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  • Moraes manda PGR se manifestar sobre explicações da defesa de Bolsonaro

    Moraes manda PGR se manifestar sobre explicações da defesa de Bolsonaro

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), abriu, nesta segunda-feira (25), o prazo para que a PGR (Procurdoria-Geral da República) se manifeste sobre os esclarecimentos prestados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação aos descumprimentos de medidas cautelares.

    A partir do momento em que a PGR foi notificada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá 48 horas para se manifestar sobre o assunto.

    No documento, o órgão poderá fazer pedidos a Moraes ou apenas dar ciência sobre os esclarecimentos de Bolsonaro.

    A manifestação da PGR ocorrerá após a divulgação do relatório da PF (Polícia Federal) que indiciou Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

    O relatório aponta que Bolsonaro descumpriu diversas medidas cautelares determinadas pelo Supremo. Além disso, os investigadores identificaram indícios de uma possível tentativa de fuga para a Argentina, com base em um documento de pedido de asilo político encontrado no celular de Bolsonaro. Segundo a PF, o arquivo — uma minuta sem data nem assinatura — foi elaborado após o início das investigações e poderia viabilizar sua saída do país.

    Na última sexta-feira (22), a defesa do ex-presidente apresentou os esclarecimentos em um documento de 12 páginas. Segundo os advogados, a PF fez uso político contra Bolsonaro, negou a tentativa de fuga e afirmou que não descumpriu as medidas cautelares.

    Segundo os advogados, Jair Bolsonaro tem cumprido todas as determinações judiciais, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de viajar ao exterior e a participação em audiências.

    A defesa do ex-presidente também pediu ao Supremo a reconsideração da decisão que determinou sua prisão domiciliar.

    Bolsonaro está proibido de usar celular, ter contato com Eduardo Bolsonaro e, com algumas exceções, pode receber visita apenas sob autorização judicial.

    CNN

  • Vice de Maduro discute ameaça dos EUA com chanceler da Rússia

    Vice de Maduro discute ameaça dos EUA com chanceler da Rússia

    Na Venezuela, a vice do regime de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez, conversou com o chanceler russo Sergei Lavrov sobre a escalada de tensão com os Estados Unidos.

    “Discutimos aspectos de nossa agenda bilateral e o curso benéfico de nossa cooperação”, afirmou Rodríguez em comunicado publicado nas redes sociais.

    “Expressei especialmente minha gratidão pelo apoio incondicional da Rússia à Venezuela diante das crescentes ameaças do governo dos EUA de atacar o presidente Nicolás Maduro Moros e nosso povo. Também expressei nosso apoio aos esforços nas negociações de paz, no âmbito da luta da Rússia contra o neofascismo”, acrescentou.

    “Concordamos com a necessidade de continuar defendendo o direito internacional e fortalecendo fóruns multilaterais, como o Grupo de Defesa da Carta da ONU, para avançar na construção de uma nova ordem mundial multicêntrica e multipolar. Viva as relações Rússia-Venezuela!”, concluiu.

    Maduro ordena que milicianos se apresentem em quartéis

    O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta sexta-feira (22) que milicianos se apresentem em quartéis a partir de sábado (23).

    “É importante aprender lições com o processo histórico que vivemos: a união do Poder Popular, do Poder Militar e do Poder Policial é a garantia da vitória. Por isso, convoco um processo de alistamento nacional para a Milícia Bolivariana no próximo sábado, 23 de agosto, e domingo, 24 de agosto, nas sedes dos quartéis militares, praças públicas e nas 15.751 bases populares de defesa integral”, disse Maduro em um comunicado divulgado no Telegram.

    O ditador também afirmou que que se orgulha do papel desempenhado pelos milicianos, pelo seu patriotismo e pelas qualidades humanas. “Vocês merecem o reconhecimento que a Pátria põe no peito para continuar a batalha”, disse ele.

    Maduro anunciou na segunda-feira (18) o envio de mais de 4,5 milhões de milicianos para cidades de todo o território do país como parte de um “plano de paz” do governo. O líder venezuelano afirma que o objetivo é garantir “soberania, integridade territorial, unidade nacional e segurança”.

    O chavista também anunciou que criará três zonas de desenvolvimento e segurança na fronteira com a Colômbia, sem dar detalhes de como funcionarão.

    A convocação acontece em meio ao envio de navios de guerra para a região pelos Estados Unidos. Segundo autoridades, o objetivo é combater cartéis de drogas da região.

    Nicolás Maduro condenou a mobilização militar dos EUA no Caribe como uma “ameaça à paz regional” e uma violação do direito internacional.

    CNN

  • Mendonça critica “ativismo judicial” e defende respeito à Constituição

    Mendonça critica “ativismo judicial” e defende respeito à Constituição

    O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), criticou o “ativismo judicial” e cobrou compromisso do Judiciário com a Constituição. Segundo ele, a Corte e os magistrados não podem atuar como criadores de leis.

    “Eu tenho meus valores, minhas pré-compreensões, mas devo servir a lei e a constituição. O que significa que o Judiciário não pode ser o fator de criação e inovação legislativa. O Estado de Direito impõe a alta contenção, o que se contrapõe o ativismo judicial“, destacou Mendonça em evento do 24º Fórum Empresarial do Lide, no Rio de Janeiro.

    Para o ministro, o Estado de Direito deve ser concebido como um sistema de freios e contrapesos, no qual a lei e a racionalidade funcionam como fatores de estabilidade e não de crise.“Esse Estado é onde as leis governam, não a vontade ou os interesses pessoais. O arbítrio deve ser contido e a Justiça, presente.”

    “Liberdade de expressão não é apenas uma dimensão de um direito individual, tem uma dimensão pública, porque sem liberdade de expressão e opinião, não há democracia”, enfatizou o magistrado.

    Citando o jurista italiano Luigi Ferrajoli, Mendonça apontou que há um “colapso da capacidade reguladora da lei” e uma crise no respeito entre os Poderes. Nesse contexto, defendeu que cabe ao Judiciário atuar com responsabilidade e autocontenção.

    “O ativismo suprime, desconsidera e supera os consensos sociais pelos representantes eleitos, implica na superação da vontade democrática, implica no enfraquecimento do Estado Democrático e dos demais poderes”, disse.

    Mendonça acrescentou que, em um Estado de Direito sólido, o Judiciário não deve ter a prerrogativa de dar nem “a primeira nem a última” palavra. Para ele, decisões judiciais precisam gerar paz social, segurança e estabilidade, e não medo ou incerteza.

    “Precisamos fazer um compromisso público de que o bom juiz tem que ser reconhecido pelo respeito, não pelo medo. Que suas decisões gerem paz social. E que o bom político viva para servir, e não para se servir”, concluiu.

    *Publicado por João Scavacin, da CNN

  • ONU pede e Brasil nega subsídio em hospedagens na COP30

    ONU pede e Brasil nega subsídio em hospedagens na COP30

    Autoridades brasileiras participaram hoje de nova reunião da ONU pela UNFCCC, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, para responder a críticas e questionamentos sobre problemas envolvendo a cidade-sede da COP30, marcada para novembro em Belém.

    Durante a reunião, foi anunciada a criação de uma força-tarefa conjunta envolvendo integrantes da Secretaria Extraordinária de COP30 do governo federal, da presidência da COP30 e dos ministérios do Turismo, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

    “Hoje ficou claro que a COP30 será em Belém. E essa força-tarefa começa dando atendimento aos 72 países que fazem parte de dois grupos que têm menos recursos, nas classificações da ONU. Faremos um diálogo direto com esses países para assegurar que confirmem suas reservas tão logo quanto possível”, disse André Corrêa do Lago, presidente da COP30.

