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  • Papa Francisco indica que permanecerá e lança nova reforma católica

    Papa Francisco indica que permanecerá e lança nova reforma católica

    O Papa Francisco aprovou um novo processo de três anos para que sejam consideradas reformas na Igreja Católica global, informou o Vaticano neste sábado, em um sinal de que o pontífice de 88 anos planeja seguir como papa, apesar de sua batalha contra uma pneumonia dupla.

    Francisco ampliou o trabalho do Sínodo dos Bispos, uma iniciativa marcante de seu papado de 12 anos, que discutiu reformas como a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas católicas e uma melhor inclusão de pessoas LGBTQ na Igreja.

    O Sínodo, que realizou uma cúpula inconclusiva de bispos no Vaticano sobre o futuro da Igreja em outubro passado, agora realizará consultas com católicos de todo o mundo pelos próximos três anos, antes de sediar uma nova cúpula, em 2028.

    Francisco aprovou o novo processo de reformas na terça-feira no hospital Gemelli, em Roma, onde ele está internado, informou o Vaticano neste sábado.

    O papa está hospitalizado há mais de um mês, e sua prolongada ausência pública alimentou especulações de que poderia optar por seguir seu antecessor, Bento XVI, e renunciar ao papado.

    Seus amigos e biógrafos insistiram, no entanto, que Francisco não tem planos de renunciar. A aprovação de um novo processo de três anos indicou que ele quer continuar, apesar de sua idade e da possibilidade de enfrentar um longo e difícil caminho de recuperação da pneumonia, dada sua idade e outras condições médicas.

    “O Santo Padre… está ajudando a impulsionar a renovação da Igreja em direção a um novo impulso missionário”, disse ao canal de mídia do Vaticano o cardeal Mario Grech, autoridade que lidera o processo de reforma. “Este é realmente um sinal de esperança.”

    Igreja Atualizada

    Francisco, que é papa desde 2013, é amplamente visto como alguém que tenta abrir a tradicional Igreja global ao mundo moderno. No entanto, a agenda de reformas do papa irritou alguns católicos, incluindo alguns cardeais seniores.

    Eles o acusaram de diluir os ensinamentos da Igreja em questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e novo casamento.

    Massimo Faggioli, um acadêmico norte-americano que acompanhou o papado de perto, disse que o novo processo de reforma é uma maneira de o papa sinalizar que ainda é o líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo.

    “O pontificado de Francisco não acabou, e esta decisão que ele tomou sobre o que acontecerá entre agora e 2028 terá um efeito no resto dele”, disse Faggioli, professor da Universidade Villanova.

    Após a inconclusiva cúpula do Vaticano em outubro passado, que não produziu nenhuma ação concreta sobre possíveis reformas, Francisco enfrentou dúvidas sobre se seu papado estaria perdendo força.

    Autoridades do Vaticano disseram na época que Francisco ainda estava considerando mudanças futuras e aguardando receber uma série de dez relatórios sobre possíveis reformas em junho.

    Os últimos boletins médicos do Vaticano sobre o estado de saúde do papa no hospital informaram que ele está melhorando e não corre mais risco imediato de morte.

    Os boletins não informam quando ele terá alta do hospital.

    Agência Brasil

  • Secretário de Estado dos EUA diz que país pode negociar acordos bilaterais após impor tarifas

    Secretário de Estado dos EUA diz que país pode negociar acordos bilaterais após impor tarifas

    O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que os Estados Unidos (EUA) poderiam se engajar em negociações bilaterais depois de impor tarifas que atingiram os seus principais parceiros comerciais — e o Brasil.

    Questionado se a China poderia sair vitoriosa da guerra comercial iniciada por Donald Trump, o chefe da diplomacia americana disse que os Estados Unidos estariam buscando por “justiça” no comércio global.

