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  • Elmar desiste da presidência da Câmara e diz que perdeu ‘melhor amigo’, Lira, que apoia Motta

    Elmar desiste da presidência da Câmara e diz que perdeu ‘melhor amigo’, Lira, que apoia Motta

    O deputado Elmar Nascimento (BA) desistiu de concorrer à presidência da Câmara. Ele disse que não colocaria sua vontade pessoal acima do que desejam os partidos que o apoiaram. A decisão foi comunicada na sede do União Brasil, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 31. “Eu já cheguei muito longe do que eu achava que poderia chegar. Esse processo eu já comecei perdendo. Perdi um amigo que eu considerava que era o meu melhor amigo, o presidente Arthur Lira”, disse Elmar.

    O líder do União estava sendo pressionado desde quarta-feira, 30, pela cúpula de seu partido a abandonar a candidatura. A sigla deve aderir a Hugo Motta (Republicanos-PB) para não perder espaços de poder na Casa, após o deputado paraibano formar uma ampla aliança, que vai do PT ao PL. Na próxima terça-feira, 5, Elmar deverá reunir a bancada para tratar dos termos da negociação com Motta.

    “Recebi, hoje pela manhã, uma ligação do candidato Hugo Motta pedindo um diálogo e nossa bancada deliberou, por bem, que a conversa e o diálogo é sempre salutar. Vamos ouvi-los”, afirmou Elmar.

    As articulações com o deputado do Republicanos serão lideradas por Elmar, pelo presidente do União, Antonio de Rueda, e pelo secretário-geral da sigla, ACM Neto. “Essas negociações estão colocadas e eles conduzirão essas negociações e, portanto, por consequência, a retirada da candidatura do deputado Elmar”, disse o deputado Pauderney Avelino (União-AM), após reunião na sede do partido.

    “Não posso desistir do que não é meu. A candidatura é do meu partido e dos outros que estavam me acompanhando”, emendou o deputado. “Se todos decidirem (pela desistência), eu tenho que refletir sobre isso. Não posso colocar a minha vontade pessoal acima da vontade dos companheiros. Além disso, é uma questão de que eu sou o líder do partido”, disse Elmar, antes da reunião.

    Elmar chegou a ser considerado o favorito de Lira para sua sucessão, mas acabou preterido pelo alagoano, que lançou Motta para a eleição que ocorrerá em fevereiro. O líder do União tem dito a aliados que houve quebra de confiança por parte de Lira e que está decepcionado o deputado alagoano.

    Após ser preterido por Lira em setembro, Elmar rompeu relações com o presidente da Câmara, de quem era amigo pessoal. Os dois só voltaram a conversar neste mês, de forma protocolar, quando Lira fez uma ligação ao deputado do União para falar sobre votações no plenário da Casa.

    Para tentar se contrapor a Motta e Lira, Elmar fez uma aliança com o deputado Antonio Brito (PSD-BA), que agora também é pressionado a abandonar a candidatura à presidência da Câmara.

    Motta já conseguiu o apoio de PT, PL, MDB, Podemos, PP e PCdoB, além de seu próprio partido, o Republicanos.

    Nas últimas semanas, Elmar fez também uma imersão no petismo para tentar conquistar o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele procurou os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.

    O líder do União se encontrou ainda com integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), berço político de Lula, e com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

    Até setembro, quando ainda era considerado o favorito de Lira na disputa, Elmar tinha a simpatia de parte da bancada do PT, embora acumule um histórico de atritos com o partido na Bahia. No entanto, após Motta tornar-se o candidato de Lira, a liderança da bancada petista passou a negociar com o líder do Republicanos.

    A resistência a Elmar no PT vem não só do histórico de disputas na Bahia com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, mas também do fato de ele já ter chamado Lula de “ladrão” e ter atuado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff desde o início do processo.

    Motta diz não ter dificuldade em construir ‘convergência’ com adversários

    Hugo Motta afirmou não ter dificuldades em construir uma “convergência” com os seus adversários na disputa pela sucessão no comando da Casa, os líderes Elmar Nascimento e Antonio Brito (PSD-BA). As declarações ocorreram nesta quinta-feira, ao receber o apoio do PCdoB para a eleição da Câmara, prevista para fevereiro.

    “Vamos buscar, à exaustão do diálogo, o entendimento para que possamos construir a candidatura mais ampla possível”, afirmou. “Tanto o deputado Elmar Nascimento como o deputado Antonio Brito são amigos. Nós temos uma relação no colégio de líderes, sempre nos respeitamos, nos entendemos nas matérias que são apreciadas. Não tenho dificuldade nenhuma em construir com eles essa convergência.”

    Motta disse que vai “respeitar os anseios e as pretensões de cada um”, mas disse que o diálogo está aberto para “buscar entendimento”. Além disso, o deputado disse que manterá o “contato pessoal” com o eleitorado da Câmara para buscar votos.

    “Nada substituirá o nosso contato pessoal com os deputados. Eleição só se ganha depois que se contam os votos”, afirmou. “Por mais consolidada que transpareça estar a eleição, nós não vamos relaxar, nem vamos ter salto alto nessa condução.”

