Categoria: Saúde

  • Adesão do Ipasgo Saúde à ANS não excluirá beneficiários

    Adesão do Ipasgo Saúde à ANS não excluirá beneficiários

    O governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta segunda-feira (16/09), em coletiva de imprensa no Palácio das Esmeraldas, que a adesão do Ipasgo Saúde à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não causará a exclusão de beneficiários.

    “A questão daquelas 10 mil pessoas que inicialmente seriam excluídas foi resolvida. Estão todas mantidas”, disse ele.

    O registro de autogestão do Ipasgo será avaliado pela ANS no dia 27 de setembro. Confirmada a aprovação, o instituto atuará sem finalidade lucrativa e focado na assistência aos servidores públicos de Goiás e seus familiares.

    Regulação ANS

    A regulação pela ANS deixam inelegíveis celetistas ou servidores federais que, até então, podiam aderir ao plano. No entanto, todos aqueles que já são beneficiários do Ipasgo continuam contemplados. Após diálogo com o órgão federal, Caiado conseguiu garantir a permanência dos 9.877 beneficiários encaixados nesse perfil em regime de extinção.

    Caiado explicou que o registro na ANS garante mais transparência e qualidade aos serviços prestados, além de ser importante ferramenta contra a corrupção que tanto afetou a instituição em gestões passadas.

    “É um padrão de excelência. O Ipasgo não vai mais ficar a critério de quem governa o Estado. Ou seja, as regras agora são nacionais, exigem uma auditoria, um compliance, como também caixa de reserva”, enumerou.

    Com a mudança, o Ipasgo Saúde passa a contar com uma reserva financeira de R$ 480,3 milhões assegurada pelo Governo de Goiás. É uma exigência da agência e que servirá como provisão técnica para garantir que as operadoras possam cumprir obrigações futuras com usuários.

    “Isso mostra para todos os beneficiários que não tem mais aquele risco de amanhã não saber se vai ter ou não condição de ser atendido”, sublinhou Caiado.

     

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • ‘Chuva preta’ deve atingir pelo menos 5 estados este sábado

    ‘Chuva preta’ deve atingir pelo menos 5 estados este sábado

    A fumaça das queimadas que encobre boa parte do país e uma frente fria devem levar a “chuva preta” a pelo menos cinco estados neste fim de semana. O fenômeno já foi registrado neste mês no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, onde deve se repetir. A previsão é que atinja também o Mato Grosso do Sul.

    Segundo o site O Globo, a chuva preta agrega a fuligem das queimadas na Amazônia, no Cerrado e em outros biomas, e se forma com a combustão incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e biomassa (madeira e resíduos agrícolas). A coloração escurece quando as gotas de chuva se misturam com partículas de fumaça e fuligem presentes na atmosfera.

    “Quando os materiais orgânicos não queimam completamente, em vez de se transformarem inteiramente em dióxido de carbono e vapor de água, eles produzem partículas finas de carbono negro e outros compostos. Essas partículas são extremamente pequenas, com diâmetros na escala de nanômetros a micrômetros, o que lhes permite permanecer suspensas no ar por longos períodos e viajar grandes distâncias”, explica a meteorologista Estael Sias, do MetSul.

    Imprópria para beber

    A chuva preta tem cheiro de fumaça e não oferece risco maior do que sujar o corpo quando entra em contato com a pele. Mas a água é imprópria para o consumo de pessoas e de animais, devido à presença de contaminantes ainda desconhecidos por especialistas.

    Notícias Ao Minuto

  • Câncer infantil: remédio de R$ 2 milhões ganha parecer favorável para inclusão no SUS

    Câncer infantil: remédio de R$ 2 milhões ganha parecer favorável para inclusão no SUS

    Uma campanha em prol de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, mobilizou milhares de doadores no início deste ano. A meta era arrecadar R$ 2 milhões para a compra do medicamento Qarziba (betadinutuximabe), indicado para tratar um tipo agressivo de câncer chamado de neuroblastoma. A “vaquinha” deu certo e o menino, então com 5 anos, teve acesso à terapia.

    O caso de Pedro é uma exceção e conseguir o remédio continua sendo um desafio, mas isso pode mudar nos próximos meses, com o novo parecer da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre o medicamento. “A recomendação do comitê é para que a tecnologia seja incorporada ao SUS, caso a empresa fabricante mantenha o desconto oferecido de avaliação para venda ao governo”, diz o Ministério da Saúde.

