Categoria: Política

  • Sandro Mabel decreta estado de calamidade pública em Goiânia para saúde e finanças

    Sandro Mabel decreta estado de calamidade pública em Goiânia para saúde e finanças

    O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, assinou nesta quinta-feira (2) decretos de calamidade pública para a saúde e para as finanças para enfrentar as crises que afetam o município. Ao todo, foram assinados 12 decretos com foco na contenção de despesas e no enfrentamento da crise na Saúde. As medidas buscam reorganizar as finanças, otimizar recursos e enfrentar os problemas críticos da gestão pública municipal. Análises preliminares da Secretaria de Fazenda estimam rombo operacional entre R$ 2 e R$ 3 bilhões, agravado por problemas na saúde que levaram a uma intervenção estadual.

    Os decretos de calamidade pública são válidos por até 180 dias e abrangem desde a suspensão a novas adesões a atas de preços até restrições na aquisição de equipamentos de tecnologia. “Não se trata de cortar serviços, mas de ajustar os valores para que a população tenha um retorno melhor dos recursos públicos investidos”, afirmou o prefeito, destacando que as medidas são essenciais para estabilizar o município e priorizar áreas críticas.

    O decreto financeiro visa possibilitar o contingenciamento de despesas e a renegociação de dívidas, incluindo precatórios e obrigações previdenciárias. Além do déficit operacional, estima-se mais de R$ 1 bilhão em dívidas tributárias e bloqueios de contas que dificultam o pagamento de fornecedores.

    Na área da saúde, o decreto permitirá ações mais rápidas, como a compra de medicamentos e insumos e a contratação emergencial de leitos de UTI. “Precisamos de agilidade para resolver as urgências da população. O decreto nos dará condições de fazer isso sem burocracia excessiva”, pontuou Mabel.

    Na gestão financeira, o decreto autoriza o contingenciamento de despesas e a renegociação de dívidas, incluindo precatórios e obrigações previdenciárias. Na saúde, as medidas emergenciais viabilizam a aquisição rápida de medicamentos, insumos e a contratação de leitos de UTI. “Precisamos de agilidade para resolver as urgências da população. O decreto nos dará condições de fazer isso sem burocracia excessiva”, destacou Mabel. O prefeito também alertou para um possível surto de dengue no início de 2025 e justificou a edição de um decreto emergencial voltado à prevenção. Entre as ações previstas, está o uso de drones para identificar e combater focos do mosquito transmissor de forma mais eficiente.

    Além disso, Mabel enfatizou a necessidade de modernizar a gestão financeira com a implantação de sistemas de governança tecnológica e centros de custo, visando maior transparência no uso de recursos públicos. “Hoje, não sabemos quanto cada área realmente gasta. Isso precisa mudar, e a tecnologia será uma aliada para trazer mais eficiência”, afirmou. Os decretos também suspendem temporariamente o pagamento de horas extras aos servidores municipais, com exceção de situações emergenciais na área da saúde.

    O prefeito também criticou a burocracia que atrasa entregas essenciais, como medicamentos e materiais escolares, e defendeu o uso de atas de registro de preços de outros entes federativos para acelerar contratações emergenciais. Mabel reforçou que os decretos representam um esforço conjunto para colocar Goiânia nos trilhos, enfrentando com responsabilidade os desafios financeiros e de saúde que assolam a cidade. “Estamos aqui para organizar a casa, trazer transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos”, disse.

    Recadastramento de servidores

    Outra iniciativa importante dos decretos será a implementação de um sistema de recadastramento dos servidores municipais. A medida visa identificar trabalhadores ativos, afastados ou em licenças prolongadas, permitindo um controle mais rigoroso da folha de pagamento e otimizando os recursos destinados à gestão de pessoal.

    Na gestão financeira, Mabel planeja ainda implementar sistemas de governança tecnológica e criar centros de custo para maior transparência na destinação dos recursos. “Hoje, não sabemos quanto cada área realmente gasta. Isso precisa mudar, e a tecnologia será uma aliada para trazer mais eficiência”, afirmou. O prefeito também criticou os processos burocráticos que atrasam entregas essenciais, como medicamentos e materiais escolares. Ele defendeu o uso de atas de registro de preços de outros entes federativos para acelerar contratações emergenciais.