    Subsídio em hospedagens negado

    Segundo divulgado em coletiva de imprensa após a reunião, o Brasil negou um pedido de autoridades da ONU para contribuir com um subsídio no valor das hospedagens.

    “O governo brasileiro já está arcando com custos significativos para a realização da COP, então, por isso, não há como subsidiar delegações de países e, inclusive, delegações de países que são mais ricos que o Brasil”, afirmou a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

    “Não cabe, do nosso ponto de vista, do governo brasileiro, não cabe aos brasileiros fazer subsídios a outros países. Reafirmamos também nosso apoio para que a ONU use o auxílio que eles já dão aos países mais pobres com o mesmo valor que eles já dão em outras cidades brasileiras”, completou a secretária.

    O governo brasileiro confirmou que, até o momento, 39 países já concluíram as reservas de acomodação pela plataforma oficial e mais oito nações confirmaram a vinda negociando hospedagem de forma direta com hotéis. A expectativa é que as mais de 190 delegações, que manifestaram o interesse em participar da conferência, de fato consigam comparecer em Belém.

    Intervenções no setor privado

    As autoridades brasileiras também explicaram à ONU e às demais partes envolvidas na COP que existe, na legislação do país, um limite de intervenção no setor privado, que está sendo respeitado. E que, por isso, não é possível forçar uma diminuição de preços.

    “Em um país da nossa característica de democracia, que tem regras de mercado, não é possível intervir, mas atuamos de acordo com a legislação. O que foi feito, no começo de junho, foi abrir um processo administrativo para apurar possíveis abusos”, disse o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia.

    CNN

  • Tarifaço: BNDES anuncia R$ 10 bi extras a empresas que não foram afetadas

    Tarifaço: BNDES anuncia R$ 10 bi extras a empresas que não foram afetadas

    O presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, anunciou a liberação de mais R$ 10 bilhões em crédito para as empresas que não foram impactadas pelo tarifaço de 50% dos Estados Unidos, mas que tiveram alguma perda de faturamento por conta das novas taxas impostas pelo governo norte-americano desde o começo do ano.

    Ao todo, o banco vai operar R$ 40 bilhões em linhas de crédito direta e indireta com garantia para atender aos setores que foram afetados em diferentes escalas.

    Para o giro emergencial complementar, serão aceitas empresas de todos os portes e qualquer percentual de tarifa, mesmo as já atendidas pelas linhas do FGE (Fundo de Garantia à Exportação).

    Os valores serão destinados a financiamento para gastos operacionais gerais e financiamento para busca de novos mercados.

    O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (22).

    Condições Financeiras

    • Taxa de juros (LCD): 1,15% a.m. + spread bancário;
    • Prazo: até cinco anos, incluindo até um ano de carência;
    • Giro Diversificação Complementar: financiamento para busca de novos mercados;
    • Taxa de juros (FAT Cambial): 0,29% a.m. + variação do dólar + spread bancário;
    • Prazo: até sete anos, incluindo até um ano de carência.

    CNN

  • Funcionários da Caixa são alvo da PF por golpe de R$ 110 mi

    Funcionários da Caixa são alvo da PF por golpe de R$ 110 mi

    A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21/8), a 2ª Fase da Operação Oasis 14, para desarticular uma organização criminosa responsável por golpe envolvendo fraudes milionárias contra o sistema financeiro nacional e programas sociais. A ação contou com apoio da Caixa Econômica Federal (CEF).

    Cerca de 140 policiais federais saíram às ruas para cumprir 26 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em oito cidades do Rio de Janeiro e na capital paulista.

    As investigações começaram em maio de 2024 e revelaram um esquema de alta complexidade, responsável por prejuízo estimado em mais de R$ 110 milhões ao sistema financeiro.

    O grupo criminoso utilizava mais de 330 empresas de fachada, além de recorrer a “laranjas” de baixa renda e até a sócios fantasmas. A fraude contava com o envolvimento direto de seis funcionários da Caixa Econômica Federal e quatro de bancos privados, que facilitavam a abertura de contas e a concessão de empréstimos fraudulentos.

