Categoria: Política

  • Senado renova presidências de 16 comissões permanentes

    Senado renova presidências de 16 comissões permanentes

    Embora o Plenário mobilize mais a atenção da opinião pública, por reunir o conjunto dos senadores e ser o cenário dos debates e votações mais importantes para o país, as 16 comissões temáticas permanentes do Senado são essenciais ao trabalho da Casa. Neste ano, só começam a funcionar plenamente depois de definidas as composições e eleitos o presidente e o vice de cada uma. Elas possuem muitas atribuições, que não só a tramitação de projetos parlamentares. Cabe aos colegiados, por exemplo, a convocação de ministros e titulares de órgãos do Executivo, sabatinas de candidatos a tribunais superiores e embaixadas, fiscalização e acompanhamento de atos do governo federal e realização de audiências públicas, inclusive as solicitadas por entidades da sociedade civil.

    As comissões centralizam os debates e os estudos sobre propostas de alteração das leis. São os locais de amadurecimento e de negociações das decisões do Parlamento. Um bom exemplo é o que aconteceu em 2024, com o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, o PLP 68, que tratou dos novos tributos sobre o consumo. Depois de praticamente quatro décadas de tentativas frustradas, o Congresso conseguiu substituir o ICMS estadual e o ISS municipal pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que no Brasil será dual [Contribuição sobre Bens e Serviços, a CBS federal e Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS estadual e municipal], além do Imposto Seletivo (IS).

    Considerada a matéria econômica mais importante do ano passado, coube a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) avaliar o texto aprovado na Câmara, estudar e debater as mudanças solicitadas pelos governos (federal, estadual e municipal), setores econômicos e sociedade civil. A CCJ contou com a contribuição do grupo de trabalho criado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Foram realizadas 13 audiências públicas na CCJ, além de 21 debates na CAE. O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), sua equipe e consultores da Casa analisaram mais de 2.160 emendas e formalizaram um projeto alternativo (substitutivo) com mais de 530 artigos e 23 anexos. Esse esforço gigantesco sofreu poucas intervenções no Plenário.

    Como próximo passo, já chegou a Casa, em 13 de novembro do ano passado, a segunda parte para operacionalizar a nova tributação sobre o consumo. Trata-se do projeto de lei complementar (PLP 108/2024), aprovado na Câmara, que institui o Comitê Gestor do IBS, define normas para gerenciar e administrar o novo imposto, com a gestão compartilhada entre estados e municipios, e estabelece o processo administrativo para a solução de disputas sobre a arrecadação e o tratamento para os saldos do ICMS durante o período de transição. Para começar a tramitar, o projeto terá de aguardar o despacho do próximo presidente do Senado, a ser escolhido em 1º de fevereiro.

    Início

    Os trabalhos das comissões só começam após a escolha dos seus dirigentes e da nova composição, o que geralmente acontece nas primeiras semanas de fevereiro. No entanto, eventuais atrasos podem acontece, já que dependem de acordos partidários para escolha da liderança desses colegiados.

    O primeiro passo é a indicação, pelos líderes partidários e de blocos, dos senadores que integrarão as 16 comissões. Essa escolha leva em conta a proporcionalidade partidária, ou seja, o número de representantes de cada bancada partidária e bloco parlamentar.

    O tamanho das bancadas também serve como critério para a distribuição das presidências dos colegiados. As maiores siglas e blocos costumam ter prioridade nas escolhas de comissões e podem ficar com colegiados de maior prestígio, como a CCJ e a CAE, ou um número maior de presidências.

    Além da proporcionalidade partidária, a negociação da distribuição das presidências das comissões também depende dos acordos firmados pelas lideranças na eleição do presidente do Senado e na formação da Mesa Diretora. Os membros das comissões, tradicionalmente, referendam essas escolhas.

    A proporcionalidade é garantida pela Constituição Federal (art. 58), que determina que, na formação da Mesa e das comissões, seja respeitada a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares, “sempre que possível”.

    Apesar disso, qualquer senador membro da comissão pode se lançar candidato à presidência do colegiado. De acordo com o Regimento Interno do Senado, “o presidente de uma comissão deve ser eleito pelos membros em votação secreta”. Quando não há disputa, a escolha é frequentemente realizada por aclamação.

    Competências

    Com mandato de dois anos, os presidentes têm um papel decisivo na tramitação dos projetos que passam pelo Senado. Cabe a eles ordenar e dirigir os trabalhos da comissão, convocar reuniões, definir as pautas de votação, designar os relatores para cada uma dessas matérias e desempatar as votações não secretas.

    Não há reeleição do presidente de uma comissão na mesma legislatura.

    Comissões

    O Senado possui 17 comissões permanentes (16 temáticas e a Comissão Diretora, que é composta pelos integrantes da Mesa do Senado e comandada pelo presidente do Senado).

