O conselho da Petrobras definiu neste sexta-feira, 19, pelo pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.
A proposta irá para deliberação na Assembleia Geral Extraordinária, agendada para 25 de abril, mesmo dia da Assembleia Geral Ordinária. A distribuição dos proventos da Petrobras centralizou debates recentes e motivou oscilações significativas no preço da ação — que acumula valorização de 11% em um mês.
De acordo com o comunicado da estatal, a distribuição não comprometeria a estabilidade financeira da companhia ao se considerar cenários dinâmicos, como a evolução do Brent, do câmbio e outros fatores.
O pagamento de metade dos proventos, estimados em R$ 43,9 bilhões, foi proposto pela diretoria da empresa, com base em dados técnicos. Essa era uma bandeira de Jean Paul Prates, CEO da companhia, cuja a permanência no cargo é alvo de especulações.
Representantes do Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira, defendiam a retenção de 100% dos dividendos. Se aprovada a proposta da distribuição de 50%, cerca de R$ 6 bilhões chegarão como reforço ao caixa da União, principal acionista da companhia.
No comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras propõe que eventual distribuição dos 50% remanescentes, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo conselho de administração ao longo do ano.
Exame