Categoria: Política
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Caiado participa de formatura de policiais e destaca reforço na segurança
Durante a cerimônia de formatura do 7º Curso de Policiamento Montado (CPMON) da turma batizada de “Coronel Veterano José Granja”, na sede do Regimento de Cavalaria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), em Goiânia, o governador Ronaldo Caiado reconheceu o esforço dos policiais e destacou os investimentos realizados na área. “Vim aqui parabenizá-los e dizer que são um orgulho não só do povo goiano, mas que passaram a ser referência nacional”, afirmou nesta sexta-feira (13/9).Caiado citou que a Cavalaria tem uma boa estrutura, fruto de investimentos estaduais e também da “eficiência deles de tomarem do narcotráfico”. “A segurança pública é um trabalho artesanal diário. A cada dia temos que avançar mais, sofisticando a inteligência, a parte operacional, a formação, a qualificação dos nossos policiais, dando a eles instrumentos para poderem trabalhar”, ressaltou.Subordinada ao Comando de Missões Especiais (CME) da PMGO, a Cavalaria atua em diferentes situações que envolvem a aglomeração de pessoas e risco de conflitos, como manifestações, eventos esportivos, rebeliões em presídios, entre outros. Para isso, os alunos do CPMON aprendem técnicas de policiamento montado, patrulhamento tático motorizado, manejo com animal e Choque Montado para Controle de Distúrbios Civis (CDC).O secretário de Estado de Segurança Pública, Renato Brum, lembrou que o trabalho de aperfeiçoamento e especialização dos policiais goianos é uma das diretrizes do governador Ronaldo Caiado. “Na Cavalaria temos policiais dedicados, preparados e especializados. O trabalho que é desenvolvido por eles tem reflexos dentro, por exemplo, de praças esportivas e em meio a distúrbios civis. Nossa tropa está capacitada e os novos formandos entregues à população reforçarão isso”, pontuou.AtuaçãoComandante da Cavalaria, o tenente-coronel Diego Damasceno Ribeiro explicou como funciona a corporação e definiu a atual gestão do Estado como “espelho” para o trabalho. “Além do controle civil, reintegração de posse, manifestações, jogos, entre outros, contamos o tempo inteiro com o apoio das ações preventivas impressas pelo governador. Estamos preparados para atuar em qualquer momento”, explicou.Com duração de aproximadamente 475 horas-aula, o 7º Curso de Policiamento Montado foi iniciado em 2 de julho e concluído em cerca de dois meses. Ao todo, 12 policiais militares se formaram, sendo 10 da Polícia Militar de Goiás e dois da Polícia Militar do Piauí, reforçando a qualidade técnica da instituição goiana ao ministrar cursos que servem de exemplo para policiais de todo o país.“Faço parte da Cavalaria há 29 anos e vejo, mais uma vez, o governador Ronaldo Caiado mostrando cuidado com a segurança pública de Goiás. Nesta turma, a sétima formada, tenho a honra e o privilégio de estar na composição como 01. A sociedade goiana está de parabéns pelo governo que tem, que se preocupa cada dia mais com o investimento em segurança”, declarou o tenente Rodrigues.A Redação -
Lula: empresários brasileiros ainda não têm “inteligência suficiente” para entender importância de se investir em cultura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, na noite desta quinta-feira (12), os empresários brasileiros ao ressaltar que ainda não há um hábito de se investir intensivamente em cultura. Ele disse que os empresários do país “ainda não conquistaram a inteligência suficiente” para entender a importância desse tipo de investimento. “Acho que, se o sistema financeiro brasileiro soubesse disso [do retorno em investimento em cultura], eles abaixavam os juros para não receber a dívida e aplicava em cultura, porque voltaria muito rapidamente”, disse.
A declaração foi dada em evento de inauguração do Armazém Utopia, espaço cultural na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro.
O presidente Lula contou ter enfrentado dificuldade em conseguir financiamento para a produção de “10 grandes filmes” sobre os momentos mais importante da história do Brasil quando o músico Gilberto Gil era ministro da Cultura, em seus mandatos anteriores, por exemplo. O presidente ainda falou que o objetivo é que cada município tenha ao menos uma biblioteca e que todos os conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida sejam entregues com uma biblioteca, com no mínimo 500 livros.
“A cultura é uma das formas de você fazer com que 213 milhões de brasileiros se manifestem da forma que ele é e da forma que ele quer para que a gente possa compreender o comportamento da sociedade brasileira e o resultado do povo que nós somos”, disse.