  • Policarpo deve ser reeleito presidente da Câmara de Goiânia com quase unanimidade

    Policarpo deve ser reeleito presidente da Câmara de Goiânia com quase unanimidade

    O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), deve ser reeleger com facilidade. A expectativa é de que o vereador seja reeleito por unanimidade, ou quase. Fontes ouvidas na cerimônia de posse dos vereadores e prefeito, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmam que apenas um ou dois votos ainda estão sendo negociados para Policarpo.

    Já para a primeira e segunda vice-presidência, os cotados são os vereadores Anselmo Pereira (MDB) e Isaías Ribeiro (Republicanos). A eleição dos dois, diferente da de Policarpo, ainda é incerta, já que existe disputa pelos cargos na Câmara.

    A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia ocorre logo após a posse do prefeito Sando Mabel (UB). A sessão deve começar por volta das 17h. A Casa elege os novos membros da Mesa Diretora e os titulares e suplentes das Comissões Permanentes da Casa. Os mandatos nas funções internas da Câmara Municipal de Goiânia têm duração de dois anos (1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2026).

    4º mandato

    Por conta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, Romário Policarpo está apto para outra disputa. Caso vença, o vereador seria o primeiro com quatro mandatos na presidência de uma Câmara na história. Na ocasião, o STF decidiu um marco temporal pra 7 de janeiro de 2021 para eleição de Mesas Diretoras no Legislativo. Por conta disso, a eleição realizada em setembro de 2021 para o 2º biênio da 19ª Legislatura conta como primeira. Dessa forma, Policarpo ainda teria a possibilidade de concorrer à reeleição, mesmo que seja o 4º mandato.

    Jornal Opção
  • STF transfere à polícia resolução das emendas parlamentares

    STF transfere à polícia resolução das emendas parlamentares

    A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avalia que apenas a conclusão dos inquéritos policiais em curso solucionará o impasse sobre a transparência das emendas parlamentares. Os magistrados ouvidos pela mídia conservadora, nesta sexta-feira, disseram ter esperado uma solução política para o problema nos últimos dois anos. Diante da falta de uma providência concreta, a Corte interveio.

    Fontes ouvidas no Palácio do Planalto também veem com bons olhos a instauração de inquéritos policiais para pressionar os congressistas. Mas o governo teme possíveis retaliações no Congresso, posto os deputados avaliarem que Executivo e Judiciário atuam em conjunto, no caso das emendas. Assim, parlamentares poderiam congelar pautas fundamentais para o Palácio do Planalto em 2025.

    O impasse sobre a transparência das emendas teve início em agosto do ano passado, quando o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu os repasses das emendas até que fossem cumpridas condições específicas de publicidade e rastreamento. A decisão foi confirmada no Plenário da Corte e, em início de dezembro, o magistrado liberou as emendas, mas com ressalvas, de forma a garantir que as regras de transparência fossem respeitadas.

    Novas ações

    Em 23 de dezembro, porém, uma nova manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), juntamente com líderes partidários, resultou em uma nova suspensão no valor de R$ 4,2 bilhões. Como consequência, Dino determinou que a Polícia Federal (PF) instaurasse um inquérito para investigar a destinação das emendas.

    O Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, também iniciou uma nova leva de 34 procedimentos para investigar os recursos de emendas parlamentares destinadas a cidades de Alagoas, Ceará e Bahia. As investigações são parte de um esforço contínuo para rastrear o destino das chamadas “emendas-PIX”, repasses especiais feitos a prefeituras de forma opaca e que têm sido alvo de suspeitas de corrupção.

    A medida foi tomada após o ministro Dino determinar o cancelamento de pagamentos do governo, citando a falta de transparência no uso desses recursos públicos.