    Essas comissões desempenham um papel central no debate e na análise de propostas relacionadas às suas áreas temáticas, antes que os projetos sejam encaminhados ao Plenário. Além disso, têm a possibilidade de apreciar projetos em caráter terminativo, o que pode dispensar a análise pelos senadores em sessão plenária.

    Entre outras atribuições, as comissões também podem sugerir emendas ao Orçamento, convocar ministros para prestar informações, realizar audiências públicas, emitir pareceres sobre proposições e sabatinar autoridades. Elas também devem fiscalizar o trabalho do Poder Executivo e avaliar anualmente políticas públicas federais relacionadas às suas áreas temáticas.

    Comissões mais disputadas

    Composta por 27 membros titulares e igual número de suplentes, a CCJ é responsável por analisar a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das matérias. Além disso, trata de questões polêmicas, como a perda de mandato de senadores e os recursos contra decisões da Presidência do Senado. A comissão também realiza as sabatinas dos indicados para os tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    A CAE, também com 27 membros, foca nas questões econômicas e financeiras dos projetos, debatendo temas como política de crédito, câmbio, comércio exterior e o sistema monetário. Além disso, é encarregada de sabatinar ministros indicados ao Tribunal de Contas da União (TCU) e presidente e diretores do Banco Central.

    Outra comissão de destaque é a de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), que realiza as sabatinas dos indicados para embaixadas e organismos internacionais, além de tratar de assuntos relacionados às relações diplomáticas.

    Os colegiados também conduzem sabatinas para diretores de agências reguladoras e membros de conselhos e órgãos como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

    Comissões mistas

    Além das comissões da Casa, senadores e senadoras também integram as comissões mistas do Congresso Nacional. São colegiados permanentes, e o mais importante deles é a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), em que senadores e deputados votam as principais leis orçamentárias do país [Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual]  e outras matérias orçamentárias, como créditosm ao Orçamento da União.

    A presidência deste colegiado é alternada entre deputados e senadores. Em 2025, caberá a um senador ocupar o posto.

    O Senado participa de outras comissões mistas, como a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM), a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) e a Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR).

    Como funciona a eleição em uma comissão?

    1. Indicação dos Membros
    • Líderes partidários e de blocos partidários indicam os senadores para integrar as 16 comissões permanentes temáticas.
    1. Formação das Comissões
    • Após a indicação, cada comissão se reúne para eleger seu presidente e vice-presidente.
    1. Eleição do presidente e vice-presidente
    • Os membros da comissão votam em escrutínio secreto.
    • O resultado da eleição é imediato, com os eleitos assumindo seus cargos logo após.
    1. Empate na Eleição
    • Se houver empate, a votação é repetida no dia seguinte.
    • Em caso de novo empate, o candidato mais idoso é eleito.
    1. Composição
    • As comissões devem garantir a participação proporcional dos partidos e blocos, conforme a representação de cada legenda no Senado.
    • Cada senador pode integrar até três comissões como titular e até três como suplente.
    • O presidente do Senado não pode atuar em comissões, exceto na Comissão Diretora.
    • O lugar na comissão pertence ao partido ou bloco parlamentar, e cabe ao líder pedir a substituição de um membro, se necessário.

    Confira todas as comissões permanentes temáticas do Senado:

    • CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) – 27 titulares
    • CAS (Comissão de Assuntos Sociais) – 21 titulares
    • CCDD (Comissão de Comunicação e Direito Digital) – 17 titulares
    • CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) – 27 titulares
    • CCT (Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática) – 17 titulares
    • CDD (Comissão de Defesa da Democracia) – 11 titulares
    • CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa) – 19 titulares
    • CDR (Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo) – 17 titulares
    • CE (Comissão de Educação e Cultura) – 27 titulares
    • CEsp (Comissão de Esporte) – 11 titulares
    • CI (Comissão de Serviços de Infraestrutura) – 23 titulares
    • CMA (Comissão de Meio Ambiente) – 17 titulares
    • CRA (Comissão de Agricultura e Reforma Agrária) – 17 titulares
    • CRE (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) – 19 titulares
    • CSP (Comissão de Segurança Pública) – 19 titulares
    • CTFC (Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor) – 17 titulares

    Fonte: Agência Senado

  • Davi Alcolumbre é o novo presidente do Senado

    Davi Alcolumbre é o novo presidente do Senado

    O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi escolhido na tarde deste sábado (1º) como novo presidente da Casa até fevereiro de 2027. Davi foi eleito durante votação em primeiro turno, com um total de 73 votos, para um mandato de dois anos. A escolha foi feita por meio de cédulas de papel, em votação secreta, com a chamada dos parlamentares a partir da ordem de criação dos estados. Davi sucede Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que presidiu o Senado nos últimos quatro anos.

    Todos os 81 parlamentares que integram o Senado registraram presença no Plenário e votaram. A reunião preparatória para a eleição da nova Presidência foi aberta às 10h36 pelo até então presidente, Rodrigo Pacheco, e o resultado oficial foi anunciado às 15h19.