CNN
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Ameaças de guerra de Putin contra Otan são ‘incrivelmente perigosas’, adverte Casa Branca
A Casa Branca acusou, nesta sexta-feira (13), o presidente russo, Vladimir Putin, de proferir ameaças “incrivelmente perigosas” por ter afirmado que os países da Otan entrariam em guerra com Moscou se permitirem à Ucrânia usar mísseis de longo alcance.
“Esse tipo de retórica é incrivelmente perigosa”, disse a jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, antes de uma reunião entre o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre se deve ser permitido a Kiev disparar este tipo de mísseis contra alvos russos.
IstoÉ
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Elon Musk paga multas de R$ 18M e Moraes determina desbloqueio de contas da Starlink e X no Brasil
Duas semanas após o bloqueio do X (antigo Twitter), Elon Musk começa a cumprir as ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) e realizou o pagamento de multas impostas após a rede social não cumprir ordens e também não ter um representante legal do X em nosso país. Entenda o caso e o que vem em seguida.
Musk avança em negociações com Brasil
Na noite do dia 12 de setembro de 2024, o Banco Citibank S.A. e Itaú Unibanco S.A. comunicaram ao STF que a multa imposta no total de R$ 18,35 milhões pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O valor foi transferido diretamente para as contas da União no Banco do Brasil.
Com isso, Alexandre, no dia 13 de setembro, considerou as multas como pagas e determinou que tanto as contas da Starlink, quanto do X, sejam desbloqueadas. Isso foi feito após o descumprimento do que havia sido definido por Alexandre de Moraes: retirar conteúdos após ordem do STF em investigações em andamento e não indicar um representante legal para o X no Brasil.
No dia 30 de agosto de 2024, o X (antigo Twitter) deixou de ter permissão para funcionar no Brasil e todas as principais operadoras do Brasil tiveram que bloquear o acesso à rede social. Desde então, brasileiros não possuem mais acesso ao Twitter.
Desbloqueio do Twitter está próximo?
Rede social precisa ter representante legal para voltar a funcionar no Brasil (Foto: Reprodução/CNN Brasil) Este é um passo importante para que Elon Musk em seu trabalho de “fazer as pazes” com o Governo Brasileiro, mas tal pagamento das multas não afeta a decisão de Alexandre de Moraes de bloquear a rede social de Elon Musk. Isso porque, mesmo que tenha feito o pagamento das multas, Musk ainda não indicou uma pessoa para responder pela rede social caso alguma solicitação seja feito pelo governo.
Dessa forma, o bloqueio do X no Brasil ainda segue sem previsão para acabar. Também pode-se dizer que Elon está tentando, de todas as formas, não negociar com o Brasil: o bilionário criou uma conta chamada Alexandre Files no Twitter, onde ele cita, para todos que quiserem ver, decisões sigilosas de Alexandre de Moraes com foco em divulgar “diretivas ilegais”.
Nos resta esperar por mais informações para saber se o X será desbloqueado no Brasil ou não. Você acha que este bloqueio dura por mais tempo? Diga pra gente nos comentários!
Com informações: A Gazeta
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Ministro de Lula pode ficar inelegível por acusação de abuso de poder político e econômico
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) julgará no dia 19 de setembro o caso que acusa o governador de Alagoas, Paulo Dantas, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o deputado e candidato à Prefeitura de Maceió, Rafael Brito, todos do MDB, por uso eleitoral irregular do programa Bolsa Escola 10. O trio é acusado de abuso de poder político e econômico. As defesas negam qualquer promoção pessoal associada ao programa.
A ação pode tornar os três inelegíveis e cassar os mandatos de Rafael Brito e Paulo Dantas. O Ministério Público Eleitoral (MPE) acusa o grupo de ter vinculado seus nomes ao programa para promover suas candidaturas no pleito de 2022, o que é proibido.
O programa Bolsa Escola 10 oferece apoio financeiro aos alunos do ensino médio em escolas públicas, incluindo um incentivo de R$ 500 para retomar os estudos, R$ 100 para manter a frequência escolar e prêmios de R$ 2 mil por excelência acadêmica.
O MPE também apontou mau uso do programa. Segundo a acusação, o Bolsa Escola 10 beneficiou todos os alunos da rede pública, e não apenas os em situação de vulnerabilidade social, como era previsto. “Ocorre que, de toda a documentação apresentada, tanto pelos investigados quanto pelo próprio Estado de Alagoas, não se verifica a adoção de qualquer parâmetro que permita concluir que os estudantes beneficiados pelo programa seriam estudantes em situação de vulnerabilidade. Pelo que se aferiu, bastou estar matriculado na rede estadual de ensino para fazer jus aos benefícios”, argumenta no processo.