    Repasses

    O MPF, de acordo com levantamento realizado pela mídia privada, já abriu 234 procedimentos em todo o país, e, com os novos processos, a velocidade das investigações só aumenta. No Ceará, a ação abrange treze municípios, enquanto o restante dos processos envolve prefeituras baianas. Três dessas cidades receberam, juntas, R$ 3,5 milhões em emendas dos deputados federais Carlos Benevides Filho, Luiz Gastão e Robério Monteiro.

    Em muitos dos procedimentos, o MPF ainda não revelou os nomes dos responsáveis pelos repasses. O órgão está cobrando das prefeituras a devida prestação de contas desses recursos. Caso sejam encontrados indícios de corrupção ou improbidade, os casos serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR) para abertura de inquéritos no STF.

    Correio do Brasil

  • Dino manda suspender repasses de emendas a 13 ONGs que não cumprem transparência

    Dino manda suspender repasses de emendas a 13 ONGs que não cumprem transparência

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) a suspensão imediata dos repasses de emendas parlamentares a 13 organizações-não governamentais (ONGs) que não cumprem regras adequadas de transparência sobre o recebimento do dinheiro e o seu uso. A decisão se baseia em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) enviada ao Supremo.

    De acordo com o órgão, de um total de 26 ONGs analisadas, treze não fornecem “transparência adequada ou não divulgam informações”. A CGU deverá fazer uma auditoria específica nessas treze ONGs, apresentando um relatório em 60 dias. Para cumprir a ordem, a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá acionar os ministérios para informar sobre a proibição de novos repasses.

    Na decisão, Dino também determina que as ONGs sejam inscritas no cadastro de entidades inidôneas e impedidas de celebrar convênios ou receber repasses da Administração pública. Conforme relatório da CGU, outras nove ONGs analisadas apresentam as informações de forma incompleta, ou seja, existem dados de algumas emendas ou de apenas de anos anteriores sem atualização. Para esses casos, Dino intimou as entidades a apresentarem as informações que faltam, com a publicação, em até 10 dias, dos dados sobre as emendas em seus sites. Câmara, Senado e a Procuradoria-Geral da República (PGR) terão prazo de 10 dias para se manifestar sobre o relatório da CGU.

    Relatório

    O levantamento da CGU fiscalizou 26 ONGs que foram beneficiadas por empenhos ou pagamentos de emendas de qualquer modalidade entre 2 e 21 de dezembro de 2024. O relatório de quase 500 páginas foi enviado na noite de quinta-feira (4) ao ministro Flávio Dino.

    A ordem para elaboração do estudo foi dada pelo ministro em 2 de dezembro, como parte da decisão em que ele liberou as emendas após suspensão determinada em agosto. O magistrado determinou que a CGU analisasse se as ONGs e demais entidades do terceiro setor informaram na internet, “com total transparência”, os valores oriundos de emendas parlamentares (de qualquer modalidade), recebidos nos anos de 2020 a 2024. Segundo a controladoria, a falta ou insuficiência de transparência ativa pelas entidades “dificulta o controle, especialmente o controle social, essencial para a supervisão adequada e a garantia de accountability [responsabilidade] na aplicação dos recursos públicos”. As 26 ONGs analisadas fazem parte de um universo de 676 organizações que foram beneficiadas com o empenho (reserva do dinheiro) de emendas, entre 2 e 24 de dezembro. Os valores movimentados chegam a R$ 733,6 milhões.

    As informações foram extraídas do Portal da Transparência do governo federal. A partir do universo total, a CGU selecionou amostras representativas de acordo com o volume de dinheiro empenhado e com o valor dos pagamentos.

    CNN

  • Decisões do STF reforçam transparência na destinação de emendas parlamentares

    Decisões do STF reforçam transparência na destinação de emendas parlamentares

    Decisões tomadas no final deste ano pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmaram o bloqueio de parte das emendas de comissão do Congresso Nacional. As decisões integram uma série de medidas relacionadas ao tema das emendas parlamentares (instrumento por meio do qual o Legislativo atua na destinação de verbas do orçamento anual), que vem sendo discutido pela Corte desde 2022. Os posicionamentos da Corte são fundamentados na Constituição Federal, que exige que a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal forneçam informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais “de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público”.

