Categoria: Política

  • Mabel destaca potencial de Goiânia durante lançamento do MotoGP que será realizado na capital

    Mabel destaca potencial de Goiânia durante lançamento do MotoGP que será realizado na capital

    O prefeito Sandro Mabel participou, na manhã desta segunda-feira (17/3), do lançamento do MotoGP, que será realizado em Goiânia no dia 29 de março de 2026. O Mundial de Motovelocidade volta ao Brasil depois de 22 anos e Goiânia será a sede da competição pelos próximos cinco anos. O evento foi anunciado no Autódromo Internacional Ayrton Senna e contou a participação de cinco pilotos internacionais das categorias MotoGP, Moto2 e MotoE.

    Mabel falou da parceria da prefeitura com o Governo do Estado. “Nós e o governador Caiado temos andado juntos em todas as questões e essa aqui, do GP de Velocidade, é superimportante para Goiânia. Nossa cidade está se preparando, junto com o Estado, para recebermos da melhor maneira possível o nosso turista. Vamos trabalhar muito para fazer um MotoGP de qualidade, para que as pessoas queiram voltar nos próximos anos”, destacou o prefeito.

    O governador Ronaldo Caiado também esteve no evento de lançamento e falou da importância do autódromo para Goiânia. “Resgatar esse autódromo, construído por Leonino Caiado, foi uma grande responsabilidade minha. Fiz questão disso logo depois que recuperei o equilíbrio fiscal do Estado. Hoje Goiânia está preparada para receber um evento como o MotoGP, que deve atrair um público de 100 mil pessoas só no primeiro dia”, afirmou o governador.

    Goiânia deve ter um incremento de R$ 17 milhões na arrecadação com o MotoGP, segundo estudo realizado pelo Instituto Mauro Borges (IMB). O estudo destaca ainda que o evento vai gerar mais de 4 mil empregos e aquecer o turismo local. A expectativa é que, ao todo, o Mundial de Motovelocidade possa movimentar mais de R$ 868 milhões na capital goiana.

    O levantamento também aponta que 150 mil pessoas poderão passar pela cidade durante a competição. Desse número, 12% são do exterior e 32% de outros estados. O Instituto estima que cada pessoa que vier ao evento deve gastar, em média, R$ 3.180.

    Fotos: Alex Malheiros

    Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

  • Prefeito Sandro Mabel amplia oferta de UTIs com mais 10 novos leitos no Hospital e Maternidade Célia Câmara

    Prefeito Sandro Mabel amplia oferta de UTIs com mais 10 novos leitos no Hospital e Maternidade Célia Câmara

    O prefeito Sandro Mabel vem ampliando a oferta de novas vagas de UTI para a população goianiense. Agora, 10 leitos foram inaugurados no Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara, nesta segunda-feira (17/3). Isso só foi possível graças ao compromisso de Mabel em manter os pagamentos em dia das negociações feitas das dívidas herdadas da gestão anterior.

    Da última semana para cá, Goiânia já ganhou 20 novas vagas de UTI para adultos, sendo 10 na Santa Casa e, agora, 10 na Célia Câmara. Além disso, o prefeito garantiu a reativação de mais quatro leitos em UTI pediátrica parados por falta de pagamento.

    Sandro Mabel destacou que Goiânia está com uma alta demanda de UTI, pois está recebendo pacientes da regulamentação estadual. “O Estado pegou a regulação de alta complexidade e tem feito muito bem isso, inclusive, sendo nosso parceiro naquela crise de saúde que tivemos aqui em Goiânia. Mas a regulação estadual está superlotada. Os leitos que estão na Célia Câmara deveriam ser uma reserva técnica de Goiânia, mas estamos socorrendo o Estado, como ele sempre tem nos socorrido também”, explicou.

    O diretor-técnico da Célia Câmara, Marcelo Cupertino, afirmou que a unidade receberá mulheres que precisem de atendimento na Terapia Intensiva com perfil clínico. “A gente recebe mulheres com um quadro grave de dengue, de sepse ou com qualquer outro tipo de alteração clínica”, explicou.

    Já a diretora-executiva da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), Lucilene Sousa, disse que a UTI conta com toda equipe multiprofissional adequada e reforçou o compromisso de Mabel em manter o pagamento em dia dos valores acordados, conforme a previsão do plano de trabalho. “Como também já conhecido, existe um valor em aberto. Ele também está sendo colocado pelo prefeito juntamente com a nossa gestão de negociação. É importante ressaltar que o pagamento está em dia para que tenha o funcionamento adequado do serviço”, falou.

    Saúde básica

    O prefeito explicou ainda que a abertura de novos leitos vem para dar mais tranquilidade à população goianiense. Além disso, destacou a pontualidade nos pagamentos dos fornecedores para que não haja falta de insumos. Sandro Mabel também falou sobre a construção da UPA 3 em Campinas, que será possível por meio de uma emenda do senador Vanderlan Cardoso. A obra reforça a prioridade de Sandro Mabel na área da saúde.