    Estadão

  • 8 de janeiro: relatório da PF aponta omissão de autoridades

    8 de janeiro: relatório da PF aponta omissão de autoridades

    A Polícia Federal (PF) concluiu que falhas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal foram “fatores decisivos” que contribuíram para a “ineficiência da resposta” aos ataques de 8 de janeiro de 2023 a prédios dos Três Poderes, em Brasília. Em documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o delegado responsável pela investigação, Raphael Soares Astini, aponta que “a ausência inesperada” de Anderson Torres, então secretário de Segurança, evidenciou esse cenário. “Embora houvesse várias informações críticas disponíveis sobre o risco de violência, essas informações não foram devidamente compiladas, analisadas ou retransmitidas às forças de segurança competentes”, diz o relatório.

    A apuração indicou ainda a suposta omissão de agentes públicos nos ataques às sedes dos Três Poderes. Núcleos Os investigadores dividiram os responsáveis em quatro núcleos: Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), Forças Armadas, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Secretaria de Segurança Pública. No primeiro caso, foram usadas informações da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) relativa ao trabalho da cúpula da PM. “Consta da denúncia que, após o resultado das eleições presidencial de 2022, os oficiais da PM-DF, incluindo os acusados, compartilharam informações falsas sobre fraudes eleitorais e discutiram estratégias ilegais para contestar o resultado das eleições”.

    São listados: coronel Fábio Augusto Vieira, que à época dos fatos exercia o cargo de comandante da PMDF; coronel Klepter Rosa Gonçalves, que exerceu a função de subcomandante; coronel Jorge Eduardo Barreto Naime, que foi chefe do Departamento de Operações (DOP) durante os eventos; coronel Paulo José Ferreira de Sousa, que atuou como subchefe do Departamento; coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues; major Flávio Silvestre de Alencar; e tenente Rafael Pereira Martins. “Os oficiais, todos em posições de comando na PMDF, foram denunciados por se omitirem dolosamente em suas funções, permitindo que os atos de violência e vandalismo se concretizassem”, diz o documento. “Essa omissão, conforme alegado, constituiu como contribuição direta para a materialização dos crimes e para a falha na proteção dos bens públicos”. Acampamentos No núcleo “Forças Armadas” não são listados responsáveis. No entanto, o relatório diz que as mobilizações e acampamentos após as eleições de 2022 evidenciaram a gravidade e o caráter antidemocrático das ações. “A defesa de intervenção militar e a alegação de fraude eleitoral mobilizaram manifestantes, que se estabeleceram em frente a quartéis e bloquearam rodovias estratégicas, gerando impacto social significativo”, diz o texto. “As evidências sugerem que os envolvidos tinham clara consciência das intenções subversivas e dos riscos das suas ações, mostrando uma contestação violenta ao processo eleitoral e à ordem democrática, não podendo ser justificadas sob a alegação de desconhecimento ou simples liberdade de expressão”.

    “Série de falhas”

    Quanto ao GSI, foi relatado que, “como parte integrante do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), tinha a obrigação de manter suas informações atualizadas e compartilhar os dados críticos com outros órgãos, como a Abin e as forças de segurança do Distrito Federal”. São apontados por “falhas na condução das medidas de segurança”: o coronel Alexandre Santos de Amorim, então chefe da Coordenação-Geral de Análise de Risco; o coronel André Luiz Garcia Furtado, que foi coordenador de Segurança das Instalações; e os generais Carlos José Russo Assumpção Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues, que eram secretários do GSI. “A invasão e depredação do Palácio do Planalto, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, revela uma série de falhas estruturais e operacionais no Gabinete de Segurança Institucional.

    A falta de ação dos agentes responsáveis, a má gestão das informações de inteligência e a insuficiência do Plano Escudo para conter os manifestantes foram fatores determinantes para as invasões”, conclui o relatório. “Vasta experiência” Já no núcleo Secretaria de Segurança Pública, são listados: Anderson Torres, ex-secretário; Fernando Sousa Oliveira, então secretário executivo da pasta; Marília Ferreira de Alencar, subsecretária de Inteligência; e Cíntia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas. “Considerando a vasta experiência prévia dos envolvidos, que já haviam atuado em eventos de grande complexidade e porte, era razoável esperar que estivessem plenamente preparados para lidar com a situação que se desenrolou no dia 8”.

    Segundo o relatório, dada a posição de destaque que ocupavam e o conhecimento acumulado ao longo de suas carreiras, seria natural presumir que as medidas necessárias seriam implementadas de forma “coordenada e eficiente”, de modo a prevenir ou mitigar os efeitos das manifestações violentas. Outro lado A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que não comenta sobre investigações e processos judiciais em andamento. A defesa de Torres disse que não teve acesso ao relatório final e que, “no curto trecho publicado no despacho, percebe-se grave equívoco cometido pela autoridade policial, pois não houve ‘ausência inesperada’, já que Anderson Torres tinha férias planejadas e comprou as passagens para toda família no mês de novembro de 2022, quando sequer se imaginava a realização de qualquer manifestação”.

