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  • PF diz que avião da Força Aérea dos EUA conduziu diplomatas até consulado

    PF diz que avião da Força Aérea dos EUA conduziu diplomatas até consulado

    Fontes da PF (Polícia Federal) informaram à CNN que o avião dos Estados Unidos que pousou em Porto Alegre na tarde desta terça-feira (19) era da Força Aérea do país e conduziu diplomatas para o Consulado dos EUA na capital gaúcha.

    Fontes da PF (Polícia Federal) informaram à CNN que o avião dos Estados Unidos que pousou em Porto Alegre na tarde desta terça-feira (19) era da Força Aérea do país e conduziu diplomatas para o Consulado dos EUA na capital gaúcha.

    De acordo com dados do site FlightRadar, a aeronave, um Boeing 757, partiu do Aeroporto Fernando Luis Ribas Dominicci, em Porto Rico, e seguiu sem rota detalhada até o Aeroporto Salgado Filho, no Rio Grande do Sul.

    O pouso foi registrado por volta das 17h12 por câmeras do terminal, segundo o site especializado Aeroin. A chegada da aeronave gerou curiosidade por se tratar de um modelo operado pelo governo dos Estados Unidos.

    Ainda segundo o site FlightRadar, o avião decolou novamente na noite de terça-feira, por volta de 20 horas, e pousou no Aeroporto de Guarulhos.

    CNN

  • Oposição derrota indicados de Alcolumbre e Hugo para comandar CPMI do INSS

    Oposição derrota indicados de Alcolumbre e Hugo para comandar CPMI do INSS

    A oposição no Congresso Nacional conseguiu derrotar nesta quarta-feira (20) as indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para o comando da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura desvios no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

    A maioria do colegiado elegeu Carlos Viana (MG) como presidente. O indicado de Alcolumbre era o senador Omar Aziz (PSD-AM), mas dois senadores anunciaram candidaturas próprias.

    Foi o caso de Viana, que é líder do Podemos no Senado. Eduardo Girão (Novo-CE) também colocou seu nome na disputa, mas desistiu e declarou apoio a Viana.

    Também havia acordo para que o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), indicado por Motta, assumisse a relatoria do colegiado. O novo escolhido por Viana foi o deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

    Nas redes sociais, Ayres disse que “com a eleição de um novo presidente, houve a designação de outro relator para o processo”.

    Eleição para a presidência da CPMI

    A reunião começou com a presidência da senadora Tereza Cristina (PP-MS), que conduziu o processo de eleição. Após o resultado, Omar Aziz afirmou que a votação foi encerrada antes que todos pudessem votar.

    “É uma disputa, uma disputa democrática, quem ganha é quem tem mais voto. Assim como Lula ganhou do Bolsonaro porque teve mais voto. Aqui também a senhora encerrou a votação antes de completar o número, mas isso é uma outra questão. Isso não vou estar discutindo aqui nem com a senhora, nem com ninguém”, disse.

    Aziz também desejou “boa sorte” para Viana e desejou que o senador conduza os trabalhos com isenção.

    CNN

  • “Não se enfrenta um país dez vezes o seu tamanho”, diz Trump após reunião

    “Não se enfrenta um país dez vezes o seu tamanho”, diz Trump após reunião

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pareceu culpar a Ucrânia por iniciar a guerra com a Rússia, afirmando durante uma entrevista na terça-feira (19) que “não se enfrenta um país dez vezes o seu tamanho”.

    A Rússia invadiu a Ucrânia, uma nação soberana, em fevereiro de 2022.

    “Não é uma guerra que deveria ter sido iniciada. Não se faz isso. Não se toma, não se enfrenta uma nação dez vezes maior que a Rússia”, disse o presidente durante uma entrevista por telefone à Fox News.

    À medida que as negociações sobre um possível acordo para encerrar a guerra na Ucrânia se intensificam, grande parte da discussão sobre trocas de terras tem se concentrado em Donbass — uma região da Ucrânia que o presidente russo, Vladimir Putin, quer que se torne território russo.