    “Recentemente, nós reformulamos o mobiliário como um todo para que a pessoa seja atendida com mais dignidade. Nós vamos fazer um novo prédio. O senador Vanderlan arrumou um dinheiro para nós fazermos uma UPA nível 3. Nós estamos preparando documentação necessária para que a gente faça do Cais de Campinas um hospital de emergência espetacular”, destacou.

    Sandro Mabel também ressaltou a atenção às unidades primárias de atendimento, que são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “A gente tem que prevenir que pessoas precisem das UPAs ou até mesmo de uma UTI. Isso acontece com uma Unidade Básica de Saúde atenciosa, cuidadosa e que seja funcional, que vá até as casas das pessoas. Nós estamos trocando todos os gestores dos postos de saúde. Quem não tem qualificação não fica como gestor, porque a gente quer resultado”, falou.

    Secretaria de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

  • Governo vai zerar IPVA de motos de baixa cilindrada, aeronaves e embarcações

    Governo vai zerar IPVA de motos de baixa cilindrada, aeronaves e embarcações

    O governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta segunda-feira (17/03), o envio de um projeto de lei à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para isentar IPVA de motos, ciclomotores e triciclos de até 150 cilindradas, com mais de seis anos de uso.

    “Essa medida vai aliviar o bolso de milhares de trabalhadores, especialmente entregadores e motociclistas de aplicativos, que dependem desses veículos para o sustento”, destacou Caiado em vídeo divulgado nas redes sociais.

    A isenção, que passa a valer em 2026, terá um impacto anual de R$ 63 milhões para os cofres do Estado.

    “O governo assume essa conta porque sabe da importância desse incentivo para os goianos”, reforçou o governador.

    Fim da cobrança de IPVA para aeronaves e embarcações

    Caiado também anunciou a revogação do IPVA sobre aeronaves e embarcações, instituído pela Lei 23.173/2024. Para o governador, a prioridade é estimular o crescimento econômico.

    “O governo federal criou essa taxação, mas aqui em Goiás ninguém vai pagar esse imposto. Nosso compromisso é apoiar quem trabalha e produz. É isso que temos feito e vamos continuar fazendo”, concluiu.

     

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Lula autoriza uso do eSocial para ofertar consignado a empregados CLT

    Lula autoriza uso do eSocial para ofertar consignado a empregados CLT

    O governo federal autorizou o acesso direto de bancos e instituições financeiras ao perfil de trabalhadores com carteira assinada por meio do eSocial, para a oferta de crédito consignado a juros mais baixos, com garantia do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A medida provisória (MP) que cria o Programa Crédito do Trabalhador foi assinada nesta quarta-feira (12) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento no Palácio do Planalto.

    O Brasil conta hoje com 47 milhões de trabalhadores contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) atuando no setor privado. O eSocial é o sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país.

    Agora, trabalhadores CLT, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs), poderão utilizar a carteira de trabalho digital para ter acesso a empréstimo mais barato nas mais de 80 instituições financeiras que já operam junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    “Não há nada mais milagroso para uma economia do que o dinheiro circular na mão de todos”, disse o presidente Lula, destacando o papel do consumo no desenvolvimento de um país. “É exatamente a capacidade de consumo que tem um povo que pode gerar a capacidade de industrialização que se pode fazer”, acrescentou.

    Para Lula, é importante que os trabalhadores também reconheçam seu direito de acesso ao crédito. “É importante que seja um processo educacional. Porque as pessoas pobres, às vezes, têm até vergonha de chegar na porta do banco. Acham que não foram feitas para ele essas coisas. Então, é um processo educacional para gente poder fazer este país dar um salto de qualidade”, disse o presidente.

    O sistema do Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho entrará em operação pelos bancos oficiais e privados a partir do dia 21 deste mês. Em até 120 dias, quem já tem um consignado ativo poderá fazer a migração para a nova linha de crédito na mesma instituição financeira. A partir de 25 de abril, os bancos também poderão operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.

    As taxas de juros de crédito aos trabalhadores devem cair de cerca de 103% ao ano para 40% ao ano.

    O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, explicou ainda que o Crédito do Trabalhador terá portabilidade entre empregos. Ou seja, se o trabalhador mudar de emprego, a dívida será transferida para a folha de pagamento do próximo empregador. “Portanto, uma segurança para que os bancos possam oferecer juro mais barato do que oferecem hoje”, reforçou.

    “O sistema vem oferecer garantia e segurança e transparência, [o] que é importante para as questões financeiras, para oferecer a menor taxa, e é fundamental para o trabalhador, para ele poder ter acesso a um crédito mais barato do que está pagando hoje, inclusive os atuais créditos consignados privados”, disse Marinho.

    Endividamento

    Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas optem pela consignação dos salários, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados. Atualmente, o consignado do setor privado conta com cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, somando mais de R$ 40,4 bilhões em recursos.

    O presidente Lula explicou ainda que a expectativa é que o Crédito do Trabalhador reduza o superendividamento, ao oferecer uma linha de crédito mais atraente também para migrar dívidas com maior custo. Por outro lado, alertou que o povo não pode “gastar o que não tem”.