    Na disputa, Davi derrotou outros dois candidatos: o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e senador Eduardo Girão (Novo-CE), que obtiveram quatro votos cada um. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), antes inscritos como candidatos, retiraram as candidaturas durante a reunião preparatória, em seus discursos de apresentação das propostas.

    Três senadores titulares afastados para exercer cargos de ministro de Estado retornaram temporariamente para participar da votação: Camilo Santana (Educação), Carlos Fávaro (Agricultura) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social). Os postos dos três ministros têm sido ocupados, respectivamente, pelas senadoras suplentes Augusta Brito (PT-CE), Margareth Buzetti (PSD-MT) e Jussara Lima (PSD-PI).

    Método de escolha

    Antes dos discursos dos candidatos, o senador Girão apresentou uma questão de ordem em defesa do voto aberto. Ele ponderou que a Constituição não prevê voto secreto para a escolha e o Regimento Interno da Casa não poderia contrariar a Lei Maior.

    Pacheco rejeitou a questão formulada ao destacar que o Regimento Interno determina que a eleição da Mesa seja feita de forma secreta. Na argumentação, ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia reconhecido a possibilidade de legislação infraconstitucional estabelecer casos de votação secreta.

    Posicionamentos

    Os pronunciamentos dos senadores em defesa de suas candidaturas começaram, em ordem alfabética, com o senador Astronauta Marcos Pontes. Eleito por São Paulo, o senador afirmou que é preciso ter coragem e compromisso à frente da Presidência.

    — Lutarei para restabelecer o equilíbrio entre os Poderes. Minha candidatura pretende devolver a grandeza ao Senado, com o fortalecimento da autonomia do Legislativo, defesa das prerrogativas parlamentares e aumento da participação da bancada feminina — pontuou.

    Por sua vez, o senador Davi Alcolumbre se apresentou como um defensor “intransigente” do diálogo, da construção coletiva e de soluções compartilhadas. Ele ressaltou que o Brasil ainda enfrenta ecos de intransigência e intolerância e que, por isso, é necessário reconstruir pontes e lembrar que adversários são parceiros no debate democrático.

    — Pretendo conduzir o Senado com altivez, sabedoria e calma, mas também firmeza e independência. O relacionamento entre os Poderes, embora regido pela Constituição, tem sido testado por tensões e desentendimentos. Não há futuro sem diálogo, respeito e democracia forte — reforçou.

    O senador Eduardo Girão, único representante do Novo na Casa, falou sobre a necessidade de entregar a verdade para as pessoas. Ele disse que a imagem pública do Senado é péssima e que é preciso mudar esse cenário.

    — Nosso grande problema foi não ter enfrentado a luta pelo reequilíbrio entre os Poderes. A insegurança jurídica e caos institucional que vivemos é porque o Senado não fez o dever de casa. É preciso coragem, sobriedade e coerência para exercer essa função. Temos que sair da terceira divisão e ir para a elite das instituições brasileiras — declarou.

    Penúltimo a discursar, o senador Marcos do Val foi o primeiro a retirar a candidatura à Presidência. Ele se queixou de sofrer censura e se disse perseguido por parte do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    — Hoje vivemos a maior perseguição política da história, com conivência da Mesa do Senado. Fui submetido a medidas ilegais e inconstitucionais que ferem direitos garantidos pela Constituição. Divergências são parte da democracia, mas não podem ser resolvidas na base do autoritarismo e perseguição política — sentenciou.

    A senadora Soraya Thronicke foi a última candidata a falar no Plenário. Única representante mulher entre os candidatos, ela se retirou da disputa com o argumento de que é preciso “coragem de avançar, mas também de retroceder no momento certo, com responsabilidade”.

    — Peço ao senador Davi Alcolumbre que honre o compromisso firmado entre nós de abraçar as pautas da bancada feminina. Confio no poder de liderança e capacidade de aglutinar a todos nós. Espero que se empenhe e faça um esforço para tornar tudo isso realidade — concluiu.

    Novo presidente

    Davi Alcolumbre assumiu a Presidência imediatamente após ser eleito. Esta é a segunda vez que ele ocupa o cargo. Davi comandou a Casa pela primeira vez entre 2019 e 2021. Nascido em 19 de junho de 1977, em Macapá (AP), David Samuel Alcolumbre Tobelem iniciou a trajetória política como vereador da capital amapaense, eleito pelo PDT em 2001.

    O novo presidente do Senado tornou-se deputado federal no ano seguinte. De lá, em 2005, filiou-se ao então Partido da Frente Liberal (depois chamado Democratas e, hoje, União Brasil). Em 2006, conquistou novo mandato na Câmara dos Deputados.

    Em 2009, licenciou-se para assumir o cargo de secretário municipal de Obras e Serviços Públicos de Macapá, durante a gestão do prefeito Roberto Góes. Retornou à Câmara em março de 2010, ano em que concorreu ao cargo mais uma vez e foi reeleito.