    Com base em relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU), o STF verificou o descumprimento dessas exigências constitucionais na execução de diferentes modalidades de emendas parlamentares​ – incluindo individuais, de relator, de bancadas estaduais e de comissão. Entre 2019 e 2024, foram pagos R$ 186,3 bilhões sem que houvesse clareza sobre a origem e o destino dos recursos.

    A evolução dos julgamentos demonstra a importância de mecanismos que assegurem rastreabilidade e publicidade nos repasses, protegendo o interesse público e reforçando a responsabilidade fiscal.

    Confira as principais decisões do STF sobre o tema:

    19/12/2022 – Inconstitucionalidade do “orçamento secreto”
    No julgamento das Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 850, 851, 854 e 1014, o Plenário considerou inconstitucional o chamado “orçamento secreto”. Os processos questionavam o uso indevido das emendas de relator do Orçamento da União (identificadas pela sigla RP-9) para incluir novas despesas públicas ou programações no projeto de lei orçamentária anual da União. A decisão seguiu o voto da relatora, ministra Rosa Weber (aposentada), para quem essa modalidade de emenda (anônima, sem identificação do proponente e clareza sobre o destinatário) viola os princípios constitucionais da transparência, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade.

    “Não é razoável supor que emendas parlamentares sejam alocadas a partir de dezenas de ofícios, sem que sejam assegurados dados abertos em sistema de registro centralizado que permitam a transparência ativa, a comparabilidade e a rastreabilidade por qualquer cidadão e órgãos de controle”, afirmou a ministra.

    Na ocasião, o ministro Luís Roberto Barroso destacou que “em uma democracia e em uma república não existe alocação de recurso público sem a clara indicação de onde provém a proposta, de onde chega o dinheiro”.

    Também no julgamento, o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, lembrou que os princípios constitucionais da publicidade e da transparência devem ser observados em todas as fases do ciclo orçamentário, e não apenas na de execução.

    17/6/2024 – Audiência de conciliação
    Entidades que participaram do julgamento das ADPFs na condição de terceiros interessados (amici curiae) comunicaram ao STF a persistência do descumprimento da decisão da Corte, e o ministro Flávio Dino, sucessor da ministra Rosa Weber, marcou audiência de conciliação com representantes dos Poderes Legislativo e Executivo, da Procuradoria-Geral da República e do Tribunal de Contas da União para tratar da questão.

    1/8/2024 – Destinação das emendas e prazo para informações
    Após a audiência de conciliação, o ministro Flávio Dino decidiu que parlamentares só poderão destinar emendas para o estado (ou para município integrante do estado) pelo qual foi eleito, salvo projeto de âmbito nacional, e deu prazo de 30 dias para o Executivo e o Legislativo complementarem informações. Em 90 dias, a Controladoria-Geral da União (CGU) também deveria apresentar uma auditoria em todos os repasses parlamentares. Também foram designadas reuniões técnicas para detalhamento das informações e procedimentos necessários ao cumprimento integral da decisão do STF.

    1/8/2024 – Transparência nas emendas Pix
    Atendendo a pedido na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7688, apresentada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o ministro Flávio Dino determinou que as chamadas “emendas Pix” (emendas individuais que permitem a transferência direta de recursos) somente podem ser liberadas com o atendimento aos requisitos constitucionais da transparência e da rastreabilidade e com a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) e da CGU. Essa decisão foi referendada pelo Plenário.

    8/8/2024 – Reforço nas regras de transparência
    Em decisão liminar na ADI 7695, proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Flávio Dino reafirmou a exigência de transparência para as emendas Pix. No entanto, autorizou sua execução em casos de obras em andamento ou situações de calamidade pública reconhecidas pela Defesa Civil.

