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Irã e Israel falam em vitória e sinalizam cessar-fogo após 12 dias de conflito

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel alcançou uma “vitória histórica” após 12 dias de conflito, mas que ainda precisa concluir sua campanha contra o “eixo do Irã”, derrotar o Hamas e garantir o retorno dos reféns em Gaza. Do lado do Irã, o presidente Masoud Pezeshkian também classificou o desfecho como uma “grande vitória” para Teerã.

As declarações ocorrem sob pressão de Donald Trump, horas após o início de um cessar-fogo, anunciado pelos Estados Unidos na noite anterior e mediado com apoio do Catar. Ambos os países sinalizaram adesão à trégua.

Segundo a imprensa estatal iraniana, Pezeshkian afirmou ainda que a guerra foi “imposta ao Irã pelo aventurismo de Israel”. O Comando Militar Conjunto do Irã afirmou que Israel e os Estados Unidos devem “aprender com os golpes esmagadores” sofridos com os ataques iranianos — tanto no território israelense quanto na base americana de Al-Udeid, no Catar.

Autoridades iranianas informaram que 610 pessoas morreram no Irã devido a ataques israelenses, e outras 4.746 ficaram feridas. A retaliação iraniana matou 28 pessoas em Israel, a primeira vez em que as defesas aéreas israelenses foram sobrecarregadas por um grande número de mísseis iranianos.

As Forças Armadas de Israel suspenderam as restrições a atividades em todo o país às 20h, horário local (às 17h, no horário de Brasília), e autoridades afirmaram que o aeroporto Ben Gurion, o principal do país, já havia sido reaberto. O espaço aéreo iraniano também será reaberto, segundo informou a agência Nournews, ligada ao Estado.

Cessar-fogo sob tensão

O cessar-fogo entrou em vigor nas primeiras horas desta terça-feira (1h da manhã no horário de Brasília), segundo anúncio feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

No entanto, relatos de novos ataques em Teerã e declarações cruzadas entre os envolvidos colocaram o acordo sob incerteza logo nas primeiras horas.

Trump afirmou que tanto Israel quanto Irã violaram os termos da trégua, negociada com participação ativa do Catar, e que estava “insatisfeito com os dois lados”.

“Israel tem de se acalmar. Tenho de fazer Israel se acalmar”, disse Trump ao embarcar para a cúpula da Otan, em Haia. Em uma rede social, o presidente dos EUA alertou: “Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação.”

 

Trump exige em postagem em sua rede social Truth Social que Israel não volte a atacar o Irã, em 24 de junho de 2025. — Foto: Reprodução/ Truth Social

Trump exige em postagem em sua rede social Truth Social que Israel não volte a atacar o Irã, em 24 de junho de 2025. — Foto: Reprodução/ Truth Social

Juliana Marins, brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia, é encontrada morta

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Juliana Marins, a brasileira de 26 anos que no sábado (21) caiu em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada morta. A informação foi compartilhada pela família no fim da manhã desta terça-feira (24), 4º dia de buscas.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”

Mais cedo, os socorristas chegaram a montar um acampamento avançado perto de onde ela estava no parque nacional. O g1 mostrou que o time de socorristas teve de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta íngreme para chegar até a jovem.

Nesta segunda (23), um drone operado por resgatistas chegou até a jovem, que estava imóvel e a 500 metros penhasco abaixo.

Na retomada dos trabalhos, nesta terça, Juliana estava ainda mais abaixo, a cerca de 650 metros da trilha.

O passeio

Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

Na Ilha de Lombok, vizinha a Bali, fica o Monte Rinjanivulcão ainda ativo que se eleva a 3.721 metros de altitude. Ao redor dele fica um lago. A paisagem atrai muitos turistas de aventura todos os anos, mas exige preparo — é necessário pernoitar no caminho — e fôlego, pois o ar em grande parte do percurso é rarefeito.

Israel e Irã concordam com cessar-fogo após bronca de Trump

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Após uma “bronca” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma trégua entre Israel e Irã parece estar se mantendo — ainda que de forma frágil.

Tanto o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, quanto o comandante das Forças de Defesa de Israel (IDF), general Eyal Zamir, afirmaram publicamente que o cessar-fogo está em vigor.

Mais cedo, Trump fez um alerta nesta terça-feira (24/6) para que Israel não atacasse o Irã — depois que o governo israelense acusou os iranianos de violar um cessar-fogo.

“ISRAEL. NÃO LANCEM ESSAS BOMBAS. SE FIZEREM, É UMA GRAVE VIOLAÇÃO. TRAGAM SEUS PILOTOS PARA CASA, AGORA”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social, usando letras maiúsculas.

Na noite de segunda-feira (23/6), Trump havia anunciado um cessar-fogo entre Israel e Irã após mais de uma semana de hostilidades provocadas por um ataque inicial de Israel ao programa nuclear iraniano.

Na ocasião, Israel confirmou que aceitava o cessar-fogo, e o Irã afirmou que interromperia seus ataques se Israel fizesse o mesmo.

Israel disse que detectou mísseis disparados pelo Irã e acionou seu sistema antimísseis. O governo também orientou seus cidadãos a buscarem os abrigos contra ataques aéreos.

A BBC não conseguiu confirmar que houve um novo ataque do Irã. Teerã negou novos ataques.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou nesta terça que as Forças de Defesa de Israel “respondam energicamente à violação do cessar-fogo pelo Irã com ataques intensos contra alvos do regime no coração de Teerã”.

Mas horas depois o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel se absteve de novos ataques ao Irã, após conversar Trump pelo telefone.

A mídia estatal iraniana respondeu às acusações de Israel dizendo que o Irã nega ter disparado mísseis após o cessar-fogo.

Nesta terça-feira, Trump disse não estar “satisfeito” com Israel.

“Houve um foguete que, acredito, foi lançado ao mar após o prazo limite e agora Israel está reagindo. Esses caras precisam se acalmar”, disse ele a jornalistas antes de embarcar para a cúpula da Otan em Haia, na Holanda.

O presidente americano disse que não gostou de “muitas coisas” que viu ontem.