Os investigados defendem que o Programa Bolsa Escola 10, iniciado em dezembro de 2021 com base em lei estadual, não configura a conduta vedada. Argumentam que a execução orçamentária começou no mesmo mês, com empenho de R$ 120 milhões e pagamento de R$ 18,679 milhões. Eles enfatizam que o programa não representa distribuição gratuita de bens ou benefícios, por exigir o cumprimento de metas pelos estudantes para receberem a recompensa, afastando a ideia de uso promocional e eleitoral do programa social.
Os acusados também argumentam que as peças publicitárias e postagens em redes sociais foram feitas no fim do ano de 2021, antes do ano eleitoral de 2022, sem pedir votos ou divulgar números de urna. Estes seriam apenas para divulgar a implantação do programa.
Estadão
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Justiça ordena remoção da paródia de “Cálice” que ataca Alexandre de Moraes
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a remoção de uma paródia da música “Cálice” (1978) que fazia ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão saiu após um processo aberto pelos cantores Chico Buarque e Gilberto Gil contra o apresentador Tiago Pavinatto, ex-Jovem Pan.
Na ação judicial, os artistas alegam que a modificação do clássico ocorreu sem autorização prévia e com a finalidade única de atacar o magistrado, maculando instituições democráticas e violando o direito imaterial da propriedade. A juíza Admara Falante Schneider acolheu os argumentos.
“O perigo de dano ficou configurado pois se trata de uma obra escrita e composta pelos autores, que foi modificada sem autorização e veiculada em sítio público. Os direitos autorais possuem certas limitações em que a obra pode ser utilizada sem autorização do autor, apenas para fins didáticos e sem fins lucrativos, o que, definitivamente, não se coaduna ao caso em questão”, afirmou a juíza.
A decisão também ordena que a empresa Meta, dona do Instagram, remova a publicação da página de Pavinatto em até 24 horas, e que o apresentador se abstenha de reproduzir a paródia. Em caso de descumprimento, a multa será estabelecida no valor de R$ 40 mil.
Procurado pela colunista Mônica Bergamo, o apresentador disse que não foi notificado sobre o assunto e tampouco tinha ciência da ação em andamento. “Num país em que uma paródia é livre e, vale lembrar, que Roberto Carlos já processou Tiririca e perdeu, eles vêm querer censurar a paródia?”, afirmou Pavinatto.
“O artigo 47 da Lei de Direitos Autorais fala que são livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito. Isso é censura”, completou o apresentador.
Mais detalhes
Ainda no processo, Chico Buarque e Gilberto Gil repudiaram a tentativa de usar “Cálice” para equiparar a censura da Ditadura Militar (1964-1985) à resposta institucional do ministro dada às pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro. “É absolutamente despropositada”, afirmam.
“Qualquer que fosse o conteúdo, há violação do direito de autor pelo uso não autorizado da obra em conteúdo audiovisual. Sendo um conteúdo que é flagrantemente violador do direito moral de autor, com adaptação da obra para atacar instituições públicas fundamentais ao Estado democrático de Direito, pelo qual tanto lutaram os artistas autores, o uso infringente torna-se ainda mais grave”, explicou a defesa dos cantores.
Chico e Gil pedem indenizações individuais de R$ 100 mil por danos morais, porém esta demanda ainda não foi apreciada pela Justiça.
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Lula critica salários de presidentes da Vale e da Eletrobras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar Vale e Eletrobras, ex-estatais que se tornaram alvo da terceira gestão do petista, nesta sexta-feira (13). Desta vez, ele questionou os salários pagos aos presidentes das duas companhias.
“O presidente da Eletrobras ganhava R$ 60 mil por mês. Hoje, ganha R$ 360 mil por mês, fora bônus”, disse, em inauguração de obra da Petrobras em Itaboraí (RJ). “O CEO da Vale, R$ 55 milhões por ano. Não é R$ 55 mil, não. É R$ 55 milhões”.