    Em 2014, sagrou-se senador. Em 2015, comandou a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e, em 2018, licenciou-se para concorrer ao governo do Amapá, sem sucesso. No retorno ao Senado, em 2019, foi escolhido presidente da Casa pela primeira vez, o mais jovem a ocupar o cargo.

    Naquele mesmo ano, como presidente da República em exercício, assinou a transferência definitiva das terras da União ao Amapá, uma reivindicação do estado de mais de 30 anos. Ele foi reeleito para o Senado em 2022 e nos últimos quatro anos comandou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    Fonte: Agência Senado

  • Trump associa acidente nos EUA a funcionários de política de diversidade

    Trump associa acidente nos EUA a funcionários de política de diversidade

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, leu algumas manchetes enquanto falava nesta quinta-feira (30) sobre o acidente entre um avião comercial e um helicóptero militar que deixou mais de 60 mortos, parecendo culpar, sem apresentar evidências, um “impulso de diversidade” na Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) pela colisão.

    Helicóptero transportava três militares e o avião estava com 64 pessoas a bordo, em Washington. Ninguém sobreviveu

    “Quero ressaltar que vários artigos que apareceram antes de eu assumir o cargo. E aqui está um, o impulso de diversidade da FAA inclui foco na contratação de pessoas com deficiências intelectuais e psiquiátricas graves. Isso é incrível”, comentou.

    “E então diz que a FAA diz que pessoas com deficiências graves são o segmento mais sub-representado da força de trabalho, disseram ‘eles os querem, e eles os querem, eles podem ser controladores de tráfego aéreo’. Eu não acho. Isso foi em 14 de janeiro, então foi uma semana antes de eu assumir o cargo. Eles fizeram um grande esforço para colocar diversidade no programa da FAA”, acrescentou.

    “Pessoas brilhantes precisam estar nessas posições [de tráfego aéreo], e suas vidas são realmente encurtadas, muito substancialmente encurtadas por causa do estresse onde você tem muitos, muitos aviões vindo em direção a um alvo, e você precisa de um talento muito especial e um gênio muito especial para conseguir fazer isso”, adicionou o presidente.

    Quando repórteres pediram para que Trump esclarecesse por que ele achava que um “impulso pela diversidade” na Administração Federal de Aviação estaria associado à colisão, ele apenas afirmou que “simplesmente poderia ter sido”.

    “Simplesmente poderia ter sido. Temos um alto padrão. Tivemos um padrão mais alto, muito mais alto do que qualquer outra pessoa”, pontuou.

    CNN entrou em contato com a Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo e aguarda retorno. O chefe do sindicato disse na quinta-feira que é muito cedo para especular sobre a causa da colisão.

    “Mais altos padrões” para sistema de aviação

    Minutos antes, ele destacou que “devemos ter apenas os mais altos padrões para aqueles que trabalham em nosso sistema de aviação”.

    Em seguida, chamou padrões do governo de Barack Obama de muito medíocres.

    “Você se lembra disso. Apenas a aptidão mais alta. Eles têm que ter o mais alto intelecto e pessoas psicologicamente superiores foram autorizadas a se qualificar para controladores de tráfego aéreo. Isso não era assim antes de chegar lá”, adicionou.

    “Quando cheguei em 2016, fiz essa mudança muito cedo, porque sempre senti que esse era um trabalho que, e outros empregos também, mas esse era um trabalho que tinha que ser de inteligência superior, e nós realmente não tínhamos isso. E nós tínhamos. E então, quando deixei o cargo e Biden assumiu, ele os mudou de volta para mais baixos do que nunca”, acrescentou.

    “A política deles era horrível”, disse o presidente, “e a política deles era ainda pior”.

    Autoridades afirmam que não há sobreviventes em acidente aéreo nos EUA

    As autoridades norte-americanas acreditam que não há sobreviventes da colisão entre um avião da American Airlines, que levava 64 passageiros, e um helicóptero militar, com três ocupantes. O acidente ocorreu na noite de quarta-feira (29/1) em Washington D.C., a capital do país. Até o momento, 30 corpos foram encontrados, de acordo com a Casa Branca.

    No momento do acidente, a temperatura do rio era de 2,2ºC, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

    Como ocorreu o acidente

    O avião da American Airlines pousava no Aeroporto Internacional Ronald Reagan, em Washington D.C., enquanto o helicóptero estava em um “voo de treinamento”, conforme informado pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth.

    CNN

  • “Maior programa de crédito do país”, diz Lula sobre consignado CLT

    “Maior programa de crédito do país”, diz Lula sobre consignado CLT

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quinta-feira (30) a proposta, em elaboração no governo, para garantir que trabalhadores com carteira assinada (CLT) do setor privado possam ter acesso a crédito consignado com juros mais baixos.

    “Parecia uma coisa impossível e ontem chegamos a um acordo [com os bancos]. Vai ser o maior programa de crédito da história desse país. Se prepare, vem uma bomba boa de crédito nesse país”, celebrou o presidente, em entrevista coletiva a jornalistas, no Palácio do Planalto, em Brasília.

