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  • Kamala faz comício na Pensilvânia, e Trump visita três estados-chave; veja como foram as campanhas

    Kamala faz comício na Pensilvânia, e Trump visita três estados-chave; veja como foram as campanhas

    Os candidatos Kamala Harris e Donald Trump têm uma agenda cheia nesta segunda-feira (4), na véspera das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Com eventos finais de campanha planejados em busca de votos que podem decidir a disputa, ambos vão à Pensilvânia, estado-chave mais decisivo do pleito.

    Kamala e Trump travam uma disputa acirrada pela Casa Branca, e isso se traduz nas pesquisas de intenção de voto nos estados-chave da eleição. Eles estão em uma situação de empate técnico em todos sete estados considerados determinantes para eleger o vencedor.

    O candidato republicano e ex-presidente Donald Trump fará quatro comícios em três estados nesta segunda: ele discursou em evento em Raleigh, na Carolina do Norte, e depois vai para Reading e Pittsburgh, na Pensilvânia. Trump encerra sua campanha em um evento noturno em Grand Rapids, no Michigan — da mesma forma que encerrou as duas primeiras.

    Já vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris passará o dia todo na Pensilvânia, cujos 19 votos eleitorais oferecem o maior prêmio entre os estados que devem decidir o resultado do Colégio Eleitoral. Kamala visitará áreas de classe trabalhadora, incluindo Allentown, e encerrará com um comício noturno na Filadélfia, que contará com a presença de Lady Gaga e Oprah Winfrey.

    Nas últimas semanas, os candidatos têm concentrado seus esforços de campanha nos estados-chave (Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia, Michigan, Nevada e Wisconsin), com diversos comícios e eventos com indecisos e grupos étnicos segmentados para roubar votos do adversário.

    A corrida eleitoral nas eleições de 2024 foi marcada por momentos-chave em 2024, que reveleram uma campanha fora do comum, ou “tumultuada”, como chamou o jornal americano “The New York Times”. Veja alguns desses momentos decisivos:

    Os principais pontos da campanha até aqui

    • Biden perde para Trump no debate e começa pressão por desistência

     

    Donald Trump e Joe Biden em debate presidencial, em 27 de junho de 2024 — Foto: Gerald Herbert/AP

    Donald Trump e Joe Biden em debate presidencial, em 27 de junho de 2024 — Foto: Gerald Herbert/AP

    A campanha presidencial em 2024 teve uma reviravolta em 27 de junho: o debate travado entre Donald Trump e o presidente Joe Biden, que encabeçava a chapa democrata após vencer as primárias do partido sem concorrentes, transmitido pela emissora CNN.

    O presidente democrata, de 81 anos, teve um desempenho desastroso: estava rouco e hesitante, se enrolava ao falar e às vezes parecia perdido.

    O pânico se apoderou dos democratas e cresceu de vez a pressão sobre o estado mental de Biden. Para surpresa de todos, Donald Trump optou pela moderação diante dos problemas do rival.

    • Trump é alvo de tentativa de assassinato em comício

     

    Trump com os punhos cerrados logo depois de levar um tiro na orelha — Foto: Evan Vucci/AP

    Trump com os punhos cerrados logo depois de levar um tiro na orelha — Foto: Evan Vucci/AP

    Em 13 de julho, Trump sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia. Ele ficou ferido na orelha direita, ao ser alvejado por tiros disparados por um homem que estava em um telhado.

    Com um punho para cima, ele foi retirado do local por agentes do Serviço Secreto que o cercaram no palanque, enquanto o murmurava a palavra “Lutem”.

    • Biden desiste da corrida e Kamala é indicada para candidatura democrata

     

    Imagem do presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista durante coletiva no dia 11 de julho de 2024, em Washington. O presidente Joe Biden desistiu da corrida para a Casa Branca neste domingo (21). — Foto: AP Photo/Jacquelyn Martin

    Imagem do presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista durante coletiva no dia 11 de julho de 2024, em Washington. O presidente Joe Biden desistiu da corrida para a Casa Branca neste domingo (21). — Foto: AP Photo/Jacquelyn Martin

    • Kamala se sai melhor em debate contra Trump, que fala em fake news de haitianos comedores de pets

     

    Donald Trump e Kamala Harris trocam acusações no debate da ABC News, em 10 de setembro de 2024 — Foto: REUTERS/Brian Snyder

    Donald Trump e Kamala Harris trocam acusações no debate da ABC News, em 10 de setembro de 2024 — Foto: REUTERS/Brian Snyder

    Em 10 de setembro, Donald Trump e Kamala Harris se enfrentaram em seu primeiro e único debate. O republicano se recusou a participar de outro confronto cara a cara com a adversária.