    Composto pelas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk, Donbass já foi uma potência industrial na era soviética, um local de minas de carvão e siderúrgicas.

    O presidente falou sobre a região durante sua entrevista de terça-feira (19), embora Trump tenha fornecido poucos detalhes publicamente sobre as últimas demandas de Putin sobre o território, afirmando que essas discussões cabem ao líder russo e ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A CNN noticiou que quase toda Luhansk e mais de 70% de Donetsk estão sob controle russo.

    “Agora eles estão falando sobre o Donbass, mas o Donbass, como vocês sabem, agora é 79% de propriedade e controlado pela Rússia. Então eles entendem o que isso significa”, disse o presidente americano.

    CNN

  • PSDB perde o seu último governador no Mato Grosso do Sul

    PSDB perde o seu último governador no Mato Grosso do Sul

    O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, está de saída do PSDB, a informação foi confirmada pelo presidente nacional do partido, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo; através de uma rede social após reunião feita em Campo Grande.

    Anteriormente o tucanato já havia perdido Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; e Raquel Lyra, de Pernambuco; ambos foram para o PSD.

    Perillo afirmou que o acordo permitiu a legenda manter a representação parlamentar no estado. “Depois de um amplo entendimento, a gente acertou que o governador Riedel vai se filiar a um partido, o governador Azambuja vai se filiar a outro partido, e os nossos três combativos deputados federais vão ficar liderando essa estrutura do PSDB”, afirmou Perillo.

    Riedel pode se filiar no PP, da senadora Teresa Cristina (PP-MS), mas ele também é cortejado pelo PSD de Gilberto Kassab. A decisão comunicada por Perillo também tira do PSDB o ex-governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que deve ir para o PL, partido o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele já atua como presidente informal da legenda no estado e deve ser candidato ao Senado no ano que vem.

    Ainda segundo Perillo a intensão é reeleger os três deputados federais pela sigla nas eleição de 2026.

    Jornal Opção

  • Trump diz acreditar em desfecho para guerra na Ucrânia, mas Zelensky e Europa querem garantia de segurança da Rússia

    Trump diz acreditar em desfecho para guerra na Ucrânia, mas Zelensky e Europa querem garantia de segurança da Rússia

    Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostrou otimismo para o fim da guerra da Ucrânia, o presidente ucraniano e líderes europeus manifestam ceticismo —eles querem uma garantia de que a Rússia não volte futuramente a invadir a Ucrânia.

    Trump, Zelensky e sete líderes europeus se reuniram na Casa Branca nesta segunda-feira (18) para discutir uma possível solução para a guerra, que começou em 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. O encontro se deu três dias depois de Trump e Putin se reunirem na Alasca.

    Estão presentes Emmanuel Macron (presidente da França), Keir Starmer (premiê do Reino Unido), Friedrich Merz (chanceler da Alemanha), Ursula von der Leyen (chefe da Comissão Europeia), Mark Rutte (chefe da Otan), Giorgia Meloni (premiê da Itália) e Alexander Stubb (presidente da Finlândia).

    “Tivemos um dia de muito sucesso até o momento”, afirmou Trump no início da reunião com os líderes europeus e Zelensky, sem dar mais detalhes. O presidente americano disse, sobre seus aliados europeus, achar que “chegaremos a um comum acordo hoje”.

     

    Segundo Trump, após aparar as arestas com os aliados europeus e voltar a consultar Putin, “em uma ou duas semanas vamos saber se vamos conseguir ou não resolver os combates terríveis”. Ele falou ainda em buscar o “quanto antes” uma reunião trilateral com Zelensky e Putin para alinhar os termos de um acordo.