    O esquema incluía a simulação de movimentações financeiras, o uso de imóveis reais como fachada para empresas fictícias e a abertura de contas fraudulentas em nome de laranjas.

    Com apoio de bancários cooptados pela quadrilha, eram concedidos empréstimos vultosos sem garantias reais. Somente em prejuízos diretos à Caixa, já foram documentadas 200 operações de crédito fraudulentas, totalizando R$ 33 milhões.

    Os investigados deverão responder por uma série de crimes graves, que vão desde organização criminosa e estelionato qualificado até crimes contra o sistema financeiro nacional. Também foram apontadas práticas de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, em um esquema que, segundo a Polícia Federal, movimentou valores milionários de forma ilícita.

    À coluna, a Caixa declarou que, quando identificados indícios de ilícitos, atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem tais ocorrências.

    “O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança de acesso aos seus aplicativos e movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas, e monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.”

    A PF destacou que a apuração só foi possível graças à atuação conjunta com a Corregedoria e a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da CEF, que forneceram dados fundamentais para rastrear as operações ilícitas.

    A Operação Oasis 14 segue em andamento para rastrear o destino dos valores desviados, identificar novos envolvidos e recuperar parte do prejuízo.

    Metrópoles

  • Agropecuarista e diretora do Sicoob indiciados por estelionato na compra e venda de imóveis

    Agropecuarista e diretora do Sicoob indiciados por estelionato na compra e venda de imóveis

    O agropecuarista Thiago da Matta Fagundes, preso desde outubro de 2024, uma diretora operacional do Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) e outras nove pessoas — familiares e sócios de Thiago — foram indiciados por envolvimento em um esquema de estelionato. Conforme aponta o inquérito, Thiago vendeu glebas de terra que já estavam gravadas por dívidas milionárias e, ao mesmo tempo, as usou como garantia em operações financeiras com o Sicoob Unicentro Norte Brasileiro. O grupo responde pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação e uso de documento público, fraude processual e estelionato.

    O relatório final do Inquérito Policial nº 269/2023 foi emitido pela 4ª Delegacia Distrital de Polícia Civil de Goiânia. O Jornal Opção teve acesso ao documento, que foi obtido com exclusividade pelo Portal Compre Rural.

    Em nota, a defesa de Thiago da Matta Fagundes informou que só irá se manifestar após análise da conclusão do inquérito para preservar a lisura do processo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais citados em nem com o Sicoob Unicentro Norte. O espaço fica aberto para esclarecimentos.

    Agropecuarista Thiago da Matta Fagundes | Foto: Divulgação/PC-GO
    Agropecuarista Thiago da Matta Fagundes | Foto: Divulgação/PC-GO

    As investigações começaram em dezembro de 2023, após denúncia por conta da negociação da Fazenda Cana Brava, em Porangatu. O denunciante foi o empresário que comprou as terras, somando 1.209 hectares e avaliadas em R$ 34 milhões. A transação previa que parte do montante pago pelo empresário seria utilizada para quitar os débitos que os imóveis acumulavam, como alienações fiduciárias, hipotecas e ações judiciais.

    Como garantia, Thiago se comprometeu a quitar, em até 60 dias, uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões junto ao Sicoob e, caso não cumprisse, deveria entregar outro imóvel rural em compensação. O contrato de compra e venda foi firmado com Thiago e sua esposa Nayanna Marcelino Vieira Fagundes. No dia 23 de junho de 2023, o empresário transferiu R$ 6,9 milhões para Thiago, acreditando que o valor seria usado para amortizar a dívida com a cooperativa. No entanto, Thiago renegociou o débito com o próprio Sicoob.