    “Os dirigentes sindicais que estão aqui têm que pegar um carro de som e ir para a porta da fábrica e dizer para os trabalhadores que agora eles podem ter crédito barato para que possam sair do endividamento em que se meteram, sair da mão do agiota, sair da mão de banco, que cobra 10%, 12% de juros, sair e procurar o crédito mais barato que puderem encontrar”, orientou o presidente.

    “O empréstimo é muito bom quando a gente pega para utilizar em uma coisa que vai aumentar o nosso patrimônio. A gente não pode ficar habituado a pegar o empréstimo para pagar outro empréstimo, a gente não vai melhorar a vida assim. A gente tem que fazer o empréstimo para comprar alguma coisa que melhore a nossa capacidade de viver melhor”, alertou Lula.

    A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que este é um crédito seguro, rentável, que respeita as políticas de crédito dos bancos dentro das condições de risco e retorno de cada cliente. “Só que mais que isso, é um crédito que inclui, é um crédito que reduz desigualdade. O novo consignado privado aumenta a renda do cliente, aumenta porque libera parte do orçamento mensal das famílias”, disse.

    “Nós temos aqui o caso de um cliente vendedor, por exemplo, funcionário de uma distribuidora, que não teria acesso a esse crédito, que o crédito dele reduz mais de 52% na taxa e na parcela. Isso significa mais renda mensal, diretamente, porque quando o dinheiro sobra no bolso, é isso que significa. É percepção real de aumento de renda”, explicou Tarciana.

    Mais crédito

    O crédito consignado é um empréstimo que tem as parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor. É uma modalidade de crédito que oferece taxas de juros mais baixas e é uma das mais usadas no Brasil, especialmente por servidores públicos e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    A legislação que trata do consignado já permite que trabalhadores com carteira assinada tenham acesso a esse tipo de empréstimo, descontado do salário. Porém, essa modalidade de crédito requer a assinatura de convênios entre empresas e bancos, o que, na prática, dificulta a adesão de pequenas e médias empresas, e muitas grandes empresas também, ao modelo em larga escala. Além disso, trabalhadores rurais, domésticos e empregados de MEIs, hoje estão excluídos da consignação privada.

    A representante da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Cleide Silva Pinto, agradeceu pelo fato de esse setor não ter sido esquecido na nova política. “Quando a gente está dentro de uma linha de crédito, as trabalhadoras estão dentro desse perfil, isso nos garante qualidade de vida, mais situações [em] que você consegue se manter e se estabilizar e conseguir um padrão de vida melhor”, disse.

    “Então, é muito gratificante a gente estar dentro desse projeto muito importante para todos os trabalhadores e trabalhadoras, quando tem tanta uberização [do trabalho], tantas situações que querem tirar o nosso direito, querem maquiar o nosso direito, não só das trabalhadoras domésticas, mas todos os trabalhadores mais fragilizados”, acrescentou.

    O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou a possibilidade de os trabalhadores terem juros mais justos para acesso ao crédito, mas endossou a necessidade de campanhas de conscientização para evitar o endividamento da população. “Nós sabemos a dificuldade que o trabalhador e a trabalhadora têm hoje de conseguir crédito. Até conseguem, mas com juros exorbitantes. Vivem depois de outros empréstimos para poder honrar aquele compromisso no seu dia a dia. Então, isso [Programa Crédito do Trabalhador] é a realização de um sonho”, disse.

    “Agora, nós do movimento, junto com o sistema financeiro, temos a obrigação de divulgar, de fazer uma campanha de esclarecimento, de educação financeira aos nossos trabalhadores e trabalhadoras para não se endividarem, mostrando o bom uso desse recurso. E, com certeza, com bom uso, nós vamos todos ter os benefícios de crescer e se desenvolver para que possamos melhor estar ali com a nossa família, para o nosso bem-estar”, afirmou.

    Operação

    Por meio do aplicativo da carteira de trabalho digital (CTPS Digital), o trabalhador terá a opção de requerer proposta de crédito diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo governo federal. Para isso, o empregado autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, ele receberá ofertas em até 24 horas, analisará a melhor opção e fará a contratação no canal do banco.

    O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que deve permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.

    Os limites do consignado para trabalhadores celetistas terão o teto de 35% do salário comprometido com o empréstimo e a possibilidade de usar 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o total da multa recebida por demissão sem justa causa para o pagamento dos débitos, em caso de desligamento do emprego.

    A Dataprev, empresa pública de tecnologia do governo federal, foi a responsável pelo desenvolvimento do sistema do Crédito do Trabalhador, que integra a carteira de trabalho digital, o FGTS Digital e o eSocial.

    Fonte: Agência Brasil

  • Mais Médicos: Saúde anuncia 2,2 mil novas vagas e cadastro reserva

    Mais Médicos: Saúde anuncia 2,2 mil novas vagas e cadastro reserva

    Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (17) novo edital para a contratação de 2.279 profissionais pelo Programa Mais Médicos. Segundo a pasta, as vagas serão disponibilizadas para 4.771 municípios.

    Em entrevista à imprensa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, com o preenchimento das novas vagas, o programa passará a contar com mais de 28 mil profissionais.

