Categoria: Política

  • Dilma deve ser mantida à frente do banco do Brics

    Dilma deve ser mantida à frente do banco do Brics

    A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deverá ser reconduzida como comandante do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado banco do Brics, que atende também pela sigla inglesa NDB.

    Na reunião fechada com os chefes de Estado e de governo do bloco, nesta quarta (23) em Kazan (Rússia), o presidente Vladimir Putin defendeu abertamente o nome de Dilma. Disse que abria a mão da vez de a Rússia comandar a instituição.

    Criado em 2015, o NDB tem um mandato de cinco anos rotativo. Seu primeiro chefe foi indiano, depois Jair Bolsonaro (PL) indicou o diplomata Marcos Troyjo. Com o fim da gestão, ele acabou sendo substituído por Dilma em 2023, que completará seu termo até 2025.

    Tudo indica que ela ficará no banco, que tem sede em Xangai. No mês passado, ela havia se queixado de saudades do Brasil numa conversa com jornalistas após ser agraciada com uma medalha pelo líder chinês, Xi Jinping.
    Dilma, de 76 anos, afirmou então que quer passar a velhice no país natal, mas sua postura recente foi a de alinhar bastante a retórica acerca das relações internacionais com a da Rússia e da China. Segundo diplomatas em Kazan, isso lhe comprou mais apoios em Moscou.

    Tanto no encontro com Putin na véspera, que abriu a agenda de reuniões bilaterais nesta cúpula do Brics, quando em sua fala na plenária aberta na tarde desta quarta, a ex-presidente elaborou propostas visando reduzir a dependência mundial das transações em dólar [70% dos negócios] e criticou o emprego da moeda americana como moeda.

    Tudo isso soa como música aos ouvidos russos, que vivem sob um dos mais draconianos regimes de sanções de que se tem notícia. A lógica vendida para países do Brics é clara: hoje foi a Rússia, que invadiu a Ucrânia e foi punida, amanhã pode ser qualquer um.

    Dilma é entusiasta da substituição do dólar por moedas nacionais, algo defendido por Putin e Lula (PT). O mecanismo para isso é complexo, claro. Outro objeto do desejo da turma é elabora um sistema alternativo ao Swift para compensação financeira internacional.

    A Rússia foi desconectada disso, talvez o efeito mais grave das sanções, pois não consegue ter acesso ao mercado externo para se financiar. Sobram as exportações, que foram brutalmente reorientadas para China e Índia, principalmente.

    A declaração final da cúpula adotou a crítica, dizendo que sanções unilaterais são danosas à economia do mundo como um todo. Não avançou, contudo, em propostas de mecanismos para lidar com a dominância do dólar, ainda que tenha citado o tema -a ideia ventilada de uma moeda comum está enterrada.

    O NDB já emprestou o equivalente a R$ 188 bilhões, mas não pode investir em projetos na Rússia porque sua regra de governança impede negócios com países que sofrem sanções internacionais. No Brasil, foram cerca de R$ 30 bilhões emprestados até aqui.

    A Folha não conseguiu contato com a ex-presidente, que nesta quinta (24) participa da reunião com os convidados dos Brics para acompanhar a cúpula.

    FolhaPress

  • Bolsonaristas querem rever rito de impeachment de ministro do STF após fala de Gilmar

    Bolsonaristas querem rever rito de impeachment de ministro do STF após fala de Gilmar

    Uma declaração de Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de que eventual impeachment de ministro da corte pode ser revisto pelos próprios magistrados, mobilizou novas críticas de parlamentares ligados ao bolsonarismo.

    A oposição diz ver a declaração como uma afronta ao Legislativo e um sinal de preocupação do decano, que até então vinha descartando tratar a possibilidade como real.

    Bolsonaristas pretendem pressionar pela tramitação desses textos e apostam na composição da próxima legislatura, a partir de 2027, para aprovar as medidas.

    Gilmar Mendes disse à CNN no último dia 14 que os impedimentos de Fernando Collor e Dilma Rousseff passaram por revisões no STF sobre “a velha lei do impeachment”.

    “Se viesse por acaso a tramitar um processo contra um ministro, certamente haveria discussão sobre se essa lei foi recepcionada, uma lei da Constituição de 1946, pela Constituição Federal de 1988”, disse o magistrado.

    Ele afirmou ainda não ver nenhuma irregularidade cometida pelo ministro Alexandre de Moraes, um dos maiores alvos do descontentamento bolsonarista, ou por qualquer ministro que justifique a abertura de um processo.

    A primeira representação contra Moraes foi feita em 2021, ainda durante o governo Jair Bolsonaro (PL), que fez sistemáticas críticas ao ministro e influenciou os apoiadores.

    Outro alvo frequente tem sido o presidente da corte, Luís Roberto Barroso. Cármen Lúcia, Edson Fachin, Flávio Dino, Dias Toffoli também estão entre os alvos. O próprio Gilmar já foi recordista de pedidos levados ao Senado.