    Os defensores do ex-secretário também alegam que ele “teve o cuidado de preparar um PAI (Protocolo de Ações Integradas), antes das férias, diante das informações sobre as manifestações”. “Se o PAI tivesse sido cumprido, teria evitado os reprováveis atos do fatídico 8 de janeiro”. A CNN tenta contato com os advogados dos demais citados no relatório.

    CNN

  • Suprema Corte dos EUA influenciou eleição de maneira sem precedentes

    Suprema Corte dos EUA influenciou eleição de maneira sem precedentes

    À medida que o dia 5 de novembro se aproxima, analistas políticos e a imprensa dos Estados Unidos (EUA) se debruçam cada vez mais sobre pesquisas eleitorais, avanços em estados-chave e movimentações de eleitores indecisos na reta final da disputa entre Kamala Harris e Donald Trump.

    Mas a corrida eleitoral de 2024, mais do que qualquer outra na história recente dos EUA, teve seus temas e até própria seleção de candidatos em grande parte definida pela atuação da Suprema Corte nos anos e meses anteriores, com decisões momentosas —como a que derrubou o direito ao aborto a nível nacional, em 2022, e a que deu a presidentes ampla imunidade, favorecendo Trump.

    Parte desse protagonismo da Suprema Corte na disputa eleitoral se deve ao fato, também inédito na cultura política americana, de que o candidato republicano à Casa Branca responde a uma série de acusações na Justiça por diversas razões diferentes.

    A começar pelos processos que tramitam em esfera estadual, Trump foi considerado culpado por um júri em Nova York no caso em que era acusado de pagar pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels na véspera da eleição de 2016. Com a decisão, cuja sentença deve ser anunciada somente após a eleição, o republicano se tornou o primeiro ex-presidente da história dos EUA a ser condenado pela Justiça. No mesmo estado onde fez fortuna, Trump responde ainda por acusações de fraude e abuso sexual.

    O caso em Nova York, entretanto, é o único no qual ele teve um revés até aqui. Na Geórgia, o ex-presidente responde a uma acusação de interferência eleitoral por suas ações logo após a derrota em 2020 para Joe Biden —o republicano pressionou autoridades estaduais para que “encontrassem votos” que dessem a ele a vitória no estado decisivo.

    Mas o caso está paralisado depois que um juiz rejeitou as acusações contra Trump, e a defesa do ex-presidente tenta remover a promotora responsável pelo caso depois de revelações de que ela se envolveu sexualmente com outro membro da equipe jurídica da promotoria.

    Em nível federal, o republicano responde a um processo movido pelo Departamento de Justiça, que o acusa de remover documentos confidenciais da Casa Branca e guardá-los na sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida. A investigação chegou a render uma operação do FBI contra o imóvel, mas a juíza responsável pelo caso, indicada ao cargo por Trump, acatou uma tese considerada pouco ortodoxa da defesa do ex-presidente e arquivou a acusação. Ainda cabe recurso contra a decisão

    Os outros dois casos importantes que constituíam as ameaças mais concretas à candidatura de Trump foram resolvidos diretamente pela instância mais alta da Justiça americana. Em março, o tribunal entendeu que uma decisão da Suprema Corte do Colorado de dezembro de 2023, que barrou a candidatura de Trump naquele estado, era inconstitucional.

    O Judiciário do Colorado havia dito que o fato de Trump ter instigado apoiadores a invadir o Capitólio no 6 de Janeiro para tentar impedir a certificação da vitória de Biden caracterizava insurreição se recuperou uma emenda pouco conhecida da Constituição americana, adotada logo após a Guerra Civil, que impedia pessoas que se insurgiram contra o governo federal de concorrer ao cargo de presidente.

    Em março deste ano, a Suprema Corte derrubou a tese. Evitando julgar o mérito da acusação (ou seja, sem decidir se Trump cometeu insurreição ou não), o tribunal disse que os estados não têm autoridade para tomar uma medida como essa sobre um cargo federal, em especial o de presidente.

    A decisão foi tomada de forma unânime, sem as tradicionais divisões entre juízes progressistas, indicados por presidentes democratas, e conservadores, indicados por republicanos. Entretanto, a maioria conservadora do tribunal, sem o apoio das três juízas mais à esquerda, aproveitou o ensejo e aprovou uma tese mais expansiva, dizendo que só o Congresso tem poder para barrar um possível candidato com base na emenda citada pelo Colorado.

    Foi essa nova tese, para além da decisão unânime do tribunal de manter a elegibilidade de Trump, que acendeu alertas para analistas e estudiosos da Suprema Corte. Ao fechar a porta para qualquer futuro questionamento jurídico sobre a elegibilidade de candidatos ligados ao 6 de Janeiro e colocar a decisão na mão de um Legislativo altamente polarizado, o tribunal extrapolou o caso que analisava.

    Assim, pareceu favorecer diretamente Trump e buscou se proteger do desgaste de julgar, em um eventual caso futuro, se o ex-presidente de fato cometeu insurreição. As juízas Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Ketanji Brown Jackson ecoaram essa preocupação ao votar contra a tese, ainda que tenham apoiado manter Trump elegível no Colorado e em todos os outros estados.