    “Eu acho que pouco dinheiro nas mãos de muitos significa distribuição e renda e muito dinheiro nas mãos de poucos significa miséria”, reforçou. “Falta alguns ajustes de linguagem jurídica na lei que queremos mandar”, completou.

    A ideia do governo é criar uma plataforma que permita aos bancos e instituições financeiras acessar diretamente o perfil de crédito do celetista por meio do eSocial, o sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país. Para isso, o presidente deve editar uma medida provisória ou enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional. A previsão é que isso ocorra nem fevereiro.

    O crédito consignado é um empréstimo que tem as parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor. É uma modalidade de crédito que oferece taxas de juros mais baixas e é uma das mais utilizadas no Brasil, especialmente por servidores públicos e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).

    Regras

    A legislação que trata do consignado já permite que trabalhadores com carteira assinada possam ter acesso a este tipo de empréstimo, descontado do salário, mas ele requer a assinatura de convênios entre empresas e bancos, o que, na prática, dificulta que pequenas e médias empresas, e muitas grandes empresas também, possam aderir ao modelo em larga escala.

    Na proposta do governo, que ainda será apresentada, as regras sobre limites do consignado para trabalhadores celetistas deverão permanecer como estão, como o teto de 30% do salário comprometido com o empréstimo e a possibilidade de usar 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o total da multa recebida por demissão sem justa causa para o pagamento dos débitos, em caso de desligamento do emprego.

    Segundo dados apresentados pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a massa salarial dos trabalhadores CLT do setor privado alcança cerca de R$ 113 bilhões, enquanto o volume de crédito consignado neste segmento é de apenas R$ 40 bilhões. Já a massa salarial de aposentados do INSS e servidores públicos, que gira em torno de R$ 120 bilhões, resulta em uma oferta de crédito consignado de R$ 600 bilhões. O objetivo, como a nova plataforma, é triplicar a oferta de crédito para o empregado CLT.

    Agência Brasil

  • Lula diz que Kassab foi ‘injusto’ com Haddad e que riu de previsão sobre derrota se eleição fosse hoje

    Lula diz que Kassab foi ‘injusto’ com Haddad e que riu de previsão sobre derrota se eleição fosse hoje

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi injusto ao chamar o ministro Fernando Haddad (Fazenda) de “fraco”. O chefe do Executivo também ironizou a previsão de Kassab dizendo que Lula seria derrotado se a eleição presidencial fosse hoje. Apesar de defender o auxiliar das críticas, o petista disse que, se depender dele, não haverá nova medida fiscal neste ano, como chegou a anunciar a equipe econômica do governo.

    O PSD ocupa três ministérios no governo e negocia aumento de espaço na reforma ministerial que vai acontecer em breve.

    — Quando eu vi a história do companheiro Kassab, eu comecei a rir. Eu olhei no calendário e vi que a eleição vai ser só daqui a dois anos eu fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição. Eu acho que ele foi injusto com o companheiro Haddad. Eu posso não gostar de uma pessoa e ter crítica pessoal a uma pessoa, mas não reconhecer que ele começou nosso governo coordenando a PEC da Transição Porque nós não tínhamos dinheiro para governar em 2023. A gente conseguiu aprovar a PEC da Transição.

    Lula também respondeu o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que em entrevista ao GLOBO disse que o governo está sem “rumo”

    — Se o Republicanos vai me apoiar ou não em 2026, deixa chegar em 2026. Não vamos tentar antecipar dois anos. O meu problema agora é fazer com que 2025 seja o ano da melhor colheita política desse país para o meu governo — afirmou Lula.

    Críticas de Kassab e Marcos Pereira

    Lula foi alvo de críticas recentes dos presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do Republicanos, Marcos Pereira — os dois partidos compõem a base do governo.

    Presidente do PSD e secretário de governo e Relações Institucionais, no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, Gilberto Kassab disse nesta quarta-feira que uma reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não seria fácil. Para ele, se a eleição fosse hoje, o PT não estaria na condição de favorito, mas de derrotado

    — Hoje (a reeleição) não é fácil. Em quase 23 anos, desde que Lula se elegeu, o PT nunca teve uma queda (de popularidade) no Nordeste. Se fosse hoje, ele estaria na campanha, mas não na posição de favorito, mas sim de derrotado. Mas Lula sempre é um candidato forte — disse Kassab em painel da Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e UBS/BB nesta quarta-feira, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.

    — Primeiro, eu acredito no sucesso da economia quando você tem ministros de economia fortes. Fernando Henrique era um ministro forte e, em seu governo, dava toda a autonomia a Pedro Malan. Antonio Palocci comandava no governo Lula e Henrique Meirelles no governo de Michel Temer. Se não fosse o Paulo Guedes, Bolsonaro não teria tido êxito em algumas áreas — disse Kassab, que completou em seguida:

    — Hoje a gente vê dificuldade do ministro (Fernando) Haddad de comandar. Ele externaliza convicções e projetos, que acabam não se tornando realidade porque ele não consegue se impor no governo. Um ministro da economia fraco não é um bom indicativo — afirmou.

