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Defensoria Pública leva atendimento jurídico integral e gratuito ao Goiás Social em Goianésia

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Nos dias 24 e 25 de junho, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) participará da edição do Goiás Social em Goianésia. A ação oferecerá assistência jurídica integral e gratuita à população local. Os atendimentos acontecerão das 8 às 17 horas, no dia 24, e das 8 às 12 horas, no dia 25, na Lagoa Princesa do Vale, no Setor São Cristóvão.
A participação da DPE-GO ocorre por meio do Defensoria Itinerante, projeto dedicado a garantir o acesso à justiça em todo o estado de Goiás, principalmente em municípios onde ainda não há uma unidade fixa da Instituição. Os atendimentos também integram o projeto Educação em Direitos Humanos, promovido pela Defensoria Pública e pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

 

Serão oferecidos serviços para:
  • Atendimento e orientação jurídica em geral;
  • Divórcio sem acordo, sem filhos menores e sem bens;
  • Acordo de divórcio ou fim de união estável;
  • Reconhecimento de união estável com conversão em casamento;
  • Acordo para regularização de guarda;
  • Acordo para regularização de pensão alimentícia;
  • Reconhecimento de paternidade/maternidade (biológica e socioafetiva);
  • Investigação de paternidade/maternidade (com ou sem DNA);
  • Correção de informações em certidões (nascimento, casamento ou óbito);
  • Alteração de prenome e gênero de pessoas transgênero;
  • Pedido de medida protetiva ou ampliação de medida protetiva;
  • Inclusão no Programa Goiás por Elas;
  • Pedido de 2ª via de certidão de nascimento, casamento ou óbito;
  • Pedido de gratuidade de taxa para emissão de RG.
Para o atendimento, é necessário que a pessoa interessada tenha em mãos:
  • Identidade e CPF ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • Comprovante de endereço atualizado (últimos dois meses);
  • Certidões de nascimento e/ou casamento;
  • Comprovante de renda (último contracheque/carteira de trabalho).
Na falta de comprovante de renda, também podem provar a necessidade econômica:
  • Comprovante de recebimento dos valores recebidos por serviços prestados como autônomo;
  • Extrato de benefício INSS;
  • Extrato de conta bancária dos últimos três meses;
  • Três últimas contas de energia ou de água;
  • Cartão benefício do governo (Bolsa Família/Renda Cidadã);
  • Extrato FGTS e PIS;
  • Extrato de negativação em órgão de proteção ao crédito (SPC/Serasa);
  • Consulta à restituição do Imposto de Renda (caso declare Imposto de Renda, apresentar a declaração completa dos dois últimos exercícios).
Serviço:
Goiás Social Goianésia
Data: 24 e 25 de junho.
Horário: 8 às 17 horas (24/06) e 8 às 12 horas (25/06).
Local: Lagoa Princesa do Vale, situada na Rua 39 Leste com a Rua 36 Leste, no Setor São Cristóvão (ao lado da Creche Dona Verônica), em Goianésia (GO).

Mundial de Clubes: brasileiros fecham segunda rodada como líderes de seus grupos

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Os times brasileiros vêm fazendo bonito no Mundial de Clubes da FifaCom o a vitória do Fluminense por 4 a 2 diante do Urawa Reds, neste sábado (21), as equipes do Brasil encerram a segunda rodada da competição como líderes de seus grupos.

Por sua vez, Flamengo Botafogo são os dois brasileiros que venceram seus dois compromissos, estando 100% no Mundial. O Glorioso bateu o Seattle Sounders-EUA na estreia e conquistou uma grande vitória sobre o PSG, nessa quinta-feira (19).

Já o Rubro-Negro derrotou o Espérance em seu primeiro compromisso. Na sequência, conseguiu uma grande virada diante do Chelsea, nessa sexta (18).