Ele afirmou que, apesar dos elevados salários, as empresas não dão sua contribuição para o desenvolvimento do país. “Cadê a vontade dessa empresa privatizada? O que é que ela trouxe de verdade e lutou mais?”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante cerimônia de inauguração do Complexo de Energias Boaventura da Petrobras, antigo Comperj, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro Eduardo Anizelli – 13.set.2024/Folhapress Foto mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, homem branco com um uniforme de trabalho laranja, em pé atrás de um púlpito de vidro, gesticulando com a mão levantada. Ao fundo, há uma imagem de uma instalação industrial. Um homem em um terno escuro está ao lado dele, observando **** As crises foram feitas enquanto o presidente elogiava a Petrobras por retomar investimentos paralisados após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Nesta sexta, a empresa inaugurou a primeira obra do empreendimento, uma unidade de tratamento de gás natural. A empresa prevê ainda R$ 13 bilhões para concluir a refinaria do local, cujas obras estão suspensas desde 2015.
Lula e aliados têm criticado Vale e Eletrobras desde o primeiro ano de mandato. No caso da mineradora, reclamam de demora para fechar o acordo para indenização das vítimas da tragédia de Mariana (MG) e querem mais dinheiro para a renovação das concessões ferroviárias da empresa.
O governo tentou intervir na mudança de comando da Vale, que demitiu no início do ano o seu presidente, Eduardo Bartolomeo. Lula tentou emplacar o ex-ministro Guido Mantega, mas a empresa optou pelo seu diretor financeiro, Gustavo Pimenta.
No seu discurso, o presidente admitiu que pediu a Lázaro Brandão, dono do banco Bradesco, a demissão de Roger Agnelli, que presidiu a Vale até 2011 e morreu em 2016. “A gente estava fazendo um esforço imenso para abrir estaleiros no Brasil”, contou, “e a Vale comprou três navios na China”.
No caso da Eletrobras, o governo briga para ter maior participação na gestão da companhia, privatizada durante o governo Jair Bolsonaro. O caso está sendo mediado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Lula usou os salários dos executivos para criticar também o Banco Central e o mercado financeiro, por alertas contra impactos inflacionários de reajustes no salário mínimo. “O cara ganha R$ 360 mil por mês e não é inflacionário? O outro ganha R$ 55 milhões e não é inflacionário?”
Folha de São Paulo
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Caiado lança programa que dá até 70% de desconto em dívidas tributárias
O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta quinta-feira (12/9), o Quita Goiás, programa de transação tributária e quitação de dívidas que dá até 70% em multas e juros e pagamento em até 145 parcelas para o contribuinte. O lançamento ocorreu em evento no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. “É muito importante trazer para os cofres do Estado aquilo que é devido, mas reconhecendo a capacidade do empresário ou microempresário de quitar seus compromissos e arcar com os tributos”, disse o governador.O projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa (Alego) incentiva a regularização fiscal, facilita a recuperação de créditos tributários e reduz o volume de ações judiciais de cobranças. Uma vez aprovado, o Quita Goiás vai facilitar acordos entre o Estado e os contribuintes que tenham débitos como ICMS, ITCMD e IPVA. Para pessoas físicas e empresas de pequeno porte, o desconto de multas e juros poderá chegar a 70% e o pagamento do restante da dívida poderá ser dividido em 145 parcelas. Para as demais pessoas jurídicas, o abatimento poderá atingir 65%, com parcelamento em até 120 vezes.“No momento em que for sancionada, teremos resultado tanto para geração de emprego como para arrecadação do Estado. Vamos mostrar para as pessoas que vale a pena viver na formalidade, e não na informalidade. Isso é uma cultura maior”, pontuou o governador Ronaldo Caiado. “O Quita Goiás vai ser uma referência para as pessoas acreditarem que vale a pena investir em Goiás e que o Estado é parceiro delas na geração de emprego e renda, proporcionando condições dignas para toda a população”, arrematou.JustiçaO Quita Goiás também é considerado pelo governo do Estado como uma ferramenta importante para diminuir o volume de ações no Poder Judiciário. “Uma política pública tributária que almeja maior eficiência na recuperação do crédito tributário, redução da massa de processos judiciais, diminuição de custos e, claro, adequado tratamento aos contribuintes”, afirmou o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda. “Na PGE, temos hoje 56 mil execuções fiscais em andamento e outros 36 mil processos relativos a impugnação de crédito. Ou seja, algo em torno de 92 mil processos relacionados a temas tributários. É um completo desvario. Não é sustentável”, ponderou.As ações do Quita Goiás serão coordenadas pela Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) em parceria com a Secretaria da Economia. Um edital de convocação vai especificar