Categoria: Política

  • Natal e Ano Novo alteram horários de funcionamento nas repartições estaduais

    Natal e Ano Novo alteram horários de funcionamento nas repartições estaduais

    Os feriados de Natal e Ano Novo promoverão alterações nos horários de funcionamento das repartições públicas e serviços do Estado em Goiás. O Decreto assinado pelo governador Ronaldo Caiado, no último dia 2 de dezembro e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), determina ponto facultativo nas antevésperas e vésperas das duas datas comemorativas, dias 23, 24, 30 e 31 de dezembro.

    De acordo com o decreto, as mudanças não se aplicam aos órgãos e às entidades que desenvolvem atividades que, “por sua natureza ou em razão do interesse público, tornem indispensável a continuidade do serviço”, como, por exemplo, unidades de imprensa (por todos os meios de comunicação e divulgação disponíveis), de saúde, de policiamento civil e militar, de bombeiro militar, de arrecadação e de fiscalização, que não prejudiquem outras, conforme decisão de suas direções.

    Confira como ficam os horários nas repartições públicas:

    Vapt Vupt

    Em 23 de dezembro, as unidades do Vapt Vupt em Goiás terão funcionamento normal. Já nos dias 24 e 25 de dezembro, estarão fechadas. Para o Ano Novo, funcionamento normal apenas em 30 de dezembro. Nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2025, voltam a fechar. Apenas a unidade do Detran, na Cidade Jardim, estará fechada todos os dias, com retorno em 2 de janeiro de 2025.

    Natal e Ano Novo alteram funcionamento de repartições públicas estaduais
    Não haverá expediente na sede da autarquia e nas Ciretrans, de 23 a 25 de dezembro e de 30 de dezembro a 1° de janeiro de 2025 (Fotos: Agência Cora)

    Detran

    Não haverá expediente na sede da autarquia e nas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), do dia 23 a 25 de dezembro e do dia 30 de dezembro a 1° de janeiro de 2025. Nas duas semanas, o atendimento será retomado nas quintas-feiras, dia 26 de dezembro e 2 de janeiro de 2025.

    Apesar do fechamento, o usuário pode utilizar vários serviços por meio do aplicativo Detran GO ON e pelo site oficial do Detran-GO.

    Restaurante do Bem

    As 15 unidades do Restaurante do Bem funcionarão normalmente nos dias 24 e 31 de dezembro. Já nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, as unidades estarão fechadas.

    Procon

    Não haverá expediente nos dias 23, 24 e 25 de dezembro, além dos dias 30, 31 de dezembro e 1° de janeiro de 2025. Caso o consumidor queira registrar denúncias ou reclamações, poderá usar a plataforma Procon Web.

    Saneago

    Mesmo durante as festividades de Natal e Ano Novo, as equipes da Saneago vão manter os trabalhos administrativos e operacionais para o pleno funcionamento dos sistemas de água e esgoto. O atendimento ao cliente para informar sobre vazamentos, consultar faturas, entre outros, será garantido 24 horas pelos canais:

    • 0800 645 0115 (Central),
    • 62 3269-9115 (WhatsApp)
    • ou na Agência Virtual pelo site da Saneago.
    Natal e Ano Novo alteram funcionamento de repartições públicas estaduais
    Na Ceasa, em Goiânia, a distribuição e comercialização de alimentos continua em horário normal durante feriado prolongado (Foto: Ceasa)

    Ceasa

    As Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa) funcionarão nos dias 23 e 24 de dezembro, das 03 às 14 horas. No dia 25 de dezembro, estarão fechadas. Já nos dias 30 e 31 de dezembro, abrirão normalmente, das 03 às 14 horas. Em 1° de janeiro de 2025, estarão fechadas.

    Unidades culturais

    Os espaços geridos pela Secretariada Cultura estarão fechados dos dias 21 a 25 de dezembro (deste sábado até a próxima quarta-feira) e de 28 de dezembro a 1º de janeiro. A medida inclui:

    • o Teatro Goiânia,
    • o Centro Cultural Octo Marques,
    • Vila Cultural Cora Coralina,
    • o Museu Pedro Ludovico,
      • Bibliotecas Braille,
      • Pio Vargas
      • e Gibiteca Jorge Braga,
      • além do Centro Cultural Marietta Telles Machado
      • e do Museu da Imagem e do Som (MIS).
    • Também estarão fechados o Cine Teatro São Joaquim
    • e o Palácio Conde dos Arcos, na Cidade de Goiás.