    A democrata se impôs, atacando o rival nos temas que mais ferem seu ego: sua capacidade de mobilização em seus comícios e sua reputação internacional.

    O momento alto do debate foi quando o republicano foi desmentido ao vivo quando disse que imigrantes haitianos estão comendo pets de cidadãos americanos em Springfield, no estado de Ohio. Ao fim do debate, ele atacou os moderadores, questionando sua imparcialidade. A alegação de Trump sobre os pets foi falseada por diversas autoridades.

    Embora o debate tenha sido acompanhado por mais de 67 milhões de telespectadores, não está claro que tenha tido impacto na campanha. As pesquisas de opinião antecipam eleições extremamente acirradas em 5 de novembro.

    • Disputa acirrada pelos estados-chave na reta final

     

    Kamala e Trump (montagem home um de frente para o outro) — Foto: Reuters

    Kamala e Trump (montagem home um de frente para o outro) — Foto: Reuters

    A reta final da campanha mostra um cenário acirrado e imprevisível: Kamala e Trump estão em um empate técnico em todos os sete estados-chave da eleição.

    Eleição histórica

     

    Cerca de 77 milhões de americanos já votaram antecipadamente, mas Kamala e Trump estão empenhados em mobilizar milhões de apoiadores adicionais para o dia da votação. Qualquer que seja o resultado no Dia da Eleição, será um resultado histórico.

    Uma vitória de Trump o tornaria o primeiro presidente eleito a ter sido indiciado e condenado criminalmente, após seu julgamento por fraude em Nova York. Ele ganharia o poder de encerrar outras investigações federais pendentes contra ele. Trump também se tornaria o segundo presidente da história a conquistar mandatos não consecutivos na Casa Branca, após Grover Cleveland, no final do século XIX.

    Kamala Harris disputa para se tornar a primeira mulher, primeira mulher negra e primeira pessoa de ascendência sul-asiática a chegar à presidência, quatro anos após romper as mesmas barreiras no governo nacional ao se tornar vice-presidente.

    Kamala ascendeu ao topo da chapa democrata após o desempenho desastroso de Biden em um debate em junho, que culminou em sua saída da corrida eleitoral. Mas esse foi apenas um dos vários eventos tumultuados que abalaram a campanha deste ano.

    Aos 60 anos, Kamala minimizou o caráter histórico de sua candidatura, que se concretizou apenas depois que o presidente de 81 anos encerrou sua candidatura à reeleição após o debate de junho contra Trump, de 78 anos, intensificar questionamentos sobre a idade de Biden.

    Em vez disso, Kamala se apresentou como uma mudança geracional, enfatizando seu apoio aos direitos ao aborto após a decisão da Suprema Corte de 2022 que encerrou o direito constitucional ao serviço de aborto, e regularmente lembrou o papel do ex-presidente no ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA. Montando uma coalizão que vai de progressistas como a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York, ao ex-vice-presidente republicano Dick Cheney, Harris chamou Trump de ameaça à democracia e, no final da campanha, até abraçou a crítica de que Trump pode ser descrito com precisão como um “fascista”.

    A eleição provavelmente será decidida em sete estados. Trump venceu Pensilvânia, Michigan e Wisconsin em 2016, mas viu esses estados virarem para Biden em 2020. Carolina do Norte, Geórgia, Arizona e Nevada completam o mapa de batalha eleitoral.

    Trump venceu na Carolina do Norte duas vezes e perdeu em Nevada duas vezes. Ele venceu no Arizona e na Geórgia em 2016, mas os viu passar para os democratas em 2020.

