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Motorista que se envolveu em acidente em MG é procurado pela polícia

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O motorista da carreta que se envolveu em acidente na BR-116 está sendo procurado por policiais rodoviários federais, civis e militares de Minas Gerais. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele fugiu do local após o acidente, mas os advogados da empresa informaram que ele irá se apresentar às autoridades.

A tragédia, que aconteceu na madrugada deste sábado (21/12), deixou 38 mortos em Teófilo Otoni. Segundo informações preliminares da PRF, um granito que estava sendo carregado pela carreta se desprendeu e atingiu um ônibus de turismo, provocando um incêndio no coletivo. Um carro se chocou contra a carreta na sequência.

Um grave acidente na madrugada deste sábado (21/12) deixou 38 mortos e 13 feridos na BR-116, na altura do km 286, em Lajinha, zona rural de Teófilo Otoni, no Vale do Rio Mucuri, Minas Gerais. A colisão envolveu um ônibus da empresa ENTRAM, que seguia de São Paulo para Vitória da Conquista, na Bahia, um carro e uma carreta carregada de pedras.

De acordo com informações da Polícia Militar de Minas Gerais, o acidente ocorreu por volta das 3h30, quando um pneu do ônibus estourou, fazendo com que o veículo invadisse a contramão e colidisse frontalmente com a carreta. O impacto foi tão forte que o ônibus pegou fogo e saiu da pista.

Dos 45 passageiros do ônibus, 13 conseguiram escapar com vida e foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os feridos foram encaminhados para hospitais da região. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditou a rodovia para o trabalho de resgate e a remoção dos veículos, que ainda estava em andamento até o final da manhã deste sábado.

Correio Braziliense

Parecer enviado ao STF pede que Braga Netto permaneça preso

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário à liberação do general Braga Netto, preso na semana passada no Rio de Janeiro.

A defesa do general solicitou a substituição da prisão por medidas alternativas, argumentando que as acusações referem-se a fatos passados e não justificam a necessidade de uma prisão preventiva.

No entanto, o procurador-geral, Paulo Gonet, sustentou que os motivos para a detenção permanecem sólidos. Segundo ele, medidas cautelares não seriam suficientes para resguardar a ordem pública, evitar interferências na investigação e garantir a aplicação da lei.

O general Braga Netto foi preso no último sábado (14), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

De acordo com a Polícia Federal, ele teria tentado acessar informações confidenciais da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, configurando obstrução das investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado.

Segundo investigação da Polícia Federal (PF), Braga Netto tentou obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em 5 de fevereiro, Cid confirmou que o ex-ministro e “outros intermediários” procuraram o pai dele, general Mauro Lourena Cid, por telefone, com o objetivo de obter informações sobre a colaboração premiada.

“As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução. O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade”, sustenta o PGR, que avalia que medidas cautelares mais brandas não seriam suficientes para garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.

A manifestação é uma resposta ao pedido do advogado de Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, para que a Procuradoria-Geral avaliasse a possibilidade de substituir a prisão por outras medidas restritivas. A defesa do general condena a prisão preventiva e sustenta que ela não deveria ter sido decretada por se tratar de fatos passados, alegando que há falta de contemporaneidade nos atos ilícitos.

Braga Netto, que ocupou o Ministério da Defesa e a chefia da Casa Civil no governo Bolsonaro, foi preso em 14 de dezembro por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. O magistrado ressaltou, na ordem de prisão, que o general ajudou a “obstruir as investigações em curso”, após obter dados sigilosos em um esquema de colaborações com outros envolvidos no caso.

Ainda na ordem expedida por Moraes, o ministro relatou que a PF apontou “provas robustas” da participação de Braga Netto como planejador e executor na consolidação de um golpe de Estado no país, após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A trama só não foi executada, segundo o ministro, por “circunstâncias alheias às suas vontades”.

A PF ressaltou, em representação ao STF, que havia provas de que o ex-ministro e candidato a vice em 2022 buscava contato com parentes do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por conta do acordo de delação premiada que fechara.

“A referida constatação decorre, especialmente, da localização de um documento na sede do Partido Liberal que descreve perguntas e respostas relacionadas ao acordo firmado entre Mauro Cid e a Polícia Federal. O surgimento de novos elementos evidenciam uma relevância ainda mais sólida da atuação do general Braga Netto”, sustenta a PF.

Na última quinta-feira, o general pediu para depor à PF, segundo informação confirmada pelo advogado. De acordo com o criminalista José Lima — que já defendeu outros políticos, como o também ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, durante o escândalo do Mensalão — , Braga Netto estava “sereno” diante das acusações, apesar de ainda considerar a situação desconfortável e buscar “esclarecer os fatos”.

Sem delação

A defesa informou ainda que o cliente não fará acordo de delação premiada, com a justificativa de que o general não teve envolvimento com o planejamento de um golpe para impedir a posse de Lula. “Ele respeita o Judiciário e confia que sua inocência será provada, tanto que pediu para depor imediatamente”, sustentou Lima. “Nosso primeiro ato foi pedir para que ele seja ouvido pela Polícia Federal para esclarecer todas as mentiras e restabelecer a verdade”, completou.

A defesa deverá contestar a delação feita por Mauro Cid, que incluiu Braga Netto entre os líderes do suposto plano golpista. “A delação do Mauro Cid consegue ser pior do que as piores ilegalidades da Lava-Jato”, alegou a defesa do ex-ministro, que completou: “Seu acordo deveria ter sido rescindido faz tempo, ele muda de versão a toda hora. É uma ficção que, no momento oportuno, será desmascarada”.

A prisão do militar se deu no apartamento onde mora, na Zona Sul do Rio de Janeiro, horas depois de chegar de Alagoas, onde passava as férias com a família. Braga Netto foi o primeiro general de quatro estrelas na história do país a ser levado à cadeia. Ele está detido no Comando da 1ª Divisão de Exército, na capital fluminense, e não há previsão de transferência para Brasília.

Correio Braziliense

Rússia anuncia vacina contra o câncer com distribuição prevista para 2025

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A Rússia anunciou, no último dia 14, o desenvolvimento de sua própria vacina contra o câncer. O imunizante, segundo o governo, será distribuído gratuitamente a partir de 2025. De acordo com as informações divulgadas, a vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (RNAm), a mesma empregada nas vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna.

O imunizante tem caráter terapêutico, ou seja, é destinado ao tratamento do câncer e não à sua prevenção. A tecnologia busca ensinar o sistema imunológico a reconhecer e combater células cancerígenas. No entanto, especialistas apontam a necessidade de mais transparência por parte do governo russo em relação às pesquisas e aos resultados obtidos.

Vacina contra o câncer

O desenvolvimento da vacina contou com a colaboração de diversos centros de pesquisa. Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, afirmou à agência estatal Tass que os testes pré-clínicos indicaram a capacidade do imunizante de suprimir o desenvolvimento de tumores e metástases.

Embora o anúncio tenha gerado expectativas, oncologistas brasileiros destacam que informações detalhadas sobre os estudos ainda precisam ser divulgadas. Para Diogo Assed Bastos, integrante do centro de oncologia do Hospital Sírio-Libanês, é essencial compreender qual molécula está sendo usada, como ela atua e quais foram os estudos clínicos realizados.

Segundo Bastos, a validação científica exige a publicação dos dados em revistas especializadas e apresentações em congressos. Ele destacou que não existe, atualmente, uma terapia capaz de curar qualquer tipo de câncer com base em informações genéticas.

A vacina russa utiliza a abordagem de RNA mensageiro, que já é investigada em outras partes do mundo. Essa tecnologia permite a formação de proteínas específicas que ativam o sistema imunológico

Governo de Goiás celebra marca de R$1 bilhão em contratos com GoiásFomento em 2023

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Neste ano, o Governo de Goiás, através do GoiásFomento, ultrapassou a quantia de R$1 bilhão em contratos. Desde 2000 até 2024, a Agência de Fomento disponibilizou R$1,067 bilhão, totalizando 40.052 operações. Segundo Lucas Fernandes, presidente da instituição financeira, esse desempenho solidifica a identidade da GoiásFomento.