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  • Votação do Orçamento de 2025 fica para fevereiro

    Votação do Orçamento de 2025 fica para fevereiro

    O relator do Orçamento de 2025 (PLN 26/24), senador Angelo Coronel (PSD-BA), anunciou que a votação do projeto será feita em fevereiro porque será necessário alterar o texto em razão da aprovação das propostas do ajuste fiscal. Ele explicou que a sanção dos projetos ainda pode trazer vetos.

    “As alterações no salário mínimo, por exemplo, afetam significativamente despesas previdenciárias, benefícios sociais e metas fiscais, exigindo cálculos e projeções mais precisos”, afirmou.

    O relator lembrou que a própria Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 ainda precisa ser sancionada.

    “O objetivo não é retardar o processo, mas assegurar um documento que de fato retrate as prioridades nacionais, o equilíbrio das contas públicas e o compromisso com as metas de médio e longo prazos”,  justificou.

    Execução do Orçamento
    A LDO de 2025 orienta os Poderes sobre o que pode ser executado sem o Orçamento estar publicado. Basicamente, podem ser pagas:

    • despesas com obrigações constitucionais ou legais da União;
    • ações de prevenção a desastres ou resposta a eventos críticos em situação de emergência ou estado de calamidade pública;
    • ações relativas a operações de garantia da lei e da ordem;
    • ações de acolhimento humanitário e interiorização de migrantes em situação de vulnerabilidade;
    • ações de fortalecimento do controle de fronteiras;
    • ações emergenciais de recuperação de ativos de infraestrutura para garantia da segurança e trafegabilidade dos usuários nos eixos rodoviários;
    • concessão de financiamento ao estudante e integralização de cotas nos fundos garantidores no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil;
    • dotações destinadas à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde;
    • realização de eleições e continuidade da implementação do sistema de automação de identificação biométrica de eleitores pela Justiça Eleitoral;
    • despesas custeadas com receitas próprias, de convênios ou de doações;
    • formação de estoques públicos vinculados ao programa de garantia de preços mínimos;
    • investimentos referentes a projetos em andamento, cuja paralisação possa causar prejuízo ou aumento de custos para a administração pública, até o limite de 1/12 do valor previsto para cada órgão;
    • outras despesas correntes de caráter inadiável até o limite de 1/12 do valor previsto para cada órgão.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Pacheco faz balanço positivo e aponta desafios para 2025  Fonte: Agência Senado

    Pacheco faz balanço positivo e aponta desafios para 2025 Fonte: Agência Senado

    Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (20), Rodrigo Pacheco fez um balanço positivo do ano legislativo e de seus quatro anos como presidente do Senado. Ele destacou a aprovação de propostas importantes — como a regulamentação da reforma tributária, o pacote de corte de gastos e a renegociação das dívidas dos estados — e cumprimentou os parlamentares pelo esforço e dedicação que mostraram no pequeno tempo disponível para a tramitação das proposições.

    — Foi uma reta final muito produtiva. Consideramos a missão cumprida, e com a perspectiva de um recomeço em 2025: muitas coisas haverão de ser também apreciadas no ano de 2025.

    Pacheco agradeceu aos senadores pela confiança nos quatro anos em que exerceu a presidência da Casa, nos quais — sublinhou — pautou-se pelo diálogo democrático e respeitoso com os colegas de todas as tendências políticas.

    Pacheco justificou a impossibilidade da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) ainda em 2024, explicando que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) precisava aguardar a conclusão da votação do pacote de corte de gastos e do exame dos efeitos do pacote sobre a peça orçamentária. Ele disse que a demora já “aconteceu outras vezes”, mas disse esperar que a tramitação siga sob o novo presidente do Senado, a ser eleito em 1º de fevereiro.

    — Nós começaremos 2025 já com uma nova Mesa da Câmara, uma nova Mesa do Senado, certamente comprometidas com a aprovação do Orçamento.