    “Vamos ter uma ligação telefônica com Putin logo após essas reuniões de hoje, e talvez tenhamos ou não uma reunião trilateral. (…) Putin está esperando minha ligação quando terminarmos esta reunião. Há uma chance razoável de que essa negociação avance. […] Se tudo funcionar bem hoje, teremos uma reunião trilateral”, afirmou Trump junto com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca.

     

    Trump disse a Zelensky que os EUA estão prontos para prover garantias de segurança, e que a Rússia concorda com isso. Segundo os EUA, Putin concordou que os EUA e aliados europeus poderiam proteger a Ucrânia em um formato parecido com o Artigo 5 da Otan, que prevê defesa mútua em caso de ataque. Os líderes europeus, no entanto, buscam uma certeza da parte dos americanos.

    Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (à direita), e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversam com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca em 18 de agosto de 2025.' — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
    Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (à direita), e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversam com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca em 18 de agosto de 2025.’ — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

    O encontro desta segunda entre Trump e Zelensky parece menos tenso do que o realizado em 28 de fevereiro entre os dois, na mesma sala, quando o ucraniano foi hostilizado pelos anfitriões — o presidente e o vice, JD Vance.

    Zelensky foi elogiado por um repórter pela roupa que estava utilizando, um paletó. Em fevereiro, os trumpistas criticaram o ucraniano por ser recebido sem uma vestimenta formal, figurino adotado por Zelensky desde o início da guerra com a Rússia.

    Segundo a agenda divulgada pela Casa Branca, o presidente americano se reunirá a sós com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca, e depois outros líderes europeus se juntarão aos dois para uma segunda reunião na Sala Leste.

    A reunião ocorre dias após uma reunião presencial de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma base militar no Alasca, que terminou sem acordo para cessar-fogo. O evento foi a primeira vez que Putin pisou em solo americano em quase dez anos — e considerado uma vitória diplomática para o Kremlin, que se encontrava à margem da comunidade internacional.

    Os termos da discussão entre Trump e Putin não foram divulgados, mas especula-se que Moscou apresentou uma proposta de paz que incluiria o fim dos combates em troca do reconhecimento de territórios ocupados da Ucrânia, sobretudo a Crimeia, como pertencentes à Rússia. 

    Quem participa

    Ao lado de Zelensky, estão presentes Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia).

    De acordo com diplomatas ouvidos pela agência alemã Deutsche Welle, alguns desses líderes, como Meloni, Stubb e Rutte, foram convidados também para tentar amortecer eventuais ataques verbais de Trump a Zelensky.

    O encontro simboliza o esforço da Ucrânia e da União Europeia em buscar garantias concretas de segurança diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022.

    O que está em jogo

    Antes da reunião, Zelensky insistiu que não aceitará ceder território e que qualquer acordo precisa ser acompanhado de garantias internacionais semelhantes às do Artigo 5 da Otan, que prevê defesa coletiva em caso de ataque. “A linha de frente é agora o lugar onde essas negociações podem começar”, disse o presidente ucraniano neste domingo.

    Trump, por sua vez, declarou no fim de semana que houve “grandes progressos” em sua conversa com Vladimir Putin, no Alasca. Segundo o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, o presidente russo teria sinalizado abertura para discutir garantias de segurança no modelo da Otan, algo descrito como “transformador” — mas sem detalhes sobre os termos.

    Às vésperas do encontro, os presidentes comentaram as propostas nas redes sociais. Trump voltou a pressionar Zelensky para aceitar a proposta de Putin, de anexar territórios como a Crimeia e desistir de fazer parte da Otan. Já o ucraniano negou que cogita ceder terras aos russos.

    Esboço da proposta russa

    Um rascunho da proposta de Putin para encerrar a guerra começou a circular entre diplomatas, segundo a agência Reuters. O plano prevê a retirada parcial de tropas russas do norte da Ucrânia, mas exige contrapartidas consideradas inaceitáveis por Kiev: o reconhecimento da anexação da Crimeia, a manutenção do controle do Kremlin sobre grande parte do Donbas, a promessa de que a Ucrânia não se juntará à Otan e o alívio das sanções internacionais contra Moscou.