“Entendemos que, ao longo de sua história, a GoiásFomento vem cumprindo sua missão principal, que é facilitar o acesso ao crédito para os empreendedores, auxiliando no desenvolvimento econômico do estado de Goiás”, detalhou Lucas.

Ao longo dos últimos seis anos, a GoiásFomento alcançou um avanço significativo no aumento dos novos financiamentos. Entre 2019 e 2024, a instituição liberou R$344 milhões, resultando em 12.572 contratos ativos e a criação de 26.926 novas vagas de emprego.

“Estamos trabalhando diuturnamente, para que esses números aumentem cada vez mais, cumprindo nossa finalidade, que é chegar ao micro, pequeno e médio empresários, além do microempreendedor individual (MEI), nos 246 municípios goianos”, pontuou.

A GoiásFomento apoiou o empreendimento da empresária Daniella Marques, da Demazê Multimarcas, localizada em Goiânia. O objetivo dela era ampliar a loja e, para isso, buscou o financiamento da GoiásFomento pela segunda vez.

“Busquei uma instituição séria, parceira, que está sempre do nosso lado. Eu não podia deixar de procurá-la mais uma vez para nos ajudar nesse momento tão precioso que era a expansão da loja”, contou.

Lucas Fernandes, presidente da GoiásFomento, também destaca o papel social que a instituição desempenha.“A GoiásFomento desempenha um papel social relevante. Todas as vezes que liberamos um recurso financeiro, sempre com juros subsidiados, a instituição está incentivando o desenvolvimento do comércio, da indústria, do serviço, com o consequente aumento de emprego e renda, e o desenvolvimento social acontece no nosso Estado”, afirma.

O HOJE

Dino determina arquivamento de inquérito contra Renan Calheiros

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou nesta quinta-feira (19) o arquivamento do inquérito que apurava o suposto envolvimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) com desvios de recursos em contratos do fundo de pensão dos funcionários dos Correios (Postalis).O inquérito estava em tramitação desde 2017 e apurava o suposto direcionamento de investimentos do Postalis para a empresa de um lobista.

A decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar o arquivamento da investigação por falta de provas. A Polícia Federal (PF) também afirmou que não foram encontradas provas contra o senador.

Diante da situação, Dino acolheu o pedido de arquivamento. “Verifica-se, objetivamente, o transcurso de longuíssimo prazo sem que fosse obtido indícios de autoria ou prova de materialidade delitiva de crimes por parte do investigado com prerrogativa de foro”, afirmou o ministro.

Com informações de Agencia Brasil.

CMN remaneja R$ 1,5 bi para operações de crédito de governos locais

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A partir de segunda-feira (23) até o fim do ano, os estados e municípios poderão pegar R$ 1,5 bilhão emprestados no sistema financeiro com garantia da União. O Conselho Monetário Nacional (CMN) remanejou os sublimites para atender aos governos locais.O total de crédito que os entes públicos (União, estados, municípios e estatais) podem contratar em 2024 continua em R$ 31,076 bilhões, limite estabelecido em janeiro. As realocações ocorreram porque o espaço para novas operações de crédito dos governos locais com garantia da União estava esgotado.

Com a decisão, o sublimite para o crédito dos governos locais com garantia da União, em que o Tesouro Nacional cobre eventuais inadimplências, passou de R$ 16 bilhões para R$ 17,5 bilhões até o fim do ano.

O dinheiro veio da redução do sublimite para operações de crédito de obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) também com garantia da União, que caiu de R$ 2 bilhões para R$ 500 milhões.

A falta de demanda para os financiamentos de empreendimentos do Novo PAC permitiu o remanejamento dos limites. A resolução entrará em vigor na próxima segunda-feira. Na reunião de janeiro, o CMN definirá o limite e os sublimites para a contratação de crédito pelos órgãos públicos em 2025.

Com informações de Agência Brasil.

