesas.

    O Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako acenando
    O Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako (foto de arquivo) receberão Lula e Janja no Japão ,RICHARD A. BROOKS/AFP

    Outra expectativa do governo brasileiro, que também não tinha muitas garantias até a chegada de Lula ao Japão, é avançar nas discussões da relação entre Mercosul e Japão.

    “Existe um diálogo entre o Japão e o Mercosul. (…) O que a gente quer saber é: vamos ficar nessa conversa ou vai ter uma negociação? Há um ponto de interrogação. A visita do presidente é um interesse de avançar nessa área”, disse Saboia.

    Durante a viagem da comitiva brasileira ao Japão, que também marca os 130 anos de relações entre os dois países, há a previsão da assinatura de cerca de 80 atos — no setor público e no privado, em áreas como recuperação de pastagens, ciência e tecnologia, combustível sustentável.

    O Brasil está também “trabalhando a venda de 15 a 20 aviões através da Embraer”, segundo afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ao chegar na comitiva a Tóquio.

    BBC