    “O alto custo do tratamento é um desafio para diversos países, que entendem a importância de dar acesso à terapia para crianças que enfrentam a doença”, acrescenta.

    O laboratório farmacêutico Recordati, responsável pelo Qarziba, já havia pedido a inclusão anteriormente, mas o parecer havia sido negado pelo custo elevado. Agora, com a oferta de um desconto, a Conitec é favorável à disponibilização do tratamento na rede pública e o posicionamento será analisado pelo Ministério da Saúde, a quem cabe a decisão final. A estimativa da pasta é de cerca de 55 pacientes contemplados por ano.

    Mobilização
    Antes da reunião da Conitec, Beatriz e Laira Inácio, fundadora do Instituto Anaju, que fornece assistência a crianças com câncer e doenças raras, tiveram um encontro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para discutir a possibilidade de fornecimento do medicamento pelo SUS.

    “Esse tema será novamente pautado na Conitec, e precisamos unir nossas forças para pressionar o governo a garantir que esse medicamento vital esteja acessível a todas as crianças que dele necessitam”, escreveram após a reunião no ministério. “O Qarziba pode ser a esperança de muitas famílias que enfrentam o câncer infantil. Não podemos permitir que a burocracia seja um obstáculo para a vida dessas crianças. Agora, mais do que nunca, contamos com o apoio de todos para fazer nossa voz ser ouvida!”, acrescentaram na postagem no Instagram em que comentam o encontro e apresentam o depoimento de crianças com neuroblastoma.

    Neuroblastoma
    Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o neuroblastoma é um câncer que acomete principalmente as crianças menores de 10 anos, incluindo recém-nascidos e lactentes. “A doença surge em geral nas glândulas adrenais, localizadas na parte superior do rim, e leva normalmente ao aumento do tamanho do abdômen”, informa.

    Atualmente, o tratamento pode incluir quimioterapia, cirurgia, radioterapia e transplante de medula óssea. Com o Qarziba, a imunoterapia também entraria nessa lista. “O Qarziba é uma imunoterapia, isto é, uma espécie de proteína que, ao se conectar com células dos tumores, ativa o sistema imunológico da pessoa para destruir estas células”, explica o Ministério da Saúde. “Nas evidências analisadas, ele demonstrou potencial de aumentar em 34% a expectativa de sobrevivência e em 29% a chance de remissão.” (Agência Estado)

  • DF vive a 4ª pior seca da história; ao todo são 142 dias sem chuva

    DF vive a 4ª pior seca da história; ao todo são 142 dias sem chuva

    O Distrito Federal (DF) tem vivido um dos maiores períodos de seca ou estiagem da história. Já são 142 dias consecutivos sem chuvas, números que consolidam 2024 como o 4º maior tempo de estiagem na capital. Nesta quinta-feira (12/9), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou temperatura mínima de 15ºC, com a previsão máxima podendo chegar a 32ºC. Pela manhã, a umidade relativa do ar estava em torno de 60%, durante a tarde, pode ficar abaixo de 15%.

    Com essa queda acentuada na umidade, o alerta laranja foi emitido, indicando níveis entre 12% e 20%. “O clima está extremamente seco, o que aumenta os riscos de incêndios e agrava problemas respiratórios. É importante que a população se hidrate e evite atividades físicas ao ar livre durante os horários de pico”, recomenda o meteorologista Cleber Souza, ao Correio.

    Nesta sexta-feira (13/9), Brasília deverá entrar para o terceiro lugar no ranking de maior período de seca, atrás de 1963, quando a cidade ficou 163 dias sem chuva, e 2004, com 147 dias consecutivos. “Estamos vivendo o quarto ano mais seco da história. Não há previsão de chuva nos próximos dias, e podemos bater novos recordes”, destaca.

    Além da baixa umidade e da falta de chuvas, o Distrito Federal também enfrenta o aumento de focos de incêndio. “As causas desses incêndios são, em grande parte, ligadas à ação humana, como bitucas de cigarro jogadas em áreas secas. É essencial que haja mais fiscalização e conscientização da população para evitarmos tragédias maiores”, conclui.

    Incêndios

    O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), atendeu nesta quinta-feira (12), a cinco ocorrências relacionadas a incêndios florestais. Entre as regiões atendidas estão duas situações no Park Way, uma no Núcleo Bandeirante, uma no Riacho Fundo e uma no Paranoá.