    Renegociação no Sicoob

    Thiago da Matta Fagundes decidiu renegociar sua dívida milionária com o Sicoob em vez de quitá-la com o dinheiro recebido do empresário. No dia 30 de junho de 2023, foi firmada a Cédula de Crédito Bancário (CCB) nº 926994, um título que representa uma promessa de pagamento, no valor de R$ 14,06 milhões. A operação além de renegociar uma dívida anterior de R$ 8,09 milhões, ainda liberava novo crédito de R$ 5,83 milhões, segundo o documento.

    Para isso, Thiago ofereceu como garantia os mesmos imóveis já vendidos ao empresário. Na documentação falsa entregue ao banco, constava que os bens estavam livres de ônus. Do total liberado na operação, R$ 4,3 milhões foram transferidos diretamente ao sogro de Thiago, enquanto outros R$ 1,49 milhão ficaram retidos pelo Sicoob e foram usados para amortizar parte do saldo devedor. Em 26 de outubro de 2023, a esposa de Thiago, Nayanna Marcelino Vieira Fagundes, firmou uma nova CCB, de nº 983851, no valor de R$ 16,56 milhões. Novamente, a garantia apresentada foram os mesmos imóveis da Fazenda Cana Brava. Assim, os bens já vendidos foram usados duas vezes em renegociações diferentes com a cooperativa.

    O papel da diretora do Sicoob

    Segundo o documento, a investigação mostrou que a diretora operacional do Sicoob, Angélica Araújo Diniz, admitiu em depoimento que o banco tinha ciência da venda da fazenda e que existia um acordo inicial para que o valor de R$ 6,9 milhões pago pelo comprador fosse usado para amortizar a dívida de Thiago. Após o depósito, Thiago desautorizou a quitação, pedindo a renegociação. Diante disso, o Sicoob formalizou a primeira CCB ciente do problema, aponta o inquérito.

    Em mensagens de WhatsApp anexadas ao inquérito, a diretora chegou a confirmar que a reestruturação da dívida havia sido feita por “insistência do próprio Thiago”, e que ele deveria aguardar o fluxo interno da instituição para acesso aos valores. Portanto, o Sicoob sabia da transação entre Thiago e o empresário e, mesmo assim, autorizou a renegociação, ampliando a dívida e mantendo a fazenda como garantia.

    A diretora “manteve interlocução direta com o devedor, orientando a liberação de valores em janelas específicas “após as 18h” para evitar constrições, monitorando consultas ao BacenJud e condicionando retenções internas, tudo enquanto afirmava não intervir na negociação. Além disso, promoveu e reconheceu lançamentos internos descritos como “bloqueio judicial” e “liberação judicial” sem ordem judicial vigente, expediente usado para contornar eventuais bloqueios e dar curso às repactuações e transferências subsequentes, inclusive a liberação de montante milionário a terceiros logo após a emissão de CCB”, afirma o documento.

    Enquanto ela foi indiciada pelos crimes de estelionato e fraude processual, o inquérito aponta que não há provas suficientes contra funcionários e outros diretores do Sicoob, por isso, somente Angélica responde pelo caso.

    Escritura e quebra contratual

    Apesar das irregularidades, em 14 de agosto de 2023 foi lavrada a escritura pública de compra e venda, transferindo a posse dos imóveis para o empresário. Porém, como as restrições não foram baixadas, ele não conseguiu registrar a propriedade em cartório. No dia 17 de agosto, venceu o prazo contratual para quitação da dívida. Sem pagamento, ele  notificou judicialmente Thiago e Nayanna, exigindo a entrega de outro imóvel como compensação.

    Defesa e contradições

    Intimado a depor, Thiago inicialmente não compareceu. Quando foi interrogado, em 22 de janeiro de 2024, alegou ter agido de boa-fé e culpou o Sicoob por não substituir as garantias.  A defesa apresentou documentos e ingressou com ação judicial contra a cooperativa, acusando-a de impor juros abusivos (28% ao ano) e de não permitir a substituição dos imóveis dados em garantia. A defesa também acusou o banco de “fraude à execução”, ao supostamente simular bloqueios judiciais de valores recebidos por Thiago.