    Reforma tributária

    Entre as realizações do Congresso este ano, Pacheco destacou a entrega da reforma tributária e sua regulamentação. Para ele, “pode-se fazer críticas” às novas normas, mas a reforma concluiu uma discussão de três décadas, conduzindo o Brasil a um modelo de tributação já adotado em países desenvolvidos. Em seu entendimento, a reforma tributária soma-se às contribuições do Senado para o desenvolvimento econômico e social.

    — Inúmeros marcos legislativos foram aqui concebidos e os entregamos, como o Marco Legal do Saneamento Básico, a autonomia do Banco Central, a Lei do gás, as leis em área de de energia, […] o Programa de Transição Energética. Também votamos o mercado de crédito de carbono, que se transformou em lei, e a [Lei da] Inteligência Artificial, que foi aprovada no Senado e irá para a Câmara.

    Corte de gastos

    Ele disse esperar que o comprometimento do Congresso com o controle do gasto público — sinalizado pelo esforço de deputados e senadores para a rápida aprovação do pacote de corte de gastos — desperte uma reação positiva do mercado, especialmente em reação à recente alta da cotação do dólar e dos juros. Na avaliação de Pacheco, o pacote não é um “exaurimento” da questão, mas o início de uma jornada de responsabilidade fiscal.

    — Certamente 2025 vai ser pautado por uma discussão sobre a qualidade do gasto público, o tamanho do Estado brasileiro, combater privilégios, combater desperdícios, combater excessos, ter mais eficiência no gasto público. […] Há uma grande perspectiva de receita, mas, em relação às despesas, nós precisamos ter mais eficiência.

    Citando setores como saúde e segurança pública, ele rejeitou tratar o servidor público como “vilão” no aprofundamento da discussão sobre corte de gastos.

    — A lógica de reforma do Estado brasileiro não pode ser a partir do sacrifício de servidores públicos, […] porque eles são absolutamente essenciais para o funcionamento deste país.

    Pacheco cobrou uma “comunhão de esforços” do Congresso e do Poder Executivo, num trabalho de qualificação do gasto público, e disse ser possível discutir a destinação das emendas parlamentares dentro de uma lógica de “projetos estruturantes” para o Brasil.

    Justiça tributária

    Além da discussão sobre gastos públicos, Pacheco espera em 2025 prioridade na discussão da reforma da tributação sobre a renda, que considera complemento dos termos da reforma tributária aplicados sobre o consumo.

    — É importante que não seja com o sacrifício do contribuinte com aumento de carga tributária, mas uma reforma da renda que estabeleça a justiça tributária no Brasil.

    Avanço em reformas

    Rodrigo Pacheco disse que “não existe” definição sobre se ele será nomeado para um ministério em 2025. Ao citar os projetos que apresentou, ele sublinhou que sua prioridade é servir o estado de Minas Gerais e o povo brasileiro.

    — Sou autor do projeto da Lei das Vacinas, sou autor de um projeto que reforma a lei do impeachment no Brasil, sou autor de um projeto que adota um novo procedimento administrativo tributário que complementa a reforma tributária e que é modernizador para o Estado brasileiro, sou autor do projeto de Inteligência Artificial, sou o autor da Lei da SAF [Sociedade Anônima do Futebol], que salvou muitos clubes Brasil afora.

    Ele espera que o Senado possa avançar na reforma do Código Penal e na atualização do Código Civil — cujo anteprojeto foi elaborado por uma comissão de juristas — para, entre outros pontos, reconhecer temas do direito digital e acolher as uniões homoafetivas.

    — Não é possível existir isso na sociedade brasileira: isso ser acolhido pelo Judiciário, acolhido pelos cartórios, e na Lei Civil não se outorgarem os direitos para esse tipo de família.

    O presidente do Senado concluiu fazendo votos de “transformar o país” com mais união e menos ódio e preconceito.

    — Que não percamos o otimismo e a crença de que o Brasil é um grande país, e que pode dar muito certo com a colaboração e com a união de todos.

    Fonte: Agência Senado

  • Israel ordena fechamento de um dos últimos hospitais no norte de Gaza

    Israel ordena fechamento de um dos últimos hospitais no norte de Gaza

    As autoridades israelenses determinaram, na noite desse domingo (22), o fechamento de um dos últimos hospitais ainda em funcionamento no norte de Gaza. Os profissionais de saúde estão agora procurando maneiras de transportar centenas de pacientes e funcionários em segurança para outros locais, enquanto enfrentam bombardeios intensos.