    Cleber Souza ainda alerta que o cenário deve se manter nos próximos cinco dias, com temperaturas elevadas e condições ideais para a continuação da estiagem. “Não temos perspectiva de mudanças climáticas significativas até o final da semana, e isso pode piorar ainda mais a qualidade do ar”, enfatiza.

    Cuidados

    Por conta da baixa umidade, vale tomar alguns cuidados para evitar problemas de saúde: manter boa hidratação, umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico, utilizar umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados para elevar a umidade, não praticar atividades físicas no período de calor, dar preferência a refeições leves e se proteger do sol. Além disso, é preciso ter atenção ao manuseio de fogo, para evitar incêndios e queimadas.

    Correio Braziliense

  • Schwannoma maligno metastatizando para o coração, por Prof. Antônio da Silva Menezes Junior

    Schwannoma maligno metastatizando para o coração, por Prof. Antônio da Silva Menezes Junior

    Paciente, masculino, 34 anos, com tumor cardíaco secundário e comprometimento cutâneo associado. Foi submetido o exames de rotina, incluindo eco cardiograma e tomografia computadorizada de tórax. Foi realizado cirurgia sob circulação extracorpórea para ressecção da massa tumoral. Diagnóstico definitivo pelo anátomo-patológico e estudo imunobistoquímico ( proteína S-100) revelou Shwannoma maligno.

    Os schwannomas malignos são tumores raros originários de nervos espinhais, cranianos ou periféricos, cuja incidência é de 000,1 % na população geral e de 4,6 % em pacientes portadores de doença de Von Renckinghausen. Têm incidência preferencial entre 2ª e 5ª décadas da vida e leve inclinação pelo sexo feminino.

    Apenas um caso de literatura (Croft, 1964) foi escuto como schwannoma maligno metastatizando para coração sem outra evidencia de comprometimento sistêmico.

    Neste relato de caso, além de metástase para coração houve envolvimento cutâneo pelo tumor, confirmado pelo isolamento da proteína S-100, denotando a importância do diagnóstico diferencial por tumores desta raridade.

    RELATO DO CASO

    Homem de 34 anos, branco, lavrador procedente de Cassilandia, MT, foi admitido com quadro de dor em hemitórax direito há dois anos, febre vespertina, escarros hemoptóicos. Há seis meses relatava dispnéia de esforço que evoluiu para ortopnéia. Há dois meses observou a presença de “caroços” no tórax, abdome e membros superiores. Referia ainda emagrecimento (12 kg em seis meses), astenia e fadiga. Era tabagista (20 cigarros por dia) há 10 anos.

    O exame físico o paciente se mostrava em regular estado geral, descorado

    (++/4) e emagrecido. A ausculta dos pulmões revelava frêmito tóraco-vocal e murmúrio vesicular diminuídos em bases, principalmente á esquerda. A palpação do precórdio demonstrou presença de frêmito sistto-diastolico (+++/4). O ritmo cardíaco era irregular (4 a 5 extra-sistoles/ min)em 3 tempos e a ausculta mostrou sopro rude holossistólico e diastólico em foco mitral(++++/4). Á palpação abdominal o fígado estava a 4 cm do rebordo costal direito.A pele apresentava formações sólidas.localizadas na hipoderme, com diâmetro variável ( em media 5cm), algumas aderidas a planos profundos,não dolorosos, não fistulizáveis e localizadas no tórax, membros superiores e abdome.

    A análise do sangue revelou proteína C reativa positiva ( ++++). VHS de 96 me proteínas séricas normais.

    A radiografia de tórax revelou aumento global da área cardíaca (++++/4) e alargamento do mediastino. O eletrocardiograma identificou ritmo sinusal, distúrbio da condução intra-atrial e extra-sistoles ventriculares.

    O estudo ecocardiográfico (bidimensional com Doppler) demonstrou presença de grandes massas intracavitária compatível com mixona de átrio esquerdo, móvel, pedunculada, que se projetava quase que totalmente dentro do ventrículo esquerdo durante a diástole. Havia ainda uma massa de consistência cística, medindo aproximadamente 11,3×11, 2 cm em mediastino posterior.

    A tomografia computadorizada do tórax evidenciou presença de grande massa mediastinal para-cardíaco-esquerda com densidade de partes moles, contornos internos irregulares apresentando cavitações com conteúdo líquido. Foram visibilizadas falhas de enchimento no átrio e ventrículo esquerdo, por presença de lesões vegetantes e nódulos subcutâneos que captam contraste. O estudo angiográfico demosnstrou tumor intracardíaco de átrio esquerdo volumoso projetando-se para ventrículo esquerdo. Esta tumoração era pedunculada, sendo sua superfície lisa, friável e bocelada. A contrabilidade do ventrículo esquerdo era preservada. As artérias coronárias não apresentavam obstruções.

    A biópsia de nódulo subcutâneo revelou neoplasia fuso celular e os estudos imunohistoquímicos (técnica de imunoperoxidade/sistema avidina-biotina-peroxidade) revelaram células expressando intensamente proteína S-100 e foram negativos para actina especifica do músculo (HHF-35).

    Com o diagnóstico de tumor intra-cardíaco e para-cardíaco foi indicado tratamento cirúrgico. Realizada toracotomia longitudinal e esternotomia mediana e abertura do saco pericárdico que apresentava volumoso derrame hemorrágico. Foi realizada abertura de átrio esquerdo com retirada de massa intra-cardíaca, penduculada, friável e amarelo-acinzentada. Havia presença de extensa massa para-cardíaca, ocupando mediastino posterior, com limites imprecisos, coloraçãoamarealo-acinzentada, friável, invadindo pulmão e diagrama esquerdo. A ressecção da massa tumoral foi parcial. Realizada pneumectomia á esquerda. O paciente evoluiu com ritmo de fibrilação ventricular, síndrome de baixo débito e óbito na 1ª horas do pós-operatório imediato.

    O exame anatomopatológico revelou Schwannoma maligno bem diferenciado da parede torácica com arranjo compacto de células fusiformes e abundantes figuras de mitose. Observaram-se ainda células fusiformes em meio a estroma frouxo com área central contendo pequenos vasos de paredes hialinizadas e células inflamatórias mononucleares.

    DISCUSSÃO

    Os Schwannomas, também chamados de neurilenomas ou neurofibrossarcomas são tumores dos nervos que podem acometer exclusivamente a membrana de Schwann ou todos os elementos que compõem uma fibra nervosa amedulada. Tem como sítio de origem nervos espinhais, cranianos e periféricos.

    A etiologia dos Schwannomas continua uma incógnita. Sendo tumores raros, o conhecimento destes tipos de neoplasias é adquirido ás custas de comunicações isoladas e esporádicas de casos na literatura, fruto de observações cirúrgicas ou de necropsia.

    A neoplasia e frequentemente associada com a doença de Von Recklinghausen ( neurofibromatose) e entre 2 a 29% dos pacientes com esta enfermidade podem desenvolver Schwannoma maligno Segundo Ducatwan e Scheithauer, em revisão de 120 casos da Mayo Clinic, a incidência é de 0,001% na população geral e e 4,6 % em pacientes portadores de doença Von Recklinghausen. Eles Concordam com os Critérios de Stout, D’Agostinho e col. Para o diagnostico de tumores de nervo periférico, isto é, tumor originário de um nervo identificável, presença de neurofibroma contíguo e associação com doença de Von Recklinghausen.

    Experimentalmente estes tumores podem ser induzidos em animais de laboratório por injeções transplancentarias de etilnitrouréia ou de metilcollantreno.

    É enfermidade típica de vida adulta, ocorrendo entre 20 e 50 anos. A incidência inclina levemente para o sexo feminino. Como outros sarcomas estas lesões se apresentam como massas que aumentam de tamanho e que habitualmente se observam alguns meses antes dos diagnósticos. a dor é variável mas parece ser mais prevalente em paciente com doença de Von Recklinghausen.

    Macroscopicamente é grande, com um diâmetro médio de 5 cm e tem uma superfície carnosa branco-pardusca com áreas de necrose secundaria e hemorragia.Os achados microscópicos mostram células poligonais. É necessário, para os diagnósticos, estabelecer sua origem num nervo periférico, a presença de células fusiformes com disposição em paliçada, arranjos verticilares em tornos de vasos sanguíneos e áreas de necrose em mapa geográfico

    A presença de proteína S 100 pode proporcionar um elemento diagnostico adicional. Costuma ser positiva em 60% (50 a 70%) dos casos. O exame de tecidos moles e vísceras fora do SNC utilizando a técnica de Sternberger ( peroxidase-antiperoxidase) e um antisoro revelou S-100 somente em células de Schwann. A proteína S-100 também foi encontrada em neuroblastomas de células granulares de varias localizações, suportando a prevalente impressão de que estes tumores são neoplasm as das células Schwann.