    A equipe da democrata projetou confiança nos últimos dias, apontando para uma grande diferença de gênero nos dados de votação antecipada e pesquisas mostrando que os eleitores indecisos de última hora têm preferido Kamala. Eles também acreditam na força de sua infraestrutura de campanha. Neste final de semana, a campanha de Kamala Harris contava com mais de 90.000 voluntários ajudando a mobilizar eleitores — e bateu em mais de 3 milhões de portas nos estados decisivos. Ainda assim, assessores de Harris insistem que ela continua sendo a azarã.

    A equipe de Trump também demonstrou confiança, argumentando que o apelo populista do ex-presidente atrairá eleitores mais jovens e da classe trabalhadora, de diversas origens raciais e étnicas. A ideia é que Trump pode formar uma coalizão republicana atípica, mesmo enquanto outros blocos tradicionais do Partido Republicano — notadamente eleitores com ensino superior — se tornam mais democratas.

    G1

  • Potencial volta de Trump à Casa Branca deixa Brasil em estado de apreensão

    Potencial volta de Trump à Casa Branca deixa Brasil em estado de apreensão

    Integrantes do governo brasileiro estão apreensivos com um retorno de Donald Trump à Casa Branca e se preparam para o que um interlocutor descreveu como um “maior potencial de conflito”. A lista de preocupações inclui agenda climática, Venezuela, Elon Musk e as articulações internacionais de extrema direita.

    Na sexta-feira (1º), o presidente Lula (PT) disse que está torcendo por Kamala Harris e incluiu o republicano no que vê como uma volta do “nazismo e fascismo com outra cara” no mundo. “Como sou amante da democracia, acho a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para bem governar o nosso país, obviamente estou torcendo para Kamala ganhar as eleições”, disse.

    A boa relação pessoal entre Lula e Joe Biden, que deve ir a Manaus e Brasília em novembro para a reunião do G20, não deve se manter entre Lula e Trump. Ao mesmo tempo, membros do governo brasileiro dizem que há boa vontade para trabalhar com quem for e afirmam ver um lado pragmático no republicano.

    Mas algumas derrotas já são vistas como prováveis. A primeira é o retrocesso na cooperação ambiental. Quando presidente, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e revogou uma série de regulações ambientais e incentivos à transição energética. Neste ano, prometeu continuar apoiando os combustíveis fósseis —quarta maior doadora da campanha, a indústria de petróleo e gás deu US$ 14 milhões ao ex-presidente.

    O Brasil se prepara para sediar a COP, a conferência do clima da ONU, em Belém, no ano que vem, e contava com a ajuda financeira e política dos EUA para transformar o evento em uma plataforma para novos mecanismos de financiamento para transição energética.

    O Brasil também apostava na cooperação dos EUA para desenvolvimento sustentável —Biden havia prometido repassar US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia em cinco anos. No entanto, o grosso do montante ficou travado no Congresso. Com Trump na Presidência e previsão de domínio republicano ao menos do Senado, diplomatas estimam que será o fim definitivo de qualquer esperança de o dinheiro chegar.

    No restante dos temas, domina a incerteza. A principal delas é sobre a proximidade entre o republicano e Elon Musk. O bilionário, que recentemente entrou em choque com o ministro Alexandre de Moraes (STF), é um dos principais apoiadores de Trump, e sua influência em um governo dele é dada como certa, seja com um cargo formal ou não.

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    Já o analista Ian Bremmer, presidente da consultoria de risco Europa e colunista da Folha, diz que acredita que o confronto entre o dono do X e autoridades brasileiras deve escalar em um governo do republicano.

    Bruna Santos, presidente do Brazil Institute, principal think tank sobre o país em Washington, relembra que já houve articulações no Congresso americano para tentar emplacar a pauta de supostas violações da liberdade de expressão no Brasil. Para ela, isso deve ganhar mais espaço sob Trump.

    O movimento não teve um impacto maior, como queriam aliados de Jair Bolsonaro —que chegaram a falar em sanções, diante da falta de apoio do Senado e da Casa Branca, ambos dominados por democratas. Mas, se houver uma inversão de forças, o temor é que essas investidas consigam avançar.

    Para Santos, a relação entre os países seria marcada por uma guerra de narrativas “extremamente exaustiva e pouco produtiva”. A declaração recente de Lula sobre a corrida americana não surpreende, em sua visão. Mas ela ressalta que, da parte do Itamaraty, já houve conversas com pessoas ligadas ao Partido Republicano para indicar que há uma intenção de manter o diálogo sob um governo Trump.