    Outros envolvidos

    Além da esposa de Thiago, Nayanna Marcelino Vieira Fagundes, que emitiu uma segunda CCB, e o sogro dele que recebeu diretamente os R$ 4,3 milhões transferidos do crédito liberado pelo SICOOB, outras pessoas participaram dos crimes. Além dos já mencionados, o núcleo central é formado pelos pais de Thiago, e outros cinco sócios e parceiros usados para movimentar recursos. O inquérito ainda levantou outros processos e execuções contra Thiago e Nayanna, envolvendo cheques sem fundos, compra de gado não paga, ações de bancos e dívidas que somam milhões de reais.

    Jornal Opção

  • Governo Trump revoga visto de Lewandowski e Rodrigo Pacheco, diz Paulo Figueiredo

    Governo Trump revoga visto de Lewandowski e Rodrigo Pacheco, diz Paulo Figueiredo

    O jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo, que vem realizando junto com o deputado federal Eduardo Bolsonaro a articulação para sanções contra o Brasil nos Estados Unidos, revelou em publicação nas redes sociais que o governo Trump revogou o visto do ministro de Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e do senador Rodrigo Pacheco.

    Segundo ele, a ação também atingiu os familiares de ambos, mas sem revelar maiores detalhes.

    Em julho, os EUA anunciaram a revogação do visto ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e seus aliados na Suprema Corte, além de seus familiares próximos.

    Paulo Figueiredo também fez referência ao indiciamento da Polícia Federal contra o deputado Eduardo Bolsonaro e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro tem até esta sexta-feira (22) para depor à Polícia Federal sobre a coação ao STF na ação penal da trama golpista e a tentativa de fuga para a Argentina. A oitiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após receber o relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro.

    O ministro também deu 48 horas para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o indiciamento.

    No despacho, Moraes destacou que Bolsonaro precisa prestar esclarecimentos sobre o descumprimento de medidas cautelares; a reiteração de condutas ilícitas e o risco de fuga.

    A Polícia Federal afirma que o ex-presidente guardava no celular um pedido de asilo político direcionado ao presidente da Argentina, Javier Milei, alegando perseguição no Brasil.

    Apontado como chefe das articulações para tentar coagir ministros do STF a suspender a ação penal contra Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia teve o celular o passaporte apreendidos ao desembarcar no Rio de Janeiro.

    Jair e Eduardo Bolsonaro — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
    Jair e Eduardo Bolsonaro — Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

    A troca de mensagens mostra que Malafaia orientou Bolsonaro como atuar diante da pressão dos Estados Unidos ao Brasil em defesa do ex-presidente. Num dos áudios, o religioso sugere que Bolsonaro finja que é contra as sanções econômicas ao Brasil e a autoridades do STF.

    As mensagens e áudios estavam nos celulares de Bolsonaro, apreendidos pela Polícia Federal. O material tinha sido apagado, mas foi recuperado pelos peritos da Polícia Federal.

    O conteúdo evidencia que a real intenção de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos não era anistiar a todos os condenados pela tentativa de golpe em 8 de janeiro, mas salvar o pai.

    Uma das conversas recuperadas é do dia 7 de julho, quando Bolsonaro ainda não usava tornozeleira eletrônica. Nesse dia, o presidente americano Donald Trump criticou em uma rede social o processo contra Bolsonaro.

    Na mensagem de texto, Eduardo afirma: “se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos Estados Unidos terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar (…) temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia ou enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto. Neste cenário você não teria mais amparo dos Estados Unidos, o que conseguimos a duras penas aqui, bem como estaria igualmente condenado no final de agosto”.

    Em 10 de julho, Eduardo enviou outra mensagem ao pai, advertindo Bolsonaro da necessidade de publicar em uma rede social um agradecimento ao presidente Trump pelas medidas aplicadas contra o Brasil.