Grupos dos brasileiros no Mundial

Grupo A

  • Palmeiras – 4 pontos
  • Inter Miami – 4 pontos
  • Porto – 1 ponto
  • Al Ahly – 1 ponto

Grupo B

  • Botafogo – 6 pontos
  • PSG – 3 pontos
  • Atlético de Madrid – 3 pontos
  • Seattle Sounders – 0 pontos

Grupo D

  • Flamengo – 6 pontos
  • Chelsea – 3 pontos
  • Espérance – 3 pontos
  • Los Angeles FC – 0 pontos

Grupo F

  • Fluminense – 4 pontos
  • Borussia Dortmund – 4 pontos
  • Mamelodi Sundows – 3 pontos
  • Ulsan – 0 pontos

Cenário

Com seis pontos, Flamengo e Botafogo estão muito próximos de garantir a classificação para as oitavas de final. Para ambos, basta um empate na última rodada para que avancem na competição. O Glorioso enfrenta o Atlético de Madrid, na segunda-feira (23). O Rubro-Negro encara o Los Angeles FC, na terça (24).

Já Palmeiras e Fluminense ainda não confirmaram a vaga nas oitavas de final. Portanto, dependem apenas de suas forças para seguir no torneio.

CNN

EUA detalham ataque ao Irã: 14 bombas de artilharia pesada contra 2 instalações nucleares

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos (EUA), Pete Hegseth, e o chefe das Forças do Estado-Maior, Dan Caine, realizaram uma coletiva de imprensa no Pentágono neste domingo (22), explicando a operação “Martelo da Meia-Noite” de ataque ao Irã, realizada durante a madrugada.

Caine declarou que um total de 14 granadas de artilharia pesada foram lançadas sobre alvos iranianos por volta das 2h10, horário local no Irã, com os mísseis sendo os últimos a atingir as instalações nucleares.

Segundo o chefe, a operação “Martelo da Meia-Noite”, envolveu mais de 125 aeronaves e uma operação de dissimulação que incluiu o desdobramento de bombardeiros sobre o Pacífico como “isca”.

A ação sem precedentes envolveu sete bombardeiros B2 furtivos (aeronave militar projetada para atacar alvos terrestres).
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e o chefe das Forças do Estado-Maior, Dan Caine, realizaram uma coletiva de imprensa no Pentágono neste domingo (22), explicando a operação “Martelo da Meia-Noite” de ataque ao Irã, realizada durante a madrugada.
Caine declarou que um total de 14 granadas de artilharia pesada foram lançadas sobre alvos iranianos por volta das 2h10, horário local no Irã, com os mísseis sendo os últimos a atingir as instalações nucleares.

Segundo o chefe, a operação “Martelo da Meia-Noite”, envolveu mais de 125 aeronaves e uma operação de dissimulação que incluiu o desdobramento de bombardeiros sobre o Pacífico como “isca”.

A ação sem precedentes envolveu sete bombardeiros B2 furtivos (aeronave militar projetada para atacar alvos terrestres).

Os bombardeiros lançaram mais de uma dúzia de bombas Massive Ordnance Penetrator de 13.660 kg sobre duas instalações nucleares iranianas, Fordow e Natanz, informou Caine.

Mísseis Tomahawk foram lançados contra Isfahan.

No total, mais de 125 aeronaves estiveram envolvidas, incluindo B2s, aviões-tanque de reabastecimento, aviões de reconhecimento e caças.

Os bombardeiros atingiram Fordow, Natanz e Isfahan a partir das 03h10 (horário local) e estavam fora do espaço aéreo iraniano às 03h30 (horário local), explicou Caine.

Partindo de uma base no Missouri, a missão foi a mais longa com B-2, relatou.

Dezenas de mísseis Tomahawk também foram lançados contra alvos no Irã como parte da operação.

4 de 5 O Secretário de Estado Marco Rubio e o Secretário de Defesa Pete Hegseth, na frente, na Sala de Situação, no sábado, 21 de junho de 2025. • Reuters

“Da meia-noite de sexta-feira até a manhã de sábado (21), um grande pacote de ataque B-2 composto por bombardeiros foi lançado do território continental dos Estados Unidos”, continuou.

“Como parte de um plano para manter a surpresa tática, parte do pacote seguiu para o oeste e para o Pacífico como isca — um esforço de dissimulação conhecido apenas por um número extremamente pequeno de planejadores e líderes importantes aqui em Washington e em Tampa.”

“O pacote de ataque principal, composto por sete bombardeiros B-2 Spirit, cada um com dois tripulantes, seguiu silenciosamente para o leste com comunicações mínimas”, disse Caine.

CNN

Irã afirma que “EUA cruzaram linha vermelha” e cobra investigação após ataques sofridos

Conheça a história nuclear do Irã e como ela explica guerra de Israel

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Há mais de 30 anos, o Irã é acusado por Israel de buscar desenvolver armas nucleares e que isso representaria um “perigo existencial” para o Estado judeu. Essa suposta ameaça justificou a nova guerra de Israel com consequências imprevisíveis.