    Já Marcos Pereira disse em entrevista ao GLOBO que a tendência do partido é apoiar um nome de centro-direita à Presidência em 2026, mesmo com um assento na Esplanada dos Ministérios.

    Pereira faz ainda uma análise sobre o momento da gestão de Luiz Inácio Lula Silva, com a queda de popularidade: “O governo está um pouco sem rumo, sem direção”. A sigla abriga Hugo Motta (Republicanos), o favorito na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL). Segundo o presidente da sigla, a troca de comando deve tornar a relação entre os Poderes mais “harmoniosa”.

    Queda de popularidade

    Pesquisa da Quest/Genial, divulgada na última segunda-feira, mostra aumento da desaprovação ao governo de Lula puxada pelo Nordeste e pelo Sul. De acordo com o levantamento, a queda na aprovação foi de 8 pontos no Nordeste e 7 pontos no Sul. Com isso, a aprovação do governo chegou a 59% no Nordeste e a 39% no Sul. No país, a desaprovação do governo Lula chegou a 49%, ante os 47% da pesquisa anterior.

    O PSD tem três ministérios no governo Lula, (Minas e Energia, Agricultura e Pesca), mas o partido convive com insatisfações internas de políticos que não conseguem emplacar seus apadrinhados em cargos da máquina federal e, na outra ponta, de uma ala que resiste a aderir à gestão petista, segundo reportagem do GLOBO.

    Kassab também afirmou que Tarcísio de Freitas é um candidato forte, mas sua preferência seria se reeleger para o governo de São Paulo. O presidente do PSD citou ainda os nomes do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), para a eleição de 2026.

    — Outro candidato é o Tarcísio, lógico. Mas ele não será candidato. Está muito decidido. Ele tem dito publicamente que tem de continuar como governador. Se o Tarcísio não for candidato, cada partido vai lançar o seu. Todos eles vão ter 15%, 16% (de votos) e um deles vai para o segundo turno — disse Kassab.

    Entrevista no Planalto

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto nesta quarta-feira. Na fala inicial, ele falou que está “100% recuperado” após a queda sofrida no ano passado e a cirurgia para conter um hematoma no cérebro.

    — Em setembro eu bati a cabeça e em dezembro eu tive que fazer um procedimento e hoje eu estou aqui 100% recuperado e preparado para todas as dúvidas.

    Na segunda, a pesquisa Genial/Quaest mostrou que o índice de aprovação ao governo Lula recuou cinco pontos, de 52% para 47%, e ficou pela primeira vez atrás do percentual dos que reprovam a atual gestão. Segundo o levantamento, 49% agora dizem desaprovar o presidente, dois pontos a mais do que o índice dos que aprovam.

    Os segmentos que puxaram a piora foram aqueles que costumam despontar — e ainda despontam — como base de sustentação de Lula. Eleitores de baixa renda e moradores do Nordeste registraram quedas de sete e oito pontos na aprovação, respectivamente. Para o instituto, o cenário resulta da mistura entre frustração com promessas não cumpridas.

    Já o governo vê o aumento do preço dos alimentos e a crise envolvendo o Pix como os principais responsáveis pelo tombo na aprovação da gestão. O Planalto aposta na mudança da comunicação, com a substituição do petista Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom), para reverter o quadro.

    Sidônio assumiu um dia antes de o governo decidir recuar na portaria do Pix, em 14 de janeiro, com o compromisso de intensificar a atuação do governo nas redes sociais, de olho no enfrentamento ao bolsonarismo e à disseminação de fake news. Ele defende que mentiras e desinformações têm criado uma “cortina de fumaça” que impede que as ações da gestão cheguem à população brasileira, e que a gestão precisa saber se antecipar a isso.

    O GLOBO

  • Copom eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

    Copom eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

    A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de dezembro.Em comunicado, o Copom afirmou que as incertezas externas, principalmente nos Estados Unidos, suscitam dúvidas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Em relação ao Brasil, o texto informa que a economia brasileira está aquecida, com a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) acima da meta de inflação, e que as incertezas sobre os gastos públicos provocaram perturbações nos preços dos ativos.

    “O comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, destacou o comunicado.

    Em relação às próximas reuniões, o Copom confirmou que elevará a Selic em 1 ponto percentual na reunião de março, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação. “Para além da próxima reunião, o comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, ressaltou.

    Essa foi a quarta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

    Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.

    Inflação

    A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 0,52%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da bandeira verde nas contas de luz, o preço dos alimentos, principalmente da carne e de algumas frutas, continuou a subir.

    Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,83% em 2024, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

    No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em janeiro de 2025, a inflação desde fevereiro de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em fevereiro, o procedimento se repete, com apuração a partir de março de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

    No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

    As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,5%, 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,96%.