Câmara aprova PL que prevê economia de R$ 16 bilhões para o governo

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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (19), um projeto de lei que prorroga o prazo para os bancos deduzirem perdas com inadimplência da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. O texto segue agora para análise no Senado.

O governo estima que a medida evitará uma perda de arrecadação de cerca de R$ 16 bilhões em 2025. De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o PL 3.802/2024 tem conteúdo semelhante à Medida Provisória 1128/2022, editada anteriormente.

Segundo o relator, deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), os créditos tributários poderão ser compensados entre 7 e 10 anos, em vez dos 3 anos previstos atualmente. A nova regra também adia o início das deduções para janeiro de 2026 e amplia o prazo de diluição para até 84 meses.

As instituições financeiras poderão optar por estender as deduções para 120 meses, desde que formalizem a decisão até o final de 2025. A proposta também limita os descontos ao lucro real do exercício de 2025, restringindo as perdas relacionadas a dívidas de clientes inadimplentes ou empresas em recuperação judicial.

Agência Câmara Federal

Senado aprova teto para salário mínimo e mudanças no BPC

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O Senado aprovou nesta sexta-feira (20) o Projeto de Lei 4.614/24, que integra o pacote de corte de gastos do governo. A proposta cria um teto para o crescimento do salário mínimo, limitada ao ganho real aos limites do arcabouço fiscal e restringe o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). A proposta, aprovada nesta quinta-feira (19) na Câmara dos Deputados, segue para a sanção presidencial.

O projeto recebeu 42 votos favoráveis e 31 contrários, após o relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE), alterar o texto, em especial nas regras do BPC. O benefício, no valor de um salário mínimo mensal, é um direito da pessoa com deficiência e do idoso com 65 anos de idade ou mais, se não tiver condição de se sustentar ou ser sustentado pela sua família.

O texto aprovado na Câmara dos Deputados limitava a concessão do BPC aos beneficiários cuja avaliação concluísse por haver deficiência de grau moderado ou grave. O trecho foi criticado por, praticamente, retirar as pessoas com grau de deficiência leve, como autistas, de suporte nível 1, pessoas com síndrome de Down e questões de saúde mental, do rol de beneficiários.

Por meio de um acordo, o governo se comprometeu a vetar o ponto do projeto que excluiu as pessoas com deficiência de grau leve.

“Estamos discutindo aqui de que maneira o governo vai garantir para todos os que precisarem, não aos que precisam hoje, mas aos que precisarão hoje, amanhã e depois de amanhã, ter acesso a esse benefício”, disse Rogério Carvalho.

O texto aprovado determina ainda a realização de cadastro biométrico para receber e manter benefícios da seguridade social, como o BPC, aposentadoria e pensão. Atualmente a exigência é válida apenas para o BPC.

O cadastro biométrico não será exigido caso o beneficiário resida em localidades de difícil acesso, ou em razão de dificuldades de deslocamento, por motivo de idade avançada, estado de saúde ou outras situações excepcionais que deverão constar de ato da Presidência.

A não exigência do cadastro biométrico valerá enquanto o poder público não der condições para realização do mesmo, inclusive por meios tecnológicos ou atendimento itinerante.

Salário mínimo

O texto aprovado limita o crescimento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação do ano anterior, com valorização mínima de 0,6% acima da inflação em caso de recessão econômica. A medida, segundo o Ministério da Fazenda, deverá gerar economia de R$ 109,8 bilhões de 2025 a 2030.

“Mesmo que tenhamos crescimento zero ou negativo do PIB [Produto Interno Bruto], será garantido o crescimento do salário. O texto protege os benefícios sociais para que não sejam desvinculados do salário mínimo. Todos os benefícios previdenciários e assistenciais da seguridade social que são concedidos estarão atrelados ao salário mínimo, com a garantia de aumento real anualmente”, afirmou Carvalho.

Bolsa Família

Em relação ao Bolsa Família e demais benefícios de seguridade social, o texto aprovado manteve a obrigatoriedade de cadastro biométrico para a concessão, a manutenção e a renovação. Os parâmetros para a permanência do programa serão mais rígidos para as famílias unipessoais (beneficiários que moram sozinhos). Haverá restrição para municípios com percentual de famílias unipessoais acima do disposto em regulamento.