“Não gostei do fato de Israel ter disparado logo após fecharmos o acordo”, disse Trump. “Eles não precisavam disparar.”

“Basicamente, temos dois países que lutam há tanto tempo e com tanta dureza que não sabem mais o que estão fazendo”, afirmou Trump — soltando um palavrão durante sua conversa com os repórteres.

O presidente americano disse que tanto o Irã quanto Israel violaram o cessar-fogo anunciado por ele.

“Não tenho certeza se fizeram isso intencionalmente”, disse o presidente americano. “Não gosto nem um pouco do fato de Israel ter agido esta manhã. E vou ver se consigo impedir.”

O presidente americano afirmou que o Irã “jamais reconstruirá suas capacidades nucleares” e acrescenta que “também não está satisfeito com o Irã”.

Antes do início do cessar-fogo, houve forte troca de fogo entre ambos os lados ao longo da noite.

A mídia estatal iraniana afirma que ondas de mísseis de Israel atingiram a capital e outras cidades, matando pelo menos nove pessoas, incluindo um cientista nuclear.

Alguns moradores disseram ao serviço persa da BBC que na noite passada sofreram com um dos bombardeios “mais pesados” desde o início do conflito, há 12 dias.

Em Israel, pelo menos quatro pessoas morreram e 22 ficaram feridas em Beersheba, alvos do que o governo israelense diz ser um míssil iraniano.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta terça-feira que Israel atingiu um conjunto de radares perto de Teerã em resposta às “violações do cessar-fogo” pelo Irã.

Em um comunicado, o gabinete de Netanyahu afirma que o Irã disparou um míssil contra Israel às 7h06, horário local (1h06 no horário de Brasília), e mais dois às 10h25 (4h25 em Brasília), após o cessar-fogo ter entrado em vigor. Teerã nega ter lançado novos ataques após o início do cessar-fogo.

O comunicado afirma que Israel “se absteve de novos ataques” após Netanyahu conversar com Trump por telefone.

O comunicado diz que, na ligação, Trump “expressou seu imenso apreço por Israel”, que “alcançou todos os seus objetivos de guerra”.

“O presidente também expressou sua confiança na estabilidade do cessar-fogo”, diz o comunicado.

Anúncios de cessar-fogo

A nova escalada de violência acontece horas depois de EUA, Irã e Israel terem falado em um cessar-fogo.

Israel ter concordado com a proposta de cessar-fogo após “atingir os objetivos” de seus ataques ao Irã. Mais cedo, o Irã já havia dito que concordaria com o cessar-fogo se Israel interrompesse ataques.

No comunicado, Israel diz que “infligiu danos severos à liderança militar e destruiu dezenas de alvos do governo central iraniano”.

O comunicado afirma que as forças israelenses, no último dia, “atingiram severamente alvos governamentais no coração de Teerã, eliminando centenas de agentes Basij” — uma milícia que o governo iraniano frequentemente usa para reprimir protestos — e “eliminando outro cientista nuclear sênior”.

“Israel agradece ao presidente Trump e aos EUA por seu apoio à defesa e sua participação na eliminação da ameaça nuclear iraniana”, diz o comunicado.

O cessar-fogo “completo e total” foi inicialmente anunciado na noite de segunda-feira (23/06) pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Trump afirmou nas redes sociais, por volta de 19h em Brasília, que o cessar-fogo começaria “em aproximadamente seis horas”.

Segundo o republicano, “na 24ª hora” o conflito — que ele chamou de “a guerra dos 12 dias” — terminaria oficialmente. Trump acrescentou que Israel e Irã se dirigiram a ele “quase simultaneamente” falando de “paz”.

Após a postagem de Trump sobre o cessar-fogo, o primeiro a confirmar que concordaria foi o ministro de Relações Exteriores do país persa, Seyed Abbas Araghchi.

Na rede social X, o ministro disse que os ataques isralenses deveriam parar até 4h da manhã de terça-feira (24/6) em horário local, para que o Irã aderisse ao fim das hostilidades.

“Não temos intenção de continuar nossa resposta depois disso [caso Israel cumpra a condição]”, afirmou Araghchi.

Ministro sorrindo e sentado enquanto fala em reunião em sala, com bandeira do Irã atrás dele
JOSE SENA GOULAO/EPA-EFE/REX/Shutterstock- O ministro iraniano Seyed Abbas Araghchi em foto de 2024; ele condicionou cessar-fogo à adesão de Israel

De acordo com a imprensa americana, o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, ajudou a mediar o cessar-fogo. Mais cedo, bases militares americanas no país foram atingidas por ataques iranianos.

Logo após o anúncio feito por Trump, iranianos relataram ouvir explosões no início da madrugada (em horário local), segundo a repórter da BBC Ghoncheh Habibiazad.

Moradores da capital, Teerã, e das cidades de Karaj e Rasht dizem ter ouvido fortes explosões.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram três ordens de evacuação para diferentes distritos de Teerã.

Entretanto, após as 4h da manhã, as explosões pareciam ter parado, segundo moradores.

De acordo com análise de Bernd Debusmann Jr, jornalista da BBC na Casa Branca, caso confirmado, o cessar-fogo será “reivindicado pelo governo [Trump] como uma das vitórias mais significativas da política externa” deste mandato — uma comemoração que não pode ser feita por exemplo sobre a guerra na Ucrânia, cujo fim lhe escapa das mãos”.

“O fim do conflito no Oriente Médio, no entanto, será algo que o presidente e seus aliados apontarão como um progresso tangível, especialmente se for acompanhado do fim do programa nuclear iraniano, algo não alcançado pelos ex-presidentes Clinton, Bush, Obama e Biden”, escreveu Debusmann Jr.

Para Anthony Zurcher, correspondente da BBC na América do Norte, se a resposta iraniana acabar por aqui — tanto com um cessar-fogo quanto com o encerramento dos ataques realizados mais cedo no Catar —, pode ser sinal de que a arriscada ofensiva de Trump contra o Irã rendeu frutos em termos de estratégia.

“Se os danos forem de fato limitados e não houver novos ataques iranianos em vista, Trump parece inclinado a conter sua ofensiva, na esperança de que os iranianos estejam dispostos a negociar seriamente”, escreveu Zurcher.