    Os médicos atuam em equipes de Saúde da Família e, quando necessário, encaminham o paciente para um especialista.

    Brasília (DF), 17/03/2025 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia a expansão do programa mais médicos com a oferta de novas vagas no primeiro edital de 2025.Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Brasília (DF), 17/03/2025 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia oferta de vagas do Mais Médicos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    “Aumenta muito a capacidade de resolver os problemas de saúde na atenção primária”, avaliou Padilha.

    “Evidências e estudos mostram que a presença desse médico reduziu o encaminhamento para a atenção especializada”, completou.

    Do total de municípios que vão receber médicos a partir do novo edital, que prioriza regiões de maior vulnerabilidade e áreas de difícil acesso, 1.296 cidades terão vagas imediatas e 3.475 poderão manifestar interesse e ter ampliação de profissionais.

    A região da Amazônia Legal será contemplada com 473 vagas em 709 cidades.

    Para aderir, gestores de estados e municípios devem se inscrever por meio do sistema e-Gestor até 24 de março, com resultado previsto para 8 de abril.

    Estão previstas vagas profissionais negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência.

    Prontuário eletrônico

    Ainda segundo a pasta, o uso do prontuário eletrônico do Sistema Único de Saúde (SUS), conhecido como e-SUS APS, por profissionais do Mais Médicos deve auxiliar na redução do tempo de espera por atendimento médico especializado.

    O documento é gratuito e, de acordo com o ministério, acelera a integração do acesso às informações do paciente entre a atenção primária e a atenção especializada.

    “É por meio desse prontuário que o profissional do Mais Médicos sabe se o paciente voltou à unidade para retorno da consulta, se as informações estão completas e se os exames estão em dia, ou seja, um canal rápido e eficiente, tanto para o paciente, como para o profissional.”

    Formados no exterior

    A pasta recepcionou, também nesta segunda-feira, 402 médicos formados no exterior e inscritos no Mais Médicos, que irão prestar atendimento a partir de abril em 22 estados.

    “Esses profissionais estão inicialmente alocados em cerca de 180 municípios e 15 Distritos Sanitários de Saúde Indígena”, destacou o ministério.

    A maioria dos médicos, conforme a pasta, nasceu no Brasil, totalizando 397 brasileiros e cinco estrangeiros.

    Além disso, 52,7% dos profissionais são mulheres e 57 vão atuar especificamente na saúde indígena.

    O chamado Módulo de Acolhimento e Avaliação é realizado em parceria com o Ministério da Educação e segue até 11 de abril, com aulas sobre o SUS e temas prioritários para atendimento de populações vulneráveis na atenção primária.

    Dentre os tópicos de destaque estão equidade étnico-racial, saúde mental e o programa Bolsa Família. Ao final do curso, todos os médicos passam por uma avaliação – para ser aprovado, é preciso alcançar média mínima de 50%.

    Histórias

    Brasília (DF), 17/03/2025 - Karen Silva fala com agência Brasil, durante anuncio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (c), sobre a expansão do programa mais médicos com a oferta de novas vagas no primeiro edital de 2025.Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Brasília (DF), 17/03/2025 – Karen Silva irá prestar atendimento em São Félix do Xingu (PA). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Karen Silva, 27 anos, integra o grupo de profissionais acolhidos nesta segunda-feira. Ela se formou em medicina em julho do ano passado em Ciudad del Este, no Paraguai.

    “Logo que terminei o curso, já me inscrevi no Mais Médicos. Em seguida, fui chamada”.

    O plano de Karen é atuar no município onde nasceu: São Félix do Xingu (PA).

    “Era meu sonho conseguir trabalhar na minha cidade natal, onde os meus pais moram. E ajudar as pessoas. A expectativa está a mil. Estou realizada.”

    Brasília (DF), 17/03/2025 - Bruno Ferreira, posa para foto durante anuncio do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a expansão do programa mais médicos com a oferta de novas vagas no primeiro edital de 2025.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Brasília (DF), 17/03/2025 – Bruno Ferreira estudou no Paraguai e agora irá atender no Rio de Janeiro. Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Bruno Ferreira, 30 anos, também é um dos médicos acolhidos. Ele se formou em medicina em dezembro de 2023 no município paraguaio de Pedro Juan Caballero. Atualmente, mora no Rio de Janeiro, onde planeja trabalhar a partir de abril.

    “A expectativa é muito boa. Quero aproveitar bastante a oportunidade”, afirmou.

    Agência Brasil

  • Secretário de Estado dos EUA diz que país pode negociar acordos bilaterais após impor tarifas

    Secretário de Estado dos EUA diz que país pode negociar acordos bilaterais após impor tarifas

    O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que os Estados Unidos (EUA) poderiam se engajar em negociações bilaterais depois de impor tarifas que atingiram os seus principais parceiros comerciais — e o Brasil.

    Questionado se a China poderia sair vitoriosa da guerra comercial iniciada por Donald Trump, o chefe da diplomacia americana disse que os Estados Unidos estariam buscando por “justiça” no comércio global.

    “Vamos impor tarifas recíprocas às que os países impõem a nós”, disse em entrevista à CBS. “É global, não é contra o Canadá, não é contra o México, não é contra a UE (União Europeia), é contra todos. E então, a partir dessa nova base de justiça e reciprocidade, nos envolveremos, possivelmente, em negociações bilaterais com países do mundo todo, em novos acordos comerciais que façam sentido para ambos os lados”, declarou.

    “Justiça, mas, no momento, não é justo. Vamos redefinir a linha de base e, em seguida, poderemos firmar esses acordos bilaterais, possivelmente, com países para que nosso comércio seja justo”, insistiu, admitindo que os países estão “chateados”.

    Rubio defendeu ainda que as tarifas seriam necessárias para fortalecer as capacidades dos Estados Unidos. “Há setores essenciais, como alumínio, aço, semicondutores e fabricação de automóveis, que o presidente Trump acredita, que os EUA precisam ter uma capacidade doméstica, e a maneira de proteger esses setores e desenvolver essa capacidade é garantir que haja incentivos econômicos para a produção nos Estados Unidos”, disse.

    Especialistas, no entanto, têm alertado que as tarifas devem aumentar os custos para os produtores americanos, pressionando a inflação nos Estados Unidos.

    Negociações do Brasil

    No caso do aço e do alumínio, as tarifas de 25% que entraram em vigor na semana têm impacto direto sobre o Brasil, que é um grande exportador de aço para os EUA.

    Técnicos dos ministérios de Relações Exteriores (MRE) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) deram início às negociações com os Estados Unidos na sexta-feira em reunião por videoconferência. O canal de diálogo foi aberto pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin em conversa com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.

    O governo aposta no diálogo para conseguir eventuais concessões de Donald Trump. Como mostrou o Estadão/Broadcast, a aplicação de reciprocidade é vista como a última opção, caso a negociação não dê resultados.

    Em 2018, durante o primeiro governo, Donald Trump impôs as mesmas tarifas de 25% sobre o aço o o alumínio. O Brasil conseguiu negociar cotas de 3,5 milhões de toneladas de placas e 687 mil toneladas de aços laminados para exportação libre de taxas. Para alumínio foi definida tarifa de 10%.

    Desta vez, no entanto, Donald Trump se mostra irredutível. “Não vou ceder nenhum pouco”, disse durante a semana. Além das tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, os Estados Unidos impuseram taxas de 10% sobre as importações da China. Para o mês que vem, são esperadas mais tarifas sobre produtos agrícolas e carros.

    Nas suas idas e vindas, o presidente americano suspendeu duas vezes as taxas de 25% sobre as importações dos vizinhos México e Canadá, mas abriu uma nova frente em sua guerra comercial ao ameaçar a Europa com tarifas de 200% sobre bebidas alcóolicas.

    Estadão

  • Trump faz aliados desistirem de comprar caças dos EUA

    Trump faz aliados desistirem de comprar caças dos EUA

    A diplomacia agressiva de Donald Trump começou a causar efeitos negativos para a poderosa indústria de defesa dos Estados Unidos, com aliados históricos de Washington decidindo cancelar a compra de aviões de combate americanos de última geração.

    Canadá e Portugal anunciaram nos últimos dias estar atrás de opções à aquisição do caça F-35, modelo da americana Lockheed Martin que vinha se tornando o padrão das forças da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, com uma série de vendas na esteira da invasão russa da Ucrânia, em 2022.

    A concorrência já sentiu o cheiro de sangue. Neste sábado (15), o presidente francês, Emmanuel Macron, vestiu o figurino de lobista da indústria de seu país e ofereceu o caça Dassault Rafale àqueles que estão com dúvidas acerca da compra do F-35 -e não só.

    “Aqueles que compram sistemas Patriot devem receber oferta da nova geração franco-italiana SAMP/T. Aqueles que compram F-35 devem receber ofertas de Rafale”, disse, colocando no pacote uma alternativa ainda não testada às famosas baterias antiaéreas americanas.

    Ele mirava especificamente canandenses e portugueses, agastados com Trump por motivos diferentes. Até aqui, foram empresas americanas as que mais lucraram com o aumento do gasto militar europeu devido à percepção de risco vindo de Moscou com a guerra.

    No caso do país norte-americano, a questão é a posição do presidente desde o começo de seu mandato, repetindo diversas vezes que seria adequado anexar o Canadá e colocando o vizinho na primeira fila de sua guerra tarifária.

    Em 2022, os canadenses anunciaram a compra de 88 F-35, um avião da chamada quinta geração, termo arbitrário para aparelhos furtivos ao radar, com alto poder de fusão de dados e características como o voo suspersônico sustentado sem pós-combustão, que gasta muito combustível.

    Estimada em quase R$ 80 bilhões, a compra era uma das mais suculentas do mercado, e o F-35 derrotou o Rafale e o sueco Saab Gripen E/F, modelo comprado e operado pelo Brasil.

    Reconduzido ao cargo após a troca de premiê do país, o ministro Bill Blair (Defesa) disse que o F-35 “foi apontado pela nossa Força Aérea como a plataforma que ela precisava, mas estamos examinando outras alternativas”.

    O tom deixa aberta a porta para negociar termos com os americanos, mas o fato é que o azedume na relação entre os países pode de fato zerar o jogo. Hoje, Ottawa voa 89 antigos caças americanos F-18 Hornet.

    Já o caso português reflete o mal-estar com a política de Trump em relação aos aliados europeus da Otan. Desde antes da posse, o americano cobrava maior gasto do continente com defesa, algo que já havia feito no mandato anterior, de 2017 a 2021.

    No cargo, Trump deu um cavalo de pau na política até então de ordem unida contra a Rússia sobre a Ucrânia e alinhou-se à visão de Vladimir Putin sobre a origem do conflito, isolando Kiev e deixando europeus de fora das negociações de paz que abriu.

    Isso levou a uma reação liderada por Macron e o premiê britânico, Keir Starmer. A UE (União Europeia) anunciou um plano mirabolante de gastos militares que chegaria ao longo dos anos a R$ 5 trilhões, o dobro do que todos os países da Otan fora os EUA gastam anualmente com defesa.

    Na quinta (13), o ministro da Defesa português, Nuno Melo, disse que seu país já não considera a compra do F-35, o que seria o caminho natural para um operador do F-16, o venerando caça da mesma Lockheed Martin que era o padrão da Otan na geração passada. “O mundo mudou”, disse.

    Lisboa opera 34 F-16 antigos, que segundo Melo chegaram ao fim de sua vida útil. Novamente, os franceses irão fazer lobby pelo Rafale, mas as características do país e o menor orçamento militar abrem uma janela de oportunidade para o Gripen -um caça mais barato de operar que o modelo de Paris.

    O Rafale é um caça da chamada geração 4,5, ou seja, não tem as capacidades furtivas de um F-35, mas diversos recursos avançados. Já foram feitos 286 deles, 141 dos quais operados pelos franceses e os restantes, por Croácia, Grécia, Índia, Egito, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Os sérvios deverão receber o modelo em breve.

    O avião demorou para engatar como produto externo. Perdeu concorrências importantes, como para o Gripen no Brasil em 2013 ou no Canadá e na Finlândia mais recentemente, mas vive uma fase de renovado interesse do mercado.

    O pulo do gato agora é o interesse alemão. Assim que estourou a guerra, Berlim anunciou aumento de gastos militares e a compra não só dos modelos europeus Eurofighter, mas também a aquisição de 35 F-35 para substituir os antigos Panavia Tornado na função de emprego de bombas nucleares táticas americanas.

    Agora, há uma pressão para a europeização dos arsenais do continente, o que pode mudar a lista de desejos alemã.

    Macron também tem oferecido a ampliação de seu guarda-chuva nuclear para outros países europeus, dado que seu comando de armas atômicas é independente do da Otan, que reúne bombas táticas lançadas por caças americanas e ogivas estratégicas britânicas disparadas de submarinos.

    O arranjo, contudo, é difícil e o cobertor, curto. A França poderia postar alguns de seus Rafale com mísseis de cruzeiro nucleares na Alemanha ou na Polônia, mas isso serviria mais para provocar os russos do que para gerar uma dissuasão efetiva, que ainda depende dos EUA.

    Folha de São Paulo

  • Executivo pede para comissão mista alterar Orçamento de 2025

    Executivo pede para comissão mista alterar Orçamento de 2025

    O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), recebeu ofício da ministra do Planejamento, Simone Tebet, solicitando alterações no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 (PLN 26/24). A ministra pede que o programa Pé-de-Meia tenha seus recursos elevados a qualquer tempo com projetos de créditos suplementares.

    O relator do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), já havia dito que faltavam R$ 12 bilhões para o programa e outros R$ 3 bilhões para o Vale-Gás.

    No ofício, a ministra prevê:

    • remanejamento de recursos no Orçamento que supririam a carência do Vale-Gás;
    • acréscimos para vários órgãos na área de pessoal como Polícia Federal e Embrapa; e
    • outros R$ 8,3 bilhões para benefícios previdenciários.

    Por outro lado, há proposta de cortes de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família e de pouco mais de R$ 6,3 bilhões no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), principalmente para implantação de escolas em tempo integral.

    O relatório final do Orçamento de 2025 deve ser apresentado no próximo domingo (16).

    Atrasos
    A LOA deveria ter sido votada no fim do ano passado pelo Congresso, mas questões políticas provocaram atrasos, como a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de suspender a execução das emendas parlamentares ao Orçamento.

    Um plano de trabalho que busca garantir mais transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares obteve, no último dia 28, a aprovação da maioria dos ministros do STF.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Senado Aprova: mais transparência para emendas parlamentares

    Senado Aprova: mais transparência para emendas parlamentares

    Senadores e deputados aprovaram nesta quinta-feira (13), durante sessão conjunta do Congresso Nacional, o Projeto de Resolução do Congresso Nacional nº 1 de 2025, que modifica a Resolução nº 1 do Congresso Nacional de 2006, para estabelecer novas regras para a apresentação e indicação de emendas parlamentares. As mudanças visam modernizar o processo, aumentar a transparência e garantir o uso eficiente dos recursos públicos.