Mas, afinal, qual a história do programa nuclear do Irã e por que as potências ocidentais questionam o projeto iraniano enquanto não cobram o mesmo de Israel, único país do Oriente Médio que não assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP)?

Para analistas em geopolítica consultados pela Agência Brasil, a guerra busca enfraquecer militar e economicamente o Irã para impor a hegemonia de Israel em todo Oriente Médio. Os especialistas ainda sugerem que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pode estar sendo manipulada ao anunciar que o Irã não estava cumprindo com suas obrigações com o TNP.

Ao contrário de Israel, o Irã sempre submeteu seu programa nuclear às inspeções internacionais. Em 2012, com articulação da diplomacia do Brasil, o Irã aceitou a proposta do governo dos Estados Unidos (EUA) para controlar o enriquecimento de urânio. Porém, o então presidente Barack Obama recuou da própria proposta, mantendo as sanções contra o governo de Teerã.

Após o fracasso dessas negociações, o professor de história da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Alberto Moniz Bandeira, em seu livro A Segunda Guerra Fria, avaliou, ainda em 2013, que o conflito em torno do programa nuclear do Irã “como ameaça existencial [a Israel], nunca passou de engodo para encobrir as contradições de poder e de predomínio na região”.

Brasília (DF), 17/06/2025 - O cientista político com estudos sobre Ásia e o mundo islâmico, Ali Ramos. Foto: Ali Ramos/Arquivo Pessoal
Cientista político Ali Ramos, autor de estudos sobre Ásia e o mundo islâmico – Foto: Ali Ramos/Arquivo Pessoal

Ao concordar com Bandeira, o cientista político Ali Ramos, autor de estudos sobre Ásia e o mundo islâmico, afirmou à Agência Brasil que Israel e as potências ocidentais buscam, com a atual guerra, impor a hegemonia política, militar e econômica de Tel Aviv em todo o Oriente Médio.

“Israel não aceita que nenhum dos seus vizinhos tenha indústria ou poderio econômico para se tornar uma potência hegemônica na região. Para ter hegemonia, Israel não depende só que o país não tenha armamento nuclear, depende também que o país esteja sempre empobrecido” avalia Ramos.

Já o professor de relações internacionais Robson Valdez, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), destacou que a atual guerra está dentro do contexto do conflito na Faixa de Gaza e que a AIEA pode estar sendo manipulada para justificar a agressão ao Irã.

“Essa mudança na abordagem da AIEA tem que ser avaliada também dentro desse contexto de provável instrumentalização da agência para legitimar a entrada dos EUA no conflito geral do Oriente Médio. A meu ver, [o primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu busca obter, de forma definitiva, a superioridade militar em toda região”, disse Valdez.

Brasília (DF), 17/06/2025 - O professor de história da Universidade de Brasília (UnB), Luiz Alberto Moniz Bandeira. Foto: UFBA/Divulgação
Professor de história da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Alberto Moniz Bandeira – Foto: UFBA/Divulgação

A origem

O consagrado historiador brasileiro Moniz Bandeira escreveu que o programa nuclear do Irã começou na década de 1960, com apoio da Alemanha e dos EUA, durante o governo de 25 anos do xá Reza Pahlavi.

Apoiado pelo Ocidente, o regime ditatorial de Pahlavi assumiu o poder após a CIA e outras agências de potências ocidentais promoverem o golpe de Estado de 1953, derrubando o governo nacionalista de Mohammed Mossadegh, que havia nacionalizado os ricos poços de petróleo iranianos, o que contrariou o interesse das petroleiras ocidentais.

Em 1979, o xá foi derrubado pela Revolução Iraniana que “acabou com a subordinação do Irã às potências ocidentais”, segundo Moniz Bandeira. Porém, o aiatolá Khomeini, como líder supremo do país, disse que as bombas atômicas eram contrárias ao espírito do Islã e emitiu um fatwâ (espécie de resolução da autoridade religiosa do Islã) proibindo seu desenvolvimento.