    O diagnóstico preferencial inclui fibrossorcoma, leiomiossarcoma, lipossarcoma, , histioctoma maligno fibroso, melanoma maligno e carcinoma anaplástico.

    Os tumores cardíacos metasticos são 10 a 40 vezes mais comuns que os primários e a invasão carcinomatosa é mais comum que a sarcomatosa. Foram descritas metástases no coração de quase todos os tipos de tumores malignos de qualquer órgão, com exceção dos tumores primários os para o sistema nervoso central. As neoplasias que, com mais freqüência em termos absolutos, dão metástases cardíacas são as neoplasias de pulmão e mama, seguidas pela leucemia e o linfoma.

    Segundo a incidência de McAllister e Fenoglio o numero de casos de sarcoma neurogênico primário como tumor do coração está em 4 casos, Ocupando menos de 1% do total dos tumores. Foi descrito ainda por Crofts e Forbes em 1964um caso de Schwannoma maligno metastatizando para o coração de origem pulmonar, mas sem outro comprometimento sistêmico.

    Em conclusão, embora muitos raros, os tumores cardíacos secundários devem ser lembrados como diagnóstico diferencial quando pertinente

    Referencias:

    1. Tzuneyoshi, M; Engjoji, M- Primary malignant peripheral nerve tomors (malignant schwannoma): A clinicopathologic and elétron microscopic study. Acta pathologica japônica, 1979; 29:56-8.

    2. Sartori, JAM; Rodrigues, C; Lima H A; Silva et al – Schwannomas. Arq Brás Med Nav, 1988: 121-334-7.

    3. Ducatman, BS; Scheithauer BW et al. Malignat peripheral nerve sheath tumors. Câncer, 1986; 57: 261-8.

    4. Stout, AP. The malignant tumors of peripheral nerves. AM J Câncer, 1935; 25:1190-201

    5. D´Agostino, NA; Soulle, EH; Miller, RH. Primary Malignat noplasms of nerves ( malignant neurilenomas) in patients without manifestations of miltiple neurofibromatosis (Von Recklinghausen´s disease). Câncer , 1963;16:363-73.

    6. Denhuger, RH; Koestner, A; Weschler, W – Indication of neurogenic tumors in C3H3 B/ FEI mice by nitrosoure derivatives. J Câncer, 1974;13:221-7

    7. Inglês, G; Campbel, D; Giampetro, A Malignat Schwannoma of the mediastinum. Câncer, 1971; 27:121-33

    8. Galé, AW; Jelihoosky, T; Grant, AF et al _ Neurogenic tumors of the mediastinum. Ann Thorac surg, 1974;17:720-9

    9. White, HR Jr _ Survival in malignant schwannoma: In 18 year study. Câncer, 1971; 27:1003-14

    10. Stefansson, K; Wollmann, R; Jerkovic, M. S-100 protein in soft tissue tumors derivated fron Schwann cells and melanocytes. AM J Pathol, 1982;106:1-36

    11. Weiss, E._ Tumores de Tejidos blandos. Buenos Aires, panamericana 700-1.

    12. Mcallister, HA; Fenoglio, JJ_ Tumors of cardiovascular system. In: Atlas of tumor pathology. Washigton DC, Armed Forces Instituion of pathology, 1978; fasc 152 serie 2006-21.

    13. Mcallister, HA _ Tumors of the hert and pericardium. In: Silver MD Ed-Cardiovascular pathology. New York Churchill Livingstone, 1983; p 1-13.

    14. Boor, CM; Rouker, RA_ Cardiac tumors: clinical presentation and pathologic correlations. Curr probl cardiol, 1984;9:909-44.

    15. Crofts, NF_ Malignant neurinoma of the lung metastasizing to the heart. Thorax,1964;1-48.

    Foto

    *Prof. Antônio da Silva Menezes Junior, Cardiologista

    Atualmente é cardiologista, atuando na área de estimulação cardíaca e arritmologista do Stimulocoeur Clínica e Pesquisa. Professor Associado da Universidade Federal de Goiás – Faculdade de Medicina e Professor Adjunto I do Departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC – GO) 2008 – atualmente – Unidades Pedagógicas – Cardiologia – Orientação de pesquisa do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e Iniciação Científica. Suas atividades docentes, que tem por perfil professor-pesquisador, abrangem os aspectos sociais, ambientais e de saúde, de forma interdisciplinar (educação/saúde) e dados epidemiológicos. Atua em arritmias cardíacas, marca passo, e cardiologia e COVID-19.