    A mensagem diz: “Você não vai ter tempo de reverter se o cara daqui virar as costas para você. Aqui é tudo muito melindroso, qualquer coisinha afeta. Na situação de hoje, você nem precisa se preocupar com cadeia, você não será preso. Mas tenho receio que por aqui as coisas mudem.”

    A Polícia Federal também identificou que, um dia antes de depor sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, o ex-presidente transferiu 2 milhões de reais para a conta da mulher, Michelle Bolsonaro. O repasse foi omitido durante o depoimento.

    Segundo as investigações, Eduardo Bolsonaro usou a conta bancária da mulher, Heloísa, para esconder o dinheiro doado pelo pai e evitar que o valor fosse bloqueado.

    Os áudios divulgados pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal também mostram que Bolsonaro buscou orientações com o advogado Martin de Luca, que representa a Rumble e a empresa de tecnologia do presidente Trump Media. As empresas estão processando o ministro Alexandre de Moraes.

    Apesar do alinhamento com o deputado Eduardo Bolsonaro pelas sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras, o pastor Silas Malafaia chega a xingar o filho do ex-presidente.

    As mensagens mostram que o deputado Eduardo Bolsonaro também xingou o pai após ter sido chamado de imaturo. O parlamentar chamou o ex-presidente de ingrato e reclamou do apoio ao governador Tarcísio.

    Além de ter o passaporte e o celular apreendidos no Rio de Janeiro, o pastor Silas Malafaia está proibido de manter contato com o deputado Eduardo Bolsonaro e o ex-presidente. Após ter sido abordado pela Polícia Federal, o pastor voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes.

    Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro negou ter atuado nos Estados Unidos para interferir em processos no Brasil e disse que a agenda no país sempre esteve ligada à defesa de liberdades individuais e ao projeto de anistia em tramitação no Congresso.

    O parlamentar também considerou absurda a criminalização de conversas privadas e classificou o inquérito como tentativa de desgaste político.

    Fonte CBN

  • Delegado e esposa são alvo de investigação por desvio milionário em Goiás

    Delegado e esposa são alvo de investigação por desvio milionário em Goiás

    Um delegado da Polícia Civil de Goiás e a esposa dele são investigados pelo Ministério Público de Goiás por suspeita de liderar um esquema que de desvio milionário. Mais de R$ 2,2 milhões de dinheiro de escolas estaduais em Rio Verde podem ter sido desviados. Nesta quinta-feira (21/8), o grupo foi alvo de uma operação que cumpriu um mandado de prisão e mais 17 de busca e apreensão no município citado e em Goiânia.

    Segundo o MP-GO, o delegado Dannilo Ribeiro Proto e a esposa esposa, Karen de Souza Santos Proto, ex-coordenadora Regional de Educação de Rio Verde, são sócios do Instituto Delta Proto (IDP), que teria sido favorecido em contratos de reforma de escolas, impressão de material didático e até na realização de concurso público da Câmara de Rio Verde. Desde 2020, pelo menos 40 contratos sem licitação teriam sido fraudados para beneficiar a empresa envolvida no caso.

    Imagem dos mandados de busca e apreensão
    Mandados de prisão e busca foram cumpridos em Rio Verde e Goiânia (Divulgação/MPGO)

    A Justiça também bloqueou contas e apreendeu bens dos suspeitos para tentar recuperar parte do dinheiro. A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), com apoio da Polícia Civil e da Controladoria-Geral do Estado.

    No total, participaram da Operação Regra Três, 19 promotores, mais de 20 servidores e cerca de 80 policiais e agentes de segurança. Foi a primeira ação do Gaeco Sul, criado no ano passado para reforçar o combate ao crime organizado no interior do Estado.

    O Mais Goiás entrou em contato com a defesa do casal e do Instituto Delta Proto (IDP). Em nota, o advogado afirmou que ainda não teve acesso completo aos autos da investigação e, por isso, não pode se manifestar sobre o mérito do caso.