Só em 1989, após a morte de Khomeini, é que o novo aiatolá Ali Khamenei retomou o programa nuclear do país, sempre negando que o Irã pretendesse construir armas nucleares. Desde então, o país busca um acordo com a AIEA. Em 2005, novo fatwâ proibiu a produção, o armazenamento e o uso de armas nucleares.

FILE PHOTO: Iran's Supreme Leader Ayatollah Ali Khamenei waves during the 36th anniversary of the death of the leader of Iran's 1979 Islamic Revolution, Ayatollah Ruhollah Khomeini, at Khomeini's shrine in southern Tehran, Iran June 4, 2025. Reuters/Office of the Iranian Supreme Leader/Proibida reprodução
Aiatolá Ali Khamenei – Foto: Reuters/Office of the Iranian Supreme Leader/Proibida reprodução

O analista geopolítico Ali Ramos avalia que o programa nuclear do Irã sempre foi uma necessidade energética. “O Irã tem um problema histórico, desde a época do xá, para criação de energia, para desenvolver sua indústria. O Irã tem algumas usinas nucleares por isso”, disse.

O historiador Moniz Bandeira, por sua vez, destacou que o programa nuclear do Irã é equivalente ao projeto de nacionalização da indústria de petróleo realizada por Mossadegh antes do golpe de 1953. “É uma afirmação do orgulho Pérsia contra a tutelagem do Ocidente”, escreveu o especialista.

Brasil e Turquia

Em 2012, as diplomacias brasileira e turca articularam, a pedido dos Estados Unidos, acordo com o governo iraniano. O governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad aceitou a proposta da AIEA e do governo Obama de transferir 1,2 mil quilos de urânio pouco enriquecido (LED, sigla em inglês) para a Turquia, recebendo combustível para suas usinas nucleares da Rússia.

As negociações foram conduzidas pelo então ministro das Relações Exteriores do Brasil, o embaixador Celso Amorim, atual assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Irã, 16/05/2010 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é recebido pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente Lula é recebido pelo então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em visita oficial ao país em 2010 – Foto: Ricardo Stuckert/PR

“A declaração de Teerã atendeu, precisamente, todos os quesitos do presidente Obama. Ao ver que as gestões diplomáticas do Brasil e da Turquia alcançaram êxito, o presidente Obama traiu. Recuou”, explicou Moniz Bandeira.

O historiador brasileiro concluiu que, na verdade, o objetivo de Obama não era chegar a um acordo, mas sim de derrubar o regime xiita dos aiatolás “mediante novas sanções, que pudessem entravar o desenvolvimento econômico do Irã”.

O professor Robson Valdez disse que o presidente dos EUA não aceitou o acordo articulado pelo fato de o Brasil e a Turquia serem países médios, “não tendo relevância e capital político internacional para liderar um acordo dessa envergadura”.

O historiador Moniz Bandeira citou ainda o argumento do aiatolá Ali Khamenei e do presidente Ahmadinejad para não desenvolver bomba atômica. “A posse de armas nucleares somente daria ao Irã uma pequena vantagem regional de curto prazo que se transformaria em uma vulnerabilidade em longo prazo, ao desencadear no Oriente Médio uma corrida armamentista, com participação do Egito, Turquia e Arábia Saudita”, escreveu.

Cubanos finalizam preparativos para receber Obama neste domingo
Ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama – Foto: Casa Branca/Divulgação

Acordo de 2015

Três anos depois, em 2015, Obama costurou um acordo com o Irã: o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA, sigla em inglês), para limitar as atividades nucleares de Teerã em troca do alívio das sanções.

O plano contou com a participação de todos os cinco países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas: China, Rússia, França, Reino Unido, além da Alemanha, e teria representando um descongelamento de ativos de Teerã na casa dos US$ 100 bilhões.

O Irã havia se comprometido a alterar sua matriz de produção nuclear para inviabilizar a produção de plutônio, que pode ser usado na fabricação de bombas nucleares, assim como o urânio. Após a celebração do acordo, a AIEA afirmou, em janeiro de 2016, que o Irã estava cumprindo sua parte no acordo.

Brasília (DF), 17/06/2025 - O professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Robson Valdez. Foto: Robson Valdez/Arquivo Pessoal
Professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) Robson Valdez – Foto: Robson Valdez/Arquivo Pessoal Segundo o professor Robson Valdez, esse acordo era semelhante ao costurado pelo Brasil e foi sistematicamente boicotado por Israel.