    14/8/2024 – Suspensão de emendas impositivas
    Em liminar deferida na ADI 7697, o ministro Flávio Dino suspendeu todas as emendas impositivas de deputados federais e senadores ao orçamento da União. “Não é compatível com a Constituição Federal a execução de emendas ao orçamento que não obedeçam a critérios técnicos de eficiência, transparência e rastreabilidade, de modo que fica impedida qualquer interpretação que confira caráter absoluto à impositividade de emendas parlamentares”, destacou. Ficaram ressalvados, no entanto, os recursos destinados a obras já iniciadas e em andamento ou a ações para atendimento de calamidade pública formalmente declarada e reconhecida.

    16/8/2024 – STF mantém suspensão de emendas impositivas
    Em sessão virtual extraordinária, o Plenário manteve, por unanimidade, a suspensão das emendas impositivas e as exigências de transparência nas “emendas Pix”. Na mesma data, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou um pedido do Congresso Nacional para retomar a execução das emendas. Barroso explicou que a intervenção da Presidência contra a decisão de outro ministro do Tribunal é excepcionalíssima e que as decisões do ministro Dino já estavam em discussão no Plenário.

    23/8/2024 – Atualizações no Portal da Transparência
    O ministro Flávio Dino determinou novas medidas para aperfeiçoar a execução das emendas. A decisão foi dada após diálogo institucional com os demais Poderes e reuniões técnicas sobre a melhor forma de garantir transparência e rastreabilidade no repasse dos valores.

    Por ordem do ministro, a CGU deverá apresentar uma proposta de reestruturação do Portal da Transparência que permita a apresentação simplificada e de fácil acesso das informações referentes às emendas de comissão (RP 8) e de relator (RP 9). Se a informação não estiver disponível, a CGU deverá apresentar essa necessidade para que sejam adotadas requisições judiciais ou providências para responsabilizar agentes omissos.

    2/12/2024 – Liberação condicionada
    Após a análise de petições e das medidas adotadas pelos Poderes Legislativo e Executivo para a continuidade da execução das emendas parlamentares, Flávio Dino autorizou o pagamento de emendas RP8 (comissão), RP9 (relator) e Pix, condicionado ao cumprimento das exigências constitucionais de transparência, rastreabilidade e controle público. Na decisão, o ministro definiu uma série de critérios, como a indicação do autor e do beneficiário final dos recursos no Portal da Transparência, além da separação entre o relator do orçamento e o autor das emendas. Determinou também que o Executivo verifique caso a caso a transparência antes de transferir os recursos. Nas emendas Pix, exigiu que, a partir de 2025, elas somente sejam liberadas com a apresentação prévia de um plano de trabalho e em contas específicas. Essa decisão foi referendada por unanimidade pelo Plenário em sessão extraordinária virtual.

    23/12/2024 – Bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão
    O ministro suspendeu o pagamento de 5.449 emendas de comissão, totalizando R$ 4,2 bilhões, até que sejam apresentados documentos que comprovem a regularidade das destinações. Por meio de manifestação apresentada ao STF, partidos políticos e entidades apontaram irregularidades na tramitação das emendas nas comissões permanentes e denunciaram suspeita de “apadrinhamento” por líderes partidários.

    29/12/2024 – Bloqueio definitivo com exceções
    Após receber informações da Câmara dos Deputados, Flávio Dino manteve o bloqueio das emendas de comissão consideradas irregulares, permitindo, excepcionalmente, a execução de empenhos realizados antes de 23 de dezembro para evitar insegurança jurídica. “Não se trata de interferência judicial na sagrada autonomia do Poder Legislativo, e sim de sua adequação à Constituição e às leis nacionais. Este é um dever irrenunciável do STF: assegurar que não haja o império de vontades individuais ou a imposição de práticas concernentes ao constitucionalismo abusivo, de índole autoritária e apartada do interesse público”, reforçou.

    30/12/2024 – Emendas do Senado
    O relator também manteve o bloqueio das emendas de comissão feitas pelo Senado Federal, ressalvando aquelas que tenham tido reserva de recuso (empenho) até o dia 23 deste mês.