Em relação ao cálculo para a concessão do benefício, a renda familiar considerará a soma dos rendimentos auferidos mensalmente pelos membros da família que vivam sob o mesmo teto.

O projeto também estabelece que o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), seguro rural a pequenos e médios produtores, seja executado conforme o Orçamento de cada ano. Atualmente, o Banco Central manda a conta de alguns subsídios, como o Proagro, ao governo, sem limitação orçamentária. Pelo projeto, o governo só poderá gastar em subsídios o que estiver autorizado no Orçamento.

PEC 45/24

O Congresso Nacional realiza, ainda nesta sexta-feira, sessão solene para promulgar a Emenda Constitucional 135, que trata do corte de gastos, oriunda da Proposta de Emenda à Constituição 45/24.

NewsRondonia

Servidores federais receberão os salários no primeiro dia útil em 2025

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O governo federal divulgou o calendário de pagamentos para os servidores públicos em 2025, confirmando a manutenção do depósito dos salários no primeiro dia útil de cada mês. A prática, adotada ao longo dos últimos anos, antecipa o prazo legal, que determina o pagamento até o segundo dia útil. O próximo pagamento será feito no dia 2 de janeiro.

A exceção à regra está no 13º salário, que será novamente antecipado. Metade do valor será paga junto com a folha de junho, cujo crédito ocorre em julho, enquanto a outra metade será incluída na folha de novembro, depositada em dezembro.

Calendário de pagamento 2025:

Janeiro 2

Fevereiro 3

Março 5

Abril 1

Maio 2

Junho 2

Julho 1 (com adiantamento do 13º Salário)

Agosto 1

Setembro 1

Outubro 1

Novembro 3

Dezembro 1 (com pagamento do 13º Salário)

ROTINA DE PAGAMENTOS E ANTECIPAÇÃO

Embora a legislação -disposto na instrução normativa nº 4, de 13 de agosto de 2002- preveja que o salário será pago até o segundo dia útil do mês, a política de depósito no primeiro dia útil acabou se tornando o padrão.

O mesmo vale para o abono natalino, cuja divisão em duas parcelas procura distribuir o impacto financeiro tanto para os cofres públicos quanto para os servidores.

Folha de São Paulo

Equipe de Lula chefiada por atual diretor da PF recebeu relatórios da Abin antes do 8/1

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A equipe de segurança de Lula (PT), composta majoritariamente por policiais federais, recebeu na transição de governo uma série de relatórios da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) com informações de atos que precederam os ataques do 8 de janeiro de 2023, como a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022.

Os documentos da Abin traziam informações de veículos que rondaram o hotel onde o então presidente eleito estava hospedado, relações de militantes bolsonaristas monitorados com potencial perfil agressor e até o relato de um homem que, ao se hospedar no mesmo local, teria tentado acessar por duas vezes o andar em que Lula estava.

Os relatórios evidenciam que havia um monitoramento antecipado da agência sobre manifestantes que apresentavam riscos à ordem pública. Caso o material tivesse sido trabalhado, o futuro rastreamento dos autores dos atentados do dia 8 de janeiro poderia ter sido facilitado.

Os informes foram produzidos por um grupo de trabalho presidido pelo então chefe da equipe de segurança de Lula, Andrei Rodrigues. No atua governo, ele foi nomeado diretor-geral da PF.

Não era de conhecimento público, até agora, que a Abin havia produzido, no final de 2022, informações de inteligência encaminhadas prioritariamente para a equipe de Lula no âmbito deste GT (grupo de trabalho).

A Folha de S.Paulo teve acesso aos documentos e também a mensagens que mostram que eles chegaram a membros da segurança do petista nas eleições de 2022. A reportagem questionou qual encaminhamento foi dado a eles, mas não houve resposta.