    Até então, quando comentava o tema, o ministro dizia que as tentativas de impedimento de ministro eram ameaças ou assédio, mas que não preocupavam, e que o Congresso tinha “maturidade política” para frear medidas do tipo.

    Em resposta às declarações na CNN, a deputada Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria da Câmara, afirmou, que não há democracia sem um sistema de freios e contrapesos.

    “Ver ministros questionando a própria Lei do Impeachment parece não ter qualquer sustentação jurídica. Tal atitude vai contra os princípios que deveriam nortear a relação entre os Poderes e a própria manutenção da democracia”, diz.

    Em agosto, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) pediu o apoio dos colegas ao projeto que obriga o presidente do Senado a analisar pedidos de impeachment de ministros do STF em até 15 dias.

    O texto estabelece que, se o presidente indeferir a abertura, poderá ser apresentado recurso ao plenário, desde que assinado por um terço dos membros da Casa.

    À Folha ele diz que a fala de Gilmar demonstra a relação desequilibrada entre os Poderes hoje.

    “Uma declaração dessas sobre algo que está sendo discutido dentro do Congresso Nacional mostra realmente que nós temos um Poder esmagando os demais. É difícil dessa forma. Fica aquela pergunta: para que o Congresso Nacional?”, disse.

    A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) apresentou em agosto um projeto para tornar a abertura do processo automática, assim que houver assinatura da maioria absoluta dos membros do Congresso. De acordo com ela, o tema também será pauta das próximas eleições ao Congresso e deve voltar com mais força a partir de 2026.

    “Talvez nessa legislatura isso [o impeachment] ainda não aconteça, mas, na próxima, com as próximas eleições, o Senado pode ter uma composição diferente, mais favorável à oposição”, diz.

    “Há uma expectativa popular. Quando eu estou na rua, a primeira coisa que meu eleitor me pergunta é isso, mais do que sobre o [impeachment] do Lula”, afirma.

    Em 9 de setembro, parlamentares da oposição protocolaram um novo pedido contra Moraes, entregue pessoalmente a Pacheco. Segundo o grupo, o documento reúne cerca de 1,5 milhão de assinaturas coletadas nos meses, por exemplo durante a manifestação bolsonarista do 7 de Setembro na avenida Paulista.

    Bolsonaristas argumentam que o ministro não deveria ficar à frente dos processos sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023 por ser uma das supostas vítimas dos golpistas.

    Apesar de ter feito reunião com o grupo, Pacheco tem mantido posição contrária ao impeachment de ministros da corte, segundo interlocutores. O presidente não teria a intenção nem de retomar a tramitação do projeto de autoria dele sobre a matéria.

    Apresentado em março de 2023, o texto apresentado pelo presidente do Senado tipifica crimes cometidos por magistrados e outras autoridades. Entre outras condutas, é considerado crime participar de julgamento sabendo estar impedido, exercer atividade ou manifestar opinião político-partidária e manifestar opinião sobre processos ou procedimentos pendentes de julgamento.

    Em outra frente, Pacheco instalou uma comissão de juristas para discutir uma atualização da lei que determina o trâmite do impeachment de presidentes da República em maio de 2022. A legislação atual, que Gilmar disse que poderia ser revista pelo plenário do STF, é de 1950.

    Diferentemente do caso de presidentes, em que o impeachment tramita pela Câmara e pelo Senado, os pedidos de destituição de um ministro do STF são analisados apenas no Senado.

    Os impedimentos de presidente, vice e ministros de Estado dependem de autorização prévia da Câmara. O presidente da Casa recebe e decide se processa ou não a denúncia. Se aceito, uma comissão produz um parecer e o plenário precisa aprovar por dois terços. Depois o caso é levado ao Senado, que decide por maioria simples se abre o processo. Nesse momento, o presidente fica suspenso de suas funções.

    No caso de ministro do STF, o juízo inicial de abertura é diretamente feito no Senado. O presidente da Casa despacha, manda ao plenário, que produz um parecer se é caso de processamento. No caso da segunda votação, para abrir o processo efetivamente, a autoridade é afastada do cargo.

    Folha de São Paulo

  • Caiado inaugura três novas estações do Eixo Anhanguera

    Caiado inaugura três novas estações do Eixo Anhanguera

    Conforto, segurança e alta tecnologia estão presentes nas três estações do Eixo Anhanguera entregues pelo governador Ronaldo Caiado nesta quarta-feira (23/10).

    “Além de manter a tarifa a R$ 4,30 por tantos anos, estamos avançando na qualidade do atendimento à população. Isso é algo inédito”, afirmou o governador ao conhecer a nova Estação Campinas, ao lado do Terminal da Praça A.

    O vice-governador Daniel Vilela e o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, participaram do evento. Também foram inauguradas oficialmente hoje as Estações Jóquei Clube e Mercado Central, no Centro de Goiânia. Ainda, a Estação Palmito será entregue nos próximos dias.

    O Governo de Goiás investiu R$ 8,4 milhões na reforma e modernização das três estruturas. Na segunda-feira (28/10), começam as obras das estações Anicuns, Botafogo e Iquego. A meta é concluir a revitalização de 19 estações e cinco terminais em 2025.

    “Até o final do ano que vem, vamos entregar esse Eixo Anhanguera 100% reconstruído, essa é a grande verdade”, ressaltou Caiado.

    Caiado vistoria Estação Campinas e entrega revitalização de estruturas do Eixo Anhanguera: “Estamos avançando na qualidade do atendimento à população” (Foto: Júnior Guimarães)
    Conforto, segurança e alta tecnologia estão presentes nas três estações do Eixo Anhanguera entregues pelo governador Ronaldo Caiado (Foto: Júnior Guimarães)

    Novas estações do Eixo Anhanguera já estão em funcionamento

    O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa, lembrou que, com as entregas de hoje, já são oito estações revitalizadas e em funcionamento – as demais são: Lago das Rosas, Universitária, Vila Bandeirante, Anhanguera e Hemocentro.

    Na próxima segunda-feira (28/10) começam as obras nas Estações Iquego, Anicuns e Botafogo. “É uma mudança muito importante e merecedora para os usuários da região metropolitana de Goiânia”, disse ele.

    As estruturas possuem acessibilidade, sinal wi-fi, torres para carregadores de celular e painéis informativos que sinalizam a previsão de tempo para chegada dos ônibus e itinerários. Por meio de um mapa, é possível visualizar a integração da rede de transporte coletivo.

    As novas estações também possuem relógio artístico e interativo, além de catracas com padrão antivandalismo e um mini bicicletário.

    Eixo Anhanguera
    As estruturas possuem torres para carregadores de celular (Foto: Júnior Guimarães)

    Tecnológicas

    Outras tecnologias encontradas nos locais são: sistema de áudio; duas portarias eletrônicas nas entradas com acessos internos e externos (onde o usuário pode acionar ajuda dos profissionais da RedeMob Consórcio em caso de qualquer dificuldade); monitores de led semelhantes aos dos aeroportos, trazendo entretenimento e informações de utilidade pública; e câmeras capazes de fazer reconhecimento facial.

    O presidente da Metrobus, Francisco Caldas, ressaltou que a modernização do Eixo Anhanguera também passa pela troca de veículos.

    “Neste momento, temos dois articulados elétricos modernos com ar-condicionado e vamos receber mais quatro até janeiro. Até outubro do ano que vem, serão 45 ônibus elétricos. Isso é extraordinário. Se contarmos com o BRT Norte-Sul, serão 65 elétricos”, calculou.

    Estação do Eixo Anhanguera tem wifi
    Estações com acessibilidade, sinal wi-fi, torres para carregadores de celular e painéis informativos que sinalizam a previsão de tempo para chegada dos ônibus e itinerários (Foto: Júnior Guimarães)

    Nova RMTC

    A reestruturação do Eixo Anhanguera integra o projeto Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (Nova RMTC), iniciativa do Governo de Goiás que garante melhorias para o sistema do transporte público da Grande Goiânia. A ação terá investimento de R$ 1,7 bilhão até 2026, recursos provenientes do Governo de Goiás e das prefeituras envolvidas, em parceria com as concessionárias do serviço (Consórcio Redemob).

    Eixo Anhanguera
    Governo de Goiás investiu R$ 8,4 milhões na reforma e modernização das três estruturas (Foto: Júnior Guimarães)
  • Abertas inscrições para 764 casas a custo zero em 16 municípios

    Abertas inscrições para 764 casas a custo zero em 16 municípios

    Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) publicaram novos editais para casas a custo zero do programa Pra Ter Onde Morar – Construção em 16 municípios.

    Ao todo serão disponibilizadas 764 unidades habitacionais que estão sendo construídas nas cidades de Água Limpa, Bela Vista de Goiás, Cristianópolis, Cumari, Itajá, Itarumã, Jesúpolis, Lagoa Santa, Novo Planalto, Quirinópolis, Santa Rosa de Goiás, São Luís de Montes Belos, Porangatu, Taquaral de Goiás, Uirapuru e Varjão.

    As inscrições começaram na segunda-feira (21/10) e seguem até 19 de novembro na maioria dos municípios, conforme previsto no cronograma, exceto em Varjão, onde o prazo vai até 4 de novembro.

    A coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, destaca que a política habitacional goiana é hoje referência para o Brasil, sendo parte fundamental do trabalho do Governo de Goiás no combate à pobreza.

    “Goiás é o único estado em que a casa é faixa zero, ou seja, sem custo algum para o beneficiário. Aquelas famílias que realmente precisam passam a ter acesso à sua casa própria sem ter que pagar nada”, destaca.

    Abertas inscrições para 764 casas a custo zero em 16 municípios
    Entre os critérios básicos para se candidatar a uma casa a custo zero, estão renda familiar de até um salário mínimo, não possuir imóvel, ter vínculo mínimo de três anos com o município, além de ter o CadÚnico federal atualizado (Foto: Agehab)

    Casas a custo zero

    Entre os critérios básicos para se candidatar a uma casa a custo zero, estão:

    • renda familiar de até um salário mínimo,
    • não possuir imóvel,
    • ter vínculo mínimo de três anos (ou mais anos, dependendo do edital) com o município,
    • além de ter o CadÚnico federal atualizado.

    Todos os detalhes estão nos editais publicados no site goias.go.br/agehab, seção Casas a Custo Zero. No mesmo local também estará disponível, a partir desta segunda-feira (21/10), o link de inscrição.

    O presidente da Agehab, Alexandre Baldy, salienta que a meta estabelecida pelo governador Ronaldo Caiado é que 10 mil famílias recebam moradias totalmente de graça até o final de 2026.

    “Com a entrega de cerca de 3 mil unidades até agora e a intensificação das parcerias e obras, estamos avançando a passos largos para alcançar esse objetivo”, afirma Baldy.

    O titular da Seinfra, Pedro Sales, explica que as moradias são construídas com recursos do Fundo de Proteção Social (Protege), do Governo de Goiás. O Programa faz parte do Goiás Social, coordenado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS).

    “A execução das obras é feita em parceria com as prefeituras de cada município e as construtoras credenciadas. É esse esforço coletivo que nos faz comemorar os bons resultados que elevaram a política habitacional de Goiás à posição de destaque no Brasil”, finaliza Sales.

    Serviço

    Assunto: Inscrições para 764 casas a custo zero em 16 municípios goianos
    Quando: de 21 de outubro a 19 de novembro de 2024, em Água Limpa, Bela Vista de Goiás, Cristianópolis, Cumari, Itajá, Itarumã, Jesúpolis, Lagoa Santa, Novo Planalto, Quirinópolis, Santa Rosa de Goiás, São Luís de Montes Belos, Porangatu, Taquaral de Goiás e Uirapuru.

    Período: de 21 de outubro a 4 de novembro de 2024 em Varjão
    Onde: goias.gov.br/agehab
    Informações e dúvidas: (62) 3096-5000 (ligação e WhatsApp) e @agehabgoias (redes sociais)

    Municípios e número de unidades:

    • 1. Água Limpa – 40 unidades habitacionais (UHs)
    • 2. Cristianópolis – 100 UHs
    • 3. Cumari – 34 UHs
    • 4. Itajá – 48 UHs
    • 5. Itarumã – 30 UHs
    • 6. Jesúpolis – 50 UHs
    • 7. Lagoa Santa – 30 UHs
    • 8. Novo Planalto – 30 UHs
    • 9. Quirinópolis – 100 UHs
    • 10. Santa Rosa de Goiás – 50 UHs
    • 11. São Luís de Montes Belos – 44 UHs
    • 12. Porangatu – 48 UHs
    • 13. Taquaral de Goiás – 54 UHs
    • 14. Uirapuru – 30 UHs
    • 15. Bela Vista – 42 UHs
    • 16. Varjão – 34 UHs

    Total – 764 casas

  • Íntegra do boletim médico de Lula após acidente doméstico

    Íntegra do boletim médico de Lula após acidente doméstico

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sob acompanhamento de equipe médica após ter sofrido um acidente doméstico no Palácio da Alvorada no sábado (19). Segundo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, o presidente sofreu um “ferimento corto-contuso”, termo que se refere a uma lesão causada por um impacto que envolve tanto corte quanto contusão.

    Confira, a seguir, o que diz o boletim médico do hospital:

    “O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deu entrada no Hospital Sírio-Libanês – unidade Brasília, em 19/10/2024, após acidente doméstico, com ferimento corto-contuso em região occipital. Após avaliação da equipe médica, foi orientado evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados do Prof. Dr Roberto Kalil Filho e Dra Ana Helena Germoglio”.

    Como foi o acidente?

    Na noite de sábado, o chefe do Executivo, que havia acabado de retornar de viagem a São Paulo, escorregou no banheiro e bateu a parte de trás da cabeça. Ele precisou receber atendimento médico e levou cinco pontos na cabeça. Depois do acidente, Lula cancelou sua viagem à Rússia para participar da Cúpula dos Brics. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi designado para chefiar a delegação brasileira que participará do evento em Kazan.

    CNN

  • A Guerra no mar já começou? O novo conflito que envolve a Rússia e China

    A Guerra no mar já começou? O novo conflito que envolve a Rússia e China

    Enquanto isso, do outro lado do mundo, a China foi acusada pelos Estados Unidos de táticas “agressivas” e “perigosas” depois que um navio chinês e um barco de abastecimento filipino colidiram no Mar do Sul da China. Guerra no mar à vista?

    O incidente ocorreu em 17 de junho perto de Second Thomas Shoal (foto), um recife submerso nas Ilhas Spratly, que são reivindicadas pela China, Filipinas, Taiwan e Vietnã.

    O Second Thomas Shoal é ocupado por pessoal da Marinha das Filipinas a bordo de um navio, o BRP Sierra Madre, que encalhou intencionalmente no recife em 1999.

    O BRP Sierra Madre foi deliberadamente direcionado para o recife pela Marinha das Filipinas para declarar a soberania de sua nação sobre o banco de areia, que também é conhecido como Ayungin Shoal. A embarcação tem sido reabastecida periodicamente desde então.

    Um navio com histórico de diferente ‘donos’

    Um navio com histórico de diferente 'donos'

    O barco começou como USS Harnett County, um navio tanque de desembarque construído para a Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. O transporte entrou em ação na Guerra do Vietnã antes de ser transferido para a Marinha do Vietnã do Sul e rebatizado de RVNS My Tho. A Marinha das Filipinas adquiriu oficialmente o navio em 5 de abril de 1976. Na foto, o navio é retratado em águas sul-vietnamitas, por volta de 1967-1970.

    O encontro de junho (a colisão dos navios) é o mais recente de uma série de confrontos recentes entre Manila e Pequim. Em março de 2024, um navio fretado pela Marinha das Filipinas estava conduzindo uma missão de reabastecimento de rotina às tropas estacionadas em Second Thomas Shoal, quando foi bloqueado por navios da milícia chinesa enquanto tentava chegar ao recife remoto.

     

    Outro episódio de tensão entre China e Filipinas

    Mais recentemente, em maio de 2024, um navio da Guarda Costeira chinesa enfrentou um barco de abastecimento filipino a caminho do BRP Sierra Madre. Os chineses lançaram canhões de água, que quebraram o para-brisa da embarcação filipina, deixando quatro pessoas com ferimentos leves.

    A tensão de junho ocorreu poucas semanas depois que o presidente filipino, Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr., alertou que a morte de qualquer cidadão filipino nas mãos de outro país no Mar da China Meridional estaria “muito próxima” de um ato de guerra, segundo a CNN.

    Assinatura do Tratado de Defesa Mútua de 1951

    O governo filipino lembrou a Washington em diversas ocasiões o tratado de defesa mútua de 1951 entre os EUA e as Filipinas, que estipula que ambos os lados ajudariam a defender-se mutuamente caso fossem atacados por terceiros. Na foto, em 30 de agosto de 1951, está o secretário-geral das Relações Exteriores das Filipinas, Carlos Romulo, assinando documento por seu país, enquanto o presidente das Filipinas, Elpidio Quirino (à esquerda), e o presidente dos EUA, Harry S. Truman, observam.

    Guardando a costa

    Por seu lado, a China reivindica a “soberania indiscutível” sobre quase todo o Mar da China Meridional e sobre a maior parte das ilhas, recifes e bancos de areia dentro dele. A guarda costeira da China tem mais de 100 mil funcionários e mais de 370 navios, mais da metade dos quais são grandes embarcações da guarda costeira. Reforçando a afirmação de Pequim está uma nova lei que autoriza a sua Guarda Costeira a apreender navios estrangeiros e deter tripulações suspeitas de invasão por até 60 dias sem julgamento.

    Disputas de soberania

    O Mar da China Meridional, um mar costeiro no Pacífico Ocidental, é onde o Sudeste Asiático encontra o oceano. As suas águas têm sido foco de disputas de soberania desde o rescaldo da Segunda Guerra Mundial, quando vários países costeiros conquistaram a sua independência.

    Campo de batalha do Mar da China Meridional

    Mas muito antes do conflito de 1939-1945, a China patrulhava o Mar da China Meridional. Já na dinastia Song (960–1279 dC), exercia jurisdição sobre muitas ilhas. Mais tarde, forças navais foram mobilizadas para antecipar reivindicações territoriais de vários países, incluindo o Vietnã, Malásia, Brunei e Filipinas.

    A “linha de nove traços”

    Competindo com a República Popular da China por grandes extensões de mar está Taiwan. Cada parte reclama quase todo o corpo como seu, demarcando suas reivindicações dentro do que é conhecido como “linha de nove traços”, vista no mapa destacada em verde. A área contestada inclui as Ilhas Paracel, as Ilhas Spratly e Scarborough Shoal.

    Batalha das Ilhas Paracel

    As Ilhas Paracel foram de fato palco de um conflito entre as forças navais da China e do Vietnã do Sul em janeiro de 1974, durante as fases finais da Guerra do Vietnã. A batalha naval foi uma tentativa da Marinha Sul-Vietnamita de expulsar a Marinha Chinesa das proximidades. Terminou com a China estabelecendo controle total sobre as Ilhas Paracel. Na foto, está o Grupo Crescente, parte das ainda disputadas Ilhas Paracel.

    As estratégicas Ilhas Spratly

    Compostas por ilhas, ilhotas, mais de 100 recifes e atóis, as Ilhas Spratly servem como um potencial ponto de disputa para conflitos globais nesta via navegável vital. Na foto, está Sabina Shoal, parte das Ilhas Spratly.

    Um mar disputado

    Este mapa ilustra de alguma forma o quão disputadas são as Ilhas Spratly e outras. Brunei, China, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã reivindicam “propriedade” da região. Todos, exceto Brunei, ocupam algumas das características marítimas.

    Ilha Taiping

    Taiping, também chamada de Ilha Itu Aba, é a maior das Ilhas Spratly. Esta mancha de terra é administrada pela República da China (Taiwan), fato que só serve para aumentar as tensões entre os dois vizinhos.

    Ilha Woody

    A maior das Ilhas Paracel é a Ilha Woody, ou Ilha Yongxing. Os marinheiros chineses pisaram neste território já na dinastia Qing (1644–1912). Está sob o controle da China desde 1956.

    Impacto ambiental na região

    As ramificações ambientais do conflito no Mar da China Meridional são imensuráveis. De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a apropriação de terras e a construção de pistas de pouso, portos e outras instalações pela China em ilhas e atóis disputados enterraram ou destruíram cerca de 4.648 acres de recifes. Para construir ilhas artificiais, as autoridades utilizam navios de dragagem com hélices para destruir os recifes de coral. Depois, eles jogam areia nos corais vivos. Embora a China não seja a única culpada, o país é líder na degradação de ecossistemas frágeis e no desmatamento adicional do ambiente natural.

    Um conflito crescente

    As tensões no Mar da China Meridional ameaçam atrair a Rússia e os Estados Unidos. Em 2019, um contratorpedeiro russo, visto aqui à esquerda, chegou a 30 metros do USS Chancellorsville, enquanto operava no Mar das Filipinas.

    China e Taiwan

    Em maio de 2023, a China lançou o que chamou de uma série de exercícios militares de “punição forte” em torno de Taiwan e das ilhas de Kinmen, Matus, Wuqiu e Dongyin. O país fez isso em resposta aos alegados “atos separatistas” levados a cabo por Taipei e outras “forças externas”.

    Exercícios militares conjuntos EUA-Filipinas

    Exercícios militares conjuntos EUA

    No ano seguinte, em maio de 2024, os Estados Unidos participaram numa operação de fogo real como parte de um exercício militar conjunto EUA-Filipinas em Laoag, província de Ilocos Norte.

    Esses jogos de guerra podem se tornar reais?

    De nome de código Balikatan (ombro a ombro), o exercício militar conjunto envolveu 16 mil soldados, com exercícios que se estenderam para além do mar territorial das Filipinas até ao controverso Mar da China Meridional, opondo-se diretamente às amplas reivindicações da China. Os exercícios também incluíram exercícios na província de Cagayan, no norte das Filipinas, perto de Taiwan. Esses jogos de guerra seguiram-se ao incidente em que as Filipinas acusaram a China de atacar seus navios com canhões de água perto do disputado Second Thomas Shoal.

    Obstáculos à paz e à estabilidade

    Abordando a situação cada vez mais tensa em abril de 2024, o secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro (à esquerda, visto com o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr. (centro), o secretário de Relações Exteriores, Enrique Manalo, e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin) advertiu: “Faremos o possível a fim de cumprir o nosso mandato juramentado de proteger a nossa integridade territorial, soberania e direitos soberanos. Deve agora ficar claro para a comunidade internacional que as ações da China são os verdadeiros obstáculos à paz e à estabilidade no Mar do Sul da China”.

    Fontes: (CNN) (CBS News) (Reuters) (Centre for Strategic and International Studies)

  • Putin descarta ida à cúpula do G20 após pedido da Ucrânia para que Brasil o prendesse: ‘Minha possível visita prejudicaria o trabalho’

    Putin descarta ida à cúpula do G20 após pedido da Ucrânia para que Brasil o prendesse: ‘Minha possível visita prejudicaria o trabalho’

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que não irá comparecer à cúpula do G20, daqui a um mês, nesta sexta-feira (18).

    Quatro dias após o procurador-geral da Ucrânia pedir às autoridades brasileiras que cumprissem o mandado de prisão contra ele, expedido pelo Tribunal Penal Internacional em março de 2023, caso ele viesse ao evento, que acontecerá no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, Putin descartou sua participação:

    “Minha possível visita prejudicaria o trabalho do G20. Vamos descobrir quem apresentará a Rússia”.

    Apesar da decisão, o presidente russo manteve a posição oficial do Kremlin e afirmou que não reconhece o Tribunal Penal Internacional. Ele também disse que Rússia tem “boas relações com o Brasil” e um acordo poderia ser assinado para “contornar o veredito”, já que “tais vereditos são fáceis de ignorar”.

    Na coletiva, Putin também falou sobre um relatório que revela um suposto arsenal nuclear na Ucrânia e disse que a possibilidade é uma “provocação muito perigosa”.

    O presidente russo garantiu que suas tropas estão preparadas para continuar lutando até garantirem a vitória no conflito, que “quer paz duradoura” na Ucrânia e acusou a Otan de estar usando tropas ucranianas em uma luta contra a Rússia.

    Putin ainda falou sobre a proposta conjunta da China e do Brasil para acabar com a guerra na Ucrânia, apresentada em maio: disse que era “equilibrada” e forneceria uma boa base para encontrar uma solução.

    O texto pede a redução da tensão e a retomada do diálogo direto sem exigir que a Rússia retire suas forças do território ucraniano.

    O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeitou a iniciativa por servir aos interesses de Moscou.

    Pedido da Ucrânia

    Ucrânia pede prisão de Putin caso compareça ao G20

    O Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, emitiu um mandado de prisão contra Putin em março de 2023, cerca de um ano após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia. A Corte acusou Putin do crime de guerra de deportação de crianças.

    A Rússia nega as alegações de crimes de guerra, e o Kremlin rejeitou o mandado do TPI, considerando-o “nulo e sem efeito”.

    Na segunda-feira (14), ao ser questionado por repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que ainda não havia sido tomada uma decisão sobre a participação de Putin na reunião das 20 principais economias do mundo no Brasil.

    O procurador-geral da Ucrânia disse à Reuters, em uma entrevista, que “é importante que a comunidade internacional permaneça unida e responsabilize Putin”.

    “Devido à informação de que Putin pode participar da cúpula do G20 no Brasil, gostaria de reiterar que é uma obrigação das autoridades brasileiras, como Estado-parte do Estatuto de Roma, prendê-lo se ele ousar visitá-lo.Espero sinceramente que o Brasil o prenda, reafirmando sua condição de democracia e de Estado de Direito. Se isso não for feito, corre-se o risco de se criar um precedente no qual os líderes acusados de crimes podem viajar impunemente”, disse Andriy Kostin.

    Convite do Brasil a Putin

    O Brasil enviou a Putin um convite padrão para as reuniões do G20, que irão ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. No entanto, não recebeu qualquer indicação de que o presidente russo planeje comparecer, de acordo com duas autoridades do governo brasileiro.

    O escritório do promotor do Tribunal Penal Internacional não quis comentar o caso.

    Um porta-voz do tribunal, Fadi El Abdallah, reiterou que a Corte internacional depende dos Estados-parte e de outros parceiros para executar suas decisões, inclusive mandados de prisão. Os estados-membros “têm a obrigação de cooperar de acordo com” o tratado de fundação do tribunal, disse o porta-voz.

    G1

  • Aeroporto de Porto Alegre volta a receber voos comerciais na segunda

    Aeroporto de Porto Alegre volta a receber voos comerciais na segunda

    Após passar cerca de 170 dias fechado devido aos estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e maio deste ano, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, voltará a receber voos nacionais a partir da próxima segunda-feira (21).

    Como parte das instalações segue em obras, o aeroporto funcionará, inicialmente, das 8h às 22h, permitindo que os serviços restantes sejam realizados à noite. Além disso, neste primeiro momento, vão ser usados só 1.730 metros dos 3,2 mil metros da pista principal, além de apenas seis posições de embarque direto (fingers aeroportuários) e uma remota.

    Segundo a Fraport Brasil, empresa concessionária responsável pelo funcionamento das instalações aeroportuárias, há 71 pousos e decolagens programados para o primeiro dia de operação. A expectativa é que a movimentação seja ampliada pouco a pouco, já que, mesmo operando com apenas parte da pista principal, o Salgado Filho já comporta até 128 operações domésticas por dia.

    “Antes do Natal, o aeroporto estará 100% funcionando, [inclusive] com voos internacionais”, assegurou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, em um vídeo postado nas redes sociais.

    “E vamos manter toda essa ampliação da malha aeroportuária que criamos no interior do estado, durante este período de dificuldade”, acrescentou Pimenta, destacando a importância do Salgado Filho para o processo de reconstrução e a retomada da atividade econômica no Rio Grande do Sul.

    Pimenta e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, viajaram a Porto Alegre na manhã desta sexta-feira (18). Acompanhados por assessores e representantes de órgãos federais, os dois pousaram no Salgado Filho perto das 10h, a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), para participar da cerimônia de reinauguração do aeroporto.

    https://x.com/i/status/1847268252784742606

    Agência Brasil

  • Mais Médicos alcança quase 80% dos municípios de até 52 mil pessoas

    Mais Médicos alcança quase 80% dos municípios de até 52 mil pessoas

    Nesta sexta-feira (18), quando é celebrado o Dia dos Médicos, o Ministério da Saúde destaca os números alcançados pelo Programa Mais Médicos, reestabelecido em 2023. Os dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) indicam que o programa alcança atualmente 80% dos 3,9 mil municípios com população entre 700 e 52 mil habitantes, com estimativa de cobertura populacional de 26,9 milhões de pessoas. O número representa 40,9% da população desses municípios.

     “É uma grande conquista ver o crescimento desse programa essencial para o SUS chegar a todo o país. O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Quando assumimos o governo, havia 13 mil profissionais. Até o final da gestão, alcançaremos a meta dos 28 mil”, diz a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    Os municípios de maior vulnerabilidade social também tiveram avanços na cobertura do programa: 60% dos médicos estão nessas regiões. Na Amazônia Legal, nove municípios de alta vulnerabilidade passaram a ter médicos: Amapá do Maranhão, no Maranhão; Anori, Nhamunda, Quaticuru e Santa Isabel do Rio Negro, no Amazonas; Calcoene, no Amapá; Lizarda,    e Paranã, no Tocantins; e Santa Luiza do Pará, no Pará.

    Também foi registrado crescimento do Mais Médicos na assistência à saúde indígena. Em dezembro de 2022, eram 224. Em setembro deste ano, esse número saltou para 570 profissionais ativos.

    Desde o ano passado, os profissionais da área podem fazer especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Uma novidade presente no 38º edital do programa foi a oferta de vagas afirmativas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

    Na última semana, o Ministério da Saúde promoveu, em parceria com o Ministério da Educação, o 3° Módulo de Acolhimento e Avaliação de 2024 do Programa Mais Médicos. Participaram 364 médicos intercambistas, todos brasileiros formados no exterior. Trinta desses profissionais atuarão na Saúde Indígena, dez no Consultório na Rua e 15 na Saúde Prisional.

    Agência Brasil

  • Lula anuncia linha de crédito para quem perdeu bens com apagão em SP

    Lula anuncia linha de crédito para quem perdeu bens com apagão em SP

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (18), que o governo federal vai criar uma linha de crédito especial para quem perdeu bens e foi impactado pelo apagão de energia na Grande São Paulo, iniciado no último dia 11, após uma tempestade. Até esta quinta-feira (17), cerca de 36 mil clientes da Enel, a empresa concessionária que fornece o serviço, ainda estavam sem energia elétrica.

    “Eu pedi para o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad e para a Casa Civil trabalharem, porque nós vamos fazer para a cidade de São Paulo o mesmo que fizemos para o Rio Grande do Sul [afetado por enchentes em maio deste ano. As pessoas que tiveram prejuízos por conta do apagão, as pessoas que perderam geladeira, as pessoas que perderam, inclusive, a sua comida que estava na geladeira, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa, nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem”, disse Lula.

    “Eu não quero saber de quem é a culpa, eu quero saber quem é que vai dar solução, e nós queremos encontrar a solução”, acrescentou o presidente, ao participar de evento em São Paulo.

    Foco em empresas

    Após o evento, Haddad conversou com jornalistas e explicou que o auxílio é destinado a empreendedores e pequenas empresas atingidas pelo apagão em São Paulo. Ao todo, 380 mil empresas da Grande São Paulo devem ser beneficiadas e o governo deverá usar R$ 150 milhões para criar a linha de crédito. Conforme enfatizou Haddad, a medida não vale para pessoas físicas.

    Especialistas ouvidos pela Agência Brasil apontam a falência do modelo de privatização do setor de distribuição elétrica no Brasil e a falta de planejamento da empresa concessionária Enel e da prefeitura de São Paulo como determinantes na demora da restauração da energia elétrica na capital paulista.

    Cerca de 3,1 milhões clientes foram atingidos pelo apagão. A rede afetada inclui 17 linhas de alta tensão, 11 subestações, 221 circuitos de média tensão, 105 transformadores, 251 postes e 1.492 ocorrências com vegetação.

    A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) já encaminhou ao governo de São Paulo um pedido de mais prazo para o pagamento de impostos pelos estabelecimentos do setor. O pedido é de prorrogação do vencimento de impostos para cerca de 250 mil estabelecimentos que foram afetados pela falta de energia.

    De acordo com a Fhoresp, a interrupção de energia já provocou prejuízos de cerca de R$ 150 milhões para o setor nos quatro primeiros dias de apagão. Os maiores prejudicados são os micro e pequenos empresários.

    As chuvas fortes e os ventos que atingiram diversas cidades paulistas também provocaram sete mortes.

    Agência Brasil