    Ainda assim, quando essa decisão foi publicada, analistas e parte da imprensa americana enxergaram um cálculo político em curso: ao julgar uma tese altamente polêmica (barrar Trump no Colorado abriria caminho para um caos eleitoral, com estados onde ele seria inelegível) em favor de Trump, a corte estaria preparando o terreno para impor uma derrota ao ex-presidente no seu pedido por imunidade em outra acusação.

    Isso porque, no caso no qual o Departamento de Justiça buscava responsabilizá-lo criminalmente por suas tentativas de ficar no poder após a derrota em 2020, Trump alegava que presidentes americanos têm imunidade completa e não podem ser processados por quaisquer ações tomadas enquanto estiverem no cargo.

    Esse era considerado o caso mais perigoso para o ex-presidente, e juristas esperavam que a tese, bastante expansiva, fosse facilmente derrotada na Suprema Corte depois de ser rejeitada nas instâncias inferiores.

    Entretanto, em uma decisão bombástica que colocou expectativas de analistas de cabeça para baixo, a maioria conservadora dos juízes acatou parcialmente a tese da imunidade, dizendo que ela se aplica para atos oficiais do presidente, mas não para atos “não oficiais” sem especificar em qual categoria se encaixariam as ações de Trump em questão.

    A decisão foi compreendida como uma vitória inequívoca para Trump. Causou tanto alarme em setores progressistas (a hipótese foi levantada de que, agora, um presidente poderia mandar matar adversários sem ser responsabilizado por isso) que a frase de Sotomayor ao concluir seu voto contrário viralizou entre democratas: “com medo pela nossa democracia, apresento minha divergência”.

    Mas a centralidade do tribunal nas eleições de 2024 não se explica apenas pelas decisões tomadas pelos juízes que afetam Trump diretamente. Passa também pelo intenso processo de politização, partidarização e guinada à direita da Suprema Corte nos últimos anos, um processo influenciado por Trump, responsável por indicar três dos nove juízes, e guiado por dois magistrados considerados a linha dura conservadora do tribunal: Samuel Alito e Clarence Thomas.

    A dupla sofre uma série de acusações de parcialidade: Thomas aceitou presentes de um bilionário próximo ao Partido Republicano por anos, e o New York Times revelou que bandeiras e símbolos trumpistas foram hasteados em imóveis de Alito em mais de uma ocasião.

    Alito foi o principal arquiteto da decisão que derrubou o direito ao aborto em todo o país em 2022. Essa medida foi resultado de décadas de lobby de setores religiosos da sociedade americana e de manobras do Partido Republicano que garantiram a maioria conservadora de seis a três —uma maioria composta por juízes cuja oposição ao direito ao aborto era conhecida.

    Qualquer que seja o resultado da eleição no próximo dia 5, a politização da corte, cuja importância nos cálculos políticos dos dois partidos é a maior em décadas, deve se aprofundar. Caso Trump vença, é possível que a maioria conservadora, cujo alinhamento ao republicano está claro, depare-se com questões ainda mais graves para a democracia americana, uma vez que o ex-presidente dá indícios claros de que vai testar os limites de seu poder em um eventual novo mandato.

    Por outro lado, se Kamala vencer, e a depender da força que tiver no Legislativo, pode sofrer pressões de seu partido para ampliar o número de vagas no tribunal e retomar um certo equilíbrio entre progressistas e conservadores. Mas a medida é polêmica e associada a regimes autoritários ao redor do mundo —o próprio ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro considerou uma proposta parecida em meio aos seus embates com o STF (Supremo Tribunal Federal).

    Afastada essa hipótese, não é possível saber se novas vagas serão abertas na corte: nos EUA, o cargo é vitalício sem aposentadoria compulsória, e o mais comum é que juízes permaneçam no posto até morrer. Mas, se Trump vencer e indicar mais magistrados, será o presidente com a maior influência sobre o tribunal desde Ronald Reagan —uma influência que perdurará por décadas.

    Folha de São Paulo

  • PGR propõe ao STF acordo de não persecução penal para Janones em caso da ‘rachadinha’

    PGR propõe ao STF acordo de não persecução penal para Janones em caso da ‘rachadinha’

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) propôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) um acordo de não persecução penal para o deputado André Janones (Avante-MG), investigado por liderar um esquema de “rachadinha” em seu gabinete.

    Esse tipo de acordo permite que o acusado não seja julgado por algum crime, desde que ele confesse a prática do delito e cumpra as condições estabelecidas pela Justiça, como pagamento de multa ou prestação de serviços.

    Em setembro, Janones foi indiciado pela Polícia Federal (PF), que apontou indícios de que o deputado teria cometido corrupção passiva, peculato e associação criminosa. Além dele, foram indiciados um assessor e um ex-assessor pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa.

    A PGR solicitou a suspensão do caso por 60 dias para negociar os termos do acordo. Quando enviado ao Supremo, o pedido será analisado pelo ministro Luiz Fux, relator do caso.

