A família do jogador uruguaio Juan Manuel Izquierdo, que morreu na noite de terça-feira (27), em São Paulo, receberá um valor em dinheiro da Associação Uruguaia de Futebol (AUF) como pagamento de um seguro previsto no Estatuto do Jogador da entidade.
Segundo informações do jornal uruguaio “El País”, o valor do seguro consiste no pagamento integral do último salário registrado do atleta (em qualquer forma de contrato vigente) e mais o pagamento mensal de um valor médio relativo às luvas (valor pago a um atleta como antecipação para assinar um contrato) durante oito anos. Os beneficiários são esposa e filhos do atleta.
Três artigos do Estatuto do Jogador da AUF preveem pagamento de seguros a atletas profissionais de futebol registrados na entidade:
- Artigo 37 – atende à questão de incapacidade definitiva do atleta;
- Artigo 38 – acrescenta que são beneficiários do seguro atletas profissionais que sofram lesões ou sejam acometidos de doenças incapacitantes de forma definitiva, enquanto estejam atuando em serviço da AUF ou de seleções nacionais do Uruguai;
- Artigo 41 – prevê que o pagamento do valor do seguro seja feito aos beneficiários (esposa, companheira e filhos) em partes iguais.
O futebol uruguaio paga salários muito menores do que os praticados no Brasil. No que se refere a clubes grandes, como é o caso do Nacional, a comparação com os equivalentes brasileiros evidencia o abismo. Ignacio Ramirez, artilheiro do Nacional na temporada passada, recebia um salário fixo de 80 mil dólares (cerca de R$ 440 mil), mais bônus por resultados. Ele foi negociado com o Newell´s Old Boys (ARG).
Luís Suárez, o craque uruguaio que defendeu o Grêmio na temporada passada, recebia um salário estimado em US$ 200 mil (cerca de R$ 1,1 milhão).
No Brasil, os jogadores mais bem pagos ganham salários entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões mensais.
CNN