    Husam Abu Safiya, chefe do Hospital Kamal Adwan, disse ser “quase impossível” cumprir a ordem de retirada dos pacientes, já que não existem ambulâncias suficientes para o transporte.

    “Temos, neste momento, quase 400 civis dentro do hospital, incluindo bebês na unidade neonatal, cujas vidas dependem de oxigênio e incubadoras. Não podemos retirar esses pacientes de forma segura sem assistência, equipamento e tempo”, explicou à agência Reuters.

    Segundo Safiya, o hospital está “sob fortes bombardeios e ataques diretos aos tanques de combustível que, se forem atingidos, causarão grande explosão e mortes em massa dos civis nas instalações”.

    Na sexta-feira (20), as forças israelenses disseram ter enviado combustível e comida para o hospital e ajudado a retirar mais de 100 pacientes e cuidadores, levando-os para outros hospitais de Gaza, em coordenação com a Cruz Vermelha. O Hospital Kamal Adwan é um dos poucos ainda em funcionamento no norte de Gaza, área que enfrenta há quase três meses uma intensa pressão militar israelense.

    Segundo o chefe do hospital, Tel Aviv ordenou que os pacientes e funcionários retirados fossem levados para outro hospital que se encontra em condições ainda piores, superlotado e com camas espalhadas pelos corredores.

    O Ministério da Saúde de Gaza alertou que os três principais hospitais do norte da região, entre os quais se encontra o Kamal Adwan, quase não funcionam e têm sido alvo de repetidos ataques desde que Israel enviou tanques para Beit Lahiya e para as cidades vizinhas de Beit Hanoun e Jabalia, em outubro.

    Israel tem garantido que a operação nessas comunidades do norte da Faixa de Gaza tem como alvos militantes do Hamas. Os palestinos acusam, por sua vez, os militares de buscarem despovoar permanentemente a região para criar uma área tampão.

    Ataques a campo de refugiados

    Na manhã desta segunda-feira surgiram relatos de bombardeios isralenses ao campo de refugiados de al-Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. Pelo menos quatro pessoas teriam morrido, de acordo com a Al Jazeera.

    Segundo a publicação, as forças israelenses cercaram o local às primeiras horas da manhã, com quadricópteros (um tipo de helicóptero) e veículos armados.

    “Dispararam de forma intermitente, utilizando os quadricópteros e artilharia pesada. Uma pessoa morreu no local”, apurou a Al Jazeera. “A grande maioria da população deslocada é constituída por civis – mulheres e crianças. São também eles que constituem a maioria das vítimas que chegam aos hospitais”, acrescenta.

    O mais recente balanço das autoridades de Gaza indica mais de 45.200 palestinos mortos nos ataques feitos por Israel desde 7 de outubro do ano passado. O número de feridos supera já os 107 mil.

    Agência Brasil

  • Operação Overclean: PF faz nova ação contra fraudes em licitações na Bahia

    Operação Overclean: PF faz nova ação contra fraudes em licitações na Bahia

    Policiais federais cumprem, nesta segunda-feira (23), quatro mandados de prisão preventiva contra acusados de fraudes em licitação e desvio de recursos públicos na Bahia. A segunda fase da Operação Overclean também cumpre dez mandados de busca e apreensão, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF).As medidas judiciais estão sendo cumpridas em Brasília e nas cidades baianas de Salvador, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. Também foram determinados pela Justiça o afastamento cautelar de um servidor público e o sequestro de bens que somam R$ 4,7 milhões.

    A primeira fase da Operação Overclean foi desencadeada no dia 10 de dezembro e investigou o direcionamento de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a prefeituras baianas.

    O esquema, segundo a Polícia Federal (PF), envolvia superfaturamento de obras e desvio de recursos, o que gerou prejuízos de R$ 1,4 bilhão ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).

    Ainda de acordo com a PF, o esquema contava com o apoio de policiais, que repassavam informações sensíveis à organização criminosa, como a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas. As investigações tiveram o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal.

