Na Venezuela, a vice do regime de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez, conversou com o chanceler russo Sergei Lavrov sobre a escalada de tensão com os Estados Unidos.
“Discutimos aspectos de nossa agenda bilateral e o curso benéfico de nossa cooperação”, afirmou Rodríguez em comunicado publicado nas redes sociais.
“Expressei especialmente minha gratidão pelo apoio incondicional da Rússia à Venezuela diante das crescentes ameaças do governo dos EUA de atacar o presidente Nicolás Maduro Moros e nosso povo. Também expressei nosso apoio aos esforços nas negociações de paz, no âmbito da luta da Rússia contra o neofascismo”, acrescentou.
“Concordamos com a necessidade de continuar defendendo o direito internacional e fortalecendo fóruns multilaterais, como o Grupo de Defesa da Carta da ONU, para avançar na construção de uma nova ordem mundial multicêntrica e multipolar. Viva as relações Rússia-Venezuela!”, concluiu.
Maduro ordena que milicianos se apresentem em quartéis
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta sexta-feira (22) que milicianos se apresentem em quartéis a partir de sábado (23).
“É importante aprender lições com o processo histórico que vivemos: a união do Poder Popular, do Poder Militar e do Poder Policial é a garantia da vitória. Por isso, convoco um processo de alistamento nacional para a Milícia Bolivariana no próximo sábado, 23 de agosto, e domingo, 24 de agosto, nas sedes dos quartéis militares, praças públicas e nas 15.751 bases populares de defesa integral”, disse Maduro em um comunicado divulgado no Telegram.
O ditador também afirmou que que se orgulha do papel desempenhado pelos milicianos, pelo seu patriotismo e pelas qualidades humanas. “Vocês merecem o reconhecimento que a Pátria põe no peito para continuar a batalha”, disse ele.
Maduro anunciou na segunda-feira (18) o envio de mais de 4,5 milhões de milicianos para cidades de todo o território do país como parte de um “plano de paz” do governo. O líder venezuelano afirma que o objetivo é garantir “soberania, integridade territorial, unidade nacional e segurança”.
O chavista também anunciou que criará três zonas de desenvolvimento e segurança na fronteira com a Colômbia, sem dar detalhes de como funcionarão.
A convocação acontece em meio ao envio de navios de guerra para a região pelos Estados Unidos. Segundo autoridades, o objetivo é combater cartéis de drogas da região.
Nicolás Maduro condenou a mobilização militar dos EUA no Caribe como uma “ameaça à paz regional” e uma violação do direito internacional.
CNN