    Uma ala do governo não acha que ele vai privilegiar a relação com os bolsonaristas e hostilizar o governo Lula. Em contatos com pessoas ligadas à campanha e ao Partido Republicano, essa ala do governo brasileiro ouviu que Trump será um “presidente transacional”, que vai priorizar interesses econômicos —e no caso do Brasil, uma aliança estratégica de olho em minerais críticos para reduzir dependência da China no fornecimento dessas matérias-primas essenciais para alta tecnologia.

    Na mesma linha, Bremmer diz que Bolsonaro perdeu a posição de principal aliado de Trump na América Latina. “Trump se importa mais com gente que está no poder”, afirma. Para o analista, o argentino Javier Milei, em primeiro lugar, e o salvadorenho Nayib Bukele, em segundo, serão os pontos de apoio do republicano na região.

    Na América Latina, a visão é que um governo Trump se chocaria com a política externa de Lula. Durante o primeiro mandato do republicano, foram impostas sanções duras contra a Venezuela e houve apoio a Juan Guaidó em uma tentativa de isolar e derrubar o ditador Nicolás Maduro.

    Segundo um interlocutor, seria impensável, em um governo Trump, o apoio que Biden deu ao acordo de Barbados, que previa alívio de sanções em troca de garantias para realização de eleições livres na Venezuela —descumprido por Maduro.

    Outro membro do governo também diz esperar uma postura mais agressiva do republicano em relação a Caracas, piorando ainda mais a já complicada situação. Por outro lado, aponta que é preciso ver como será a relação entre Trump e o russo Vladimir Putin e em que medida isso pode causar algum impacto. Bremmer acrescenta que há ainda a proximidade entre o republicano e a indústria do petróleo, que já têm feito lobby junto à campanha para proteger seus negócios na Venezuela.

    De forma geral, o governo brasileiro acredita que um governo Trump poderia aumentar a instabilidade global. Em relação à China, tanto Kamala quanto Trump manteriam a rivalidade e a guerra fria, mas Brasília acredita que Trump seria ainda mais agressivo, algo que o Brasil considera contraproducente.

    Trump já declarou que iria parar de enviar armas e ajuda à Ucrânia, algo que está em linha com a visão do governo Lula de que é preciso fechar um acordo de paz. Mas, no caso de Israel, o Planalto acredita que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu se sentiria ainda mais empoderado para manter os ataques em Gaza e no Líbano.

    No caso de uma vitória de Trump, dificilmente Lula ligaria para parabenizá-lo. Os cumprimentos seriam mais formais por meio de comunicado do Itamaraty e, possivelmente, alguma postagem em rede social celebrando o povo americano e a eleição, a exemplo do que foi feito na vitória de Milei na Argentina.

    Já no caso de Kamala, há pouca expectativa em relação à estratégia da democrata para o Brasil, caso seja eleita, a visão é de continuidade em relação a Biden. O atual presidente chegou à Casa Branca com ampla experiência em política externa havia comandado a Comissão de Relações Exteriores do Senado e, como vice-presidente, abraçou várias missões internacionais. Uma delas foi se reaproximar do governo Dilma Rousseff após o escândalo de espionagem da NSA, que grampeou a presidente brasileira.

  • Morre cantor Agnaldo Rayol aos 86 anos de idade

    Morre cantor Agnaldo Rayol aos 86 anos de idade

    Morreu na madrugada desta segunda-feira, dia 04, o cantor Agnaldo Rayol, de 86 anos de idade. Ele faleceu após sofrer um acidante doméstico em sua casa em Santana, na Zona Norte de São Paulo.

    Segundo a CNN, o cantor estava em casa, acompanhado de um cuidador quando escorregou no banheiro se acidentando, o SAMU foi acionado rapidamente, porém a ambulância demorou a chegar. Agnaldo chegou a ser internado na madrugada no Hospital HSAMP, porém não resistiu.

    – É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do cantor Agnaldo Rayol. O artista, que marcou gerações com sua voz inconfundível e presença carismática, faleceu após uma queda em seu apartamento nessa madrugada. Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs. A família agradece as manifestações de carinho e apoio. Informações sobre o velório e cerimônia de despedida serão divulgadas em breve, dizia comunicado enviado pela família do cantor.