  • Casos de Covid continuam em alta no Brasil, mostra boletim da Fiocruz

    Casos de Covid continuam em alta no Brasil, mostra boletim da Fiocruz

     Os casos de Covid permanecem elevados no Brasil, indica o mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz. Observa-se um aumento na incidência de síndrome respiratória aguda grave (Srag) em diversas faixas etárias e regiões do país.

    Crianças de até dois anos enfrentam uma alta incidência de infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que tendem a ser mais graves do que aquelas causadas pela Covid nesta faixa etária.

    Em contraste, os idosos acima de 65 anos experimentam maior mortalidade e mais hospitalizações, predominantemente devido à Covid e influenza A. Embora a Covid também afete crianças pequenas, os casos graves são incomuns em comparação com as infecções por VSR e rinovírus.

    De acordo com o boletim, 17 das 27 unidades federativas brasileiras apresentaram uma tendência de aumento nos casos de Srag nas últimas seis semanas.

    Os estados afetados incluem Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

    O aumento é mais evidente entre crianças e adolescentes até 14 anos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul, devido principalmente ao rinovírus. Adicionalmente, 11 capitais brasileiras, como Aracaju, Belo Horizonte e São Paulo, também registram um crescimento nos casos de Srag.

    No panorama nacional, os dados das últimas quatro semanas epidemiológicas mostram que a distribuição dos casos positivos mostrou que 27,2% eram de influenza A, 2,8% de influenza B, 4,1% de VSR e 48% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

    No Brasil, há uma tendência nacional de aumento nos casos de Srag tanto a curto quanto a longo prazo, impulsionada principalmente por infecções de rinovírus e Covid. Atualmente, 17 unidades federativas, incluindo Alagoas, Amapá, Amazonas, entre outros, mostram crescimento nas estatísticas de Srag.

    O último relatório da Fiocruz, da semana de 22 de agosto, já mostrava um aumento nas hospitalizações por Srag em vários estados brasileiros, com destaque para crianças e adolescentes afetados principalmente pelo rinovírus, e idosos onde a Covid prevalece, especialmente em Goiás, Paraíba, Bahia, São Paulo e Sergipe.

    SOBRE AS SÍNDROME RESPIRATÓRIAS

    Rinovírus e VSR são agentes comuns de infecções respiratórias, com o rinovírus causando resfriados e o VSR afetando principalmente crianças com condições como bronquiolite e pneumonia.

    Influenza A, um vírus mutante rápido responsável pela gripe, e Covid, causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, são também altamente contagiosos.

    A prevenção para esses vírus inclui vacinação (especialmente para Influenza A e Covid-19), práticas rigorosas de higiene, como lavagem das mãos e uso de máscaras, além de manter uma boa etiqueta respiratória para limitar a transmissão.

    Folha de São Paulo

  • Goiás registra mais de 25 mil casos de diarreia aguda em agosto

    Goiás registra mais de 25 mil casos de diarreia aguda em agosto

    Goiás registrou 26.756 casos de Doença Diarreica Aguda (DDA) em agosto deste ano, com 149 municípios enfrentando surtos ativos dos sintomas. Segundo o monitoramento de doenças diarreicas, a expectativa é de aumento de casos em setembro, seguindo uma tendência nacional.