    Segundo o relatório do vice-procurador-geral, Hindemburgo Chateaubriand Filho, a investigação “confirmou, em parte, a hipótese criminal”, resultando no indiciamento do parlamentar e dos assessores Mário Celestino da Silva Junior e Alisson Alves Camargo.

    “São fatos que tipificam o crime de peculato e permitem o oferecimento de acordo de não persecução penal, nos termos do art. 28-A do Código de Processo Penal”, diz o texto.

    De acordo com a PF, “Janones é o eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira”. “A investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho”, prossegue o documento.

    A investigação teve início após a divulgação de um áudio revelado pelo Metrópoles e obtido pelo Estadão no qual Janones solicitava contribuições mensais de funcionários para cobrir despesas de campanha. Na época, o deputado do Avante, aliado de Lula (PT), negou irregularidades.

    “Tem algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas que ficou (sic) da minha campanha de prefeito”, afirma Janones no áudio.

    A PF afirma que a autenticidade do áudio foi corroborada por participantes da reunião e por laudos periciais, indicando que “o parlamentar solicitou a devolução de parte da remuneração dos seus assessores, prática conhecida como ‘rachadinha’, o que configura o crime de corrupção passiva previsto no art. 317 do Código Penal”.

    Dois ex-assessores confirmaram os pedidos de devolução em depoimentos. Um deles relatou ter sofrido retaliações por não fazer a devolução, o que teria motivado sua saída do cargo.

    Após a história vir à tona, o Partido Liberal (PL) entrou com uma representação pedindo a cassação do mandato do parlamentar mineiro. O tema entrou em pauta no Conselho de Ética da Câmara, sob relatoria do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que votou a favor do arquivamento do processo. A sessão, tumultuada, definiu pelo arquivamento.

    Estadão

  • Presidente da Coreia do Sul diz que envio de tropas norte-coreanas para guerra na Ucrânia pode ocorrer antes do esperado

    Presidente da Coreia do Sul diz que envio de tropas norte-coreanas para guerra na Ucrânia pode ocorrer antes do esperado

    O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse nesta segunda-feira que o envio efetivo de tropas norte-coreanas para as linhas de frente da guerra na Ucrânia pode ocorrer mais cedo do que o esperado.

    As observações de Yoon foram feitas em uma ligação telefônica com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou o gabinete de Yoon.

    Yoon compartilhou informações sobre o envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia, dizendo que o envio real das tropas para a Ucrânia é uma situação grave que poderia ocorrer mais rápido do que o esperado.

    Yoon disse que a Coreia do Sul espera buscar “contramedidas práticas” com a UE e os Estados-membros, e redobrará os esforços para monitorar e bloquear “trocas ilegais” entre a Rússia e a Coreia do Norte.

    O envio de tropas norte-coreanas é uma “questão crítica que exacerba a já prolongada guerra na Ucrânia”, disse Von der Leyen, de acordo com o gabinete de Yoon, que disse ainda que ela agradeceu à Coreia do Sul por sua decisão de enviar uma delegação do governo à UE para compartilhar informações.

    O secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, confirmou nesta segunda-feira que tropas norte-coreanas foram enviadas para a Rússia e que unidades militares norte-coreanas foram enviadas para a região de Kursk.

    Reuters

  • Casos de Covid-19 sobem 105,8% no Brasil em dois meses e mortes aumentam 45,85%

    Casos de Covid-19 sobem 105,8% no Brasil em dois meses e mortes aumentam 45,85%

    O Brasil registrou um aumento expressivo nos números de casos e óbitos por Covid-19 durante julho e agosto de 2024, de acordo com os dados mais recentes do Painel de Monitoramento do Coronavírus do Ministério da Saúde. O número de novos casos foi de 17.964 em julho, dobrando para 36.970 em agosto, o que representa um crescimento de 105,8%.

    O número de mortes também seguiu essa tendência. Em julho, foram contabilizadas 229 mortes, passando para 334 em agosto — um aumento de 45,85%. O Ministério da Saúde ressalta que os dados refletem uma tendência de maior circulação do vírus, reforçando a necessidade de cuidados preventivos e vacinação.

    O Boletim InfoGripe, da Fiocruz, aponta um aumento de internações no estado de São Paulo, que apresentou uma alta de 36% nos casos notificados, passando para 392 hospitalizações entre julho e agosto. A Fiocruz alerta que o aumento nas internações pode resultar na disseminação do vírus para outros estados, destacando a importância da vacinação como medida preventiva.

    O monitoramento dos sintomas da Covid-19 e a realização de testes nos primeiros dias após o surgimento dos sintomas são fundamentais para o controle da transmissão. Segundo especialistas, os primeiros três a cinco dias são críticos para a identificação do vírus, período no qual a carga viral é mais alta. Entre os sintomas mais frequentes estão:

    Tosse seca e persistente;
    Febre;
    Cansaço excessivo;
    Dor muscular generalizada;
    Dor de cabeça;
    Garganta inflamada;
    Coriza ou nariz entupido;
    Diarreia;
    Perda do olfato;
    Dificuldade para respirar.

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  • Cúpula inconclusiva do Vaticano levanta questões sobre ímpeto do Papa

    Cúpula inconclusiva do Vaticano levanta questões sobre ímpeto do Papa

    Depois de uma cúpula do Vaticano sobre o futuro da Igreja Católica que terminou sem aprovar nenhuma reforma importante, o papa Francisco está enfrentando dúvidas sobre se seu papado de 11 anos está perdendo fôlego.

    O pontífice, que completará 88 anos em dezembro e tem sofrido com problemas de saúde, investiu quatro anos na preparação da cúpula, que não produziu nenhuma ação concreta em questões como a expansão do papel das mulheres na Igreja.

    “É difícil ver grandes inovações surgindo de um papado que tem mais de 11 anos”, disse o reverendo Thomas Reese, padre jesuíta e comentarista. “Parte do que estamos vendo é que a novidade do papa Francisco está se esgotando.”

    A cúpula que terminou no sábado incluiu cardeais, bispos e leigos de mais de 110 países. Os 368 membros com direito a voto incluíam quase 60 mulheres.

    Um texto final solicitou que mulheres recebessem mais papéis de liderança na Igreja, mas não chegou a dizer que elas fossem ordenadas como clérigas.

    Agora há “decepção, até mesmo coração partido” entre muitos católicos, disse Natalia Imperatori-Lee, professora de Religião da Universidade de Manhattan.

    “Os jovens estão descobrindo que há, entre os círculos mais íntimos da igreja, uma relutância em mudar… que é impressionante”, disse.

    O documento final de 52 páginas do Sínodo dos Bispos não mencionou a comunidade LGBTQ, mas fez uma referência velada às pessoas na Igreja que “experimentam a dor de se sentirem excluídas ou julgadas por causa de sua situação conjugal, identidade ou sexualidade”.

    Marianne Duddy-Burke, diretora executiva da DignityUSA, um grupo que apoia os católicos LGBTQ, disse que o texto é “insuficiente para abordar o dano pastoral e doutrinário que a Igreja está causando às pessoas LGBTQ+ e às nossas famílias”.

    DESACELERAÇÃO DO RITMO DO PAPA

    Francisco tem procurado abrir a Igreja Católica para conversas incômodas e se relacionar com o maior público possível.

    Ele sofreu de gripe e problemas relacionados várias vezes desde o início de 2023 e foi forçado a cancelar uma viagem planejada para a reunião climática COP28 em Dubai.

    Sua idade e problemas de saúde ocasionais levaram alguns observadores da Igreja a reavivar a especulação de que ele poderia eventualmente renunciar. Francisco disse que não tem tais planos. Em março, ele classificou essa possibilidade como uma “hipótese distante”.

    Alguns participantes do Sínodo defenderam a assembleia, dizendo que seu trabalho continuaria por meio de 10 grupos de estudo que Francisco pediu para continuar as considerações sobre algumas das questões mais divisivas, incluindo a liderança das mulheres e o acolhimento de católicos LGBTQ.

    Os grupos de estudo devem apresentar um relatório ao papa em junho próximo e podem recomendar reformas mais amplas.

    (Reportagem de Joshua McElwee) Reuters

  • Confira: 15 prefeitos eleitos em capitais do Brasil em segundo turno das eleições 2024

    Confira: 15 prefeitos eleitos em capitais do Brasil em segundo turno das eleições 2024

    O segundo turno das eleições municipais de 2024 terminou com 15 prefeitos eleitos em capitais de todo o Brasil.

    Confira abaixo quais candidatos saíram vitoriosos:

    Goiânia (GO) – Sandro Mabel (UB)

    Na capital de Goiás, o empresário Sandro Mabel (União Brasil) foi eleito prefeito de Goiânia neste domingo (27), em segundo turno disputado contra o ex-deputado Fred Rodrigues (PL). Ele teve 353.518 votos (55,53%), enquanto o segundo colocado, Fred Rodrigues, recebeu 283.054 votos válidos (44,47%).

    Aracaju (SE) – Emília Corrêa (PL)

    A defensora pública e radialista Emília Corrêa, filiada ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, sagrou-se a primeira mulher eleita prefeita de Aracaju neste domingo (27). Emília teve 165.924 votos (57,46%) e venceu o candidato apoiado pelo governo do Estado, Luiz Roberto (PDT), que teve 122.842 votos (42,54%).

    Belém (PA) – Igor Normando (MDB)

    O deputado estadual Igor Normando (MDB), 15, venceu neste domingo (27) o segundo turno da eleição para a Prefeitura de Belém, superando o deputado Éder Mauro (PL), 22. O emedebista teve 421.485 votos (56,36%) enquanto o candidato do Partido Liberal recebeu 326.411 votos (43,64%).

    Belo Horizonte (MG) – Fuad Nomam (PSD)

    O candidato Fuad Nomam (PSD) venceu a disputa para a prefeitura da Belo Horizonte (MG), com 53,73% dos votos válidos (670.574 votos). Ele disputou o segundo turno com Bruno Engler (PL) que teve 46,27% (577.537 votos).