“O ataque de Trump contra o Irã no fim de semana foi uma manobra de alto risco, mas há um cenário em que os resultados já estão começando a aparecer.”

Para Zurcher, até o momento, os iranianos estão demonstrando que querem proporcionalidade, e não a escalada do conflito — algo que Trump parece mais do que pronto para acatar.

Os preços do petróleo continuaram a cair após o anúncio de cessar-fogo por Trump.

O petróleo Brent, referência global, caiu mais 4%, para pouco mais de US$ 68 o barril — isso após uma queda de 7% no pregão de segunda-feira.

Os preços do petróleo estão agora mais baixos do que em 12 de junho, quando Israel lançou o primeiro ataque ao Irã.

Ataques ao Catar mais cedo

Traços são vistos no céu depois que as Forças Armadas do Irã disseram que atacaram a base de Al-Udeid com um ataque de míssil, no Catar.
Reuters-Traços são vistos no céu depois que as Forças Armadas do Irã disseram que atacaram a base de Al-Udeid

Mais cedo na segunda-feira, o Irã lançou mísseis contra bases dos EUA no Catar, anunciando na mídia estatal ter iniciado uma resposta “poderosa e vitoriosa” aos ataques americanos às suas instalações nucleares no fim de semana.

Não houve feridos, reportaram o governo catari e americano.

Em um comunicado, a Guarda Revolucionária do Irã (IRGC, na sigla em inglês) afirmou que “[o Irã] não deixará nenhum ataque à sua integridade territorial, soberania e segurança nacional sem resposta, sob nenhuma circunstância”.

Em um primeiro momento, a agência estatal Tasnim afirmou que o Irã havia atacado também uma base americana no Iraque, mas sobre essa ação não há até o momento confirmação nem detalhes.

Algumas horas após o bombardeio iraniano, o presidente americano Donald Trump classificou a ação de Teerã como “muito fraca” e agradeceu o “aviso antecipado”.

“O Irã retaliou oficialmente à nossa destruição de suas instalações nucleares com uma reação muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia”, disse Trump na rede Truth Social, após se reunir com o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

O mandatário americano afirmou que 14 mísseis foram disparados pelo Irã — 13 dos quais foram “derrubados” e outro seguiu em uma “direção não ameaçadora”.

“Quase nenhum dano foi causado”, afirmou o presidente.

O governo do Catar fez uma “forte condenação” ao ataque à Base Aérea de Al-Udeid — que é tanto a maior base dos EUA na região, como o quartel-general avançado do Comando Central, que cobre todo o Oriente Médio.

“Consideramos isso uma flagrante violação da soberania do Estado do Catar, de seu espaço aéreo, do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”, disse o porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores, Majed al-Ansari.

Ele afirmou que os sistemas de defesa aérea do Catar “frustraram com sucesso o ataque e interceptaram os mísseis iranianos” e que a base já havia sido evacuada.

E acrescentou que “todas as medidas necessárias foram tomadas” para garantir a segurança do pessoal na base, incluindo membros das Forças Armadas do Catar, forças aliadas e outros.

Posteriormente, o Ministério das Relações Exteriores do Catar emitiu um comunicado afirmando que “a situação de segurança no país permanece estável e que não há motivo para preocupação”.

“O Ministério enfatiza a importância de não ceder a rumores ou à circulação de informações imprecisas”, diz o comunicado.

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã afirmou em um comunicado que, embora o Irã tenha “destruído” a base aérea americana no Catar, o ataque não representava “qualquer perigo para o Catar ou seu povo”, e acrescentou que o Irã “continua comprometido em manter e dar continuidade às suas relações calorosas e históricas” com o Catar.

O comunicado do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, citado pela mídia estatal iraniana, afirmava que “o número de mísseis utilizados foi o mesmo que o de bombas que os EUA usaram em três instalações nucleares iranianas”.

O ataque desta segunda-feira foi “claramente uma resposta calculada e coreografada pelo Irã”, de acordo com Frank Gardner, correspondente de segurança da BBC.

“Nenhuma vítima foi relatada e o ataque teria sido telegrafado com antecedência, assim como o Irã fez em 2020, ao responder ao assassinato do comandante da Força Quds, Qasem Soleimani, pelos EUA.”

Gráfico mostra o mapa das bases militares dos EUA no Oriente Médio.

Al Udeid, localizada perto de Doha, capital do Catar, serve como quartel-general das operações aéreas do Comando Central dos EUA no Oriente Médio e abriga quase 8.000 soldados americanos.

As forças britânicas também passam pela base, às vezes chamada de Aeroporto de Abu Nakhla.

Atualmente, a instalação serve como quartel-general e base logística para as operações americanas no Iraque e também inclui a maior pista de pouso da região do Golfo.

O Catar concedeu aos Estados Unidos acesso à base de Al Udeid em 2000.

Depois que os americanos assumiram a administração da base em 2001, Doha e Washington assinaram um acordo em dezembro de 2002 que reconheceu oficialmente a presença militar americana na base, de acordo com a empresa de inteligência Grey Dynamics, sediada em Londres.

Em 2024, a CNN informou que os EUA chegaram a um acordo para estender sua presença militar no Catar por mais 10 anos.

Em maio, Donald Trump visitou a base como parte de sua viagem à região.

Durante um discurso, ele disse aos militares: “Como presidente, minha prioridade é encerrar conflitos, não iniciá-los. Mas nunca hesitarei em exercer o poder americano, se necessário, para defender os Estados Unidos da América ou nossos parceiros.”

Após os ataques do fim de semana, o presidente americano afirmou que qualquer retaliação do Irã seria “respondida com uma força muito maior”.

Os EUA mantêm um relacionamento próximo com o Catar, fornecendo mais de 26 bilhões de dólares em equipamentos militares, armas e serviços no sistema de Vendas Militares Estrangeiras (FMS, nas siglas em inglês).

Isso torna o Catar o segundo maior parceiro de FMS dos Estados Unidos no mundo.