No dia 7 de janeiro de 2023, já como diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues fez um ofício em que alertou sobre possíveis atos violentos nos dias seguintes. Não detalhava quais informações embasavam esse prognóstico.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, em depoimento durante um processo administrativo disciplinar, o chefe da PF disse que não encaminhou nenhum relatório com detalhes dos riscos identificados à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e que fez apenas a comunicação verbal na reunião.

O grupo de trabalho em questão tinha o nome de GT de Inteligência Estratégica e foi criado na transição, com participação de integrantes da Abin e da PF, convidados pela equipe de Andrei.

Na época, já havia atrito do atual diretor-geral com a administração da PF, especialmente com a diretoria de inteligência, então sob comando de Alessandro Moretti. Nos bastidores, Andrei dizia que não era possível confiar na gestão da PF sob Jair Bolsonaro (PL).

Os documentos da agência apresentam nomes de pessoas identificadas no início de dezembro em manifestações em frente ao hotel e, depois, reconhecidas como participantes de ações violentas em Brasília, como a tentativa de explosão no aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022, e também dos atos golpistas nos prédios dos Três Poderes de 8 de janeiro de 2023.

Um dos identificados e monitorados foi o blogueiro bolsonarista Wellington Sousa, condenado por tentar explodir a bomba no aeroporto. Ele aparece nos relatórios da Abin com potencial perfil agressor à segurança de Lula. Sousa foi preso em setembro de 2023 no Paraguai.

Outro mencionado é o major aposentado Cláudio Santa Cruz, da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como um dos líderes do acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília. Foi preso na 9ª fase da Operação Lesa Pátria em março de 2023.

Lula ficou hospedado durante a transição no hotel Brasil 21 Meliá, no centro da capital federal. Enquanto Bolsonaro mantinha o silêncio após a derrota nas urnas, apoiadores acampavam diante do QG e pediam intervenção militar.

A partir de 5 de dezembro de 2022, bolsonaristas começaram a realizar protestos e rondas com veículos em volta do hotel. Os agentes da inteligência produziram três relatórios sobre essas movimentações.

A reportagem teve acesso a mais de 70 páginas desses informes, que foram difundidos com integrantes da PF por WhatsApp.

Uma primeira versão de um relatório da Abin de 11 de dezembro de 2022 identificou 15 participantes de um protesto em frente ao hotel ocorrido no dia 5 de dezembro.

O ato foi conduzido pelo blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, atualmente foragido, e a Abin cita coros de “não vai subir a rampa” e “só por cima do meu caixão”.

Uma segunda versão de documento, de 14 de dezembro daquele ano, identificou 21 participantes de uma manifestação, também em frente ao hotel, na madrugada do dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A segurança do presidente foi reforçada.

Foi no dia 12 que houve tentativa de invadir o prédio da PF após prisão de um indígena bolsonarista, Serere Xavante. Ele havia participado de protesto em frente ao hotel Meliá.

Uma última versão deste relatório é de 31 de dezembro de 2022, véspera da posse de Lula. Nesse texto há a descrição do episódio em que uma pessoa tentou acessar o andar em que Lula se hospedava. Ele acabou impedido por policiais.

O texto cita ainda um novo fluxo de pessoas no acampamento em frente ao QG a partir de 29 de dezembro e traz informações sobre donos de veículos que rondavam o hotel. A Abin monitorou ao menos dez veículos que haviam rondado o Meliá ou tinham vínculo com acampados no QG.

Um desses veículos, uma caminhonete Toyota Hilux branca, realizou reiteradas visitas ao entorno do hotel, diz o documento. O indígena Serere Xavante estava nesse veículo quando foi preso.

As investigações da agência identificaram também outro veículo que seria de propriedade do suspeito de realizar um ataque com drone em um ato de Lula em Minas Gerais, em junho de 2022.

O relatório da PF sobre a responsabilidade de autoridades pela segurança no 8 de janeiro concluiu que houve uma falta de coordenação no fluxo de informações da Abin nesse episódio.

“As informações da Abin, que eram vitais para a prevenção da invasão, não chegaram ao conhecimento de todos os responsáveis”, diz o texto enviado pela PF ao STF.

FOLHA DE SÃO PAULO