“Foi um processo intenso de lobby israelense, principalmente, dentro dos EUA e na Europa. A ideia era influenciar a opinião pública e foi bem-sucedido. Uma das promessas de campanha do primeiro governo Trump era justamente sair do acordo, campanha que contou com financiamento do lobby israelense”, disse Valdez.

Governo Trump

Em 2018, de forma unilateral e sem consultar os parceiros europeus, os EUA se retiraram do acordo e reintroduziram sanções contra o Irã, aumentando as tensões no Oriente Médio. Os europeus ainda tentaram salvar o Plano de 2015, sem sucesso.

Ao anunciar a decisão, Trump chamou o acordo de desastroso e disse que o “pacto celebrado jamais deveria ter sido firmado”, por não prover garantias de que o Irã tenha abandonado mísseis balísticos.

O cientista político Ali Ramos avalia que Trump rompeu com o acordo não por problemas no cumprimento dos compromissos firmados pelo Irã, mas para atender aos atores mais conservadores que apoiavam seu governo, que enfrentava problemas internos.

“Foi uma tentativa de conseguir popularidade em casa, tentando mostrar força. Com a irresponsabilidade de Trump, ele criou um dos problemas mais complexos da geopolítica do século 21. Tudo isso só para conseguir apoio interno”, comentou.

AIEA

O governo do presidente Joe Biden manteve a situação como estava, sem fechar novo acordo com o Irã. No atual mandato de Trump, Teerã voltou a negociar com Washington em Omã. As negociações avançavam para sexta rodada quando Israel atacou o país, levando o Irã a suspender as negociações e a acusar os EUA de cumplicidade com Netanyahu.

O especialista Ali Ramos disse que as negociações estavam em torno do debate sobre o Irã poder enriquecer urânio até 20% para ter capacidade “de produzir isótopos para tratamento de câncer, para tratamento de leucemia, essas questões”.

U.S. President Donald Trump and Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu hold a joint press conference in the East Room at the White House in Washington, U.S., February 4, 2025. Reuters/Leah Millis/Proibida reprodução     TPX IMAGES OF THE DAY
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em fevereiro de 2025 – Foto: Reuters/Leah Millis/Proibida reprodução

Um dia antes do ataque, a AIEA aprovou dura resolução afirmando que o Irã não estava cumprindo com suas obrigações do TNP. Segundo o documento, “a Agência não está em condições de garantir que o programa nuclear do Irã é exclusivamente pacífico”. O Irã reagiu dizendo que a decisão estava “politicamente motivada” e acusou as potências ocidentais de articularem a resolução.

O analista em geopolítica Ali Ramos disse que todas as inspeções estavam sendo feitas regularmente e que houve, a partir de 2024, uma mudança na postura da agência.

“A AIEA tem no seu site que os inspetores estavam lá. Todas as inspeções estavam sendo feitas regularmente. E aí depois houve uma grande virada de chave, quando o Netanyahu começou a sinalizar que queria atacar o Irã, aí a agência mudou o discurso”, observou.

Ali Ramos acrescentou que esse tipo de manobra não é nova no cenário internacional e citou a guerra da Coreia, que foi travada com tropas da ONU “sem base legal nenhuma”.

“Basicamente, são os organismos multilaterais sendo usados como braços de Israel e dos EUA. É preciso lembrar que estamos em um momento de destruição total do direito internacional. Não vai sobrar mais direito internacional depois dessa guerra”, finalizou.

mapa israel irã
Arte/Dijor
Fonte EBC

PF prende homem que quebrou relógio no 8/1 após determinação de Moraes

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Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira (20), Antônio Cláudio Alves Ferreira – homem que quebrou o relógio de Dom João VI durante os atos de 8 de janeiro de 2023. A informação foi confirmada pela CNN com fontes da corporação.

A prisão aconteceu na cidade de Catalão, no interior de Goiás, em cooperação com policiais militares e com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais. Também foi detido um parente de Antônio, que estava foragido da Justiça.

A medida acontece após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar na última quinta-feira (19) o retorno de Antônio para a detenção.

O ministro afirmou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) atuou fora de sua competência, além de ter liberado o réu antes do que permite a lei.

“O réu é primário e foi condenado por crimes cometidos com violência e grave ameaça, de modo que a sua transferência para o regime semiaberto só poderia ser determinada — e exclusivamente por esta Suprema Corte — quando o preso tivesse cumprido ao menos 25% da pena”, disse o magistrado no mandado de prisão.