    Diplomatas ressaltam que o esboço não é um acordo formal, mas indica a tentativa russa de consolidar ganhos militares e políticos obtidos desde 2022. Para Zelensky, qualquer concessão desse tipo significaria abrir mão da soberania ucraniana.

    Segundo encontro entre Trump e Zelensky

    Esta é a segunda reunião presencial entre Trump e Zelensky desde o início da guerra. A primeira, em fevereiro, terminou de forma abrupta depois que o republicano adotou um tom considerado ríspido e chegou a repreender o ucraniano diante das câmeras, chamando-o de “ingrato”.

    Agora, com a presença dos aliados europeus, a reunião em Washington é vista como um teste para medir até onde Trump está disposto a apoiar Kiev e como pretende lidar com as exigências de Moscou.

    Europa tenta cortejar Trump

    O encontro em Washington também é interpretado como uma tentativa europeia de cortejar Trump após a cúpula realizada no Alasca, na última sexta-feira. Na ocasião, Putin conseguiu convencê-lo a abandonar a exigência de um cessar-fogo imediato e reforçou demandas que já eram conhecidas: anexação de territórios, desarmamento ucraniano e retirada de sanções.

    De acordo com o jornal americano “The New York Times”, Trump e Putin chegaram a discutir a cessão completa de Donetsk e Lugansk à Rússia, incluindo áreas que não estão sob ocupação militar. Zelensky sempre rejeitou a ideia, mas admitiu no domingo, em Bruxelas, que pode negociar sobre as terras já controladas por tropas russas.

    O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, também reconheceu que Kiev provavelmente terá de aceitar, na prática, a perda de territórios, ainda que isso não seja reconhecido formalmente no âmbito jurídico internacional.

    Próxima etapa pode ser cúpula tripartite

    Segundo analistas em Berlim, Bruxelas, Londres e Paris, se a reunião desta segunda avançar, Trump pretende organizar uma “cúpula tripartite” com Ucrânia e Rússia já nesta sexta-feira (22). O “The New York Times” informou que Putin prometeu participar, mas somente se Kiev aceitar renunciar a determinados territórios antes.

    O presidente russo, no entanto, continua retratando Zelensky como ilegítimo. Para diplomatas europeus, há dúvidas se Putin realmente topará dividir a mesa com o ucraniano ou se continuará a ganhar tempo para consolidar seus avanços militares.

    *Com informações da Deutsche Welle.

    G1

  • Hamas concorda com proposta de cessar-fogo

    Hamas concorda com proposta de cessar-fogo

    Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar, nesta segunda-feira (18).

    A notícia, dada em primeira mão por agências de notícia internacionais, foi confirmada na rede social Facebook por Basem Naim, alto funcionário do grupo terrorista:

    “O movimento deu sua aprovação à nova proposta apresentada pelos mediadores”.

    De acordo com uma fonte oficial egípcia ouvida pela Reuters, a proposta inclui uma suspensão das operações militares na Faixa de Gaza por 60 dias e é vista como um caminho para chegar a um acordo abrangente para encerrar a guerra de quase dois anos.

    O período de trégua envolve a libertação de metade dos reféns israelenses mantidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos, afirma a fonte.

    Israel ainda não se pronunciou sobre o assunto.

    Uma fonte familiarizada com as negociações disse à Reuters que a proposta é quase idêntica a uma apresentada anteriormente pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, que Israel havia aceitado.

    Após o Hamas chegar a acordo com os mediadores, o chanceler do Egito, Badr Abdelatty, afirmou que o país está “pronto” para se juntar a uma força internacional que seria posicionada em Gaza.

    “Estamos prontos para contribuir com qualquer força internacional que possa ser posicionada em Gaza”, sob a condição de que seja baseada “em uma resolução do Conselho de Segurança, com mandato claro e dentro de uma perspectiva política. Sem ela, seria insensato posicionar forças”, declarou.