    De autoria conjunta das Mesas do Senado e da Câmara, o PRN será promulgado pela Mesa Diretora do Congresso Nacional e passará a ter força de lei. Nominal, a votação registrou o placar de 64 votos favoráveis e outros três contrários no Senado, enquanto na Câmara o resultado foi de 361 votos a favor do projeto, ante outros 33 votos contra o texto.

    O projeto de resolução aprovado nesta quinta-feira é fruto do plano de trabalho formulado pelo Senado, em conjunto com a Câmara e o Poder Executivo, com medidas para aumentar a transparência e a rastreabilidade na execução das emendas parlamentares.

    O texto responde a questionamentos feitos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e busca resolver o imbróglio entre os Três Poderes para destravar a aprovação do Orçamento de 2025, cuja votação passou a depender da solução em torno das emendas parlamentares.

    Até então, os repasses de boa parte dos recursos das emendas estavam suspensos por decisão de Dino, que entendeu não haver respeito aos critérios de transparência na execução das emendas.

    O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) celebrou a aprovação do texto.

    — Essa é uma resposta urgente, inadiável e necessária, que coloca em trilho novamente a execução orçamentária, de maneira a garantir a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares, em conformidade com as diretrizes firmadas na Constituição Federal e nas decisões proferidas pelo STF — declarou.

    Quem também elogiou a proposta aprovada foi o senador Omar Aziz (PSD-AM). Omar parabenizou o presidente do Senado pela condução dos trabalhos junto aos demais Poderes e enalteceu o projeto. Para ele, houve sensatez e equilíbrio em busca de um consenso.

    — Faço questão de colocar meu nome em todas as emendas, até porque isso não tem que ser escondido e, agora, está assegurado. Senador ou deputado, seja quem for, terá que colocar o nome sim e dizer para o quê e para onde passará o dinheiro. E, caso ocorra qualquer coisa, existem os órgãos competentes para fiscalizar e punir aqueles que tiverem algum desvio de conduta em relação a isso — esclareceu.

    Mudanças

    Uma das principais alterações propostas é a obrigatoriedade de que as atas de apresentação e indicação de emendas sejam elaboradas no sistema eletrônico, sempre que possível. Essa medida busca digitalizar o processo legislativo para facilitar o controle, a rastreabilidade e o acesso às informações.

    O projeto reforça, ainda, a necessidade de que as emendas sigam as disposições do artigo 166 da Constituição Federal, que impõe restrições para evitar a alocação descontrolada de recursos. Além disso, nenhuma emenda poderá ser aprovada em valor superior ao solicitado originalmente, exceto em casos de remanejamento entre emendas do mesmo parlamentar.

    Critérios

    As emendas deverão ser apresentadas com a ata da reunião que deliberou a inclusão, bem como seguir um modelo padronizado. Elas também deverão ter caráter institucional e atender a interesses nacionais ou regionais, com o respeito à definição de ações estruturantes da Lei Complementar 210, de 2024.

    Fica proibida a destinação de recursos a entidades privadas, exceto quando incluídas em programações previamente estabelecidas no projeto. A justificativa de cada emenda deverá conter elementos que permitam avaliar os benefícios sociais e econômicos da política pública proposta.

    Limites

    Para evitar a fragmentação excessiva do Orçamento, cada comissão poderá apresentar até seis emendas de apropriação e duas de remanejamento. As sugestões de emendas deverão ser encaminhadas exclusivamente pelo sistema eletrônico. Um relator será designado para cada conjunto de emendas a fim de garantir um acompanhamento eficiente da tramitação.

    Divergências

    O senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) foi um dos três que votaram contra o projeto. Na visão dele, o texto é ruim e não atende às exigências do STF tanto em termos de rastreabilidade, como em transparência.

    — Essa nova resolução é mais um artifício para encobertar os autores das propostas, é mais um artifício para criar duas categorias de parlamentares, aquela meia dúzia que tem acesso a emendas e uma maioria que só tem direito às emendas obrigatórias, transparentes, que estão na Constituição. No meu entendimento não deveria haver emenda nenhuma, apenas as obrigatórias — argumentou.

    Também contrárias ao texto, as bancadas do Psol e do Novo se manifestaram durante a sessão conjunta. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) chegou a apresentar, logo no início da discussão, uma questão de ordem para que a sessão fosse encerrada sob o argumento de que o texto não foi liberado para análise dos parlamentares com 24 horas de antecedência, argumento refutado pelo presidente Davi.

    Na sequência, o deputado atacou um dos pontos do texto. De acordo com ele, o artigo 45-A do projeto prevê que as indicações das emendas de comissão, encaminhadas para deliberação das comissões pelos líderes partidários, constarão de ata da bancada partidária, aprovada pela maioria dos membros.

    — O ministro Flávio Dino determinou que deve haver a identificação individual do autor das respectivas emendas. Nesse artigo há a possibilidade da indicação de emenda pelo líder partidário, sem a necessidade de que haja então a individualização e a nomeação de quem fez a indicação da emenda. Com isso mantém-se o orçamento secreto — criticou.