    Campo Grande (MS) – Adriane Lopes (PP)

    A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), foi reeleita para o cargo com 222.699 (51,45% dos votos). Ela venceu Rose Modesto (União Brasil), que recebeu 210.112 votos (48,55%).

    Cuiabá (MT) – Abilio Brunini (PL)

    Cuiabá definiu seu novo prefeito. O bolsonarista Abilio Brunini (PL) foi eleito neste domingo (27) e teve 171.324 votos (53,80%) contra 147.127 votos (46,20%) no petista Lúdio Cabral. Vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Fortaleza (CE) – Evandro Leitão (PT)

    Evandro Leitão (PT) superou o bolsonarista André Fernandes (PL) e foi eleito prefeito de Fortaleza (CE). A disputa foi acirrada. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou a vitória do candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 716.133 votos (50,38%), enquanto o candidato do ex-presidente Bolsonaro teve 705.295 votos (49,62%).

    João Pessoa (PB) – Cícero Lucena (PP)

    Os eleitores da capital da Paraíba, João Pessoa, escolheram o prefeito Cícero Lucena (PP) para continuar à frente da cidade. O prefeito superou as acusações de envolvimento de sua família com facção criminosa e venceu com folga o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL). Ele teve 258.727 votos (63,91%), enquanto o candidato do ex-presidente Bolsonaro teve 146.129 votos (36,09%).

    Manaus (AM) – David Almeida (Avante)

    (Agência Brasil) O candidato David Almeida (Avante) foi reeleito para a prefeitura da cidade de Manaus, com 54,59% (576.171 votos válidos). Ele disputou o segundo turno com Capitão Alberto Neto (PL) que teve 45,41% (479.297 votos válidos).

    Palmas (TO) – Eduardo Siqueira Campos (Podemos)

    O candidato José Eduardo Siqueira Campos (Podemos) venceu a disputa para a prefeitura de Palmas, com 53,03% (78.673 dos votos válidos). Ele disputou o segundo turno com Janad Valcari (PL) que teve 47% (69.684 dos votos válidos).

    Porto Alegre (RS) – Sebastião Melo (MDB)

    O prefeito de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo (MDB), foi reeleito neste domingo (27). A deputada federal Maria do Rosário (PT) ficou com a segunda colocação. O emedebista chegou a 406.467 dos votos (61,53%). Já a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 254.128 dos votos (38,47%).

    Porto Velho (RO) – Léo Moraes (Podemos)

    Léo Moraes (Podemos) é o novo prefeito de Porto Velho, em Rondônia. Com 100% das urnas apuradas, ele teve 135.118 (56,18%) dos votos válidos, seguido da concorrente do União, Mariana Carvalho, com 43,82% (105.406 dos votos).

    São Paulo (SP) – Ricardo Nunes (MDB)

    O prefeito Ricardo Nunes (MDB) derrotou Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo e se reelegeu neste domingo (27) para um novo mandato de quatro anos. Nunes teve 3.393.110 votos (59,35%), enquanto Boulos recebeu 2.323.901 votos (40,65%).

    Curitiba (PR) – Eduardo Pimentel (PSD)

    O candidato Eduardo Pimentel (PSD) venceu a disputa para a prefeitura de Curitiba, com 57,64% (531.029 dos votos válidos). Ele disputou o segundo turno com Cristina Graeml (PMB) que teve 42,36% (390.254 dos votos válidos).

    Natal (RN) – Paulinho Freire (UB)

    Com 100% das urnas apuradas, o candidato Paulinho Freire (União) foi eleito prefeito de Natal (RN). Ele obteve 222.661 votos, o que representa 55,34% dos votos válidos. A adversária, Natália Bonavides (PT), recebeu 179.714 votos (44,66%).

    Fonte: TSE

  • Hospitais do estado realizam serviços de excelência em Goiânia

    Hospitais do estado realizam serviços de excelência em Goiânia

    A atual gestão do estado tem ampliado os serviços de saúde em todas as regiões de Goiás, com a política de regionalização. Contudo, Goiânia continua sendo um polo de excelência para a Saúde Pública da Região Centro-Oeste do País. A capital concentra os principais serviços de saúde promovidos pelos hospitais da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

    Atualmente, a região possui linha de cuidados de alta complexidade para atendimentos a:

    • infarto,
    • queimados,
    • traumas,
    • Acidente Vascular Cerebral (AVC),
    • cirurgia para separação de siameses, dentre outras especialidades.

    Além disso, a capital é referência em infectologia e dermatologia e atendimento para mulher com alto risco, além de ser modelo para transplantes. Todos esses serviços nas unidades de saúde do estado localizadas em Goiânia.

    Os serviços são reflexo dos investimentos em Saúde promovidos pela atual gestão do Governo de Goiás. Anualmente, são disponibilizados R$ 1.4 bilhão para custear os hospitais do estado. Já em relação a investimentos nas unidades, foram aportados R$ 134 milhões para ampliação ou construção, aquisição de equipamentos e mobiliários, implantação de sistemas de informação e criação de outros serviços.