O ministro determinou ainda que a conduta do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro seja apurada pela autoridade policial do STF.

“O juiz de direito Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Uberlândia/MG, proferiu decisão fora do âmbito de sua competência, não havendo qualquer decisão desta Suprema Corte que tenha lhe atribuído a competência para qualquer medida a não ser a mera emissão do atestado de pena”, citou.

Na segunda-feira (16), o TJ-MG expediu alvará de soltura a Antônio Ferreira. O juiz entendeu que o condenado já se enquadrava na progressão de regime fechado para o semiaberto.

Na decisão, o magistrado explicou que a liberação do Antônio seria sem tornozeleira eletrônica pela falta do equipamento no estado. Antônio ficou preso por quase um ano e meio.

“Considerando que o reeducando não pode ser prejudicado em razão da morosidade do Estado, determino o imediato cumprimento do alvará de soltura sem tornozeleira, devendo a unidade prisional incluir o reeducando na lista de espera para inclusão do equipamento eletrônico”, disse o juiz na decisão.

Relógio de Dom João VI

O relógio histórico de Balthazar Martinot foi um presente da Corte Francesa a Dom João VI. A peça rara faz parte do acervo da Presidência da República.

A relíquia foi destruída por Antônio, que foi filmado cometendo o ato, durante a invasão ao Palácio do Planalto, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

O mecânico foi preso pela Polícia Federal no dia 23 de janeiro de 2023. Ele foi detido em Uberlândia e levado para a Delegacia da Polícia Federal. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão no ano passado.

Já no começo deste ano, o Palácio do Planalto informou que a peça foi restaurada após um processo de reparação na Suíça.

*Com informações de Gabriela Boechat e Teo Cury

CNN

Bolsonaro realiza exames após passar mal e cancelar agenda em Goiás

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza, neste sábado (21), uma bateria de exames no hospital DF Star em Brasília. Durante agenda em Goiás, nos últimos dias, ele passou mal, relatando uma indisposição estomacal.

Por volta das 7h15, o ex-presidente chegou a unidade de saúde, onde fez coleta de sangue e ainda fará, às 11h, uma tomografia. Os procedimentos, segundo a assessoria de imprensa de Bolsonaro, já estavam marcados.

Ontem (20), o ex-chefe do Executivo cancelou uma agenda em Anápolis, no interior de Goiás, após se se sentir indisposto.

Bolsonaro estava em Goiás desde quinta-feira (19), quando participou de uma cerimônia na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. Na ocasião, ele foi homenageado com o título de cidadão aparecidense e durante o discurso, o ex-mandatário afirmou que não estava bem.

“Estou com 70 anos, recuperando as energias aqui, mas vou tentar falar alguma coisa para vocês”, começou. No meio da fala, entre muitos soluços, ele arrotou e em seguida explicou: “Desculpa, é que eu estou muito mal, vomito dez vezes por dia, talvez a 11ª daqui a pouco aí”.

CNN

Filme de estreia de influencer goiano é selecionado em festival na Rússia

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O longa brasileiro “Colegas e o Herdeiro”, sequência do premiado filme Colegas (2012), e com o influencer goiano João Vitor de Paiva Bittencourt no elenco, foi escolhido como filme de encerramento da 18ª edição do Zerkalo International Film Festival, na Rússia, que acontece de 26 de junho a 1º de julho nas cidades de Ivanovo e Yuryevets, em homenagem ao cineasta Andrei Tarkovsky. No Brasil, o filme deve chegar ao circuito comercial no próximo mês de setembro.

Dirigido por Marcelo Galvão, “Colegas e o Herdeiro” reúne dezenas de atores com síndrome de Down e autismo. O longa foi o rodado em diversas locações no Rio Grande do Sul (RS) e Uruguai em uma coprodução entre a Gatacine e a Globo Filmes. O road movie mostrará a aventura de um grupo de amigos com síndrome de Down que viajam escondidos em um avião de carga rumo à Punta del Este (Uruguai). Eles embarcam em uma alucinante jornada para se hospedar em um hotel que Stalone (nome do protagonista do primeiro filme) acha que herdou. Em meio a confusões e perigos, os colegas vivem juntos as mais inusitadas e divertidas situações.