    Agnaldo ficou conhecido pela sua participação como cantor em diversos programas de televisão. Entre seus maiores sucessos estão suas interpretações

    Estrelando

  • STF nega pedido de candidata eliminada em razão da restrição de gênero para reabertura de fases de concurso da PM de Goiás

    STF nega pedido de candidata eliminada em razão da restrição de gênero para reabertura de fases de concurso da PM de Goiás

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de uma candidata do concurso público da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), que solicitava a reabertura de fases do certame anteriores à medida cautelar proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7490. Ela alegava ter sido eliminada em razão da restrição de gênero imposta pelo edital.

    Ao acolher os argumentos da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), no entanto, o relator manteve a decisão de segunda instância do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), reafirmando que a decisão proferida na ADI 7490 não retroagiu para determinar a reabertura de fases anteriores do concurso, de modo que somente as candidatas aprovadas em todas as fases devem constar nas listas de aprovados.

    Na decisão, o ministro destacou que o caso se enquadra em jurisprudência consolidada pelo STF, que estabelece a constitucionalidade da chamada “cláusula de barreira” em editais de concursos públicos. A regra visa selecionar apenas os candidatos mais bem classificados para as fases seguintes, sendo que a decisão proferida na ADI 7490 não determinou a manutenção de candidata eliminada em fases anteriores à homologação, em razão de cláusula de barreira.

    Dessa forma, o ministro entendeu que a reclamação da candidata não configurava violação da autoridade da decisão da Suprema Corte, e a reclamação foi arquivada.

    A decisão reafirma o entendimento do STF de que as restrições de gênero em concursos públicos devem ser fundamentadas tecnicamente e que a isonomia deve prevalecer, sem permitir, no entanto, retroatividade em concursos já concluídos ou homologados.

    Confira aqui a íntegra da decisão.

    Reclamação 68.828 Goiás

  • Gilmar vota para diminuir pena de Collor e placar está 2 a 2 no STF

    Gilmar vota para diminuir pena de Collor e placar está 2 a 2 no STF

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (1) para diminuir a pena imposta ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado pela Corte por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    Gilmar seguiu o voto de Dias Toffoli, para fixar a pena em 4 anos de prisão, atendendo – em parte – ao recurso apresentado pela defesa de Collor. O relator, Alexandre de Moraes, e o ministro Edson Fachin, votaram para rejeitar o recurso, mantendo a pena de 8 anos e 10 meses de prisão. A análise do caso foi retomada em sessão virtual nesta sexta-feira (31). O julgamento vai até 11 de novembro.

    No formato virtual de julgamento, não há debate entre os ministros, que apresentam os votos em um sistema eletrônico. Em maio de 2023, o STF condenou Collor à prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora, que envolveu recebimento de propina para viabilizar contratos com a estatal. A punição estabeleceu pagamento de multa, indenização e proibição para exercer funções públicas. Pela decisão, o cumprimento da pena seria em regime inicial fechado. A posição de Gilmar e Toffoli, caso vencedora, abre a possibilidade da pena começar a ser cumprida em regime menos restrito que o fechado.

    Em regra, penas de 4 a 8 anos são cumpridas em regime inicial semiaberto. Menores que 4, em regime aberto. Condenados Também foram condenados, pelo caso, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. Ambos recorreram da condenação e têm os pedidos analisados na mesma sessão virtual que julga o recurso de Collor. Bergamaschi, apontado como operador particular e amigo de Collor, foi condenado a uma pena de quatro anos e um mês de prisão em regime inicial semiaberto e pagamento de multa. Amorim, apontado como diretor financeiro das empresas do ex-senador, foi condenado a uma pena de três anos de prisão em regime inicial aberto e multa. Collor e os demais condenados só serão presos quando não houver mais possibilidades de recursos e ocorrer o encerramento do processo.

    Isso caso a Corte não reavalie os pontos da condenação trazidos pelas defesas. Relator Durante o voto, Moraes rejeitou todas as contestações feitas pelos três condenados. “Como se vê, todas as questões trazidas pelos embargantes foram devidamente contempladas pelo acórdão impugnado”, disse ministro. De acordo com Moraes, o trio buscou “rediscutir pontos já decididos” pelo STF no julgamento da ação, “invocando fundamentos que, a pretexto de buscar sanar omissões, obscuridades ou contradições, revelam mero inconformismo com a conclusão adotada”.

    CNN

  • Saiba quais governadores foram e quais não foram à reunião com Lula no Planalto

    Saiba quais governadores foram e quais não foram à reunião com Lula no Planalto

    Na reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (31), praticamente metade dos governadores compareceu. Outros estados optaram por mandar os vices ou secretários para o encontro, que tinha como objetivo a apresentação do texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. E houve até o caso de estados que não enviaram representante algum.

    Confira, a seguir, quem foi e quem não foi à reunião: Governadores presentes no Palácio do Planalto Antônio Denarium (PP), de Roraima Carlos Brandão (PSB), do Maranhão Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro Clécio Luís (Solidariedade), do Amapá Elmano de Freitas (PT), do Ceará Fábio Mitidieri (PSD), de Sergipe Gladson Cameli (PP), do Acre Jerônimo Rodrigues (PT), da Bahia Rafael Fonteles (PT), do Piauí Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo Ronaldo Caiado (União), de Goiás Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo Wanderlei Barbosa (Republicanos), do Tocantins

    Outros cinco estados mandaram os governadores em exercício: Hana Ghassan Tuma (MDB), governadora em exercício do Pará (vice-governadora) Priscila Krause (Cidadania), governadora em exercício de Pernambuco (vice-governadora) Otaviano Pivetta (Republicanos), governador em exercício do Mato Grosso (vice-governador) Celina Leão (PP), governadora em exercício do Distrito Federal (vice-governadora) José Carlos Barbosa (PSD), governador em exercício do Mato Grosso do Sul (vice-governador) Mais três estados mandaram vice-governadores: Lucas Ribeiro (PP), vice-governador da Paraíba Tadeu de Souza Silva (Avante), vice-governador do Amazonas Sérgio Gonçalves da Silva (União), vice-governador de Rondônia E outros três estados mandaram secretários de Segurança Pública: Flávio Saraiva da Silva, Secretário de Segurança Pública de Alagoas Edgard Estevo da Silva, Secretário Adjunto de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais Mário Ikeda, Secretário Adjunto de Segurança Pública do Rio Grande do Sul Sem representantes

    Os estados que não foram citados acima não mandaram representantes, casos de: Paraná, de Ratinho Júnior (PSD), Rio Grande do Norte, de Fátima Bezerra (PT), Santa Catarina, de Jorginho Mello (PL). A CNN procurou os governos estaduais e aguarda posicionamento. Outro lado Em nota à CNN, o governo do Rio Grande do Sul — representado pelo secretário adjunto de segurança — informou que o governador Eduardo Leite (PSDB) não compareceu porque “tinha agendas a cumprir” no estado.

    A reportagem aguarda o posicionamento dos demais estados que enviaram representantes para saber por que os governadores não estiveram presentes na reunião.

    CNN

  • Proposta de segurança do governo Lula que desagradou governadores

    Proposta de segurança do governo Lula que desagradou governadores

    Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que reformula a política de segurança pública do País foi apresentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira, 31, aos governadores das 27 unidades da federação.

    A medida amplia a atuação da Polícia Federal (PF) e converte a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um novo efetivo, chamado de Polícia Ostensiva Federal (POF), que terá atribuições ampliadas em relação à PRF. A criação de um fundo para o custeio de políticas de segurança pública também está previsto no anteprojeto.

    O projeto, segundo a justificativa apresentada pelo governo federal, pretende aprimorar a coordenação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), o “SUS da Segurança”, ampliando as competências da União.

    O intuito da PEC é expandir a atuação do governo federal na segurança pública, uma das áreas de pior avaliação do governo Lula, como indicam pesquisas de opinião. O texto, porém, não foi bem recebido por todos os governadores estaduais. O receio de parte deles é de que a medida reduza a influência das polícias estaduais nas políticas de segurança.

    Mudanças na Polícia Federal

    A Polícia Federal, por ora, atua em crimes de competência federal. O projeto do governo Lula prevê que a corporação também possa atuar em casos de repercussão interestadual, ou seja, entre dois ou mais Estados. A PF também passaria a agir nos ilícitos “em matas, florestas, áreas de preservação, ou unidades de conservação”.