    Cairo também demonstra estar “disposto a contribuir com qualquer esforço internacional em favor da criação de um Estado palestino“, acrescentou o ministro egípcio.

    Nova ofensiva de Israel

    O Exército israelense anunciou que aprovou o plano para uma nova ofensiva na Faixa de Gaza, que prevê a tomada da Cidade de Gaza, a mais populosa do território palestino, na quarta-feira (13).

    O plano havia sido aprovado pelo Executivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na semana passada e enviado às Forças Armadas, que vinham indicando resistência à proposta de Netanyahu de ocupação total de Gaza.

    O comandante do Estado-Maior, tenente-general Eyal Zamir, “aprovou a principal estrutura do plano operacional do Exército na Faixa de Gaza” e disse ao premiê ser contra a expansão da ofensiva em Gaza, mas que cumprirá ordens do governo.

    Os planos israelenses de expandir a guerra em Gaza após 22 meses de combates e mais de 61 mil mortos provocaram críticas internacionais e forte oposição internaDias depois, Israel virou alvo de mais críticas por ter matado seis jornalistas que atuavam na Faixa de Gaza, cinco deles funcionários da rede de TV árabe Al Jazeera.

    Especialistas alertaram para o risco de fome no território, onde Israel restringiu drasticamente a entrada de ajuda humanitária.

    A aprovação do plano foi divulgada também horas depois de o Hamas anunciar ter enviado uma delegação do grupo terrorista ao Cairo, no Egito, para “conversações preliminares” com as autoridades egípcias sobre uma trégua temporária.

    O ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, provocou a morte de 1.219 pessoas, segundo um balanço da agência de notícias AFP baseado em números oficiais. A ofensiva israelense matou mais de 61.500 palestinos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

    G1

  • Em entrevista ao Washington Post, Moraes diz que não vai recuar ‘nem um milímetro’

    Em entrevista ao Washington Post, Moraes diz que não vai recuar ‘nem um milímetro’

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, divulgada nesta segunda-feira (18), e defendeu que não pretende recuar em suas decisões sobre o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Na entrevista, o ministro afirmou que “não existe a menor possibilidade de recuar nem milímetro sequer”, apesar das sanções impostas contra ele pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido”, disse à publicação.

    Moraes foi sancionado pela Casa Branca com a Lei Magnitsky, usada para punir estrangeiros.
    O governo norte-americano alegou que o ministro do STF promove uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, apesar de a ação penal ocorrer conforme os trâmites tradicionais da Justiça brasileira.
    Ele também foi alvo de críticas de integrantes do alto escalão do governo Trump e do próprio republicano.
    🔎 Segundo o governo americano, com a decisão, todos os eventuais bens de Alexandre de Moraes nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ele. O ministro também não pode realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA — usando cartões de crédito de bandeira americana, por exemplo.

    Julgamento no STF

    Na última semana, a Primeira Turma do STF marcou o julgamento do núcleo crucial da trama golpista, do qual participa o ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso será julgado entre 2 e 12 de setembro, conforme agenda divulgada pela Corte.

    Na entrevista, Moraes citou o julgamento e foi chamado pelo jornal norte-americano de “xerife da democracia”.

    O Washington Post também afirmou que os “decretos expansivos” do ministro reverberaram no mundo inteiro, em menção às sanções impostas a redes sociais, como o X, de Elon Musk.

    “Entendo que, para uma cultura americana, seja mais difícil compreender a fragilidade da democracia porque nunca houve um golpe lá”, disse Moraes ao jornal.

    “Mas o Brasil teve anos de ditadura sob o [presidente Getúlio] Vargas, outros 20 anos de ditadura militar e inúmeras tentativas de golpe. Quando você é muito mais atacado por uma doença, forma anticorpos mais fortes e busca uma vacina preventiva”, prosseguiu o ministro.

    Sobre as críticas dos apoiadores do ex-presidente em relação à ação penal que tramita contra ele e aliados na Corte, Moraes disse que se tratam de “narrativas falsas”, que atrapalham o relacionamento entre o Brasil e os Estados Unidos, aliados históricos.

    O governo dos Estados Unidos impôs uma tarifa de 50% a produtos brasileiros importados em território americano. Filho do ex-presidente Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos EUA desde fevereiro e se diz responsável pela interlocução com o governo Trump que resultou nas sanções.

    “Essas narrativas falsas acabaram envenenando o relacionamento — narrativas falsas sustentadas pela desinformação disseminada por essas pessoas nas redes sociais”, afirmou Moraes na entrevista. “Então, o que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas.”

    O ministro também foi questionado sobre as sanções norte-americanas e as restrições impostas a ele, além das críticas e ameaças.

    “É agradável passar por isso? Claro que não é agradável”. Mas é preciso defender a democracia, segundo ele. “Enquanto houver necessidade, a investigação continuará”.

    Alexandre de Moraes foi alvo da Lei Magnitsky — Foto: Arte/g1
  • Sem citar Magnitsky, Dino impede restrições decorrentes de ‘atos unilaterais estrangeiros’

    Sem citar Magnitsky, Dino impede restrições decorrentes de ‘atos unilaterais estrangeiros’

    Sem citar a Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino proibiu nesta segunda-feira (18) restrições “decorrentes de atos unilaterais estrangeiros” por parte de empresas ou outros órgãos que operam no Brasil.

    “Desse modo, ficam vedadas imposições, restrições de direitos ou instrumentos de coerção executados por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país, bem como aquelas que tenham filial ou qualquer atividade profissional, comercial ou de intermediação no mercado brasileiro, decorrentes de determinações constantes em atos unilaterais estrangeiros”, disse Dino.

    A determinação consta de uma ação movida Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) contra ações judiciais movidas por municípios brasileiros na Inglaterra.

    O ministro, entretanto, estabeleceu que esse impedimento vale, também, para “leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares.”

    A Magnitsky é uma lei dos Estados Unidos que permite punir financeiramente cidadãos estrangeiros. Ela permite, por exemplo, impedir que uma pessoa tenha cartão de crédito de grandes bandeiras que operam nos Estados Unidos ou que contrate serviços de empresas que atuem no país.

    Seu uso contra o ministro Alexandre de Moraes foi imposto no dia 30 de julho por um ato administrativo do Departamento do Tesouro dos EUA com base numa ordem executiva de 2017 de Trump.

    Na decisão desta segunda, Dino afirmou, ainda que qualquer bloqueio de ativos, cancelamento de contratos ou outras operações “dependem de expressa autorização” do STF.

    O ministro determinou que o Banco Central, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e outras organizações do sistema financeiro nacional fossem comunicadas da decisão.

    O que prevê a lei Magnitsky

    • As sanções propostas pela Lei Magnitsky são descritas como bastante pesadas, e alguns chegam a chamá-la de “pena de morte financeira”;
    • Caso seja aplicada, a pessoa não pode ter cartão de crédito de nenhuma das grandes bandeiras que operam nos Estados Unidos;
    • Quem sofre a sanção não pode ter conta em banco nos Estados Unidos. Caso o banco permita, ele próprio não poderá operar nos EUA e pode ser alvo de sanções secundárias;
    • Instituições financeiras do mundo todo podem ser obrigadas a congelar ativos, fechar contas e cancelar cartões de crédito da pessoa sancionada;
    • Além disso, a pessoa pode ser impedida de ir para os Estados Unidos ou ter seu visto cancelado;
    • A aplicação da lei também acarreta uma questão reputacional, pois a pessoa entraria para uma lista de sancionados, que inclui violadores sistemáticos, contumazes e brutais de direitos humanos.

