O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou nesta terça-feira, 8, a vitória do ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) à prefeitura de Piraí, a cerca de 90 quilômetro da capital fluminense. Pezão recebeu 10.714 votos (58,58% dos votos válidos) e desbancou o adversário Arthur Tutuca (PRD).
A candidatura do ex-governador havia sido indeferida em primeira instância por conta de uma condenação recebida por improbidade administrativa. Segundo a ação, Pezão não teria repassado à área da saúde valores mínimos definidos em lei durante seu mandato como governador. A condenação, recebida em 2022, cassava seus direitos políticos por cinco anos.
Porém, uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu os efeitos da condenação e, no último dia 4, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) julgou improcedente a ação de impugnação da candidatura dele.
Pezão volta à sua cidade natal para comandar a prefeitura pela terceira vez. Ele, que foi chefe do Executivo do município entre 1997 e 2005, começou sua carreira política como vereador, em 1983.
Foi vice-governador do Rio na chapa de Sérgio Cabral entre 2007 e 2014 e assumiu o governo do Estado no ano seguinte, mas não chegou a terminar o mandato. Em 2018, na esteira da Operação Boca de Lobo, um dos braços da Lava Jato, foi preso por suposto recebimento de propina da federação dos empresários do transporte do Rio.
Ficou preso por um ano, entre novembro de 2018 e dezembro de 2019. Em 2021, foi condenado a 98 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas foi absolvido em 2023 depois das anulações das sentenças do então juiz federal Marcelo Bretas.
O vice-prefeito no seu futuro governo será o vereador Alexandro Sena, do PSD – mesma legenda do prefeito da capital, Eduardo Paes. Além do PSD, estão na coligação do prefeito eleito de Piraí: Republicanos, PDT, Podemos, PRTB, PSB, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PCdoB, PV e PT. Apesar da vasta aliança, Pezão não terá maioria na Câmara. Dos 11 vereadores eleitos, apenas três fazem parte de partidos unidos à sua campanha.
Estadão