    Polícia Ostensiva Federal (POF)

    A Polícia Rodoviária Federal seria convertida na Polícia Ostensiva Federal (POF). O novo órgão incorporaria as atribuições da PRF e, além dessas, contaria com um escopo de atuação ampliado. A principal mudança é para que o policiamento ostensivo passe a ser feito não só no modal rodoviário, mas também em ferrovias e hidrovias.

    A POF também poderia ser destinada à proteção de “bens, serviços e instalações federais”, além de “prestar auxílio, emergencial e temporário, às forças de segurança estaduais ou distritais”, se requisitada.

    Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária

    A PEC também cria um novo fundo para o custeio das corporações e de programas na área de segurança pública, denominado de Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária. O fundo, segundo o projeto, não poderia ter os seus recursos contingenciados.

    Estadão

  • PT e MDB decidem apoiar Hugo Motta para sucessão na Câmara

    PT e MDB decidem apoiar Hugo Motta para sucessão na Câmara

    Após uma série de reuniões ao longo desta quarta-feira (30), o PT e o MDB decidiram que vão apoiar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados. Motta é o candidato apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que oficializou o endosso à candidatura do deputado na terça-feira (29).

    Na avaliação de Lira, Hugo Motta é o “nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”. A candidatura de Motta foi viabilizada pela desistência de Marcos Pereira, que ensaiava concorrer ao cargo mas desistiu da disputa para dar lugar a Motta. Nas últimas semanas, Hugo Motta tem se reunido com diversas bancadas em busca de apoio na campanha à presidência da Câmara. Além do PT e do MDB, o deputado também encontrou parlamentares do PL.

    Apoio de partidos

    O PT integra a Federação Brasil da Esperança, que também conta com a participação do PCdoB e do PV. Juntas, as siglas somam 80 deputados, formando a segunda maior bancada da Câmara — atrás apenas do PL, que tem 92 congressistas. O MDB tem 44 deputados, assim como o Republicanos, partido de Motta. Nesta quarta, o Podemos, que tem 14 deputados, também anunciou o apoio à candidatura do paraibano As três legendas fazem parte do mesmo bloco partidário. Nesta semana, o partido de Arthur Lira, PP, também anunciou apoio a Motta. A sigla tem 50 deputados e integra o maior bloco partidário da casa.

    CNN

  • Mais de 400 supostas vítimas de ex-proprietário da Harrods se apresentam

    Mais de 400 supostas vítimas de ex-proprietário da Harrods se apresentam

    Um documentário da BBC em setembro revelou que Al Fayed, que morreu no ano passado aos 94 anos, abusou sexualmente de funcionárias de sua loja de departamentos londrina Harrods, forçou-as a fazer exames médicos e as ameaçou com consequências se elas tentassem reclamar.

    Até o momento, mais de 400 supostas vítimas entraram em contato com a equipe jurídica que trabalha em um processo contra o falecido bilionário egípcio Mohamed Al Fayed, acusado de abuso sexual e estupro, disse o advogado Dean Armstrong nesta quinta-feira.

    “A grande escala de abuso perpetrado por Al Fayed, e facilitado por aqueles que o cercavam, infelizmente, continua a crescer”, disse Armstrong em uma entrevista coletiva em Londres.

    Al Fayed sempre negou acusações semelhantes levantadas por outras reportagens antes de sua morte. A Harrods não respondeu a um pedido de comentário da Reuters sobre as declarações do advogado em um primeiro momento.

    A loja se desculpou, disse estar “chocada” com as alegações e abriu um processo para qualquer funcionário ou ex-funcionário da Harrods que deseje pedir indenização.

    Outro advogado, Bruce Drummond, disse que as mais de 400 reclamações foram feitas por mulheres de todo o mundo, principalmente do Reino Unido, mas também de Estados Unidos, Austrália, Malásia, Espanha, África do Sul e outros países.

    “Isso, em nossa opinião, é um abuso em escala industrial”, disse Drummond, acrescentando que o abuso ocorreu “dentro das paredes da Harrods”, mas também em outros locais ligados ao império empresarial de Al Fayed, como o Fulham Football Club, o Ritz Paris e sua propriedade em Surrey.

    As vítimas incluem a filha de um ex-embaixador dos Estados Unidos ao Reino Unido e a filha de um conhecido jogador de futebol, afirmou Drummond, sem citar nomes.

    Segundo o documentário da BBC, a Harrods não interveio e ajudou a encobrir as alegações de abuso durante o período em que ele foi proprietário.

    Os advogados criticaram o esquema de indenização operado pela Harrods, dizendo que algumas das vítimas não se sentem à vontade para entrar em contato diretamente com a Harrods para obter indenização porque foi lá que o abuso ocorreu.

    Drummond disse que alguns membros seniores da equipe da época de Al Fayed ainda trabalham na Harrods.

    Na semana passada, o Financial Times informou que quatro supostas vítimas haviam abandonado o esquema de indenização da Harrods devido a suas preocupações com possíveis conflitos de interesse e comunicação deficiente.

    Várias organizações de imprensa haviam relatado alegações de abuso sexual contra Al Fayed antes do documentário da BBC, incluindo a Vanity Fair em 1995, a ITV em 1997 e o Channel 4 em 2017. Os advogados disseram em setembro que muitas das mulheres só se sentiram capazes de falar publicamente na reportagem da BBC depois que ele morreu no ano passado.

    Reuters

  • Declaração de Biden vira combustível para Trump, que vai a comício vestido de gari, em caminhão de lixo

    Declaração de Biden vira combustível para Trump, que vai a comício vestido de gari, em caminhão de lixo

    Faltando cinco dias para a eleição nos Estados Unidos, o candidato à presidência Donald Trump chegou a um comício na noite desta quarta-feira (30) vestido de gari, a bordo de um caminhão de lixo com o logotipo de sua campanha. O ato foi uma resposta a uma declaração do presidente Joe Biden, que chamou os apoiadores do republicano de “lixo”.

    “O que vocês acham do meu caminhão de lixo? Este caminhão é uma homenagem a Kamala e Joe Biden“, disse Trump no banco do passageiro, referindo-se à sua adversária nas eleições, durante o evento no estado de Wisconsin.

    Ainda para tentar tirar proveito da fala de Biden, Donald Trump foi além e subiu ao palco vestindo um colete laranja, que os garis costumam usar no trabalho do dia a dia, permanecendo assim durante seu discurso.

    “250 milhões de americanos não são lixo (…) O comentário de Joe Biden é uma consequência direta da decisão de Kamala Harris de considerar todos que não votam nela como sub-humanos malignos. Na verdade, eles tratam você como lixo e tratam nosso país como lixo”, disparou o candidato diretamente contra as declarações de Joe Biden.

    A polêmica com os republicanos começou no dia anterior, após um dos participantes de um comício de Trump em Nova York dizer que Porto Rico é como “uma ilha flutuante de lixo”. Ao comentar o assunto, Biden disse: “O único lixo que vejo flutuando por aí são seus apoiadores. Sua demonização dos latinos é inconcebível e antiamericana”.

    Mais tarde, na rede social X, Biden tentou minimizar a questão e explicou que se referia “à retórica odiosa sobre Porto Rico lançada por um apoiador de Trump”.

    Pouco adiantou. O comentário se tornou um trunfo para Trump e uma pedra no sapato da vice-presidente do país, adversária eleitoral do magnata republicano.

    “Joe Biden finalmente disse o que ele e Kamala Harris realmente pensam sobre os nossos apoiadores. Ele os chamou de lixo”, afirmou Trump na quarta-feira, em comícios nos estados da Carolina do Norte e do Wisconsin.

    “Minha resposta para Joe e Kamala é muito simples: você não pode governar os Estados Unidos se não ama os americanos”, disse o republicano.

    Combustível do populismo trumpista

    Em 2016, Hillary Clinton descreveu os apoiadores de Trump como “deploráveis”, um comentário que permaneceu para os eleitores republicanos como um sinal do desprezo de classe das elites democratas. Esse é um dos principais combustíveis do populismo trumpista.

    Desta vez, no final do dia, Joe Biden fez uma tentativa pouco convincente de voltar atrás, emitindo um comunicado à imprensa. Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos cancelou todas as aparições públicas de sua agenda.