O elenco traz ainda Luiza Acosta, Rafaela Ehmke, Gabriel Lazzari, Henrique Fernandes, Giulia Merigo, Fafy Siqueira, Deto Montenegro, Marcelo Naz, Marcos Contreras e Cristiano Lourenço.

João Vitor de Paiva Bittencourt

Estreando na atuação, João Vitor de Paiva Bittencourt é influenciador digital e ativista goiano de 24 anos. João Vitor é Jovem Ativista do UNICEF, sendo um dos cinco brasileiros a integrar o grupo de 100 lideranças jovens globais da instituição. Com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, ele também atua como modelo, palestrante sobre preconceito e inclusão, e é o primeiro aluno com T21 no curso de Educação Física da PUC-Goiás.

Em 2024, João foi eleito o Melhor Influenciador do Brasil na categoria Diversidade e Inclusão pelo Prêmio iBest, e desenvolve um trabalho reconhecido nacionalmente na defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

Mais Goiás

Goiás deixa ranking de estados com motoristas mais mal-educados

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De acordo com um levantamento da plataforma Preply, Goiás deixou a lista de estados com motoristas mais mal-educados. Na edição anterior do estudo, divulgada em 2023, Goiânia ocupava o topo do ranking das capitais com os condutores mais rudes do Brasil. Desta vez, o estado ficou de fora até do top 5. Será mesmo?

O levantamento analisa como brasileiros e portugueses se comportam no trânsito, especialmente no que diz respeito a agressões verbaisSão Paulo (36,2%) saiu na frente e é considerado o estado onde os motoristas são considerados os mais mal-educados do Brasil.

Enquanto isso, no lado oposto, os motoristas mais educados estão em Santa Catarina (13,4%)Rio Grande do Sul (12,6%)Paraná e Minas Gerais (ambos com 10,8%), e Distrito Federal (9%). Hum…

O levantamento revelou que “apenas” 73,6% dos motoristas brasileiros já presenciaram algum tipo de agressão verbal no trânsito. Na maioria dos casos, os xingamentos são diretos, com ofensas como “idiota” ou “imbecil” sendo as mais comuns — 72% dos insultos registrados. Fichinha…

64,4% dos brasileiros disseram que preferem não responder às ofensas. Apenas uma minoria opta por revidar: 19% escolhem responder de forma calma e educada, enquanto outros simplesmente devolvem o xingamento.48,4% dos brasileiros afirmaram já ter testemunhado agressões físicas motivadas por desentendimentos no trânsito.

Estados com motoristas mais mal-educados no Brasil:

  1. São Paulo (36,2%)
  2. Rio de Janeiro (20%)
  3. Bahia (6,6%)
  4. Ceará (3,2%)
  5. Pernambuco (3,2%)

Estados com motoristas mais gentis no Brasil:

  1. Santa Catarina (13,4%)
  2. Rio Grande do Sul (12,6%)
  3. Paraná (10,8%)
  4. Minas Gerais (10,8%)
  5. Distrito Federal (9%)

Mais Goiás

Ações contra o governo têm “boom” após operação sobre fraudes no INSS

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Ações judiciais movidas contra o governo devido a descontos associativos irregulares tiveram um “boom” após a operação que trouxe à tona as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Apenas em maio, mês posterior à primeira fase da Operação Sem Desconto, foram ajuizadas 10.923 novas ações — uma média de 352 por dia. Para efeitos comparativos, em janeiro de 2024, foram 412 novos processos.

Os sistemas da Advocacia-Geral da União (AGU) apontam para um total acumulado de 65,2 mil ações, com impacto financeiro estimado em quase R$ 1 bilhão. As cifras preocupam a equipe econômica do governo.

Isso porque as ações pedem não apenas o reembolso integral, mas o pagamento de indenização a título de danos morais – e as sentenças têm sido, em geral, desfavoráveis ao INSS.

A média de condenações em primeiro grau, que era de 408 em 2024, passou para 1.616 em 2025 – uma alta de 296%. Para a AGU, isso significa “ameaça financeira considerável à autarquia”.

A AGU solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de todas as ações que tramitam Brasil afora, para que possa ser costurado um acordo com os aposentados e pensionistas lesados.

A petição diz que, a partir da identificação das fraudes e de cerca de 9 milhões de descontos ilegais nos últimos cinco anos, “há uma projeção de acentuado potencial de expansão da judicialização”.

