O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória para o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL).
Moraes impôs ao militar da reserva o uso tornozeleira eletrônica, além de não poder se ausentar de Brasília e manter contato com outros investigados. Câmara terá de comparecer à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal periodicamente.
O auxiliar do ex-presidente é investigado no âmbito do STF sob a suspeita de monitorar a localização do ministro no fim de 2022 para uma eventual prisão em meio à trama golpista.
Por volta das 22h30, segundo a defesa de Câmara informou à Folha de S.Paulo, ele estava na Polícia Civil do Distrito Federal para a colocação da tornozeleira.
Em manifestação enviada a Moraes no início do mês, a PGR (Procuradoria-Geral da República) defendeu a soltura do militar.
“O desenho dos fatos, que se tem neste momento, induz à convicção de que a ordem pública e a investigação criminal poderão ser resguardadas por medidas menos gravosas do que a prisão, como, v.g. [do latim verbi gratia, que significa ‘por exemplo’], monitoramento eletrônico, proibição de se ausentar do país e retenção do passaporte”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Nas últimas semanas, Moraes pôs em liberdade toda a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal responsável pela segurança nos ataques às sedes dos Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
Os cinco coronéis que compunham o alto escalão da corporação foram soltos nos últimos dois meses. O último deles foi o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações, que deixou o presídio na última segunda-feira (13).
FolhaPress