    O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA chegará a 5,2% em 2025 (acima do teto da meta) e 4% no acumulado em 12 meses no fim do terceiro trimestre em 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

    O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,5% em 2025 e de 4% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026.

    Crédito mais caro

    O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

    O mercado projeta crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,06% do PIB em 2025.

    A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

     

    infografia_selic
    infografia_selic – ArteDJOR
    fonte: Agência Brasil
  • Kassab vê Haddad como ministro fraco e diz que hoje Lula perderia reeleição

    Kassab vê Haddad como ministro fraco e diz que hoje Lula perderia reeleição

    O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse nesta quarta-feira (29) que vê o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com dificuldades de se “impor no governo”. Segundo ele, ter um ministro “fraco” no comando da equipe econômica é um indicativo negativo para o governo.

    “Hoje, o que a gente vê é uma dificuldade do ministro Haddad de comandar. Ele prioriza convicções, projetos, que não acabam se tornando realidade porque ele não consegue se impor no governo. Um ministro da Fazenda fraco sempre é um péssimo indicativo”, disse em evento com investidores em São Paulo.

    Na conversa, Kassab mencionou ministros anteriores, como Antonio Palocci, Henrique Meirelles e Paulo Guedes. “Eu acredito no sucesso da economia quando você tem ministros da economia fortes”, declarou.

    CNN procurou a assessoria de Haddad sobre as declarações de Kassab e aguarda resposta.

    Eleições em 2026

    No evento, Kassab foi questionado sobre as perspectivas para as eleições presidenciais de 2026. Segundo ele, a possibilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “hoje não é fácil”. Apesar disso, não descartou uma “reviravolta” que fortaleça o chefe do Executivo até a campanha eleitoral.

    “O Lula, como eu disse, acho que se fosse hoje perderia a eleição, mas sempre é um candidato forte. Tem muita experiência, pode haver uma reviravolta no seu governo”, afirmou.

    Kassab mencionou a última pesquisa Genial/Quaest, que mostrou queda na popularidade do governo petista. De acordo com ele, o fato de o apoio ao PT ter caído no Nordeste – tradicionalmente um reduto petista – é um “indicativo muito grande de que o PT, se fosse hoje, entraria na campanha, não na condição de favorito, [mas] na condição de derrotado”.

    Segundo Kassab, para vencer as eleições, um candidato à Presidência precisará necessariamente do apoio de partidos de centro. “Eu acho muito difícil ganhar a eleição de presidente quem não tiver com o centro. Seja um candidato de esquerda, seja de direita ou do próprio centro”, disse.

    Atual secretário de Governo e Relações Institucionais do estado de São Paulo, Kassab afirmou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seria o nome mais forte da oposição para a disputa à Presidência. Ele indicou, no entanto, que Tarcísio não deve se candidatar para presidente e deve buscar a reeleição no governo do estado.

    CNN

  • Governo reforça segurança penitenciária de Goiás

    Governo reforça segurança penitenciária de Goiás

    Reforçando o compromisso do Governo de Goiás em oferecer melhores condições de trabalho aos agentes da segurança pública estadual, o governador Ronaldo Caiado realizou, na tarde desta segunda-feira (27/01), a entrega de novas viaturas e equipamentos à Polícia Penal, durante cerimônia realizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia.

    Com investimentos de R$ 41,9 milhões oriundos do Tesouro Estadual, as novas aquisições irão garantir a ampliação do rigor nos procedimentos penitenciários.

    “Estamos trabalhando fortemente para recompensar tudo aquilo que os policiais penais têm feito. Estamos oferecendo todo o aparato necessário para se fazer a segurança plena tanto do cidadão que está ali cuidando da segurança do presídio, como para aqueles que estão nas ruas. Isso é dar condições para que todos possam trabalhar com dignidade”, enfatizou Caiado.

    O governador destacou que, desde 2019, o Governo de Goiás já investiu mais de R$ 17 bilhões na área da segurança pública e, aproximadamente, R$ 350 milhões no sistema penitenciário goiano, com a reforma de unidades, construção de novas celas e compra de equipamentos e armamentos.

    Caiado ressaltou ainda que os novos equipamentos são de extrema qualidade e os mais sofisticados no mundo hoje, o que garante condições aos agentes de poderem combater a criminalidade dentro e fora do sistema penal goiano.

    “Graças à atuação da Polícia Penal, atingimos um grau de excelência no Brasil”, afirmou Caiado.

    Governador Ronaldo Caiado durante entrega de novas viaturas e armamentos à Polícia Penal (Foto: Walter Follador)

    Entregas para segurança penitenciária de Goiás

    Foram entregues à força de segurança 86 novas viaturas modelo picape, equipadas com celas, 187 carabinas semiautomáticas, munições diversas e materiais químicos de segurança, como sprays de pimenta, agentes lacrimogêneos e granadas de luz e som.