as faixas de descontos e parcelamentos possíveis. Para o titular da pasta, Sérvulo Nogueira, a grande novidade é que “para cada contribuinte, as soluções serão parametrizadas em situações específicas, de acordo com o estudo da capacidade de pagamento”. “A iniciativa sempre contou com o apoio da Secretaria, entendendo que para o sucesso do programa de transação tributária que estamos instituindo é fundamental a colaboração de todos os envolvidos”, argumentou.Dívida AtivaA iniciativa também vai viabilizar meios para diminuir a Dívida Ativa, cadastro que registra os contribuintes que não pagaram tributos em dia e que soma cerca de R$ 37 bilhões. “O mais importante para nós, como empresários, como cidadãos, é a sinalização que o governador dá, uma liderança que mostra que vale a pena empreender, que vale a pena produzir, que Goiás é um Estado que dá certo”, exaltou o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Flávio Rassi.O evento teve a presença de deputados, advogados, juízes e representantes do setor empresarial. “Goiás está olhando para o futuro com coragem e vontade de solução. Dá um importante passo para a solução de questões tributárias relacionadas ao empresariado, com essa necessária mudança cultural que estamos tratando aqui hoje”, avaliou o presidente da OAB-GO, Rafael Lara.A Redação -
Janones é indiciado pela PF por acusação de rachadinha
Corporação afirma que o parlamentar era o “eixo central” de uma organização montada para desviar parte dos salários de funcionários de seu gabinete
A Polícia Federal decidiu indiciar o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suposto envolvimento em um esquema de rachadinha. De acordo com a corporação, as investigações apontam que o parlamentar teria se apropriado de parte do salário de assessores. Janones nega as acusações.
A investigação começou após vazar um áudio em que o deputado cita a cobrança de parte do salário de seus funcionários. “Tem algumas pessoas aqui que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas quando a minha campanha de prefeito deu um prejuízo de R$ 675 mil, na campanha. Elas vão ganhar a mais pra isso”, diz o político na gravação.
Ex-assessores também afirmam que tinham de devolver parte das remunerações. Janones é acusado de peculato, associação criminosa e corrupção passiva. No relatório final sobre o caso, a PF afirma que o patrimônio pessoal do deputado aumentou consideravelmente. O Correio apurou que entre as provas usadas pela PF estão o uso de um cartão pessoal de um assessor e saques de R$ 1.500 feitos por outro funcionário. O primeiro, tem uma relação de amizade pessoal com o deputado.
“Os dados fiscais também não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial ‘a descoberto’ do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06”, destaca parte do relatório.
Os investigadores afirmam que Janones é o “eixo central” da organização criminosa e que foi beneficiado diretamente pelo dinheiro desviado. “O deputado federal André Janones é o eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira. A investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho”, completa o texto.
Correio Braziliense
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Por que o Copom terá ciclo de alta de juros “envergonhado”, segundo Tony Volpon
Com investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na próxima semana, a expectativa de Tony Volpon, ex-diretor da autarquia, é de que o colegiado opte por um aumento de juros mais moderado.
Para Volpon, o Copom tende a ter um ciclo de alta “envergonhado” e há riscos de que, a depender de um possível comunicado lido como “dovish”, os efeitos possam vir na direção contrária do necessário.
“Eles estão com um pouco de vergonha, receio de fazer isso. Sabem que vão enfrentar críticas, tanto do governo, pelo menos, parcela do governo, como do setor privado, como é normal, toda vez que o BC sobe juros, eles sofrem esse tipo de crítica”, falou Volpon em entrevista ao Investing.com Brasil.
O especialista entende que o mercado demorou para revisar suas projeções para a taxa de juros, tendo em vista o recente ajuste na projeção da Selic. No último documento divulgado pelo BC, economistas consultados pela autoridade monetária projetam Selic a 11,25% ao final deste ano.
Volpon acredita que o ciclo deveria ser mais robusto, visando ancorar as expectativas inflacionárias de forma mais eficaz e levar a inflação a uma trajetória de retorno à sua meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ainda que as projeções do Focus indiquem um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do limite adicional de 1,5 ponto percentual, a expectativa é de que o indicador fique acima do centro da meta.
“Eu acredito que eles deveriam fazer passos de 0,50 p.p e acabar em 12%, mas talvez eles decidam fazer uma coisa mais devagar mesmo. Tudo acaba sendo determinado pela pressão inflacionária que eles estão tentando controlar. Então, eu acho que uma Selic de 12% está de bom tamanho, para fazer o ajuste que eles deveriam fazer”, avalia o especialista.