    Vista aérea do Hugo
    Governador e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein assinaram, em agosto, termo de colaboração para a administração do Hugo, pela entidade. À época, Ronaldo Caiado informou que os R$ 100 milhões vão transformar o Hugo em um hospital altamente especializado, referência em cardiologia (Foto: SES-GO)

    Unidades importantes como o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), entre outras, receberam aportes financeiros importantes para promover a melhoria dos serviços. Somente em equipamentos foram investidos, em 2024, R$ 22 milhões em todos as unidades da capital.

    “Os hospitais da capital servem como modelo para implantação de linhas de cuidado nas unidades que estão espalhadas e distribuídas em todo o estado. A importância dessas unidades para Goiânia não se refere apenas ao número de leitos, mas à complexidade dos serviços oferecidos”, comenta Luciano de Moura, subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde.

    O gestor destaca ainda que Goiânia é um grande centro formador, com programas de residência médica que estão concentrados na capital.

    “Essas unidades são modelos e naturalmente se tornam referência para as unidades do interior”.

    Serviços de excelência e investimentos

    O governador e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein assinaram, em agosto, termo de colaboração para a administração do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), pela entidade. Ronaldo Caiado informou que os R$ 100 milhões vão transformar o Hugo em um hospital altamente especializado, referência em cardiologia.

    Deste total de recursos, R$ 60 milhões estão sendo destinados à realização de obras; R$ 35 milhões direcionados para aquisição de equipamentos e mobiliário e R$ 5 milhões, na modernização tecnológica.

    Na gestão de Caiado importantes obras foram realizadas na capital para promover a melhoria da Saúde Pública de Goiânia. O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) é um exemplo. A unidade foi inaugurada em dezembro de 2021, com investimentos de 135 milhões, entre obras e equipamentos.

    Hospitais do Estado realizam serviços de excelência em Goiânia
    Cora tem mais de 60% de obras já concluídas. Com projeto para ter 44 mil metros² de área construída e previsão de 148 leitos. Investimentos do Tesouro Estadual serão de R$ 427 milhões (Arte: SES-GO)

    Outra obra importante é a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). As obras do hospital estão em ritmo acelerado, com mais de 60% de conclusão. Com projeto para ter 44 mil metros quadrados de área construída e previsão de 148 leitos, serão investidos R$ 427 milhões do Tesouro Estadual.

    Além dessa medida para o atendimento em oncologia, o Hospital Araújo Jorge (unidade filantrópica) conta, desde 2019, com apoio financeiro do estado, por meio do Plano de Fortalecimento. Em 2024 a contrapartida estadual foi renovada. A previsão é de repasses na ordem de R$ 21,6 milhões ao hospital. Assim, o Governo de Goiás está implementando a rede de oncologia em todo estado.

    HGG realiza 1º transplante de medula óssea da rede pública no estado
    Primeiro transplante de medula óssea realizado pelo HGG, em Goiânia, em maio deste ano (Fotos: Iron Braz/SES-GO)

    Outro avanço promovido pela rede pública estadual foi a realização de transplante de medula óssea para pacientes com câncer no sistema linfático. O primeiro procedimento foi realizado no HGG, em Goiânia, que tem capacidade para realizar seis transplantes por mês, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes. O departamento conta com 32 leitos – seis deles exclusivos para transplante de medula óssea.

    Em 2021, uma medida importante foi a transferência da gestão da regulação das unidades da rede estadual localizadas em Goiânia para a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). A decisão foi aprovada em 2021 em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Com isso, o estado conseguiu diminuir o tempo de espera dos pacientes e qualificar a gestão dos leitos hospitalares.

    Secretaria de Estado da Saúde (SES) – Governo de Goiás

  • Ricardo Nunes (MDB) é reeleito prefeito de São Paulo nas Eleições 2024

    Ricardo Nunes (MDB) é reeleito prefeito de São Paulo nas Eleições 2024

    Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito de São Paulo nas Eleições 2024. O resultado foi definido neste domingo (27), no segundo turno das eleições, com 89,78% das urnas apuradas até às 18h43. Nunes teve 3.052.556 votos, equivalente a 59,56% do total, de acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Coronel Mello Araujo (PL) será o vice-prefeito.
    O candidato do MDB disputava as eleições com Guilherme Boulos (PSOL), que conquistou a segunda maior votação no primeiro turno, com uma diferença de 0,41%. Neste domingo, Boulos teve 40,44% dos votos (2.072.995 do total).
    Ricardo Nunes é o atual prefeito da cidade de São Paulo e buscava a reeleição. Ele era vice-prefeito quando assumiu a gestão da capital paulista em 16 de maio de 2021, após a morte do então prefeito Bruno Covas. Antes disso, atuou como vereador e concorreu a deputado federal, não sendo eleito.

    Ricardo de Mello Araújo é coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo. Ele foi comandante da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) entre 2017 e 2019. Já entre 2020 e 2023, foi presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), entre 2020 e 2023.
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