    Foram entregues à força de segurança 86 novas viaturas modelo picape, equipadas com celas (Foto: Walter Follador)

    O vice-governador Daniel Vilela destacou o sucesso que o estado de Goiás observa na área da segurança pública.

    “Hoje, temos a tranquilidade de saber que nossa polícia recebe constantes investimentos e faz parte das prioridades do orçamento público”, disse.

    O secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, explicou que o controle do sistema penitenciário é fundamental e que “de nada adiantaria a persecução e execução penais se a gente não tiver a parte final, que é a segurança e o cumprimento da pena”.

    Já o titular da Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), Josimar Pires, ressaltou que é a primeira vez que todas as viaturas do sistema penitenciário são zero quilômetro e locadas, e que todas as unidades do estado passam a ter, no mínimo, uma arma de alto calibre.

    “São muitos investimentos voltados para a melhoria das condições das unidades, para a melhoria do processo de trabalho e, consequentemente, para o processo de ressocialização”, pontuou, ao lembrar que Goiás é um dos estados com menores índices de reincidência penitenciária do país em virtude do controle carcerário e dos processos de ressocialização que estão sendo empregados pelo governo estadual.

  • PF não identificou “mega-financiadores” do 8/1, diz diretor-geral

    PF não identificou “mega-financiadores” do 8/1, diz diretor-geral

    O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a instituição não identificou “mega-financiadores” dos atos de 8 de janeiro de 2023, que contaram com ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília.

    “Muitas vezes, na expectativa de algumas pessoas, haveria um ou dois, ou um grupo de mega-financiadores com vários milhões para essa atuação orquestrada para o golpe de Estado”, disse Rodrigues, que complementou: “a investigação provou que não, pelo menos nós não conseguimos identificar que isso tenha acontecido”. A declaração foi feita na segunda-feira (27) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

    Apesar de negar a existência de grandes patrocinadores, Andrei Rodrigues afirmou que havia um “financiamento disperso” por trás dos atos, e que os financiadores foram responsabilizados. “O que havia, sim, era esse financiamento disperso onde uma pessoa fornecia determinado insumo, outra uma questão logística, outra recursos e isso está lá apontado no inquérito policial”, continuou o diretor. “Portanto, sim, nós responsabilizamos os financiadores”, completou.

    Ainda na última quinta-feira (23), o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que, se a produção de provas do inquérito do golpe for finalizada ainda no mandato dele de presidente, ele irá pautar “imediatamente” a Suprema Corte. Operação Lesa-Pátria Em 2024, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Lesa-Pátria, que investigou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

    A CNN apurou que parte dos alvos eram empresários que financiaram os atos, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas em Brasília. Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PF. A Suprema Corte também autorizou 12 mandados de busca pessoal.

    CNN

  • Haddad apresenta 25 prioridades para a agenda econômica do governo até 2026

    Haddad apresenta 25 prioridades para a agenda econômica do governo até 2026

    O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou durante reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma lista de 25 prioridades da agenda econômica do governo para 2025 e 2026. Entre as medidas apresentadas, estão a regulamentação da reforma tributária e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

    Confira a lista:

    Fortalecer o arcabouço fiscal, para assegurar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), diminuir o desemprego e manter a inflação baixa e estabilizar a dívida pública;

    Iniciar a implantação da reforma tributária sobre o consumo; Regulamentar a reforma tributária: lei de gestão e administração do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), fundos e imposto seletivo;

    Reforma sobre a renda com isenção para quem ganha até R$ 5 mil e tributação sobre milionários;

    Limitação dos supersalários; Reforma da previdência dos militares;

    Projeto de lei da conformidade tributária e aduaneira, com valorização do bom contribuinte e responsabilização do devedor contumaz;

    Nova Lei de Falências; Fortalecimento da proteção a investidores no mercado de capitais; Consolidação legal das infraestruturas do mercado financeiro;

    Resolução bancária; Mercado de crédito: execução extrajudicial, consignado do E-social, uso de pagamentos eletrônicos como garantia para empresas e ampliação de garantias em operações de crédito (open asset) Regulamentação econômica das big techs;

    Modernização do marco legal de preços de medicamentos; Pé-de-Meia: permissão ao aluno investir em poupança ou títulos do Tesouro; Modernização do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos e das parcerias público-privadas;

    Nova emissão de títulos sustentáveis para trazer recursos do fundo clima; Avanço na implementação do mercado de carbono, com governança e decreto regulamentador; Novos leilões do Ecoinvest;

    Compra pública com conteúdo nacional programa de desafios tecnológicos para a transformação ecológica;

    Estruturação do Fundo Internacional de Florestas; Conclusão da taxonomia sustentável brasileira;

    Política de atração de datacenter e marco legal da inteligência artificial;

    Plano Safra e Renovagro: aprimoramento dos critérios de sustentabilidade;

    Concluir o mapa e investimentos sustentáveis na BIP (Plataforma de Investimentos para a transformação Ecológica no Brasil).

    CNN