Leia a entrevista na íntegra:
Investing.com – Como viu o movimento ajustes nas expectativas para a Selic? O mercado demorou para fazer uma revisão?
Tony Volpon – Não é anormal que haja, já que o Focus é mediana, isso acaba acontecendo. O mercado ajusta muito mais rapidamente porque ele está, na verdade, avaliando toda a distribuição, fazendo uma média de toda a distribuição, enquanto o pessoal do Focus tem um número em mente, aí demora um pouco mais para chegar a ter um analista que joga a mediana para cima.
Acho que até que demorou, essa é a minha impressão. Eu fiz um estudo olhando esse delay, ou esse atraso, mas esse atraso é tradicional, então isso não surpreende, mas a minha impressão é que demorou bastante, dado todo o contexto que a gente tem tido nessas últimas semanas, na verdade, desde o último Copom, com processo de reajuste, tanto em termos da comunicação do BC como dados apresentados desde então.
Mas agora, acho que está correto. Faz tempo que eu compartilho a ideia que eles deveriam, não só deveriam, mas de fato vão aumentar os juros nessa reunião.
Inv.com – A leitura de inflação de hoje ou o Fed cortando juros, muda o cenário para o Copom? Por quais motivos?
Volpon – O dado veio um pouquinho melhor do que o esperado. Agora, lembrando, o dado de agosto, sazonalmente, ele é sempre o mais fraco, pelo menos o headline dele. Agora, olhando para o dado, e aqui estou citando alguns números, cálculos da XP (BVMF:XPBR31), então, eles ainda têm a média móvel de três meses dos núcleos rodando a 4,59%, quer dizer, acima do topo da banda da meta.
Acho que todo mundo sabe que temos uma inflação em desaceleração, não é expectativa, por exemplo, que a gente vai fechar acima do topo da banda. A questão é, olhando os fatores subjacentes, perspectivas da inflação, se de fato temos razões, se temos uma boa probabilidade, uma probabilidade confiável, de atingir a meta, que é 3%, em 2026, dado a metodologia da meta contínua.
Eu ainda acho que não, eu acho que o dado não mudou essa avaliação, apesar de ter vindo um pouquinho melhor. Mas o dado vai constranger o BC de fazer alguma coisa mais agressiva do que 0,25 ponto percentual.
Tivemos algumas sinalizações recentes que vai ser um início suave, e o Copom deve verificar os próximos passos nas reuniões seguintes, mas eu acho que enterra a ideia de você largar com 0,50 ponto percentual, então, muito provavelmente, teremos 0,25 p.p..
Inv.com – Qual que é a sua expectativa até o final do ano, Tony?
Volpon – A questão é, se eles vão de 0,25 p.p. para 0,50 p.p.. Eu acredito que eles deveriam fazer passos de 0,50 p.p e acabar em 12%, mas talvez eles decidam fazer uma coisa mais devagar mesmo. Tudo acaba sendo determinado pela pressão inflacionária que eles estão tentando controlar. Então, eu acho que uma Selic de 12% está de bom tamanho, para fazer o ajuste que eles deveriam fazer.
Inv.com – E esse ciclo, você acha que vai até o começo do ano que vem, ou pode acabar perdurando mais tempo?
Volpon – A todo momento, quando eles começam o ciclo, eles têm um tamanho de ciclo na mente. Obviamente, isso não impede que eles mudem essa estimativa de orçamento ao longo do tempo, e eles vão ficar de reunião em reunião, esse orçamento será reestimado.
Mas eu acho que eles vão ter isso na cabeça. Obviamente, o tamanho do ciclo contra o que eles estão vendo, em termos do nível atual da Selic, em parte, determina a velocidade.
Toda a sinalização deles, a comunicação, é de um aperto um pouco envergonhado, eu diria. Eles gostariam de não estar fazendo esse ciclo, mas tem a questão cambial e tem a questão de expectativas. Eu acho que eles não estão totalmente convencidos.
Tudo isso são fatos, porque é só você olhar para o câmbio e olhar para o Focus. O que eles não estão convencidos, me parece, é se o hiato está realmente pressionando a inflação ou não.
Então, você tem tido até do próprio Gabriel Galípolo falas de que não estaria muito claro se a questão do mercado de trabalho está impactando a inflação, etc. Eu acho que boa parte do mercado já se convenceu que, de fato, a economia está operando acima do seu potencial. Inclusive, faz bastante tempo. Acho que o mercado já chegou nessa convicção. Acho que eles não. Pelo menos, isso não está tão claro nas falas recentes deles. Obviamente, é algo que eles vão ter que endereçar, tanto nessa reunião como, eventualmente, no relatório de inflação.
