Tag: Flávio Dino

  • Dino responde após Toffoli dizer que ‘experiência só não é maior que ele’

    Dino responde após Toffoli dizer que ‘experiência só não é maior que ele’

     O ministro do STF Dias Toffoli fez uma piada com o tamanho do colega Flávio Dino em sessão do plenário da Corte nesta quarta-feira (20).

    Ministros analisavam ações sobre plano governamental de preservação do meio ambiente, e Toffoli disse que ficou em dúvida, porque considera que não havia posicionamento errado.

    “Todos os lados são certos. Eu, honestamente, fiquei em dúvida, as argumentações do ministro Flávio são muito… A experiência que ele tem na vida pública é muito grande, só não é maior que ele, mas é muito grande”, disse.

    Dino brincou de volta, dizendo que havia indício de crime na fala do ministro. “Peço providências para o procurador-geral da República, acho que há indício de crime de ação penal pública”, falou, rindo.

    Flávio Dino já foi alvo várias vezes de piadas gordofóbicas. A emissora Jovem Pan pediu desculpas no ar após uma convidada dizer que a indicação do ex-governador do Maranhão pertencia à “cota de obesidade”.

    Flávio Dino já foi alvo várias vezes de piadas gordofóbicas. A emissora Jovem Pan pediu desculpas no ar após uma convidada dizer que a indicação do ex-governador do Maranhão pertencia à “cota de obesidade”.

    Toffoli faz piada com condição física de Dino: ‘Experiência dele é grande, só não maior que ele’

    Dino e gordofobia
    As piadas com o peso do ministro não datam de hoje. Em dezembro passado, o GLOBO mostrou que os ataques gordofóbicos contra ele aumentaram em 30% nas redes sociais após sua indicação ao STF.

    Enquanto ministro da Justiça do governo federal, o tema recorrentemente era pauta da oposição. Em maio de 2023, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) ironizou o então político na tribuna da Câmara.

    “Vou falar daquele senhor, daquele senhor que está com sobrepeso. Ele declarou que STF e o governo vão regular a internet na marra. Rapaz, não tem culpa não, sobrepeso? Esse país é democrático. Ele não é comunista, se tu gosta de comunista, seu sobrepeso, vaza do país” afirmou, à época, o deputado, em referência ao PL das Fake News.

    Já no final do ano, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez comentários sobre o peso de Dino. Ao ironizar um inquérito da Polícia Federal que o investiga se ele importunou uma baleia jubarte, o ex-mandatário aproveitou a ocasião para fazer um comentário contra o então ministro da Justiça:

    “Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, é aquela que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos.”

    FOLHA DE SÃO PAULO

     

  • Ministro Flávio Dino ganha ‘nota da comunidade’ na rede por publicar gráfico com proporção exagerada

    Ministro Flávio Dino ganha ‘nota da comunidade’ na rede por publicar gráfico com proporção exagerada

    Usuários do X (antigo Twitter) adicionaram uma “nota da comunidade” a uma postagem do ministro da Justiça, Flávio Dino, mostrando a distorção em um gráfico sobre a queda do número de homicídios. Embora o número de assassinatos esteja em queda no Brasil desde 2018, o gráfico postado pelo ministro traz uma queda no período de 2022 para 2023 que é muito mais acentuada do que seria sem a distorção no eixo vertical. Após um período no ar, a nota da comunidade foi removida, mas a postagem continuou recebendo críticas de internautas. A reportagem do Estadão procurou o Ministério da Justiça para comentários, mas não houve resposta até o momento.

    “Números enviados pelos Estados ao Ministério da Justiça, no âmbito do SINESP (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública), mostram que tivemos o menor número de crimes violentos letais intencionais (CVLI) dos últimos 14 anos. Meus cumprimentos aos profissionais da Segurança Pública do Brasil. E que venham novas conquistas em 2024?, escreveu Flávio Dino em sua postagem no X, no começo da noite desta segunda-feira (29).

    A imagem mostra a linha do gráfico traçando uma queda acentuada entre os anos de 2022, quando foram registrados 42.190 homicídios; e 2023, quando o número de mortes violentas chegou a 40.464. “Brasil tem menor número de assassinatos dos últimos 14 anos”, diz a chamada, acompanhada de um círculo que afirma que houve redução de 4,09% entre 2022 e 2023.

    “Embora os números apresentados sejam reais, a postagem do Ministro da Justiça utiliza-se de artifícios gráficos para fins de distorção visual das informações fornecidas, com vistas a induzir o leitor em acreditar que a queda nos números foi mais acentuada que a queda real”, diz a “nota da comunidade” acrescentada pelos internautas à postagem de Flávio Dino.

    As notas da comunidade são um recurso do X que permite aos usuários acrescentar informações de contexto a postagens de terceiros na plataforma. A aprovação das notas é feita pelos próprios usuários, sem interferência do X, segundo a plataforma. O recurso é diferente de uma checagem feita por jornalistas profissionais, pois qualquer usuário pode sugerir uma nota. Basta se inscrever para participar da iniciativa.

    A “nota da comunidade” acrescentada ao post de Dino traz também o link para uma postagem do usuário Franklin Weise (@WeiseFranklin). Engenheiro têxtil de formação, ele plotou os dados de homicídios do Sinesp no gráfico. A curva continua apontando para baixo, mas de forma mais suave que antes.

    “Como tenho familiaridade com a série histórica de homicídios, me chamou a atenção uma queda recente tão brusca, não parecia verossímil. Busquei os dados do Sinesp citados, fiz uma plotagem usando o eixo Y (vertical) não truncado (intervalo completo de 0 a 60 mil) e o sobrepus ao gráfico do Ministério da Justiça”, explica ele.

    A “truncagem” mencionada por Weise é a omissão de parte do intervalo no eixo vertical: nesse caso, o eixo começaria no número 30 mil, e não no zero. “Tentei ‘forçar’ minha plotagem a ficar igual (ao gráfico do MJ), truncando os valores do eixo Y entre 30 mil e 60 mil, e mesmo assim não bateu. Então fica evidente que o gráfico não foi plotado, mas sim desenhado livremente”, diz ele.

    “Essa redução do número de homicídios é um dado positivo, sem dúvida, mas é preciso considerar que não se trata de uma conquista do governo atual, e nem do governo Bolsonaro (2019-2022). É um fenômeno que vem desde 2018, no último ano do governo Michel Temer (MDB). Está acontecendo na maior parte dos Estados, com exceção de alguns poucos (…), como o Amazonas. Não há nenhuma ação de qualquer governo que explique isso. O governo Lula não fez nada que tenha causado essa redução de homicídio”, diz o pesquisador em segurança pública Luís Flávio Sapori, que é professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e ex-secretário de segurança do governo mineiro.

    Segundo Sapori, há duas explicações principais para a redução nos homicídios. “A primeira é que há, na maior parte dos Estados, uma relativa acomodação dos conflitos entre as facções criminosas, com o estabelecimento dos domínios territoriais do Comando Vermelho (CV) e do PCC, com exceção da região Norte. Isso diminui conflitos, diminui disputas, e reduz os homicídios. E o segundo fator é que, em alguns estados brasileiros importantes, boas ações de governos (estaduais) têm sido adotadas, com melhoria na atuação da Polícia Militar e nas investigações da Polícia Civil”, diz ele.

    A queda do número de homicídios nos últimos anos é apontada por outros levantamentos além do Sinesp, mencionado pelo ministro. A última edição do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), por exemplo, aponta uma queda de 18,3% entre os anos de 2011 e 2021, quando foram registradas 47.487 mortes, segundo o levantamento.

     Estadão