     

    Infográfico: o que é a Lei Magnitsky, dos EUA — Foto: Arte/g1
    Infográfico: o que é a Lei Magnitsky, dos EUA — Foto: Arte/g1

     

  • Unesco entrega certificado a Lençóis Maranhenses e Bumba Meu Boi

    Unesco entrega certificado a Lençóis Maranhenses e Bumba Meu Boi

    Representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) visitam o Maranhão para entregar os certificados de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade ao Complexo Cultural do Bumba Meu Boi, do Maranhão, e de Patrimônio Natural da Humanidade aos Lençóis Maranhenses. A cerimônia de entrega do certificado ocorreu na última sexta-feira (15), no Parque das Dunas, na cidade de Barreirinhas. Segundo o governador do Maranhão, Carlos Brandão, o título aumenta a responsabilidade dos gestores e da população com o parque nacional.

    “Fico muito feliz, porque o turismo gera emprego, renda e, além de tudo, mostra as nossas belezas. Eu não tenho dúvida de que agora vamos ter mais turistas. E temos que tratar bem, para que eles possam voltar. E eu sempre digo que agora aumenta a nossa responsabilidade, e temos que cuidar bem. Não é só receber o título. É cuidar daquelas dunas. Não pode jogar lixo. Vamos trabalhar para fazer um aterro sanitário. Já consegui com o presidente Lula R$ 100 milhões para colocar água e esgoto em Barreirinhas e assim vai.”

    A comitiva da Unesco entregou para as autoridades maranhenses, na quinta-feira (14), o certificado emitido pelas Nações Unidas ao Bumba Meu Boi. O secretário de Cultura, Yuri Arruda, falou da importância de celebrar esse reconhecimento. “Receber esse título da Unesco não é apenas um ato simbólico. Isso mostra um reconhecimento mundial de que o Bumba Meu Boi é resistência, é fé, é identidade, é pertencimento. Então, essa tradição é secular, com seus ritmos, com suas cores, traduz a memória viva, a memória criativa e diversa do povo do Maranhão.”

    O Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em dezembro de 2019 pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade em julho do ano passado, durante a 46ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, ocorrido na cidade de Nova Deli, na Índia.

    *Com informações da Agência Brasil 

  • ‘Estou plantando comida, não violência e ódio’, diz Lula em recado a Trump

    ‘Estou plantando comida, não violência e ódio’, diz Lula em recado a Trump

    presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu-se ao seu homólogo americano, Donald Trump, no sábado (16), em um vídeo gravado no jardim de sua residência, no qual afirma estar “plantando comida, não violência e ódio”. Em meio a uma crise diplomática e comercial com a maior potência mundial, Lula plantou uma semente de uva — um dos produtos brasileiros afetados pelas tarifas punitivas de Trump — no Palácio da Alvorada e compartilhou o momento em um vídeo gravado pela primeira-dama, “Janja” da Silva.

    “Espero que um dia você possa visitar a gente e possamos conversar para que você conheça o Brasil verdadeiro”, diz Lula a Trump no vídeo, publicado em sua conta no X. “Isso aqui é um exemplo. Estou plantando comida e não plantando violência e plantando ódio”, acrescenta o presidente. No início de agosto, Trump impôs tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, entre as mais altas do mundo. Ele justificou a decisão alegando que a Justiça brasileira está travando uma “caça às bruxas” contra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado por uma suposta tentativa de golpe de Estado contra Lula em 2022.

    As tarifas afetam várias exportações importantes da maior economia da América Latina, como café, frutas e carne. Além disso, os Estados Unidos sancionaram o ministro Alexandre de Moraes, que preside o caso de Bolsonaro, e outros sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula expressou apoio ao STF e prometeu “defender (…) a soberania do povo brasileiro”. Bolsonaro ouvirá seu veredicto entre 2 e 12 de setembro. Se condenado, ele pode pegar cerca de 40 anos de prisão.

     

    *Com informações da AFP