InícioBrasilTeto para Pix? Saiba para quem vale novo limite anunciado pelo BC

Teto para Pix? Saiba para quem vale novo limite anunciado pelo BC

Banco Central anunciou novas medidas de reforço à segurança do Sistema Financeiro Nacional nesta sexta-feira (5) em relação ao PIX. As medidas valem apenas para  algumas instituições com o intuito de evitar lavagem de dinheiro pelo crime organizado.

De acordo com a autoridade, a decisão foi tomada à luz do envolvimento do crime organizado nos recentes ataques a instituições financeiras e de pagamentos. Confira o que mudou.
Limite para TED e Pix

Às instituições de pagamento não autorizadas no sistema que se conectam a ele por meio dos chamados PSTI — Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação, que são empresas autorizada pelo BC a prestar serviços de processamento de dados — foi definido um limite de R$ 15 mil para transferências via TED e Pix.

Segundo a autoridade monetária, a limitação poderá ser removida caso a instituição e o respectivo PSTI atendam aos novos processos de segurança do governo.

O prazo de adoção são três meses: caso o interessado atestar a adoção destes controles antes disso, poderá ser dispensado da limitação.

A medida entra em vigor a partir desta sexta.

Falando neles, o Banco Central também aumentou os requisitos e controles para o credenciamento destes prestadores de serviço.

Segundo o comunicado, o capital mínimo destas empresas deverá ser de R$ 15 milhões. Os requerimentos de governança e gestão de risco também foram ampliados.

O descumprimento das regras levará à aplicação de medidas cautelares ou descredenciamento do SFN.

Os PSTI têm quatro meses para se adequarem à regra, que também entra em vigor imediatamente.

Além disso, nenhuma instituição de pagamento poderá operar sem prévia autorização do BC.

Anteriormente, o prazo para que estas instituições solicitassem autorização para funcionar pelo BC era dezembro de 2029 — agora, este prazo foi antecipado para maio de 2026.

Controles adicionais

Somente integrantes do segmento S1, S2, S3 e S4 (que não sejam cooperativas de crédito) poderão atuar como responsáveis pelo Pix de instituições de pagamento não autorizadas.

  • S1: bancos com porte maior ou igual a 10% do PIB ou com atividade internacional relevante. Bradesco, Banco do Brasil, BTG, Caixa, Itaú e Santander entram aqui;
  • S2: instituições e conglomerados com porte de 1% a 10% do PIB. XP, Citibank, Banrisul, Safra, BNDES, Votorantim são exemplos da categoria;
  • S3: instituições e conglomerados com porte de 0,1% a 1% do PIB; Banco Master, Nubank, Inter e C6 Bank entram aqui, por exemplo;
  • S4: instituições e conglomerados com porte inferior a 0,1% do PIB. É a segmentação com a maior lista de cooperativas de crédito, que não são válidas para a regra do BC.

Os contratos vigentes deverão ser adequados em até 180 dias.

Certificação obrigatória

Por fim, o Banco Central poderá pedir uma certificação técnica ou avaliação emitida por uma empresa qualificada independente que ateste o cumprimento das normas da autoridade monetária.

A vigência da medida também é imediata.

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments