O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, espera que a votação da reforma tributária possa ocorrer no próximo mês, ainda na primeira quinzena. O deputado concedeu entrevista após participar da abertura do Fórum de Lisboa, nesta quarta-feira (26/6), na capital portuguesa.
“Recebi ontem um relatório do grupo de trabalho e já tinham quase 140 horas cronometradas de audiências, mesas bilaterais, conversas com todas as entidades, quase 30 audiências públicas, mais de 400 entidades recebidas pela comissão. Então o trabalho está acontecendo diuturnamente a nível do grupo de trabalho”, salientou.
Completou que provavelmente no dia de julho o relatório estará pronto para análise de até 10 dias. “Na segunda semana de julho, entre 10, 11 e 12, nós estaremos votando a Lei Complementar, se todos os deputados estiverem convencidos de que ela está madura para isso.”
Sobre a pauta econômica, que tem ganhado os holofotes nos últimos dias, após a manutenção da taxa básica de jutos pelo Comitê de Política Econômica (Copom), ele afirmou que trata o assunto de maneira “transparente”.
“É uma economia forte, a macroeconomia vai bem. Nós precisamos de alguns posicionamentos que indiquem que o Brasil vai cumprir o arcabouço fiscal, vai cumprir as suas metas, vai discutir alguns cortes de gastos, vai discutir segurança jurídica e previsibilidade para que os reais investidores do Brasil, internacionais, que abastecem os fundos privados, possam ter condição de saber que vão investir e vão ter retorno.”
PL das Fake News
Lira também comentou sobre o PL de regulação das redes sociais, e reclamou da cobertura da imprensa. “Desinformação não está só na rede sociais. Está nessa maneira sempre muito brusca de se procurar dar versões ou se traduzir entendimentos pessoais para que sejam difundido em larga escala”, disse.
Em outras ocasiões o presidente da Câmara também criticou a cobertura sobre o tema, em abril, determinou a criação de um grupo de trabalho para debater a regulação das redes sociais. Na avaliação de Lira, o PL 2630/20, conhecido como PL das Fake News, não está pronto para ser votado na forma como foi apresentado pelo relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Correio Braziliense