A oposição ao presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido), da Venezuela, disponibilizou em um site criado pela chapa Edmundo González e Maria Corina (Partido Vamos Venezuela) no qual estão digitalizadas, até o momento, mais de 24 mil atas com resultados de votos de seções eleitorais no país – o equivalente a 81% dos votos e, pelos resultados, que seriam suficientes para avalizar a derrota do atual ditador.
González aparece com 67% dos votos e Maduro com apenas 30% – uma diferença estupenda que confirma a revolta popular nas ruas desde domingo. Fontes da Coluna em Caracas, que indicaram o site e têm passado informações, citam que em nenhuma cidade houve vitória do ditador, nem na cidade do aliado Diosdado Cabello, que lançou uma candidatura para tentar pulverizar, sem sucesso, os votos opositores.
O curioso desta briga pela verdade, até agora, é que nem presidente Maduro tampouco o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela – que o declarou vencedor – rechaçaram esses boletins e também não apresentam, oficialmente, os seus resultados oficiais. O que leva muita gente a duvidar da lisura do processo eleitoral e da reeleição do chefe de Estado.
Outro dado que chama a atenção são os 7 milhões de votantes ausentes nas urnas – do total de 17 milhões de eleitores aptos a votar. Há indicativos de que são em sua maioria os imigrantes forçados a sair do país para o Brasil, Estados Unidos e outros países latinos vizinhos. Além de presos políticos, jornalistas censurados.Há casos relatados, também, de seções fechadas por aliados de Maduro em bairros de cidades nas quais havia grande massa de eleitores de González, segundo pesquisas.
IstoÉ