Então, é um pouquinho dessa coisa envergonhada. Talvez, em outras condições, se o câmbio não tivesse tão pressionado, se não houvesse tanta incerteza sobre a gestão da política monetária após Roberto Campos Neto, que, obviamente, está contaminando as expectativas, eu acho que, nesse mundo contrafactual, eles acreditariam que não teriam que subir juros e eles podiam permanecer naquilo que foi a estratégia inicial de manter a Selic nesse nível pelo tempo necessário.
Eles estão com um pouco de vergonha, receio de fazer isso. Sabem que vão enfrentar críticas, tanto do governo, pelo menos, parcela do governo, como do setor privado, como é normal, toda vez que o BC sobe juros, eles sofrem esse tipo de crítica.
Me parece que eles estão um pouquinho envergonhados com isso. Cria-se a ideia que o viés dele é tentar arrastar isso o máximo possível. Quer dizer, começar com 0,25 p.p. e tentar ficar no 0,25 p.p. e tentar parar o mais rápido possível.
Mas essa vai ser a grande questão saindo da reunião ou se eles vão dar guidance. Mas eles não vão dar guidance nenhum. Então, essas serão as questões, as escolhas que serão feitas, para eles agora calibrarem junto ao mercado o que eles estão pensando sobre esse ciclo.
Mas é um pouquinho esse ciclo envergonhado. Acho que eles gostariam de não estar fazendo o que eles vão fazer semana que vem.
Inv.com – O que espera no próximo comunicado?
Volpom – Tem o risco de eles fazerem o chamado “aumento dovish”. Eles aumentarem, mas por causa dessa vergonha, dessas dúvidas, de não terem certeza de que a economia está acima do potencial, de achar que a questão da expectativa e do câmbio está supervalorizada pelo pessimismo do mercado.
Toda essa lógica de eles fazerem um aumento de juros, mas não passarem convicção de, na verdade, fariam o que for necessário para colocar a inflação na meta. Porque eles falam isso, mas eles condicionam isso a um montão de coisas.
Inclusive, esse discurso um pouco dúbio sobre qual é a posição da economia frente ao potencial, ou a questão do IA. Então, isso meio que desqualifica. Todo banqueiro central obviamente vai falar que sim, que vai cumprir a meta. O Tombini, nos piores momentos de 2011, falava a mesma coisa.
Entre falar isso e ficar condicionando o que está sinalizando ao mercado que, não sendo convencido que há de fato um problema a ser endereçado, pode ter de fato um impacto negativo sobre o mercado.
Então, em vez de ter o que gostaria de ver como consequências do aumento, que seria uma curva de juros menos inclinada, ou um câmbio um pouco mais fortalecido, pode acabar tendo o efeito contrário.
E esse é o meu temor, que eles errem na comunicação por não ter convicção do que estão fazendo, e acabam anulando o efeito do aumento. Se o efeito do aumento é realmente para endereçar esse complexo de questões ao redor, ter câmbio, expectativa e hiato, acaba não ajudando nenhum deles.
E esse tipo de erro, essa falta de convicção, em política monetária, sempre é preciso pensar nas consequências, porque pode ter consequências indesejadas. Você pode acabar, de fato, piorando a situação.
É possível que eles façam 0,25 p.p. com um comunicado meio frouxo, e de fato o dólar sobe, a curva empina mais, as expectativas pioram, porque eles não abraçaram mesmo a causa. Eles têm que fazer alguma coisa, porque, na verdade, a expectativa, a probabilidade de você ter inflação na meta é muito baixa. E eles têm que agir para aumentar essa probabilidade, mas eles têm que acreditar naquilo que eles estão fazendo.
Inv.com – Como avalia, neste cenário, as últimas comunicações do BC?
Volpon – E essa comunicação bagunçada que teve desde a última reunião, em que num primeiro momento o Galípolo saiu muito hawkish, surpreendeu o mercado, mas aí o Roberto Campos falou uma coisa que não parecia tão hawkish, aí o próprio Gabriel meio que também mudou um pouquinho do tom dele. Essas idas e vindas, eles têm falado muito.
O primeiro ponto é, o BC tem falado demais desde a última reunião. Acho que não teve uma calibragem correta da quantidade de comunicação, especialmente pelo Galípolo.