  • Lula sanciona lei que impede volta do DPVAT em 2025

    Lula sanciona lei que impede volta do DPVAT em 2025

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (31) a Lei Complementar 211, que impede a retomada do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT, o antigo DPVAT). A decisão faz parte do pacote de corte de gastos do governo.

    Confira aqui o texto completo da Lei.

    No dia 18 de dezembro, os deputados e o governo já haviam firmado acordo pela revogação da lei que criaria o novo SPVAT. A volta do seguro para 2025 havia sido prevista por uma lei complementar assinada no último mês de maio.

    O seguro tinha a finalidade de garantir indenizações por danos pessoais a vítimas de acidente de trânsito e seria obrigatório. Estariam previstas indenização por morte, por invalidez e reembolsos para assistências médicas e também serviços funerários.

    Com a revogação da lei, vítimas de acidentes que não tiverem seguro privado não terão direito a indenizações. A cobrança havia sido encerrada por uma medida provisória assinada pelo então presidente Jair Bolsonaro em 2019.

    Agência Brasil

  • 3 prefeitos eleitos morreram antes da posse, 1 foi preso e mais 20 foram barrados pela Justiça

    3 prefeitos eleitos morreram antes da posse, 1 foi preso e mais 20 foram barrados pela Justiça

    Levantamento exclusivo do g1 mapeou a situação dos eleitos em todos os 5.569 municípios brasileiros. Em Santa Quitéria (CE), o prefeito, que obteve a maioria dos votos em outubro, foi preso horas antes de assumir o novo mandato.

    Ao menos 24 candidatos a prefeito que saíram das urnas como mais votados em outubro de 2024 não tomaram posse neste 1º de janeiro de 2025.

    Três deles – de Arroio dos Ratos (RS), Augusto Pestana (RS) e Cabreúva (SP) – morreram de causas naturais após as eleições. Nos três casos, os vice-prefeitos tomaram posse.

    Em outras 21 cidades, os mais votados estavam, até o dia 1º de janeiro, impedidos de tomar posse em razão de decisões da Justiça Eleitoral.

    É o caso de Santa Quitéria (CE), onde o prefeito, José Braga Barrozo (PSB), foi preso e impedido de tomar posse horas antes da cerimônia. Ele é suspeito de envolvimento com uma facção criminosa que teria atuado em favor de sua campanha.

    Em Choró (CE), o candidato mais votado, Bebeto Queiroz (PSB), também teve a posse suspensa no dia da cerimônia. Investigado por suspeita de envolvimento em crimes eleitorais, Queiroz é alvo de um mandado de prisão em aberto e é considerado foragido da Justiça.

    Em ambos os casos, quem tomou posse foi presidente da câmara municipal – regra que deve ser seguida em casos de impedimento da posse do candidato mais votado.

    Nessas situações, o vereador segue como prefeito interino até que a Justiça tome uma decisão final sobre o vencedor da eleição de 2024 ou determine a convocação de novas eleições.

    Morte do prefeito eleito

    • Arroio dos Ratos (RS)
    • Augusto Pestana (RS)
    • Cabreúva (SP)

    Barrados pela Justiça

    • Bandeirantes (MS)
    • Bocaina (SP)
    • Bonito de Minas (MG)
    • Choró (CE)
    • Eldorado (SP)
    • Goiana (PE)
    • Guapé (MG)
    • Guará (SP)
    • Itaguaí (RJ)
    • Mercês (MG)
    • Mongaguá (SP)
    • Natividade (RJ)
    • Neves Paulista (SP)
    • Panorama (SP)
    • Presidente Kennedy (ES)
    • Reginópolis (SP)
    • Ruy Barbosa (BA)
    • Santa Quitéria (CE)
    • São José da Varginha (MG)
    • São Tomé (PR)
    • Tuiuti (SP)

    A partir desta quarta, o PSD será o partido com o maior número de prefeitos em exercício no país. Pela primeira vez em pleno menos 20 anos, esse posto não será do MDB.

    Veja o top 3 das legendas com maior número de prefeitos:

    • PSD: 887
    • MDB: 856
    • PP: 747

    O União Brasil ocupa a 4ª posição, com 578 vencedores. O PT, sigla do presidente Lula, aparece em 9º, com 252 nomes, atrás de legendas como PL (516), Republicanos (435), PSB (309) e PSDB (274).

    G1

  • Sob o comando de Milei, Argentina surpreende com valorização de 44% do ‘superpeso’

    Sob o comando de Milei, Argentina surpreende com valorização de 44% do ‘superpeso’

    A Argentina está se reerguendo após a tempestade devastadora do “furacão socialista”! Em uma reviravolta impressionante, o país registrou uma valorização surpreendente de 44,2% em sua moeda, o “superpeso”, nos primeiros 11 meses de 2023, segundo dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS). O desempenho é simplesmente arrasador, superando com folga a Lira turca, que ficou com 21,2%.

    O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, conseguiu manipular a taxa de câmbio oficial de maneira impressionante, gerando reflexos positivos até nos mercados paralelos – tanto legais quanto ilegais – onde os argentinos compram dólares, uma vez que o acesso ao câmbio oficial é limitado. O impacto é tão grande que o salário médio em dólares dos argentinos quase dobrou entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, saltando para US$ 990, um alívio após sete longos anos de depreciação.

    Mas as boas notícias não param por aí. Milei prevê uma escassez reduzida de moeda estrangeira nos próximos anos, graças a investimentos massivos nas reservas de lítio, xisto e gás. Esse movimento deverá impulsionar ainda mais as exportações argentinas e trazer uma esperança renovada para o país.

     

    Jetts

  • Vereadora de SP que não se reelegeu leva privada de gabinete embora; ‘Vamos usar penico comunitário’, brinca sucessor, ex-BBB Adrilles Jorge

    Vereadora de SP que não se reelegeu leva privada de gabinete embora; ‘Vamos usar penico comunitário’, brinca sucessor, ex-BBB Adrilles Jorge

    Recém-empossado vereador na cidade de São Paulo, o ex-BBB Adrilles Jorge (União Brasil) teve uma surpresa ao ser sorteado para ocupar o gabinete 607, do 6º andar da Câmara Municipal de São Paulo, nesta segunda-feira (1°), primeiro dia de trabalho da nova Legislatura.

    É que não havia pia nem vaso sanitário no banheiro do gabinete, que antes era ocupado pela vereadora Janaína Lima (PP), que não se reelegeu.

    “Visitei o gabinete, achei a arquitetura genial. Mas ela tirou tudo. Foi tirado inclusive o vaso e a pia. Ela não disse [que ia retirar]. E é uma coisa que nem ela ia dizer, nem eu ia perguntar”, afirmou.

    Procurada pelo g1, Janaína disse que, quando assumiu o mandato de vereadora, ainda pelo partido Novo – do qual foi expulsa –, não havia banheiro interno no gabinete. Ela, então, fez uma série de mudanças estruturais pagas com o próprio dinheiro e, portanto, tinha o direito de levar o material embora (veja nota abaixo).

    Apesar disso, Adrilles Jorge fez piada com o assunto e afirmou que a equipe vai “usar um penico comunitário” até que a situação se resolva.

    “Acho que é uma punição para mim, que sou conservador liberal, ser obrigado a usar o banheiro coletivo. Mas tudo bem. Tendo alguma maneira de a minha equipe se aliviar ali perto, está tranquilo. Um trabalho conjunto para estabelecer uma ação de afirmação de uma força maior para que a gente tenha um trabalho mais efetivo”, debochou.

    O ex-BBB afirmou que vai levar o caso para a presidência da Casa, para ver se há possibilidade de a Câmara Municipal instalar um vaso sanitário e uma pia no banheiro do gabinete.

    O presidente eleito da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil), disse que nunca havia acontecido um caso parecido com esse no Legislativo paulistano e que a nova Mesa Diretora vai avaliar o que fazer.