    Os alvos desta segunda fase da operação estão sendo investigados por fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

  • Emendas parlamentares: STF suspende pagamento de R$ 4,2 bilhões do orçamento da União, até cumprimento de critérios de transparência

    Emendas parlamentares: STF suspende pagamento de R$ 4,2 bilhões do orçamento da União, até cumprimento de critérios de transparência

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (23), a suspensão imediata do pagamento de 5.449 emendas de comissão, que somam R$ 4,2 bilhões do orçamento da União. A suspensão vale até que a Câmara dos Deputados apresente as atas das sessões das Comissões Permanentes da Casa nas quais teriam sido aprovadas as destinações das emendas.

    Dino atendeu a um questionamento feito pelo PSOL referente ao ofício autorizando a execução das emendas, enviado pela Câmara dos Deputados ao poder Executivo. Diante da suspeita de irregularidades nas emendas, o ministro determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal.

    O ministro Flávio Dino é relator de todas as ações em tramitação no STF que tratam de emendas parlamentares. No último dia 2 de dezembro, o Plenário do STF confirmou decisão do ministro que liberou o pagamento das emendas mediante a adoção de critérios de transparência para o empenho dos recursos no orçamento da União.

    Fatos novos

    De lá para cá, segundo observou o ministro, surgiram fatos novos que foram questionados pelos autores das ações em tramitação no STF e por entidades que participam dos processos como terceiras interessadas.

    Por meio de manifestação apresentada ao STF, as partes apontaram irregularidades na tramitação das emendas nas comissões permanentes e denunciaram suspeita de “apadrinhamento” de emendas de comissão (RP 8) por líderes partidários.

    As partes também apontaram manipulação do regimento da Casa com a suspensão das atividades de todas as comissões permanentes até o dia 20 dezembro, véspera do recesso parlamentar. A medida, segundo os autores das ações, seria para inviabilizar a rediscussão de alterações feitas nas emendas com o apoio de 17 líderes partidários.

    Determinações

    Diante de tais informações e de indício de descumprimento de determinação do STF de que o pagamento das emendas deve seguir critérios de transparência e rastreabilidade, o ministro Flávio Dino fez uma série de determinações à Câmara dos Deputados, à Advocacia-Geral da União (AGU), ao Ministério da Saúde e à Polícia Federal.

    À Câmara dos Deputados, deu prazo de cinco dias corridos para publicar em seu site as atas das reuniões das Comissões Permanentes nas quais foram aprovadas as 5.449 emendas. O mesmo prazo para o envio urgente das atas à Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do Poder Executivo, sob pena de inviabilizar o pagamento das emendas.

    Ao Ministério da Saúde, determinou o bloqueio de contas bancárias em que são recebidos os recursos de transferências fundo a fundo e a notificação dos gestores em 48 horas. Além disso, o ministro exigiu a abertura imediata de contas específicas para cada emenda parlamentar na área da saúde.

    À AGU, foi determinado que informe os montantes empenhados e pagos, por modalidade de emenda e por órgão, no período de agosto a dezembro de 2024, bem que identifique os responsáveis jurídicos pelo empenho e pagamento dos recursos, além de apresentar todos os ofícios e atas recebidos pelo Poder Executivo sobre as emendas nos meses de novembro e dezembro.

    O ministro também determinou que a Polícia Federal instaure inquérito para apurar os fatos, inclusive com a oitiva de parlamentares, “a fim de que os fatos sejam adequadamente esclarecidos”.

    Por fim, o ministro Flávio Dino ressaltou que as emendas parlamentares relativas ao ano 2025 só poderão ser executadas pelo Poder Executivo após cumpridas todas as determinações do STF, em especial sobre as correções requeridas no Portal da Transparência e na plataforma Transferegov.br.

    Veja a íntegra do despacho do ministro Flávio Dino, relator da ADPF 854 (Orçamento Secreto), ADI 7688 (Emendas Pix), ADI 7695 (Emendas Pix) e ADI 7697 (Emendas Impositivas).

    Veja íntegra da decisão.

  • Parecer enviado ao STF pede que Braga Netto permaneça preso

    Parecer enviado ao STF pede que Braga Netto permaneça preso

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário à liberação do general Braga Netto, preso na semana passada no Rio de Janeiro.

    A defesa do general solicitou a substituição da prisão por medidas alternativas, argumentando que as acusações referem-se a fatos passados e não justificam a necessidade de uma prisão preventiva.

    No entanto, o procurador-geral, Paulo Gonet, sustentou que os motivos para a detenção permanecem sólidos. Segundo ele, medidas cautelares não seriam suficientes para resguardar a ordem pública, evitar interferências na investigação e garantir a aplicação da lei.

    O general Braga Netto foi preso no último sábado (14), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

    De acordo com a Polícia Federal, ele teria tentado acessar informações confidenciais da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, configurando obstrução das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado.

    Segundo investigação da Polícia Federal (PF), Braga Netto tentou obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em 5 de fevereiro, Cid confirmou que o ex-ministro e “outros intermediários” procuraram o pai dele, general Mauro Lourena Cid, por telefone, com o objetivo de obter informações sobre a colaboração premiada.

    “As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução. O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade”, sustenta o PGR, que avalia que medidas cautelares mais brandas não seriam suficientes para garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.

    A manifestação é uma resposta ao pedido do advogado de Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, para que a Procuradoria-Geral avaliasse a possibilidade de substituir a prisão por outras medidas restritivas. A defesa do general condena a prisão preventiva e sustenta que ela não deveria ter sido decretada por se tratar de fatos passados, alegando que há falta de contemporaneidade nos atos ilícitos.

    Braga Netto, que ocupou o Ministério da Defesa e a chefia da Casa Civil no governo Bolsonaro, foi preso em 14 de dezembro por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. O magistrado ressaltou, na ordem de prisão, que o general ajudou a “obstruir as investigações em curso”, após obter dados sigilosos em um esquema de colaborações com outros envolvidos no caso.

    Ainda na ordem expedida por Moraes, o ministro relatou que a PF apontou “provas robustas” da participação de Braga Netto como planejador e executor na consolidação de um golpe de Estado no país, após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A trama só não foi executada, segundo o ministro, por “circunstâncias alheias às suas vontades”.

    A PF ressaltou, em representação ao STF, que havia provas de que o ex-ministro e candidato a vice em 2022 buscava contato com parentes do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por conta do acordo de delação premiada que fechara.

    “A referida constatação decorre, especialmente, da localização de um documento na sede do Partido Liberal que descreve perguntas e respostas relacionadas ao acordo firmado entre Mauro Cid e a Polícia Federal. O surgimento de novos elementos evidenciam uma relevância ainda mais sólida da atuação do general Braga Netto”, sustenta a PF.

    Na última quinta-feira, o general pediu para depor à PF, segundo informação confirmada pelo advogado. De acordo com o criminalista José Lima — que já defendeu outros políticos, como o também ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, durante o escândalo do Mensalão — , Braga Netto estava “sereno” diante das acusações, apesar de ainda considerar a situação desconfortável e buscar “esclarecer os fatos”.

    Sem delação

    A defesa informou ainda que o cliente não fará acordo de delação premiada, com a justificativa de que o general não teve envolvimento com o planejamento de um golpe para impedir a posse de Lula. “Ele respeita o Judiciário e confia que sua inocência será provada, tanto que pediu para depor imediatamente”, sustentou Lima. “Nosso primeiro ato foi pedir para que ele seja ouvido pela Polícia Federal para esclarecer todas as mentiras e restabelecer a verdade”, completou.

    A defesa deverá contestar a delação feita por Mauro Cid, que incluiu Braga Netto entre os líderes do suposto plano golpista. “A delação do Mauro Cid consegue ser pior do que as piores ilegalidades da Lava-Jato”, alegou a defesa do ex-ministro, que completou: “Seu acordo deveria ter sido rescindido faz tempo, ele muda de versão a toda hora. É uma ficção que, no momento oportuno, será desmascarada”.

    A prisão do militar se deu no apartamento onde mora, na Zona Sul do Rio de Janeiro, horas depois de chegar de Alagoas, onde passava as férias com a família. Braga Netto foi o primeiro general de quatro estrelas na história do país a ser levado à cadeia. Ele está detido no Comando da 1ª Divisão de Exército, na capital fluminense, e não há previsão de transferência para Brasília.

    Correio Braziliense

  • Rússia anuncia vacina contra o câncer com distribuição prevista para 2025

    Rússia anuncia vacina contra o câncer com distribuição prevista para 2025

    A Rússia anunciou, no último dia 14, o desenvolvimento de sua própria vacina contra o câncer. O imunizante, segundo o governo, será distribuído gratuitamente a partir de 2025. De acordo com as informações divulgadas, a vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (RNAm), a mesma empregada nas vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna.

    O imunizante tem caráter terapêutico, ou seja, é destinado ao tratamento do câncer e não à sua prevenção. A tecnologia busca ensinar o sistema imunológico a reconhecer e combater células cancerígenas. No entanto, especialistas apontam a necessidade de mais transparência por parte do governo russo em relação às pesquisas e aos resultados obtidos.

    Vacina contra o câncer

    O desenvolvimento da vacina contou com a colaboração de diversos centros de pesquisa. Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, afirmou à agência estatal Tass que os testes pré-clínicos indicaram a capacidade do imunizante de suprimir o desenvolvimento de tumores e metástases.

    Embora o anúncio tenha gerado expectativas, oncologistas brasileiros destacam que informações detalhadas sobre os estudos ainda precisam ser divulgadas. Para Diogo Assed Bastos, integrante do centro de oncologia do Hospital Sírio-Libanês, é essencial compreender qual molécula está sendo usada, como ela atua e quais foram os estudos clínicos realizados.

    Segundo Bastos, a validação científica exige a publicação dos dados em revistas especializadas e apresentações em congressos. Ele destacou que não existe, atualmente, uma terapia capaz de curar qualquer tipo de câncer com base em informações genéticas.

    A vacina russa utiliza a abordagem de RNA mensageiro, que já é investigada em outras partes do mundo. Essa tecnologia permite a formação de proteínas específicas que ativam o sistema imunológico

  • Dino determina arquivamento de inquérito contra Renan Calheiros

    Dino determina arquivamento de inquérito contra Renan Calheiros

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou nesta quinta-feira (19) o arquivamento do inquérito que apurava o suposto envolvimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) com desvios de recursos em contratos do fundo de pensão dos funcionários dos Correios (Postalis).O inquérito estava em tramitação desde 2017 e apurava o suposto direcionamento de investimentos do Postalis para a empresa de um lobista.

    A decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar o arquivamento da investigação por falta de provas. A Polícia Federal (PF) também afirmou que não foram encontradas provas contra o senador.

    Diante da situação, Dino acolheu o pedido de arquivamento. “Verifica-se, objetivamente, o transcurso de longuíssimo prazo sem que fosse obtido indícios de autoria ou prova de materialidade delitiva de crimes por parte do investigado com prerrogativa de foro”, afirmou o ministro.

    Com informações de Agencia Brasil.

  • CMN remaneja R$ 1,5 bi para operações de crédito de governos locais

    CMN remaneja R$ 1,5 bi para operações de crédito de governos locais

    A partir de segunda-feira (23) até o fim do ano, os estados e municípios poderão pegar R$ 1,5 bilhão emprestados no sistema financeiro com garantia da União. O Conselho Monetário Nacional (CMN) remanejou os sublimites para atender aos governos locais.O total de crédito que os entes públicos (União, estados, municípios e estatais) podem contratar em 2024 continua em R$ 31,076 bilhões, limite estabelecido em janeiro. As realocações ocorreram porque o espaço para novas operações de crédito dos governos locais com garantia da União estava esgotado.

    Com a decisão, o sublimite para o crédito dos governos locais com garantia da União, em que o Tesouro Nacional cobre eventuais inadimplências, passou de R$ 16 bilhões para R$ 17,5 bilhões até o fim do ano.

    O dinheiro veio da redução do sublimite para operações de crédito de obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) também com garantia da União, que caiu de R$ 2 bilhões para R$ 500 milhões.

    A falta de demanda para os financiamentos de empreendimentos do Novo PAC permitiu o remanejamento dos limites. A resolução entrará em vigor na próxima segunda-feira. Na reunião de janeiro, o CMN definirá o limite e os sublimites para a contratação de crédito pelos órgãos públicos em 2025.

    Com informações de Agência Brasil.