E segundo, há uma comunicação confusa, por isso que o mercado está oscilando bastante, bastante volátil, então eles já perderam uma certa oportunidade, desde a última reunião, de meio que começar a colocar ordem na casa.
A casa não está em ordem, se olharmos para a curva de juros, para o câmbio, para o Focus, na verdade, nada melhorou. Tudo piorou desde a última reunião. Especialmente dado que há, do outro lado, uma perspectiva mais positiva nos Estados Unidos. Era para o Brasil estar operando bem melhor do que está operando agora.
Então, meu temor é que eles continuem nessa dubiedade, nessa falta de convicção, e que continue nessa coisa meio bagunçada e não conseguindo, de fato ter o efeito benéfico, os efeitos que você gostaria de ter de um aumento de juros.
Inv.com – Depois dessas comunicações que foram consideradas confusas entre eles, como é que você avaliou as falas do Galípolo diante do que você estava esperando em relação à atuação dele? O que você espera a partir de agora com a atuação dele? Ainda falta clareza em relação a certas comunicações?
Volpon – Entendo que ele tenta adotar um estilo um pouco menos formal de comunicação. Ele não usa apresentação, ele fala de uma maneira um pouco mais improvisada. E acho que isso, vindo de um presidente do BC, não é uma postura adequada. Para o diretor, já é complicado ter esse estilo informal, um pouquinho fluxo de consciência. Fica um pouquinho divagando. Obviamente, sempre voltando a alguns temas, tentando passar algumas informações, mas, como a gente vê, quando tem essa coisa menos estruturada, o espaço para erros de comunicação aumenta.
Quando notamos a atuação de outros presidentes de bancos centrais, por exemplo, o Powell, ele quase sempre lê um texto pré-preparado. Quando ele faz o press conference dele, e de vez em quando, dá umas derrapadas grandes, mas ele tenta ficar naqueles pontos, repetindo aquilo que é a mensagem principal que eles querem passar e não ficar saindo muito daquilo.
O Galípolo é um cara jovem, não é um nome óbvio para presidente do BC, dada uma experiência profissional e acadêmica dele, mas é um cara que, do outro lado, tem duas grandes vantagens.
Ele já está lá há quase dois anos, então qualquer déficit de conhecimento que ele talvez tivesse no início, ele já teve amplas oportunidades de suprir, porque o BC é uma escola, pela qualidade do staff e do trabalho que eles fazem.
E, segundo: a grande vantagem dele é tentar distensionar a relação entre o BC e o governo, uma coisa que o Roberto Campos não conseguiu. Não estou culpando o Roberto Campos, porque, como todo relacionamento, tem os dois lados. Então, acho que ele tem culpa do cartório, o governo também, é a minha opinião.
Mas, claramente, o Galípolo tem um excelente relacionamento com o Haddad, com Lula, e eu espero que ele consiga usar isso para fazer o que ele tem que fazer, que é, de fato, cumprir a missão institucional do banco, que é colocar a inflação na meta. Essa é a primeira, não é a única missão, mas é a principal. E, se o BC não a cumprir, o resto fica meio irrelevante. Que ele, de fato, consiga fazer isso, mas mais com o relacionamento que o Meirelles tinha com Lula do que o Roberto Campos. O Meirelles conseguia aumentar juros e não sofrer um bombardeio contínuo por parte do Lula e do governo. Tinha até o pessoal do PT que criticava o Meirelles, acho que isso não incomodava, mas ele sempre tinha um apoio do Lula nos vários momentos em que ele, de fato, teve que apertar as condições monetárias.
Acho que a grande vantagem do Galípolo, no BC, vai ser, espero eu, a capacidade de ter esse tipo de relacionamento e baixar o nível de ruído. Esse ruído que a gente tem tido nesses últimos dois anos, chegando quase em dois anos, é muito ruim.
Ninguém ganha com isso. O governo não ganha com esse ruído, nem o BC, nem a população ou a economia. Todo mundo perdeu com esse ruído. Só baixar esse ruído já vai ser um ganho. Agora, isso não exime o Gabriel de ter que, de novo, entregar a inflação na meta e se demonstrar alguém capaz de, não só capaz, mas tendo a vontade de fato a fazer isso, custe o que custar.
E é uma coisa meio desagradável mesmo. Aumentar juros, você não tem muitos amigos. É o contrário do que a esquerda diz, especialmente no mercado. O mercado não ganha dinheiro com alta de juros. É só conversar com qualquer gestor de carteira no mercado.
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