    De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o total de notificações em 2024 já soma 168.488 casos. As cidades com surtos ativos estão sendo monitoradas para ações de controle e prevenção.
    As principais causas da DDA são os vírus rotavírus e norovírus, com predominância do rotavírus em vários municípios, conforme apontado pela SES-GO.
    Cobertura vacinal
    A cobertura vacinal contra o rotavírus para crianças menores de 1 ano foi de 81,17% em 2023 e 80,62% em 2024 (dados de janeiro a julho). A Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) realiza monitoramento periódico da qualidade da água, uma das possíveis formas de transmissão da DDA, como destaca a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.
    Entre julho e agosto de 2024, o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) analisou amostras de água de 55 pontos de coleta em 19 municípios, liberando 40 laudos. Apenas três amostras, todas de Campos Belos, testaram positivo para a bactéria Escherichia coli (E. coli), sendo esses locais monitorados continuamente.
    Conforme Flúvia Amorim, a SES acompanha os surtos por meio da Sala de Situação de Doença Diarreica Aguda, que monitora os municípios com casos acima da média. O controle também ocorre ao longo do ano em unidades sentinela espalhadas pelo estado. Quando os números ultrapassam o esperado, um monitoramento mais sensível é ativado, e a Sala de Situação entra em operação.
    Amorim destaca que o aumento de casos de DDA, acima do limite esperado, é uma realidade nacional. Em Goiás, os surtos começaram a ser identificados no fim de junho e, desde então, a SES e os municípios têm trabalhado conjuntamente, reforçando a atuação em julho com a criação da Sala de Situação.
    A Redação
  • Ipasgo Saúde prorroga prazo para regularização cadastral de beneficiários

    Ipasgo Saúde prorroga prazo para regularização cadastral de beneficiários

    Usuários que têm dados desatualizados ou incompletos devem corrigir as informações até o dia 15 de novembro. Adequação faz parte do processo de reestruturação do Ipasgo Saúde para ingresso na ANS

    O Ipasgo Saúde, operadora de assistência aos servidores públicos do Estado de Goiás, estendeu o prazo para que os beneficiários do plano de saúde atualizem os dados cadastrais, agora até o dia 15 de novembro. A ação, que começou no final de setembro, é voltada para pessoas que têm informações desatualizadas ou incompletas, a exemplo do nome da mãe e da falta do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). A instituição inclusive disponibilizou um vídeo tutorial ensinando a checar pelo próprio site se o beneficiário precisa ou não corrigir o cadastro.

    Além da página na internet, a regularização cadastral pode ser feita pela central de teleatendimento do Ipasgo Saúde, cujo número é 0800 62 1919, bem como nos postos de atendimento da instituição e nas unidades Vapt-Vupt de todo o estado. Em uma força-tarefa para garantir a conformidade das informações dos beneficiários, o Ipasgo Saúde também enviou cartas aos cidadãos que precisam corrigir as informações e está realizando ligações telefônicas, exclusivamente por meio do telefone 3238-2400.

    É importante ficar atento a este número, que aparece no identificador de chamadas, para garantir a segurança dos dados e a confiabilidade do contato realizado pelos colaboradores do Ipasgo Saúde em horário comercial, de segunda a sexta-feira.

    “Temos uma equipe pronta para ajudar, comprometida com a qualidade do atendimento e a satisfação dos nossos beneficiários. Portanto, pedimos que os beneficiários não deixem de realizar a regularização cadastral. Essa colaboração é fundamental para que possamos continuar oferecendo serviços de saúde de excelência”, afirma o diretor de Governança e Relacionamento, Rodrigo Gastalho.

    A regularização do cadastro é parte do processo de reestruturação do Ipasgo Saúde, iniciado em abril deste ano, visando atender às exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A adequação do Sistema de Informação do Beneficiário (SIB) também é crucial para garantir o acesso contínuo dos beneficiários aos serviços de saúde, incluindo consultas médicas, exames, internações e outros benefícios.

    “É fundamental que os beneficiários mantenham os dados cadastrais atualizados, e não apenas para atendimento às exigências da ANS. Essa é uma ação de extrema importância para garantir a qualidade e a eficácia dos serviços de assistência médica prestados pela operadora”, avalia o presidente do Ipasgo Saúde, José Orlando Ribeiro Cardoso.

    Ipasgo Saúde
    O Ipasgo Saúde atende cerca de 600 mil servidores públicos e seus dependentes, oferecendo assistência médica por meio de uma ampla rede credenciada composta por mais de três mil prestadores. Com 61 anos de atuação, o Ipasgo Saúde se dedica a proporcionar atendimento médico acessível e eficaz, visando garantir o bem-estar dos beneficiários.

     

    Ipasgo saúde

  • Goiás registra 380 mortes por dengue em 2024, pior ano da doença no estado

    Goiás registra 380 mortes por dengue em 2024, pior ano da doença no estado

    Goiás registrou 380 mortes por dengue até o momento em 2024, o que torna este o pior ano da doença no estado, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Anápolis, Goiânia, Luziânia, Cristalina e Valparaíso de Goiás são os municípios com maior número de óbitos.

    O último boletim da SES-GO também revela que o Estado está investigando 68 mortes para determinar se estão relacionadas à dengue. No total, Goiás contabiliza 284.086 casos confirmados da doença em 2024.
    https://indicadores.saude.go.gov.br/public/dengue.html
    A Redação
  • Goiânia registra aumento de 56% nos casos de covid-19 entre julho e agosto

    Goiânia registra aumento de 56% nos casos de covid-19 entre julho e agosto

    Goiânia registrou aumento de 56% no número de casos de covid-19 entre os meses de julho e agosto deste ano, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em julho foram confirmados 1.045 casos positivos e em agosto, 1.842. O aumento também pode ser confirmado na positividade dos testes, que passou de 6,25% em julho para 25,27% em agosto, conforme dados do Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO). A maioria das pessoas que apresentaram a doença neste período tem entre 30 anos e 59 anos de idade.
    O número de internações e óbitos também cresceu, passando de 15 internações e um óbito em julho, para 27 internações e três óbitos em agosto. De janeiro até agora, 34 pessoas já foram a óbito na capital por complicações da covid-19. Do total, 20 tinham acima de 60 anos.
    Diante do quadro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chama a atenção para a importância do isolamento para quem testa positivo para a doença. “Temos informações de que as pessoas infectadas continuam indo trabalhar, indo ao shopping e isso está errado. É preciso entendermos que a pessoa com Covid-19 pode transmitir a doença para alguém saudável, mas também pode contaminar alguém que tem uma comorbidade e que pode ir a óbito”, alerta Amanda Games, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs).
    Conforme dados do painel da SES GO, entre as pessoas que foram a óbito em Goiânia, oito eram cardiopatas, oito possuíam diabetes, cinco eram imunodeprimidos e quatro com obesidade. “São várias as comorbidades que podem se complicar com a Covid-19, portanto é preciso que a pessoa positiva fique em casa por um período que pode ser de cinco, sete ou dez dias, vai depender se ainda apresentar sintomas”, explica Amanda.
    A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Marília de Castro chama a atenção para a importância de outras formas de prevenção como a lavagem frequente das mãos, uso de máscara para quem estiver positivada e em especial a vacinação que é a principal maneira de se prevenir contra a doença. “Atualmente a vacina disponibilizada é a monovalente XBB do laboratório Moderna e que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, ou seja, todos os anos ela é atualizada conforme as principais cepas circulantes e disponibilizada para o público alvo”, esclarece.
    “A moderna se destina às crianças de 6 meses a menores de 5 anos; grupos prioritários, entre eles idosos e imunocomprometidos; quem nunca tomou nenhuma dose e aquelas pessoas que não completaram o esquema vacinal primário”, informa a diretora. Em Goiânia, a cobertura vacinal da covid está em 21,61%. As doses são disponibilizadas para o público alvo em todas as salas de vacina da rede municipal de saúde.
    A vacinação contra covid-19 está liberada nas seguintes situações
     – Crianças de 6 meses a menores de 5 anos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias): Duas doses da vacina monovalente XBB – Moderna, com intervalo de 4 semanas, conforme calendário do PNI. – A partir de 5 anos de idade (para população SEM vacinação prévia): Esquema vacinal: 1 dose vacina monovalente XBB – Moderna. Grupos prioritários:
     – Pessoas imunocomprometidas a partir de 5 anos, pessoas de 60 anos ou mais; gestantes, puérperas devem tomar uma dose a cada 6 meses.
     – Já o reforço anual se destina às pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI), e trabalhadores dessas instituições; trabalhador da saúde; indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas com deficiência permanente, com comorbidades, pessoas privadas de liberdade (? 18 anos), Funcionários do sistema de privação de liberdade; pessoas em situação de rua.
     – Pessoas dos grupos prioritários que receberam uma dose ou mais de qualquer vacina contra Covid-19, incluindo a bivalente devem receber o reforço da vacina XBB Moderna. Devendo respeitar o intervalo mínimo de três meses da última dose de qualquer vacina de COVID-19 e continuar os reforços conforme seu grupo de prioridade.
    Testagem
    Diariamente, Goiânia mantém nove pontos de testagem ampliada da população contra a Covid-19. Os locais podem ser conferidos no site da prefeitura https://www.goiania.go.gov.br/goiania-adiante/saude/testagemampliada/
    A Redação