    A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) afirmou que há uma lacuna que não foi tratada no projeto. Segundo ela, “nada está resolvido em termos de transparência e rastreabilidade”.

    — A solução é muito simples, basta colocar uma coluna em todos os nove anexos, e não somente em alguns, com o nome do parlamentar solicitante ou proponente. O texto, como está, não vai resolver nada. Isso daqui, para mim, é uma afronta à inteligência de qualquer pessoa, é chamar todo mundo de laranja, de otário — desabafou.

    Deputado pelo Rio de Janeiro, Chico Alencar (Psol) disse que “começou mal a discussão de um projeto que pretende garantir mais transparência às emendas parlamentares, uma vez que a tramitação foi atropelada”. O deputado também criticou o artigo 45-A ao dizer que o “texto abre brechas” para que as emendas de comissão sejam indicadas pelos líderes partidários, juntamente com a ata da bancada.

    — Com o texto, há a possibilidade de um drible para indicação de emendas por meio dos líderes, sem nenhuma transparência, com a exigência apenas da assinatura pelos líderes partidários, acompanhados de um formulário — ponderou.

     

    Fonte: Agência Senado

  • Nova modalidade de contratação acelera obras públicas de infraestrutura em Goiás

    Nova modalidade de contratação acelera obras públicas de infraestrutura em Goiás

    O governo estadual se destaca nacionalmente ao adotar nova modalidade de contratação para acelerar a execução de obras públicas de infraestrutura em Goiás. Baseado no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSC), o modelo busca reduzir a burocracia e garantir eficiência no uso dos recursos públicos.

    O formato não prescinde da fiscalização dos órgãos de controle, que seguem acompanhando cada etapa.

    Para viabilizar a iniciativa, o governo estadual enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei que autoriza a parceria com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). O objetivo é dar mais agilidade na aplicação dos recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) em projetos de recuperação, pavimentação e construção de rodovias e pontes.

    Obras públicas de infraestrutura em Goiás

    O novo modelo de contratação será utilizado na execução de 18 obras rodoviárias, incluindo a pavimentação de mais de 739 quilômetros de rodovias, com investimento total de R$ 1,49 bilhão. As intervenções abrangem trechos das rodovias GO-206, GO-050, GO-411, GO-180, GO-139, GO-439, GO-461, GO-470, GO-220, entre outras, beneficiando todas as regiões de Goiás.

    Nova modalidade

    A modalidade visa superar os entraves das licitações convencionais, que podem levar de 8 a 10 meses para serem concluídas devido a contestações e prazos de recursos. Em muitos casos, empresas vencedoras desistem das obras, obrigando o Estado a reiniciar o processo do zero, gerando prejuízos financeiros e atrasos significativos.

    Com a nova metodologia, a expectativa é de que o processo seletivo para credenciar empresas qualificadas dure cerca de um mês, acelerando a entrega de obras estratégicas para Goiás.

    Legalidade

    O procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, reforça que a legalidade do processo está assegurada pela Lei Federal nº 13.019/2014, dispensando o chamamento público em casos específicos.

    “Este resultado oferece incentivos importantes para que os órgãos de controle interno e externo possam avançar e aprofundar a compreensão do regime jurídico das parcerias sociais”, pontua o procurador-geral.

    O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, destaca que o setor da infraestrutura enfrenta riscos de corrupção e lavagem de dinheiro, e que a licitação tradicional impõe prazos excessivamente longos sem oferecer segurança.

    “A responsabilidade com o recurso público é a mesma, mas agora teremos mais qualidade, celeridade e entrega nos prazos. O chamamento prevê que uma empresa com maior capacidade técnica seja priorizada, e não apenas a que oferece o menor preço”, explica Sales.

    O credenciamento das empresas será baseado em critérios técnicos, classificando-as em três categorias (A, B e C) conforme índices de liquidez, solvência, experiência operacional e capacidade de execução simultânea de obras.

    Cora é exemplo

    A nova modalidade de contratação já foi utilizada com sucesso na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em Goiânia. As obras, iniciadas em fevereiro de 2023, avançam rapidamente, com a ala infantil já 80% concluída e previsão de entrega neste primeiro semestre.

    Obra no Cora
    Nova modalidade de contratação já foi utilizada com sucesso na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Foto: Goinfra)

    O modelo conta com respaldo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) e do Ministério Público Estadual (MPE). O vice-presidente do TCE, Sebastião Tejota, enfatizou o modelo de contratação utilizado pela Goinfra para a construção do Cora.

    “A medida foi crucial para a rápida evolução das instalações, trabalho que representa uma boa aplicação dos recursos públicos. Estabelecemos uma relação de confiança e parceria com as equipes envolvidas”, destacou o conselheiro.

    “A burocracia de outros modelos de contratação atrasaria o avanço das obras e estamos certos de que todo o serviço feito até o momento redundou nesse estágio avançado”, concluiu o conselheiro.

    Saiba mais

    Aberto credenciamento de empresas para obras do Fundeinfra

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás