Categoria: Política

  • Cadeira do Datena “voou pela minha cabeça”, diz Marina Helena

    Cadeira do Datena “voou pela minha cabeça”, diz Marina Helena

    Marina Helena (Novo) disse que José Luiz Datena (PSDB) “roubou” a cadeira dela para agredir Pablo Marçal (PRTB) e que precisou “correr” para não ficar no meio da confusão no início do quarto bloco do debate da TV Cultura entre candidatos à Prefeitura de São Paulo neste domingo (15). À imprensa, Marina Helena afirmou, também, que a cadeira lançada por Datena passou “por cima” dela e que Marçal foi atingido uma vez. Datena foi expulso do debate logo em seguida, e Pablo Marçal foi encaminhado ao hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com dores nas costelas, segundo a assessoria do candidato. Na saída, Datena disse que não se arrependia do que havia acontecido e que o adversário do PRTB “mereceu o que teve”.

    Datena tem futuro definido nas eleições pelo PSDB após agredir Pablo Marçal

    Marconi Perillo, presidente do PSDB, rompeu o silêncio e, em entrevista, revelou qual será o futuro do candidato do partido, José Luiz Datena, nas eleições à Prefeitura da cidade de São Paulo, maior metrópoles do Brasil.

    Em entrevista à CNN Brasil, Marconi Perillo contou que José Luiz Datena seguirá na disputa pela Prefeitura de São Paulo e que sua postura no Debate da TV Cultura não lhe prejudicará no PSDB. “Datena é e continuará a ser o candidato do partido”, decretou o presidente do partido.

    Durante o Debate da TV Cultura, Datena partiu para cima de Pablo Marçal com uma cadeira após ser provocado pelo empresário e autodenominado ex-coach. “O Brasil quer saber, São Paulo quer saber. Você é um arregão. Atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, que você queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso”, disse Marçal.

    Depois de proferir tais palavras, Datena foi até o candidato e com uma cadeira o atacou e lhe xingou: “Seu filho da p…”. O Debate precisou ser interrompido pelo mediador Leão Sevar, que ao voltar ao vivo, explicou que o tucano havia sido expulso do local e que Marçal havia deixado o local para ir ao hospital.

    Datena se explica após agredir Pablo Marçal

    Em entrevista à imprensa nos bastidores do Debate da TV Cultura, Datena foi questionado sobre um possível arrependimento após a agressão, e direto, afirmou que não se arrependia: “Claro que não“, respondeu o candidato do PSDB.

    Eu me senti agredido naquele momento, pensei na minha sogra, que morreu por causa dessas acusações. Infelizmente, perdi o controle. Deveria ter perdido? Não. A melhor opção teria sido sair do debate e ir para casa, mas, assim como choro, reagi de maneira humana e, infelizmente, não consegui me conter”, afirmou ele à imprensa, afirmando que se sentiu agredido pelas acusações de Marçal.

    Areavip
  • Moscou diz que Ocidente já liberou uso de mísseis contra a Rússia

    Moscou diz que Ocidente já liberou uso de mísseis contra a Rússia

    O governo de Vladimir Putin disse neste sábado (14) que, apesar da negativa dos Estados Unidos na véspera, a decisão dos aliados ocidentais de autorizar a Ucrânia a alvejar a Rússia com armas de longo alcance (mísseis) já foi tomada.

    “A decisão já foi tomada, a carta branca e as indulgências serão dadas a Kiev, então estamos prontos para tudo. E nós vamos reagir de uma forma que não será bonita”, disse o vice-chanceler Serguei Riabkov, o principal negociado nuclear do país.

    Ele não disse de onde tirou a informação sobre a permissão, mantendo assim em alta temperatura o caldeirão de ameaças que Putin tem feito ao Ocidente desde que Volodimir Zelenski passou a pedir diariamente autorização para os ataques.

    Após uma visita dos chefes das diplomacias americana e britânica a Kiev no começo da semana, o assunto voltou à baila. Na sexta (13), a Casa Branca negou que iria mudar sua política, que visa impedir uma escalada que possa levar à Terceira Guerra Mundial.

    O anúncio ocorreu antes de o presidente Joe Biden discutir o tema com o premiê britânico, Keir Starmer. Não houve nenhum comunicado formal, mas os relatos disponíveis indicam que há uma divisão clara entre aliados.

    Na Europa, o alemão Olaf Scholz tomou partido de Biden, dizendo ser contra tal tipo de permissão. Mas a pressão é grande, e é possível que uma solução na qual armas britânicas e francesas acabem sendo autorizadas com o beneplácito dos EUA.

    Isso pode ocorrer até a reunião da Assembleia-Geral da ONU, daqui a duas semanas, segundo a mídia americana. Enquanto isso, na Rússia o clima remete aos momentos de maior agressividade retórica da Guerra Fria.

    Segundo um observador político próximo do Kremlin disse à reportagem, a resposta desagradável a que Riabkov se referiu não seria necessariamente nuclear. Dobrar a aposta na escalada dos ataques convencionais à Ucrânia, que já está em curso, é uma opção.

    Armar o Irã ou a Coreia do Norte com algum tipo de equipamento que ameaça forças americanas, outra. E há a proverbial bomba atômica, não necessariamente para uso em combate, mas na forma de um teste, por exemplo.

    Nos meios de comunicação estatais, comentaristas pedem o bombardeio de capitais europeias. O mais inflamado dos falcões do governo Putin, o ex-presidente Dmitri Medvedev, escreveu no Telegram que a invasão ucraniana da região ussa de Kursk deu argumento para Moscou usar armas nucleares.

    Segundo eles, isso não é feito por opção do Kremlin, e que com armas convencionais Kiev poderia ser obliterada. “E seria assim. Um ponto gigante, cinza, derretido em vez da mãe das cidades russas”, escreveu com a usual hipérbole.

    Já Andrii Iermak, o influente e belicoso chefe de gabinete de Zelenski, disse na mesma rede que “as ameaças barulhentas do regime de Putin são apenas testemunho de seu medo de que o terror acabe”. Ele voltou a pedir “decisões fortes” do Ocidente.

    Se os EUA liberarem os aliados para darem o OK a Kiev, provavelmente serão empregados mísseis de cruzeiro Storm Shadow, que têm um irmão gêmeo no francês Scalp-EG. Ambos já foram enviados em pequeno número, pois não há grande arsenal deles na Europa, e estão adaptados para serem lançados dos bombardeiros Su-24 soviéticos da Ucrânia.

    Foram disparados algumas vezes, notadamente contra forças da Frota do Mar Negro da Rússia, baseada na Crimeia anexada em 2014. Há dúvidas se farão alguma diferença na realidade, dado que os principais ativos da Força Aérea russa já foram retirados de bases no alcance das armas, por exemplo.

    De todo modo, centros logísticos de apoio à invasão do vizinho podem ser alvejados, com grande efeito psicológico.

    Enquanto isso, a rotina do conflito repetiu as últimas semanas: a Rússia anunciou ter conquistado mais uma cidadezinha na região de Donetsk (leste), que ficou enfraquecida pela decisão de Kiev de invadir Kursk, e Moscou lançou um grande ataque com 76 drones 72 dos quais os ucranianos disseram ter derrubado.

    Folha de São Paulo

  • Esquema contra Moraes é descoberto após suborno e ameaça de morte

    Esquema contra Moraes é descoberto após suborno e ameaça de morte

    A investigação sobre um esquema de intimidação e coleta ilegal de dados pessoais do ministro Alexandre de Moraes, do STF, começou após ameaças e tentativas de suborno à delegada Denisse Ribeiro, através de um e-mail anônimo criptografado.

    Como revelou a colunista Letícia Casado, no site UOL, Denisse liderou a Operação Acrônimo em 2015, que investigava fraudes eleitorais. Durante o caso, a Polícia Federal encontrou documentos ligando a construtora JHSF a pagamentos de R$ 4 milhões a um escritório de advocacia associado a Moraes, entre 2010 e 2014. O caso foi arquivado, mas voltou à tona em 2024, quando esses dados foram usados para ameaçar e expor agentes federais.

    A campanha contra Moraes e os agentes federais foi organizada pelo blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que ofereceu US$ 5 milhões por provas contra o ministro. Em março de 2024, um e-mail assinado por “Tacitus” foi enviado à delegada Denisse, sugerindo a colaboração dela na “Operação Spoiler” e mencionando o pagamento milionário à campanha de Allan. O remetente também acessou ilegalmente dados pessoais de Moraes, Denisse e José Auriemo Neto, sócio da JHSF, por meio do sistema Infoseg, utilizado por servidores públicos.

    A situação escalou quando Tacitus passou a enviar ameaças veladas à delegada, incluindo comparações com figuras nazistas e mensagens intimidatórias. A Polícia Federal rastreou o uso indevido de dados no sistema Infoseg, revelando que as informações pessoais das vítimas foram acessadas várias vezes por diferentes servidores públicos, o que reforçou a gravidade das intimidações.

    Ainda de acordo com o UOL, o Ministério da Justiça declarou que colabora com a investigação e que o Infoseg é monitorado continuamente para evitar acessos irregulares. Especialistas criticaram a falta de controles mais rigorosos para a proteção dos dados pessoais e sugeriram a implementação de medidas de segurança mais robustas no sistema. A empresa JHSF confirmou que os pagamentos a Moraes eram honorários legais e que confia nas autoridades para esclarecer o caso.

    Notícias ao Minuto

  • X continua bloqueado no Brasil mesmo após dívidas quitadas

    X continua bloqueado no Brasil mesmo após dívidas quitadas

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência direta de R$ 18,35 milhões das contas do Starlink e do X (antigo Twitter) no Brasil para os cofres da União. Os valores foram destinados para o pagamento das multas aplicadas à rede social e à empresa de internet via satélite de Elon Musk.

    Mas, apesar da quitação das dívidas, a rede social continua bloqueada no País por descumprir outras ordens judiciais. A plataforma não cumpriu o bloqueio de perfis que divulgavam mensagens criminosas e de ataque à democracia e ainda não instituiu representantes legais no X no País, como manda as leis. Como a plataforma ainda não se adequou às outras determinações, continua bloqueada no Brasil. Na decisão, divulgada na quarta-feira, 11, Moraes entendeu que a Starlink faz parte do mesmo “grupo econômico de fato” do X.

    No dia seguinte à decisão, os bancos Itaú e Citibank informaram à Suprema Corte que os valores foram transferidos. Com o pagamento realizado, os bloqueios dos ativos da Starlink foram cancelados, uma vez que o valor transferido era suficiente para arcar com as dívidas das empresas com o Estado brasileiro.

    A ordem de desbloqueio foi encaminhada ao Banco Central, à Comissão de Valores Mobiliários e aos sistemas de bloqueio do Judiciário. As contas da Starlink estavam bloqueadas desde 29 de agosto, um dia antes do X ter suas atividades suspensas no País. Quando ocorreu o bloqueio das contas, a empresa de internet divulgou um comunicado classificando a decisão como “inconstitucional”.

    Juristas ouvidos pelo Estadão disseram que a forma que Moraes usou para garantir o pagamento das dívidas é excepcional no mundo jurídico. Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, a Justiça apenas pode cobrar de uma empresa o valor da dívida de outra que pertence ao mesmo dono se for comprovada a existência de fraude. Eles explicam que isso ocorre quando é instaurada uma desconsideração de pessoa jurídica. O X pertence à X Holdings Corp, enquanto a Starlink é ligada à SpaceX, também de propriedade de Musk. (Agência Estado)

  • EUA acusa Rússia de participar de ‘operações’ para ‘desestabilizar’ a Argentina

    EUA acusa Rússia de participar de ‘operações’ para ‘desestabilizar’ a Argentina

    A Rússia “participa de operações destinadas a desestabilizar o governo da Argentina e aumentar a tensão entre o país sul-americano e seus vizinhos”, afirmou o Departamento de Estado americano nesta sexta-feira (13).

    Washington considera que o governo do presidente Vladimir Putin colocará em prática essas ações por meio do veículo de comunicação russo “RT, de suas filiais e de sua estratégia encoberta”.

    O Departamento de Estado citou a Argentina como exemplo de “atividade de influência encoberta” do RT no mundo. Também mencionou as plataformas African Stream e Red, esta última com sede em Berlim, bem como a contratação de um jornalista baseado em Paris para “liderar projetos de influência dirigidos a francófonos”.

    “Sabemos que, por mais de dois anos, o RT aproveitou seu amplo financiamento estatal para recrutar e pagar de forma encoberta personalidades das redes sociais e fornecer-lhes conteúdo”, apontou o Departamento. Os funcionários do RT “usam táticas de inteligência, empresas de fachada e tecnologias de rede para ocultar seu papel nessas atividades”, acrescentou o governo americano, ressaltando que o RT “deixou de ser apenas um meio de comunicação”.

    Segundo o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, o veículo é “um braço de fato da máquina de inteligência russa”. “Sabemos que o RT possui capacidades cibernéticas e participou de operações encobertas de influência de informação e aquisição de material militar.”

    Autoridades americanas anunciaram no começo do mês uma série de medidas, incluindo possíveis processos criminais e sanções, contra o veículo russo, entre outros, por supostas tentativas de interferência nas eleições americanas de novembro.

    O Departamento de Estado impôs restrições de visto ao grupo de mídia ao qual pertence o RT, Rossia Segodnia, e a outras filiais da empresa. “O RT e seus funcionários, incluindo a redatora-chefe, Margarita Simonián, coordenaram-se diretamente com o Kremlin para apoiar os esforços do governo russo para influenciar as eleições moldávias de outubro de 2024”, afirmam os Estados Unidos.

    AFP

  • Governo nega confisco de valores esquecidos em bancos

    Governo nega confisco de valores esquecidos em bancos

    A incorporação dos cerca de R$ 8,56 bilhões esquecidos no sistema financeiro às contas do Tesouro Nacional não representa confisco de recursos, esclareceu na noite desta sexta-feira (13) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Em nota, o órgão ressaltou que os donos dos recursos poderão pedir o saque, mesmo após a incorporação.

    A transferência dos recursos ao Tesouro Nacional consta do projeto que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, aprovado de forma definitiva pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (12). Os R$ 8,56 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

    No comunicado, a Secom destacou que a previsão para incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional está prevista em legislação há mais de 70 anos, por meio da Lei 2.313 de 1954. O texto esclarece que, diferentemente de um confisco tradicional, os cidadãos poderão reclamar os valores esquecidos.

    O Ministério da Fazenda, informou a Secom, publicará um edital no Diário Oficial da União com informações sobre os valores a receber. O recolhimento poderá ser contestado pelos que tiverem direito.

    Contabilização

    O Banco Central e o Ministério da Fazenda divergem sobre a forma de contabilizar os valores esquecidos. Para o BC, a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro não representa um esforço fiscal porque não resulta de economia de recursos do governo, mas de dinheiro dos correntistas. Haddad diz que há precedentes que permitem a inclusão dos R$ 8,5 bilhões deixados de lado no sistema financeiro na meta fiscal de déficit primário zero para 2024.

    Na última quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que existe precedente que permite a inclusão dos R$ 8,5 bilhões para reforçar as contas do Tesouro Nacional. O ministro citou o caso dos R$ 26,3 bilhões parados no antigo fundo PIS/Pasep.

    No fim de 2022, a emenda constitucional da transição autorizou a transferência do dinheiro para o Tesouro Nacional. A Fazenda considera que o dinheiro reforçou o caixa do governo em 2023, mas o BC não reconheceu o valor, o que levou à maior divergência entre as estatísticas dos dois órgãos da história.

    Dinheiro Rural

  • Deputada federal Cristiane Lopes assina coautoria do impeachment Moraes

    Deputada federal Cristiane Lopes assina coautoria do impeachment Moraes

    No dia 09 de setembro, foi protocolado no Senado Federal um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alegando suposto crime de responsabilidade. A Deputada Federal Cristiane Lopes (União Brasil-RO) assinou como uma das coautoras do documento, reafirmando seu compromisso em defesa dos direitos constitucionais e da liberdade de expressão no país.

    A parlamentar utilizou as suas redes sociais para expor seu ponto de vista sobre a situação, frisando a importância de proteger os direitos dos cidadãos e manter o equilíbrio entre os poderes no Brasil. Em declaração pública, Cristiane Lopes destacou, “chegou o momento de defender a liberdade e a justiça no Brasil! É hora de unir forças por um Brasil onde a justiça realmente sirva ao povo e não se torne um instrumento de abuso de poder! Vamos lutar por um país onde os direitos dos cidadãos sejam respeitados e a democracia seja preservada”.

    O pedido de impeachment, entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, alega que Alexandre de Moraes teria cometido ações que configuram crime de responsabilidade. Entre os pontos principais do documento, destacam-se a violação à liberdade de expressão e à manifestação de pensamento, além de decisões que teriam afetado diretamente a atuação parlamentar no Congresso Nacional.

    Além de Cristiane Lopes, o pedido de impeachment também é assinado por outros deputados federais e cidadãos que compartilham da mesma preocupação em relação ao STF. Apesar de senadores da oposição não terem formalmente assinado o documento, alguns manifestaram apoio ao movimento, defendendo a necessidade de o Senado avaliar o pedido de forma justa e imparcial.

    Em sua fala, Cristiane Lopes enfatizou que este não é um ataque ao STF, mas sim uma medida necessária para garantir que todos os poderes da República atuem de forma equilibrada e dentro dos limites estabelecidos pela Constituição. “Nossa intenção é proteger a democracia e assegurar que nenhum poder extrapole suas funções. A liberdade de expressão é um direito inalienável, e o Parlamento precisa ter sua autonomia respeitada. Não estamos contra o Supremo Tribunal Federal, estamos a favor do Brasil e da justiça que serve ao povo.”

    O posicionamento da deputada reflete a crescente preocupação de parte da sociedade com o que é visto como uma centralização de poder por parte de alguns ministros do STF. A medida, segundo Cristiane Lopes, visa restabelecer o equilíbrio entre os poderes e garantir que os direitos constitucionais sejam preservados para todos os brasileiros. Cabe agora ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidir sobre o andamento do pedido de impeachment, já que o Senado é o órgão responsável por julgar casos de ministros do STF.

    A defesa da liberdade de expressão e da atuação parlamentar será, sem dúvida, um dos principais temas de debate no Congresso Nacional nos próximos meses, e a deputada Cristiane Lopes prometeu continuar sua luta para que o povo brasileiro seja efetivamente representado.

    NewsRondonia

  • A impunidade ganha um nome

    A impunidade ganha um nome

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli deve estar orgulhoso de seu revisionismo histórico da Operação Lava Jato, sua magnum opus como juiz. Um ano depois de anular todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da Odebrecht, hoje Novonor, seu nome batiza um movimento de dezenas de delatores, alguns criminosos condenados, que têm acorrido aos tribunais para obter os mesmos benefícios processuais concedidos pelo ministro ao presidente Lula da Silva, autor do pedido de anulação. É o “Efeito Toffoli”, algo que, sem qualquer prejuízo semântico, também pode ser chamado de festim da impunidade.

    Em 6 de setembro de 2023, vale lembrar, Toffoli usou um despacho monocrático em uma Reclamação (RCL 43007) interposta pela defesa de Lula, na véspera do feriadão da Independência, para submeter a sociedade brasileira à sua visão muito peculiar sobre o que foi a maior operação de combate à corrupção de que o País já teve notícia. Com uma canetada, Toffoli declarou “imprestáveis” as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day, dois instrumentos que fizeram rodar com eficiência germânica o notório “departamento de propina” da então Odebrecht, o centro nervoso do esquema do petrolão nos governos lulopetistas.

    Segundo esse realismo fantástico toffoliano, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba teria se valido de “tortura psicológica”, algo que ele havia chamado de “um pau de arara do século 21?, para obter provas contra pessoas “inocentes”. De acordo com o ministro em sua decisão, a prisão de Lula teria sido “um dos maiores erros judiciários da história do País”, “uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado”. Rasgando a toga para se lançar como analista político, Toffoli ainda avaliou que a prisão do petista seria fruto de “uma verdadeira conspiração com o objetivo de colocar um inocente como tendo cometido crimes jamais por ele praticados”, ação esta que representaria “o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições” a partir da ascensão de Jair Bolsonaro.

    Sabe-se que, entre idas e vindas, o STF entendeu que a 13.ª Vara Federal de Curitiba não era o foro competente para julgar Lula da Silva. A Corte entendeu ainda que o princípio da presunção de inocência não autoriza o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado da decisão penal condenatória. Mas escapou ao ministro Dias Toffoli, por razões que não cabe a este jornal perscrutar, que as provas que o levaram a anular o acordo de leniência da Odebrecht e deram a largada para essa corrida pela impunidade foram obtidas por meios flagrantemente ilegais, o que ficou evidente no âmbito da Operação Spoofing.

    Toffoli também parece ignorar que os delatores que agora pedem a anulação de seus acordos de colaboração premiada – e a devolução de milhões de reais pagos a título de multa – confessaram seus crimes e concordaram em devolver milhões de reais cada um à Petrobras e/ou ao erário. Ademais, todos esses acordos que teriam sido assinados “sob tortura psicológica”, um rematado disparate, foram considerados hígidos pelo próprio STF, que os homologou.

    Essa esquizofrenia jurídica, chamemos assim, somada ao voluntarismo, à criatividade e às intenções pessoais de Dias Toffoli – que não esconde de ninguém sua genuflexão de penitência diante de Lula da Silva –, é o que tem levado uma plêiade de ex-executivos da Odebrecht e de outras empresas à Justiça para pedir a anulação de seus acordos com o Ministério Público Federal, entre outros órgãos de controle, e a devolução de multas milionárias que foram pagas como contrapartida da não persecução criminal em casos de desvios de recursos públicos confessados com espantosos níveis de detalhe.

    Por piores que sejam as decisões do ministro Dias Toffoli sobre a Operação Lava Jato nesse ano que passou – decisões que, é bom enfatizar, até hoje não foram submetidas ao crivo do plenário do STF –, mais aviltante é o desrespeito da Corte à inteligência e à memória dos cidadãos e ao próprio Poder Judiciário como um todo, pois a ninguém interessa, como já sublinhamos, um STF voluntarista, instável e politizado.

    Estadão

  • STF determina transferência de R$18,35 mi do X e da Starlink para União e desbloqueia contas

    STF determina transferência de R$18,35 mi do X e da Starlink para União e desbloqueia contas

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência de 18,35 milhões de reais que estavam nas contas bloqueadas das empresas X e Starlink, de Elon Musk, aos cofres da União, para pagamento de multas por descumprimento de ordens judiciais.

    Assinada na última quarta-feira, a decisão também determina o desbloqueio das contas das empresas, informou o STF.

    “Com o pagamento integral do valor devido, o ministro considerou que não havia mais necessidade de manter as contas bloqueadas e ordenou o desbloqueio imediato das contas bancárias/ativos financeiros, veículos automotores e bens imóveis das referidas empresas, com expedição de ofício ao Banco Central do Brasil, comunicação oficial à CVM e aos sistemas RENAJUD e CNIB”, diz o tribunal em nota publicada em seu site.

    Os valores haviam sido bloqueados por ordem de Moraes para o pagamento de multas que haviam sido impostas à plataforma X devido a sucessivos descumprimentos de ordens judiciais, como o bloqueio de contas e a retirada de páginas disseminadoras de fake news. O X também ignorou determinação judicial para que indicasse um representante legal da rede social no país.

    Reuters

  • Justiça da Colômbia determina suspensão de atividades em poço da Petrobras e Ecopetrol

    Justiça da Colômbia determina suspensão de atividades em poço da Petrobras e Ecopetrol

    Um tribunal na Colômbia ordenou que a empresa de energia do país Ecopetrol e a parceira brasileira Petrobras, interrompam as atividades no poço de gás offshore Uchuva-2.

    Em uma ordem judicial datada de 11 de setembro, um juiz disse que as atividades no poço, no bloco Tayrona, no Caribe colombiano, devem parar depois que as empresas falharam em consultar adequadamente uma comunidade indígena local sobre a operação.

    Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

    Reuters