    “Assim que tivermos conhecimento detalhado do que se trata, será publicada uma nota oficial. É importante deixar claro que a instituição não tem qualquer relação com o caso investigado e segue funcionando normalmente, com aulas e atividades em andamento”, disse o defensor.

    Delegado já foi afastado por corrupção

    Esta não seria a primeira vez que o delegado é investigado pelo MP-GO. Em 2015, ele chegou a ser afastado do cargo por suspeita de corrupção depois de ter sido acusado de cobrar dinheiro de um fazendeiro que tinha recuperado gado roubado. Na época, ele e um colega teriam recebido cerca de R$ 10 mil da vítima. Em sua defesa, o delegado afirmou que usou parte do valor para melhorar as instalações da unidade policial.

    Imagem no local das buscas
    O Gaeco Sul coordenou a operação com apoio da Polícia Civil e da Controladoria-Geral do Estado (Divulgação/MPGO)

    Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que prestou apoio ao Ministério Público na Operação Regra Três e reafirmou seu compromisso com a legalidade, a transparência e o esclarecimento dos fatos. Afirmou também, que o caso já está sendo avaliado pela Corregedoria.

    Leia na íntegra a nota da Polícia Civil de Goiás:

    “A Polícia Civil de Goiás informa que prestou apoio operacional ao Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), na deflagração da Operação Regra Três, realizada nesta quinta-feira (21/8), nos municípios de Rio Verde e Goiânia.

    A instituição reitera seu compromisso com a legalidade e a transparência e destaca que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações já estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de possíveis transgressões disciplinares, observados o devido processo legal e a ampla defesa.

    A Polícia Civil reafirma que não compactua com condutas ilícitas e segue colaborando com os órgãos de controle e fiscalização para o pleno esclarecimento dos fatos.”

    Mais Goiás

  • Vale do São Patrício recebe Alego

    Vale do São Patrício recebe Alego

    O município de Itapaci, na região do Vale do São Patrício, será palco de mais um Programa Deputados Aqui, no próximo sábado, dia 23 de agosto. A iniciativa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que leva cidadania, serviços e o Parlamento goiano mais perto da população, chega assim à 16ª edição no ano.Portal da Alego

    A programação tem início às 8 horas, na Rua João José do Couto, no Centro da cidade, e contará com a presença de deputados estaduais, do prefeito, de vereadores, lideranças locais e representantes de diversos órgãos parceiros.

    Durante todo o dia, a população terá acesso gratuito a uma ampla rede de serviços, como atendimentos médicos e odontológicos, realização de exames e outros procedimentos. O produtor rural da região terá à sua disposição serviços da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), feira do produtor e oficinas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar-GO).

    Na área de cidadania e bem-estar, o público poderá contar com servidores da Defensoria Pública, das empresas Saneamento de Goiás (Saneago) e Equatorial Energia, Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), e Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), entre outros parceiros. Vários cursos também serão ministrados ao público local, como automaquiagem, tranças, arranjos de balões, cortes de cabelo masculino e feminino. As crianças que comparecerem ao local do evento poderão participar de recreação infantil com brinquedos, pipoca e algodão-doce, apresentações culturais e atividades interativas.

    Um dos momentos mais aguardados será a sessão solene itinerante, quando pessoas que contribuem para o desenvolvimento de Itapaci serão homenageadas com o Certificado de Mérito Legislativo.

    Para encerrar, será servido um arroz carreteiro preparado pela equipe da Explosão de Sabores, promovendo um momento de confraternização entre autoridades e comunidade.

    O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Bruno Peixoto (UB), reforça que o programa já soma 15 edições realizadas com sucesso em diferentes municípios goianos. “Nosso objetivo é aproximar ainda mais o Parlamento da população, garantindo acesso a serviços, valorizando a cultura local e reconhecendo quem faz a diferença em suas cidades”, destaca.

    Agência Assembleia de Notícias