quinta-feira, setembro 19, 2024
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Harvard aponta para causa até então desconhecida da coceira

Um estudo realizado por cientistas da Harvard Medical School demonstrou pela primeira vez que uma bactéria comum da pele – Staphylococcus aureus – pode despertar a coceira na pele ao agir diretamente nas células nervosas.

As descobertas foram feita a partir de experimentos em em ratos e em células humanas e foram publicadas na revista científica Cell.

A pesquisa ajuda a explicar por que doenças comuns da pele, como eczema e dermatite atópica, são frequentemente acompanhadas de coceira persistente.

Créditos: Thai Liang Lim/istock

A coceira surge de um subconjunto de neurônios, e a coceira aguda pode ser uma resposta protetora para nos ajudar a remover algo que está irritando a pele.

Contudo, a coceira crônica não é protetora e pode ser patológica. O mecanismo subjacente que ativa os neurônios e causa coceira crônica não é bem compreendido e novos tratamentos são necessários.

Reação molecular

Até então, acreditava-se que a coceira que ocorre no eczema e na dermatite atópica surgia da inflamação da pele. Mas as novas descobertas mostram que o S. aureus, por si só, causa coceira ao instigar uma reação molecular em cadeia que culmina na vontade de coçar.

Em outras palavras, o nervo que detecta a coceira detectou a bactéria mesmo que não houvesse resposta imunológica.

De acordo com os pesquisadores, uma vez que o S. aureus invade a pele de um camundongo, ele libera uma enzima chamada V8. Isso, por sua vez, ativa uma proteína chamada PAR1, que está localizada nas células nervosas da pele. A proteína ativada envia um sinal ao cérebro que causa coceira no rato e o faz começar a se coçar.

Experimentos de laboratório envolvendo células nervosas humanas mostraram que o mesmo mecanismo pode ocorrer em pessoas, mas os pesquisadores dizem ser necessários mais estudos.

Ainda assim, a pesquisa pode oferecer aos cientistas uma nova direção  no desenvolvimento de tratamentos. Os cientistas acreditam que bloquear o caminho da reação em cadeia dos neurônios da pele bloquearia a coceira.

Essa descoberta poderá ajudar no desenvolvimento de pílulas e cremes para a pele que tenham como alvo as bactérias, ou seus receptores nas células nervosas, para interromper o ciclo de coceira, que ocorre com várias condições, como dermatite atópica, prurigo nodular e psoríase

Catraca Livre.

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