    “Vamos ter que tomar alguma providência que eu nem sei [qual é]… É uma coisa que na minha cabeça não caberia. Se for verdade, vamos ter que tomar uma providência. Como nunca aconteceu isso, é uma coisa estranha, vamos ver o que aconteceu e tomar as medidas cabíveis”, disse o novo presidente do União Brasil.

    Por meio de nota, Janaína Lima (PP) afirmou que os produtos retirados foram adquiridos com recurso próprio e que ela tem “compromisso com a ética e a responsabilidade no uso dos bens públicos”.

    Nota Oficial de Janaína Lima

    “É nosso dever devolver o gabinete como o recebemos, assegurando que todo o patrimônio público permaneça devidamente registrado e intacto. Nesse sentido, seguindo a orientação da própria Câmara que determina que os itens não pertencentes ao patrimônio devem ser retirados, assim foi feito. Todos os itens retirados do gabinete foram aqueles adquiridos exclusivamente com recursos próprios e que, portanto, não integram o patrimônio da Câmara Municipal, respeitando o critério orientado quando recebi o gabinete.

    Todo o patrimônio da Casa está devidamente elencado e conferido pelo setor responsável, garantindo total transparência e conformidade. Além disso, outros itens que também foram fruto de investimento pessoal, como a divisória de vidro, a bancada que circunda a coluna, duas estruturas de cobogó, o teto aberto com instalações elétricas estilo industrial e dezenas de luminárias permaneceram no espaço, à disposição do novo mandatário, conforme sua decisão.

    O vereador que assumiu o gabinete manifestou apreço pelo desenho arquitetônico do espaço, que foi transformado em um modelo de coworking durante minha gestão. Fico feliz em saber que ele pretende manter esse conceito, que promove um espírito empreendedor dentro da Câmara. Continuo à disposição para alinhar quaisquer ajustes necessários, sempre buscando preservar o projeto e atender as regras da Casa.

    Janaína Lima foi expulsa do partido Novo após se envolver em uma briga com a colega de legenda, Cris Monteiro, no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo em novembro de 2021.Reitero meu compromisso com a ética e a responsabilidade no uso dos bens públicos, reafirmando que todas as minhas ações são guiadas pela transparência e pelo respeito às normas institucionais”.

    A briga ocorreu durante a votação da Reforma da Previdência municipal, ainda no plenário e terminou com agressão entre as duas dentro do banheiro (veja vídeo acima).

    O conflito teria sido provocado por conta do tempo de fala ao microfone que cada uma teria, segundo informou Janaína Lima na época.

    Por causa da violência, as duas vereadoras foram investigadas na Corregedoria da Câmara. Janaína chegou a ter as funções parlamentares suspensas.

    G1

  • Aprovado em definitivo PL que responsabiliza a Prefeitura de Goiânia pela padronização e reforma de calçadas

    Aprovado em definitivo PL que responsabiliza a Prefeitura de Goiânia pela padronização e reforma de calçadas

    O Plenário da Câmara de Goiânia aprovou, em última votação, no dia 26 passado, projeto de lei complementar (PLC 13/2023) que responsabiliza a Prefeitura pela construção, manutenção e adaptação das calçadas nas vias públicas.

    Conforme o autor da matéria, vereador Paulo Magalhães (União Brasil), a Prefeitura de Goiânia deverá criar projeto próprio de padronização das calçadas, atendendo a critérios de acessibilidade. Também caberá à Prefeitura a construção ou reconstrução, a cada ano, de 5% do total de quilômetros das calçadas existentes. O prazo máximo para conclusão das obras será de 20 anos, a partir de janeiro de 2025.

    Segundo a proposta, os recursos arrecadados na cobrança de multas de trânsito e captados em convênios ou parcerias público-privadas serão revertidos para obras de construção, reforma e manutenção das calçadas.

    O projeto segue para sanção ou veto do Executivo, que nesta quarta-feira passou a ser liderado pelo prefeito Sandro Mabel.

    Rota Jurídica