O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe nesta segunda-feira, 10, reitores de universidades federais para tentar conter a greve de professores que dura 60 dias. A reunião consta na agenda presidencial e contará com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, da Educação, Camilo Santana, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
O encontro está previsto para acontecer a partir das 9h. O petista deve anunciar um aumento de verbas de custeio para as universidades e obras para a rede que estarão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No entanto não há previsão de anúncio de reajuste salarial aos professores, um dos motivos da greve da categoria.
Além disso, os docentes querem que haja recomposição salarial em 2024, o que o governo federal afirma não ser possível. No dia 29 de maio, os professores das universidades federais haviam anunciado a manutenção da greve, mas aceitaram abrir negociações com o governo.
Uma proposta chegou a ser enviada e aceita pela Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) que previa o reajuste em duas parcelas previstas para 2025 (9%) e 2026 (3,5%), sem aumento no ano 2024.
Porém o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) afirmou que quase todas as assembleias com servidores rejeitaram a proposta. O órgão ainda reforçou, durante audiência no dia 6 de junho, a importância de o governo federal reabrir a negociação com a entidades da classe.
Os professores de ao menos 29 universidades federais encontram-se em greve desde o dia 15 de abril, no intuito de recuperar o orçamento para a educação, que teve uma forte expansão nos dois primeiros governos de Lula, seguida de redução orçamentária nas gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
IstoÉ