O texto aponta ainda que “a curva, certamente, continuará cada vez com ascendência mais acentuada” – o que pode ter impacto direto na sustentabilidade da política previdenciária como um todo.

O ministro Dias Toffoli, relator da ação no STF, agendou uma audiência de conciliação para a próxima terça-feira. O governo pede crédito extraordinário para antecipar, com verba pública, o ressarcimento.

A avaliação é de que a cobrança às associações suspeitas pode demorar mais do que o esperado – e que deixar os segurados “à deriva” pode prejudicar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A AGU vai propor um acordo no qual se compromete a fazer o reembolso ainda este ano e em parcela única, desde que o aposentado ou pensionista garanta que não vai entrar na Justiça contra a União.

CNN

Governo de Goiás libera R$ 99,4 milhões do FCO para fortalecer o agronegócio em 43 cidades

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A Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) aprovou a liberação de R$ 99,4 milhões de crédito para produtores rurais de 43 municípios goianos. Os fundos vieram através do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), recurso federal destinado ao aprimoramento social e econômico do agronegócio dos estados da Região Centro-Oeste.

Em entrevista ao Jornal Opção, a superintendente de Produção Rural da Seapa, Patrícia Honorato, afirma que os recursos liberados vieram através da última reunião do órgão públicos e privados que deliberaram sobre a tomada de crédito dos produtores rurais, desde os micro, pequenos ou médio produtores.

Para Patrícia, o FCO é um dos recursos mais importantes para o investimento do agronegócio junto com o Plano Safra por oferecer créditos rurais com juros subsidiados ao setor produtivo, atualmente, o aporte é corrigido com um juro de 6,30% ao ano. Contudo, alerta que a correção anual pode sofrer uma alteração com o aumento de 0,25% da Taxa Básica de Juros (Selic) para 15%, anunciada pelo Banco Central (BC).

“Hoje, o FCO é uma das principais linhas de crédito mais desejadas pelos produtores, justamente porque eles entram em linhas de crédito de mercado. Nesse sentido, é por isso que é importante que a gente lute cada vez mais para manter o FCO vivo”, afirma.

Reunião do FCO com a superintendente de Produção Rural da Seapa, Patrícia Honorato | Foto: Divulgação / Seapa

Segundo dados da última liberação do sistema Aroeira, os investimentos foram destinados principalmente para pequenos e médios produtores, cerca de 86% do montante. Além disso, as principais áreas destinadas para o recurso é a produção de soja, milho e cultura de corte de bovinocultura, o que representa 34,95%, 32,58% e 14,29%, respectivamente.

Destes investimentos, os empréstimos devem ser alocados principalmente para municípios da Região Sul e Sudeste do Estado, como Jataí, Rio Verde, Serranópolis, Mineiros, Aporé, Caçu e Cachoeira Alta. Contudo, o aporte liberado com maior valor foi um pedido de um pequeno produtor de avicultura de Palmeiras de Goiás, no montante de R$ 8,9 milhões.

Fundo de desenvolvimento

O FCO foi instituído pela Constituição de 1988 e é regulamentado pela Lei nº 7.827/1989, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O recurso é dividido para os três estados da região, Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS), mais o Distrito Federal, com. De acordo com a programação de 2025, o programa será dividido em 10% para o DF, 33% para GO, 24% para o MS e 33% para o MT.

Além desta divisão estadual, a linha é divida ao meio entre empenhos empresariais, chamado de FCO Empresarial, e empenhos rurais, chamado de FCO Rural, o FCO Irrigação, destinada a aportes para sistemas hídricos e o FCO Armazenagem para o empenho na construção de galerias de armazenamento de grãos, aberta neste ano de 2025.

No Estado, a principal operadora da linha de crédito é o Banco do Brasil, que faz a viabilização do recurso junto aos tomadores do empréstimo. Para valores abaixo de R$ 500 mil, o pedido é analisado pela Seapa e enviado diretamente à organização com o aval ou não utilização do aporte. Com valores superiores a R$ 500 mil, é requerido aos produtores a redação de uma Carta-Consulta, que é analisada pela secretaria e pela Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado de Goiás (CDE-GO/FCO). O corpo é formado por instituições públicas e privadas que discutem propostas de tomada de crédito com o uso do investimento público.

Jornal Opção