Foto de satélite da planta de Fordo.
Maxar Technologies/Reuters Planta de Fordo, no Irã, após o ataque americano

Trump na Otan

Na terça-feira, Trump deve voar para a Holanda para uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Esta será a primeira reunião de Trump na Otan desde que foi reeleito. No passado, ele fez comentários irados sobre membros da aliança se aproveitando das garantias de segurança dos EUA.

Aliados europeus estão desesperados para provar que ele está errado. Eles esperam convencê-lo a não retirar tropas ou recursos americanos do continente. Por outro lado, diante dos ataques, não será possível deixar o assunto de lado, algo que pode levar a desavenças entre o americano e os europeus, que defenderam a diplomacia em vez dos bombardeios quando se tratava do Irã.

Trump adora uma vitória e é muito sensível. Ele não vai querer sentir nenhuma desaprovação na reunião da Otan, informa Katya Adler, editora de Europa da BBC.

Separadamente, ele tinha a garantia de uma vitória que chamasse a atenção nas manchetes na cúpula, com os países europeus se comprometendo a gastar impressionantes 5% do PIB em defesa — exatamente como ele exigiu em suas primeiras semanas de volta à Casa Branca.

“Esta cúpula é sobre credibilidade”, afirmou o embaixador dos EUA na OTAN, Matthew Whitaker.

Mas a Espanha afirmou no domingo que havia garantido uma opção de não participação no novo plano de gastos — algo que Rutte negou posteriormente.

Outros aliados na Europa que estão lutando para encontrar o dinheiro extra também estão irritados.

A questão principal é: a Europa precisa manter os EUA, grandes potências militares e nucleares, do lado deles. Foi assim que Rutte conseguiu convencer líderes relutantes — exceto a Espanha — a aderirem à nova iniciativa de grandes gastos. É um compromisso enorme.

Mas, como afirmou a ex-embaixadora dos EUA na OTAN, Julianne Smith, mesmo assim, não há absolutamente nenhuma garantia com Trump.

Ataques recentes de Israel ao Irã

Imagem de um mapa com o Irã no centro, os países vizinhos e o estreito de Ormuz.
Os ataques ocorreram horas depois de Israel ter lançado uma série novos ataques contra o Irã, um dia após os bombardeios dos EUA às instalações nucleares iranianas.

Israel disse ter realizado novos ataques a Fordo — a instalação nuclear subterrânea vital para as ambições nucleares do Irã. Os EUA disseram ter também atacado o local no fim de semana.

Os jatos subsônicos, que viajam pouco abaixo da velocidade do som, sobrevoaram o Oceano Atlântico carregados com poderosas bombas “destruidoras de bunkers”, capazes de penetrar concreto a mais de 18 metros de profundidade.

Esse é o tipo de armamento necessário para atingir a instalação de Fordo, que fica sob uma montanha. A planta de enriquecimento de urânio é considerada a joia da coroa do controverso programa nuclear iraniano.

Os EUA são o único país do mundo conhecido por possuir esse tipo de arma.

A Casa Branca também havia pedido que a China pressionasse o Irã a não fechar o Estreito de Ormuz, uma rota marítima crítica, especialmente para o escoamento do petróleo e do gás.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, estava em Moscou na segunda-feira para conversas com Vladimir Putin sobre “desafios e ameaças comuns”.

Durante as negociações, Putin disse que o ataque contra o Irã é “infundado”.

“Uma agressão absolutamente sem provocação contra o Irã não tem fundamento nem justificativa”, afirmou o presidente russo em seu discurso de abertura, transmitido ao vivo pelo canal de notícias da TV estatal russa.

“Estou muito satisfeito com a presença de vocês em Moscou hoje. Isso nos dá a oportunidade de discutir todos esses assuntos difíceis e pensar juntos em como encontrar uma saída para a situação atual.”

BBC

Detran-GO cria comissão com feirantes para avaliar propostas de reorganização de estacionamentos nas feiras de Goiânia

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O presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), Waldir Soares, anunciou nesta segunda-feira, 23, o início de um processo de diálogo com representantes de feiras de Goiânia para buscar soluções para os problemas de estacionamento que afetam feirantes e clientes.

Segundo ele, esta foi uma das primeiras reuniões do tipo promovidas por uma gestão do órgão, com participação de diversos entes ligados ao trânsito e à segurança pública. “Fomos procurados por representantes das maiores feiras de Goiânia, que relataram aumento nas autuações por estacionamento irregular. Eles vieram ao Detran em busca de uma solução”, afirmou Delegado Waldir durante a coletiva.

Foi criada uma comissão de feirantes que irá analisar sugestões e elaborar novas propostas para enfrentar os problemas nas feiras livres de Goiânia. As medidas serão apresentadas na próxima semana e buscam minimizar os impactos causados pelo aumento nas autuações de trânsito nas proximidades das feiras.

O segmento, que reúne cerca de 18 mil profissionais na capital, relata dificuldades crescentes, especialmente por conta das multas aplicadas por estacionamento irregular. Segundo os feirantes, as autuações têm afastado os consumidores e comprometido as vendas.

Manoel Rodrigues, representante dos trabalhadores da Feira Hippie, denunciou o aumento expressivo das multas e a remoção de veículos de clientes. “A pessoa vem fazer compras e, quando volta, encontra uma multa ou tem o carro guinchado. Perdemos esse cliente. Ele dificilmente voltará”, lamentou.

A atribuição da fiscalização de trânsito na capital, segundo o presidente, é da Secretaria de Engenharia de Trânsisto (SET), comandada por Tarcísio Abreu. Mesmo assim, ele afirmou que o Detran decidiu liderar o processo de articulação para resolver o impasse.

“Convidamos o Tarcísio, a Guarda Civil Metropolitana, o Batalhão de Trânsito, a nossa fiscalização, para que possamos organizar essa área. O que se vê hoje é um verdadeiro caos”, declarou. Como exemplo, Waldir citou a Feira Hippie, uma das maiores da cidade.

Delegado Waldir garante que Detran vai seguir ações Canaã, sob orientação  de Caiado - Folha Z
Delegado Waldir em entrevista à Folha Z | Foto: Guilherme Coelho

“Se você vai na Feira Hippie, ninguém consegue estacionar. Os feirantes ocupam todas as vagas que deveriam ser dos clientes. Nosso objetivo é organizar o estacionamento dos feirantes e abrir espaço para os consumidores. É uma questão de sobrevivência para o comércio das feiras”, pontuou.

Entre as propostas debatidas, está a criação de espaços específicos para os veículos dos feirantes, com identificação por meio de selos. “Estive na Suécia recentemente e lá há uma rua exclusiva para o estacionamento dos feirantes, com um selo contendo o nome e o número da estação de trabalho. Isso facilita muito”, contou.

“Poderíamos, por exemplo, utilizar o Parque Agropecuário para o estacionamento dos feirantes da Feira Hippie.” Segundo o presidente, a intenção não é ampliar a repressão, mas acabar com o descontrole.

“O Detran não quer apenas autuar, mas também não pode se calar diante das irregularidades. O que buscamos é regulamentar o tempo e os locais de estacionamento”, disse. A proposta inicial é que cada feira tenha um modelo adaptado à sua realidade, com definição de ruas específicas para os veículos dos trabalhadores.

“Não dá para usar o mesmo modelo para todas as feiras, porque cada uma ocorre em um lugar diferente. Mas a ideia é criar um sistema com segurança e controle, para liberar as vagas regulares aos clientes”, explicou.

Além dos feirantes, ambulantes também poderão ser contemplados na proposta. Um cadastro deverá ser feito para emissão dos selos, que podem dar direito a estacionar até dois veículos por trabalhador. A próxima reunião está marcada para a próxima segunda-feira, 30, às 14h30, na sede do Detran-GO.

“Esta foi uma reunião introdutória. Queremos ouvir os feirantes e construir a solução juntos, sem impor regras de cima para baixo. Segunda-feira já devemos sair com medidas práticas para aplicar nas ruas”, afirmou Waldir Soares.

Segundo Delegado Waldir, Tarcísio Abreu apoiou a iniciativa. “Falei com o secretário na quarta-feira, ele gostou da ideia e disse que iria participar das próximas reuniões. A decisão sobre a regulamentação cabe ao município, mas não podemos continuar com esse caos penalizando os trabalhadores toda semana”, finalizou.

Fonte: Jornal Opção

Aviso com antecedência e mísseis interceptados: os sinais de que o revide do Irã aos EUA foi ensaiado e simbólico

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Irã avisou o Catar e os Estados Unidos de que atacaria uma base americana em território catariano com horas de antecedência, nesta segunda-feira (23). As informações foram confirmadas por autoridades iranianas ao jornal The New York Times e à agência Reuters.

O Irã lançou pelo menos seis mísseis contra a base de Al Udeid, que abriga mais de 10 mil soldados no Catar. A unidade é a maior dos Estados Unidos no Oriente Médio.

  • Segundo a mídia estatal iraniana, o país estava lançando a operação “Anunciação da Vitória” como resposta aos ataques dos EUA contra instalações nucleares no fim de semana.
  • O Irã afirmou ainda que o número de mísseis disparados foi equivalente ao de bombas lançadas pelos EUA contra seu território.
  • As Forças Armadas iranianas disseram que o ataque foi um sucesso, com alto poder destrutivo.
  • Por outro lado, o Catar declarou que todos os mísseis foram abatidos. Não há registros de mortos ou feridos.

Aviso prévio: Segundo o New York Times e a Reuters, autoridades iranianas entraram em contato com os EUA e o Catar para informar sobre o ataque horas antes da operação.

  • O aviso aos americanos foi feito por dois canais diplomáticos distintos.
  • Três autoridades do Irã afirmaram que o governo catariano recebeu detalhes da operação com antecedência.
  • Momentos antes do ataque, o Catar fechou seu espaço aéreo, enquanto a embaixada dos EUA no país pediu que cidadãos americanos permanecessem em locais seguros.
  • Imagens de satélite obtidas pelo New York Times mostram que a base dos EUA no Catar estava praticamente vazia nesta segunda-feira, com apenas uma aeronave em solo — no início do mês, vários aviões estavam estacionados no local.
  • Na semana passada, o Irã já havia sinalizado que poderia atacar bases dos EUA no Oriente Médio caso os americanos bombardeassem estruturas iranianas.

 

Operação ‘ensaiada’? As informações fornecidas por autoridades iranianas à imprensa internacional indicam que a ação desta segunda-feira foi “ensaiada” com os próprios alvos. Veja os motivos a seguir.

  • O Irã tenta se equilibrar entre duas narrativas: uma voltada ao público interno e outra à comunidade internacional.
  • Ao atacar uma base americana, o regime iraniano mostra para sua população que está reagindo à ofensiva militar dos EUA e que possui capacidade bélica.
  • Por outro lado, ao comunicar o ataque com antecedência, deixa claro que a operação teve caráter simbólico.
  • O Irã já adotou estratégias semelhantes no passado. Em 2020, por exemplo, também avisou o Iraque antes de lançar mísseis contra uma base americana no país.
  • Em resumo, o Irã lançou uma resposta militar com pouco ou nenhum poder de destruição, o que evita uma escalada no conflito e mantém aberta a possibilidade de uma solução diplomática.

    Narrativas: Em meio ao conflito, EUA e Irã trocam ameaças. Tanto o presidente Donald Trump quanto o aiatolá Ali Khamenei fizeram discursos prometendo novas retaliações.

    “Não fizemos mal a ninguém e não aceitaremos nenhum tipo de agressão, sob nenhuma circunstância”, escreveu o líder iraniano.

    Já Trump disse que a resposta do Irã ao ataque dos EUA foi “muito fraca”. Ele também agradeceu a Teerã por ter avisado sobre a ação com antecedência.

    “Talvez o Irã agora possa caminhar rumo à paz e à harmonia na região, e incentivarei com entusiasmo que Israel faça o mesmo”, escreveu.

    Logo após o ataque iraniano desta segunda-feira, Khamenei publicou um post no X com a imagem de uma bandeira dos EUA em chamas.

