A massa de ar polar que avança sobre a região Sudeste derrubou as temperaturas no estado de São Paulo e fez desta quarta-feira (25) o amanhecer mais frio de 2025 até agora.
Segundo a Defesa Civil estadual, várias cidades do interior registraram temperaturas negativas, enquanto a capital atingiu 5,9 °C, a menor marca do ano, na estação de Interlagos.
Corumbataí, na região tal, foi o município mais gelado do estado, com −2,4 °C. Itararé também teve mínima extrema, de −2,3 °C. Outros destaques incluem Manduri (−1,6 °C), Registro (−0,9 °C), Assis (−0,7 °C) e Iepê (−0,1 °C).
Na Serra da Mantiqueira, Campos do Jordão chegou a 0,5 °C e chegou próximo da formação de geada, como previu o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
Entre as demais estações monitoradas, Piratininga zerou os termômetros, enquanto São Miguel Arcanjo e Borborema registraram 0,6 °C. Municípios como Ariranha (0,7 °C), Ituverava (1,2 °C) e Barueri (3,0 °C) também enfrentaram frio intenso.
No litoral, o cenário foi mais ameno: Peruíbe teve 7,8 °C e Bertioga, 10,7 °C. Valparaíso, no interior, registrou a máxima mais elevada do estado nesta manhã: 14,2 °C.
O fenômeno é resultado direto da frente fria que atingiu a região, impulsionando a entrada de ar polar nas áreas afastadas do litoral e com maior altitude. A Defesa Civil orienta atenção à população vulnerável, com foco na prevenção de agravos à saúde, como hipotermia.
As temperaturas devem subir gradualmente ao longo da semana, sem previsão de novos recordes de frio no curto prazo.
Histórico
Apesar do frio intenso, as marcas de hoje continuam longe dos recordes históricos. A menor temperatura já registrada na capital foi de −3,2 °C em 25 de junho de 1918.
Na Serra da Mantiqueira, Campos do Jordão bateu −7,3 °C em 1º de junho de 1979. No Mirante de Santana, estação oficial da capital, a mínima recorde é de 0,8 °C, registrada em 10 de julho de 1994. Mais recentemente, em 27 de agosto de 2024, a estação de Marsilac/Parelheiros chegou a −1,7 °C.
IG