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Trump concede perdão a Rudy Giuliani e outros aliados que tentaram reverter resultado da eleição de 2020

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta segunda-feira (10) perdão presidencial a seu ex-advogado Rudy Giuliani e outros aliados políticos que tentaram reverter o resultado da eleição de 2020, na qual o republicano perdeu para Joe Biden.

“Importante perdão aos eleitores alternativos de 2020!!”, afirmou o procurador do Departamento de Justiça responsável por indultos, Ed Martin, em publicação no X em que rebateu um tweet de maio dizendo “nenhum Maga será deixado para trás”. Maga é o acrônimo de “Make América Great Again”, ou “Façam os EUA Grandes Novamente” em português, slogan de Trump e apelido de seus apoiadores.

Giuliani e outras 76 pessoas receberam “perdão total, completo e incondicional”, segundo lista divulgada por Martin.

Segundo a ordem executiva de Trump, eles foram perdoados “por condutas relacionadas a aconselhamento, criação, organização, execução, submissão, apoio, votação, atividades, participação ou defesa de qualquer lista ou proposta de lista de eleitores presidenciais em conexão com a eleição presidencial de 2020, bem como por quaisquer ações relacionadas a seus esforços para expor fraudes eleitorais e vulnerabilidades na eleição presidencial de 2020”.

Advogado e político americano, Giuliani foi peça central das tentativas de Trump de contestar o resultado das eleições presidenciais de 2020, promovendo alegações infundadas de fraude eleitoral e participando de audiências e campanhas públicas para apoiar o republicano.

O perdão presidencial é um poder previsto na Constituição dos EUA e é quase ilimitado. Na prática, o presidente pode conceder o benefício a qualquer pessoa, incluindo familiares e amigos, por quaisquer ofensas cometidas contra o país. Trump havia dito que concederia, neste segundo mandato presidencial, perdões para aliados, e já o fez com 1.500 apoiadores que invadiram o Capitólio em 2021.

Segundo a Constituição, o perdão presidencial tem apenas duas exceções: o benefício não pode ser concedido para pessoas alvos de impeachment; e só pode ser concedido para pessoas que cometeram crimes federais. Quando o decreto de perdão é publicado, a conduta criminosa em questão é anulada perante a Justiça federal. Se a pessoa beneficiada estiver presa, ela é colocada em liberdade.

Em sua ordem presidencial desta segunda, Trump deixou claro que o perdão não se estende a ele —uma medida inteligente, porque senão poderia ser visto como admissão de culpa por algum crime federal.

Tentativas de reverter eleição de 2020

Invasão do Capitólio por apoiadores de Trump em 6 de janeiro de 2021. — Foto: Tayfun Coskun/AA/picture alliance
Invasão do Capitólio por apoiadores de Trump em 6 de janeiro de 2021. — Foto: Tayfun Coskun/AA/picture alliance

Trump perdeu a eleição de 2020 para Joe Biden no final de seu primeiro mandato na Casa Branca, e até hoje o republicano não aceitou o resultado. Sua retórica contestatória à época inflamou seus apoiadores, que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 em busca de impedir a consolidação do processo eleitoral.

Até hoje, Trump afirma repetidamente que a eleição de 2020 foi roubada, porém não apresenta provas consistentes para sustentar a acusação.

Giuliani acompanhou Trump, como co-conspirador, em dois dos quatro indiciamentos em que o atual presidente foi réu durante seu período longe da Casa Branca. A colunista do g1 Sandra Cohen relatou, em texto de 2023, a derrocada de Giuliani: ele foi de prefeito de Nova York e protagonista do combate às máfias na cidade para arquiteto de teorias conspiratórias.

Giuliani chegou a ser preso em agosto de 2023 no estado da Geórgia por seu envolvimento na tentativa de anular os resultados das eleições, porém foi liberado após pagar fiança. O advogado respondia a processos criminais e civis.

Veja a lista de pessoas perdoadas por Trump nesta segunda (10):

No sentido horário: Ray Smith, Cathy Latham, Rudy Giuliani, Kenneth Chesebro, Harrison Floyd, Sidney Powell, Mark Meadows, Jenna Ellis — Foto: CONDADO DE FULTON
No sentido horário: Ray Smith, Cathy Latham, Rudy Giuliani, Kenneth Chesebro, Harrison Floyd, Sidney Powell, Mark Meadows, Jenna Ellis — Foto: CONDADO DE FULTON
  • Mark Amick
  • Kathy Berden
  • Christina Bobb
  • Tyler Bowyer
  • Joseph Brannan
  • Carol Brunner
  • Mary Buestrin
  • Darryl Carlson
  • James “Ken” Carroll
  • Brad Carver
  • Robert Cheeley
  • Kenneth Chesebro
  • Hank Choate
  • Jeffrey Clark
  • Vikki Consiglio
  • Nancy Cottle
  • James DeGraffenreid
  • John Downey
  • John Eastman
  • Jenna Ellis
  • Boris Epshteyn
  • Amy Facchinello
  • Bill Feehan
  • Carolyn Fisher
  • Harrison Floyd
  • Clifford Frost
  • Kay Godwin
  • Edward Scott Grabins
  • Stanley Grot
  • Rudolph Giuliani
  • John Haggard
  • Scott Hall
  • Misty Hampton
  • David G. Hanna
  • Mark Hennessy
  • Mari-Ann Henry
  • Durward James Hindle III
  • Andrew Hitt
  • Jake Hoffman
  • Burt Jones
  • Anthony T. Kern
  • Kathy Kiernen
  • Timothy King
  • Trevian Kutti
  • James Lamon
  • Cathleen Latham
  • Jesse Law
  • Stephen Lee
  • Michele Lundgren
  • Meshawn Maddock
  • Michael McDonald
  • Mark Meadows
  • Shawn Meehan
  • Robert Montgomery
  • Daryl Moody
  • Samuel I. Moorhead
  • Loraine Pellegrino
  • Sidney Powell
  • James Renner
  • Eileen Rice
  • Mayra Rodriguez
  • Mike Roman
  • Rose Rook
  • Kelly Ruh
  • Greg Safsten
  • David Shafer
  • Marian Sheridan
  • Ray Stallings Smith III
  • Robert F. Spindell Jr.
  • Shawn Still
  • Ken Thompson
  • Pam Travis
  • James Troupis
  • Kent Vanderwood
  • Kelli Ward
  • Michael Ward
  • C.B. Yadav

Fonte: G1

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