Trump chama ataque do Irã contra base americana no Catar de ‘fraco’ e agradece por aviso prévio

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (23) que o Irã deu uma “resposta muito fraca” ao bombardeio americano contra instalações nucleares iranianas no fim de semana. Por outro lado, ele agradeceu a Teerã por ter avisado da ação com antecedência.

Em uma rede social, Trump afirmou que o Irã disparou 14 mísseis contra uma base americana no Catar. Segundo ele, 13 foram interceptados. O último caiu em uma região que não oferecia riscos, de acordo com o presidente.

“Fico feliz em informar que nenhum americano foi ferido, e quase nenhum dano foi causado”, publicou na Truth Social.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que o Irã havia entrado em contato com autoridades dos EUA e do Catar com antecedência para comunicar o ataque.

Trump confirmou a informação e agradeceu a Teerã pelo aviso. Segundo ele, a comunicação permitiu que o bombardeio não deixasse vítimas. Ele indicou esperar que não haja novos atos de hostilidade.

“Talvez o Irã agora possa caminhar rumo à paz e à harmonia na região, e incentivarei com entusiasmo que Israel faça o mesmo”, escreveu.

Autoridades do Irã afirmaram sob condição de anonimato que o aviso com antecedência foi feito para evitar baixas de civis, segundo o jornal The New York Times. Ao mesmo tempo, o país pode conduzir uma operação que desse uma resposta militar simbólica aos EUA.

Os iranianos descreveram isso como uma estratégia semelhante à de 2020, quando o Irã avisou o Iraque antes de lançar mísseis balísticos contra uma base americana no país, após o assassinato de seu principal general.

O ataque

O Irã lançou mísseis contra a base americana de Al Udeid, no Catar, em retaliação aos bombardeios dos EUA contra instalações nucleares iranianas. A base abriga mais de 10 mil soldados e é a maior do país no Oriente Médio.

As Forças Armadas do Irã batizaram a operação de “Anunciação da Vitória” e afirmaram estar conduzindo uma ação militar com alto poder de destruição. Por outro lado, as autoridades do Catar afirmaram que o bombardeio não deixou vítimas.

Explosões foram ouvidas em Doha, e outros países da região fecharam o espaço aéreo. Bases dos EUA no Iraque, Bahrein, Kuwait e Síria estão em alerta.

Infográfico mostra ataque do Irã à base dos EUA no Catar — Foto: Arte/g1

Infográfico mostra ataque do Irã à base dos EUA no Catar — Foto: Arte/g1

Leia os posts de Trump na íntegra

 

“O Irã respondeu oficialmente à nossa aniquilação das instalações nucleares deles com uma resposta muito fraca, como esperávamos, e que contra-atacamos de forma muito eficaz. Foram disparados 14 mísseis — 13 foram abatidos, e 1 foi “liberado”, pois estava seguindo em uma direção não ameaçadora. Fico feliz em informar que nenhum americano foi ferido, e quase nenhum dano foi causado. Mais importante ainda, eles colocaram tudo isso para fora do “sistema”, e esperançosamente não haverá mais ÓDIO. Quero agradecer ao Irã por nos avisar com antecedência, o que possibilitou que nenhuma vida fosse perdida e ninguém se ferisse. Talvez o Irã agora possa caminhar rumo à paz e à harmonia na região, e incentivarei com entusiasmo que Israel faça o mesmo. Obrigado pela atenção a este assunto!”

“PARABÉNS, MUNDO, É HORA DE PAZ!”

Fonte G1

Caiado critica atuação de promotora e defende novo modelo de contratação de obras

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O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) rebateu publicamente o posicionamento do Ministério Público de Goiás (MPGO) sobre o novo modelo de contratação de obras adotado pelo Estado, que dispensa licitação com base na Lei Federal nº 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). O MP tem se manifestado contra a iniciativa, que visa parcerias com entidades do terceiro setor para ampliar a eficiência na execução de projetos de infraestrutura.

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) contestou a recomendação feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da promotora Leila Maria de Oliveira, para que o Estado não formalize parceria com o Instituto para o Fortalecimento do Agronegócio de Goiás (IFAG).

Segundo o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, a recomendação não tem caráter vinculante e as alegações do MP não se sustentam juridicamente. “Recebemos a recomendação, estudamos, e dissemos ao governador e às autoridades que as alegações do Ministério Público não se sustentam. Há juridicidade no modelo construído. Recomendação não é ordem. Quem orienta a administração é a PGE”, afirmou Arruda.

Caiado afirmou manter um histórico de respeito à atuação do Ministério Público, mas criticou diretamente a promotora Leila Maria de Oliveira, a quem acusa de extrapolar suas prerrogativas institucionais e agir com motivações políticas.

“Em quase 40 anos de vida pública, tenho um histórico de respeito e defesa do Ministério Público. Combati duramente a PEC 37/2011, que visava restringir os poderes de investigação do MP. Na época, fui condecorado pela Associação Nacional de Membros do Ministério Público”, afirmou o governador.

Segundo Caiado, a atuação da promotora diverge da postura institucional do MPGO. “É necessário distinguir a atuação da instituição de iniciativas individuais que destoam de sua missão. O Governo de Goiás não está contra o Ministério Público, mas questionamos abertamente a conduta isolada da promotora Leila Maria de Oliveira, que tem se colocado contra o estado com um comportamento que revela motivação política”, disse.

O governador reagiu às críticas do MP sobre as contratações realizadas por meio do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), que utilizam o MROSC como base legal. Ele considerou “inadmissível” que o uso dessa lei seja associado a improbidade administrativa.

“É inadmissível que o Estado seja ameaçado com acusações por utilizar um instrumento legal reconhecido nacionalmente, que permite parcerias ágeis e eficientes com organizações da sociedade civil”, pontuou.

Caiado ainda afirmou que a promotora estaria tentando intimidar o governo. “Ao invés de discutir o mérito da legislação, ela busca intimidar a gestão pública, fazendo pré-julgamento e presumindo antecipadamente como crime um contrato sobre o qual mal tem conhecimento”, declarou. “A promotora se recusou mais de uma vez a atender nosso procurador-geral do Estado para debater o tema.”

Na avaliação do governador, a resistência ao novo modelo ignora a necessidade de superar os entraves da antiga Lei 8.666, historicamente criticada por sua morosidade e por ser vulnerável a corrupção. “Com transparência e honestidade, o que estamos propondo é avançar, inovar e atuar dentro da legalidade para garantir resultados concretos à população”, ressaltou.

Ao final, Caiado reiterou seu compromisso com a legalidade e com a população goiana. “Tenho quase 40 anos de vida pública, sem uma mácula em minha trajetória, sem nunca ter me envolvido em corrupção ou bandalheira. E seguirei firme, com responsabilidade e compromisso com o interesse público”, concluiu.

Nota Oficial — Governador Ronaldo Caiado

A respeito do posicionamento do procurador-geral de Justiça, Cyro Terra, sobre a atuação da promotora Leila Maria de Oliveira, venho esclarecer o seguinte:

Em quase 40 anos de vida pública, sempre mantive uma postura de respeito e defesa do Ministério Público. Combati com firmeza a PEC 37/2011, que pretendia restringir os poderes de investigação do MP — iniciativa que, se aprovada, teria contribuído para o avanço da corrupção e da impunidade no Brasil. Minha atuação nesse tema foi reconhecida pela Associação Nacional de Membros do Ministério Público, que me concedeu uma condecoração naquele ano.

Também me posicionei contra projetos que ameaçavam a atuação do Ministério Público, como o PL 644/2015, e apoiei publicamente as 10 Medidas de Combate à Corrupção propostas pelo MPF em 2016.

Em Goiás, sempre mantive uma relação de respeito, independência e harmonia com o Ministério Público Estadual. Participei de todos os eventos promovidos pela instituição, respeitei sua autonomia e, diferentemente de gestões anteriores, jamais utilizei os mecanismos do Executivo para pressionar ou chantagear o MP por meio do duodécimo ou de qualquer outro instrumento inadequado.

No entanto, é preciso diferenciar a atuação institucional do Ministério Público de atitudes individuais que destoam da missão constitucional da instituição. Nesse sentido, questiono a conduta isolada da promotora Leila Maria de Oliveira, que tem reiteradamente adotado posturas que, em nosso entendimento, extrapolam suas prerrogativas e revelam motivações de cunho político.

O Governo de Goiás não é, em hipótese alguma, contrário ao Ministério Público. O que está em debate é a forma como a promotora Leila tem se posicionado contra iniciativas legítimas do Estado, como o uso da Lei Federal nº 13.019/2014 — conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil — para viabilizar, de forma legal, eficiente e transparente, obras de infraestrutura com o Fundeinfra.

A promotora tem feito pré-julgamentos infundados, acusando de forma antecipada suposta improbidade administrativa em contratos sobre os quais não há sequer conhecimento aprofundado. Ela se recusou, inclusive, a dialogar com o procurador-geral do Estado, que por mais de uma vez tentou estabelecer conversas institucionais sobre o tema.

O que se observa é uma tentativa de intimidação da gestão pública e um esforço para paralisar ações e obras que beneficiam diretamente a população. Trata-se de um ataque à modernização da administração, que busca justamente superar as limitações e os problemas históricos da ultrapassada Lei 8.666 — legislação associada a diversos escândalos de corrupção no Brasil, inclusive em gestões passadas aqui em Goiás.

Nosso governo atua com total transparência e dentro da legalidade. Estamos comprometidos com a entrega de resultados concretos à população. O diálogo sempre estará aberto. O que não podemos aceitar são atitudes que visam à intimidação e que destoam das funções institucionais de um membro do Ministério Público.

Minha trajetória de quase quatro décadas na vida pública é limpa, sem máculas, sem envolvimento em corrupção ou desvios. Seguirei firme, com responsabilidade e compromisso com o interesse público, promovendo o desenvolvimento de Goiás e entregando benefícios reais à população.

MP defende atuação institucional

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) divulgou nota em resposta às declarações do procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, que questionou a atuação da instituição. No comunicado, o procurador-geral de Justiça, Cyro Terra Peres, reafirma a legitimidade e a autonomia do MP, previsto pela Constituição para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

A nota destaca que recomendações expedidas por promotores e procuradores têm caráter preventivo, não coercitivo, e são fundamentadas em critérios técnicos e jurídicos. Segundo o MP-GO, eventuais divergências entre instituições são naturais no Estado Democrático de Direito, mas devem ocorrer com respeito e dentro dos canais adequados, sem comprometer o diálogo institucional.

Por fim, o MP-GO reforça seu compromisso com a legalidade, o interesse público e a defesa dos direitos da sociedade goiana, assegurando que continuará atuando com independência e firmeza.

Retrucando

Sexta nota a respeito das críticas de Ronaldo Caiado à promotora Leila Maria. Agora a Associação Nacional de Membros do MP sai em defesa da promotora e da instituição. A nota ontem do governador sobre o caso repercutiu nacionalmente.

Associação deve restituir em dobro e indenizar por descontos indevidos em benefício previdenciário

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O 1º Juizado Especial Cível de Itumbiara (GO) declarou a inexigibilidade de descontos realizados de forma indevida em benefício previdenciário em favor da Associação “Círculo Nacional de Assistência dos Aposentados e Pensionistas (Cinaap)”, condenando a entidade à restituição em dobro dos valores descontados e ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 3 mil.

A decisão foi proferida no âmbito de ação ajuizada pelo advogado Diego Rezende Machado, que demonstrou a inexistência de vínculo jurídico entre a parte autora e o Cinaap, bem como a ausência de autorização expressa para os débitos mensais realizados sob a rubrica “Contrib. Cinaap”.

Segundo os autos, entre maio de 2023 e abril de 2025, foram debitados mensalmente R$ 45,00 diretamente do benefício previdenciário da parte autora, totalizando R$ 1.080,00. O juiz Márcio Antônio Neves determinou a devolução em dobro do montante, com correção monetária pelo IPCA desde o desembolso e juros de mora pela taxa Selic.

A entidade alegou que a adesão teria ocorrido por meio de ligação telefônica gravada. No entanto, a gravação anexada aos autos não evidenciou consentimento claro. O juízo observou que a atendente falava de forma acelerada e não apresentava informações precisas sobre os valores cobrados nem sobre os serviços oferecidos, o que inviabiliza a caracterização de autorização válida.

O magistrado também afastou o argumento de ausência de interesse processual, ressaltando que os pedidos de restituição de valores e de indenização por danos morais não foram apreciados na esfera administrativa, motivo pelo qual a análise judicial se impunha.

A sentença reconheceu a responsabilidade objetiva da associação, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, por falha na prestação do serviço. “A conduta da parte promovida causou prejuízos que ultrapassam o mero dissabor, uma vez que o benefício previdenciário possui natureza alimentar”, destacou o juiz.

Processo: 5300790-50.2025.8.09.0088

Fonte: Rota Juridica

Goiânia está com vagas abertas em 16 escolas para EJA (Educação de Jovens e Adultos)

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A Secretaria Municipal de Educação (SME) está com matrículas abertas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), em 16 escolas municipais de diferentes regiões de Goiânia e que podem ser realizadas a qualquer momento do ano letivo. Para se matricular na EJA, o estudante deve possuir pelo menos 15 anos de idade completos. Na rede municipal, a modalidade atende desde a alfabetização de jovens e adultos, até a finalização dos anos iniciais do ensino fundamental. Ao todo, são três anos para a conclusão dos estudos.

Mesmo que o candidato não possua documentação escolar, poderá realizar a matrícula, desde que apresente o documento pessoal e comprovante de endereço. Nesse caso, a escola fará uma avaliação e o nivelamento em uma turma de acordo com os seus conhecimentos. As unidades escolares da Rede Municipal de Educação que possuem a EJA contam com professores qualificados, jantar todas as noites, material escolar e uniforme gratuitos.

Permanência na EJA

Com o objetivo de diminuir a evasão escolar, a SME realiza uma busca ativa escolar, que consiste em estratégias da administração educacional, por meio do estreitamento de laços com a comunidade escolar, visitas, rodas de conversa, mapeamento do público-alvo e demais atividades que envolvem servidores da educação, professores e estudantes.

A secretária municipal da educação, Giselle Faria, reforça que a Gerência de Educação de Jovens e Adultos (Gereja) tem desenvolvido várias ações, para garantir a entrada e permanência dos estudantes na EJA. “Os professores estão preparados para receber os jovens e adultos que desejam ingressar na EJA. A educação é muito importante para exercermos, plenamente, a cidadania. Convidamos a dar o primeiro passo, que é procurar uma instituição e se matricularem”, frisa a secretária.

Confira as escolas que estão com vagas abertas para a EJA:

E.M. GERALDA DE AQUINO – Rua Antônio Lisboa, 2-68 – Cidade Jardim
E.M. JARDIM NOVA ESPERANÇA – Rua Jardim, Quadra 50, Lt. 15 – Jardim Nova Esperança
EM MARIA DA TERRA – Rua BF 1A – Bairro Floresta
E.M. BRICE FRANCISCO CORDEIRO – Rua R-34, 191 – Vila Itatiaia
E.M. PROF. LEONÍSIA NAVES DE ALMEIDA – Avenida Mangalo, 1 Qd 1 Lt 1 – Setor Morada Do Sol
E.M. MARCOS ANTÔNIO DIAS BATISTA – Rua 15 de Novembro, s/n – Setor Estrela Dalva
E.M. BOM JESUS – Praça Washington Luiz, 339 Qd 171 Lt 9a13 – Jardim Novo Mundo
PROFESSORA D´ALKA LELES – Rua OM-21 Qd. APM-7- Residencial Orlando de Morais
E.M. MADRE FRANCISCA – Avenida Central Rua L-8 10, Qd X – Vila Pedroso
E.M. PROF. MARÍLIA CARNEIRO AZEVEDO DIAS – Rua GB 34, 150 Qd 58 – Jardim Guanabara 2
E.M. DOM TOMÁS BALDUÍNO – Rua da Liberdade, 171-229 – Res. Jardins do Cerrado 1
E.M. LAURINDO SOBREIRA DO AMARAL – Rua Valdir Azevedo – Conjunto Vera Cruz
E.M. RESIDENCIAL ITAIPU – Rua RI 24, SN QD. 44 LT – Residencial Itaipu
E.M. JESUÍNA DE ABREU – Rua Igarité, 15 – Parque Amazônia
E.M. JOSÉ ALVES VILA NOVA – R. 1031, unidade 103 – Parque Atheneu
E.M. PROF. MOACIR MONCLAR BRANDÃO – Rua Travessa da Prata, Qd 144 Lt 26 – Parque Oeste Industrial
Jornal Opção

Motoristas do transporte coletivo deflagram greve para esta semana em Goiânia

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O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindcoletivo) deflagrou uma greve para esta próxima sexta-feira, 27, seguindo negociações frustradas entre a classe e a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) e a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC). A decisão foi proferida durante uma assembleia do sindicato neste último domingo, 22

Para o Jornal Opção, o Subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte, Miguel Ângelo, afirma que acompanha as negociações e lamenta a possibilidade de uma paralisação. “Estamos acompanhando as negociações mas ainda não recebemos a comunicação oficial do sindicato quanto a deflagração da greve. Lamentamos a possibilidade de haver paralisação mas acreditamos que as partes possam buscar um acordo antes do dia 27.”

Em comunicado, a associação pede um reajuste de 20% do salário dos trabalhadores mais uma correção de 25% do vale-alimentação, enquanto isso, a associação informa que foi oferecido à classe um reajuste de apenas 5,7%. “Não podemos aceitar que a gente receba um reajuste menor que o salário mínimo”, afirmou um representante da associação durante a deflagração da greve.

Além disso, a empresa teria se ausentado de comparecer em uma reunião entre as partes mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, o que teria agravado a situação. Vale lembrar que dia 27 começa oficialmente o período de peregrinação da Romaria do Pai Eterno de Trindade, época que aumenta o fluxo de turistas religiosos em torno da Região Metropolitana de Goiânia.

A equipe de reportagem procurou ouvir as empresas quanto à possibilidade da paralisação, mas informam que não irão se posicionar quanto a greve.
Jornal Opção