    “Vamos impor tarifas recíprocas às que os países impõem a nós”, disse em entrevista à CBS. “É global, não é contra o Canadá, não é contra o México, não é contra a UE (União Europeia), é contra todos. E então, a partir dessa nova base de justiça e reciprocidade, nos envolveremos, possivelmente, em negociações bilaterais com países do mundo todo, em novos acordos comerciais que façam sentido para ambos os lados”, declarou.

    “Justiça, mas, no momento, não é justo. Vamos redefinir a linha de base e, em seguida, poderemos firmar esses acordos bilaterais, possivelmente, com países para que nosso comércio seja justo”, insistiu, admitindo que os países estão “chateados”.

    Rubio defendeu ainda que as tarifas seriam necessárias para fortalecer as capacidades dos Estados Unidos. “Há setores essenciais, como alumínio, aço, semicondutores e fabricação de automóveis, que o presidente Trump acredita, que os EUA precisam ter uma capacidade doméstica, e a maneira de proteger esses setores e desenvolver essa capacidade é garantir que haja incentivos econômicos para a produção nos Estados Unidos”, disse.

    Especialistas, no entanto, têm alertado que as tarifas devem aumentar os custos para os produtores americanos, pressionando a inflação nos Estados Unidos.

    Negociações do Brasil

    No caso do aço e do alumínio, as tarifas de 25% que entraram em vigor na semana têm impacto direto sobre o Brasil, que é um grande exportador de aço para os EUA.

    Técnicos dos ministérios de Relações Exteriores (MRE) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) deram início às negociações com os Estados Unidos na sexta-feira em reunião por videoconferência. O canal de diálogo foi aberto pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin em conversa com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.

    O governo aposta no diálogo para conseguir eventuais concessões de Donald Trump. Como mostrou o Estadão/Broadcast, a aplicação de reciprocidade é vista como a última opção, caso a negociação não dê resultados.

    Em 2018, durante o primeiro governo, Donald Trump impôs as mesmas tarifas de 25% sobre o aço o o alumínio. O Brasil conseguiu negociar cotas de 3,5 milhões de toneladas de placas e 687 mil toneladas de aços laminados para exportação libre de taxas. Para alumínio foi definida tarifa de 10%.

    Desta vez, no entanto, Donald Trump se mostra irredutível. “Não vou ceder nenhum pouco”, disse durante a semana. Além das tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, os Estados Unidos impuseram taxas de 10% sobre as importações da China. Para o mês que vem, são esperadas mais tarifas sobre produtos agrícolas e carros.

    Nas suas idas e vindas, o presidente americano suspendeu duas vezes as taxas de 25% sobre as importações dos vizinhos México e Canadá, mas abriu uma nova frente em sua guerra comercial ao ameaçar a Europa com tarifas de 200% sobre bebidas alcóolicas.

    Estadão

  • Trump faz aliados desistirem de comprar caças dos EUA

    Trump faz aliados desistirem de comprar caças dos EUA

    A diplomacia agressiva de Donald Trump começou a causar efeitos negativos para a poderosa indústria de defesa dos Estados Unidos, com aliados históricos de Washington decidindo cancelar a compra de aviões de combate americanos de última geração.

    Canadá e Portugal anunciaram nos últimos dias estar atrás de opções à aquisição do caça F-35, modelo da americana Lockheed Martin que vinha se tornando o padrão das forças da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, com uma série de vendas na esteira da invasão russa da Ucrânia, em 2022.

    A concorrência já sentiu o cheiro de sangue. Neste sábado (15), o presidente francês, Emmanuel Macron, vestiu o figurino de lobista da indústria de seu país e ofereceu o caça Dassault Rafale àqueles que estão com dúvidas acerca da compra do F-35 -e não só.

    “Aqueles que compram sistemas Patriot devem receber oferta da nova geração franco-italiana SAMP/T. Aqueles que compram F-35 devem receber ofertas de Rafale”, disse, colocando no pacote uma alternativa ainda não testada às famosas baterias antiaéreas americanas.

    Ele mirava especificamente canandenses e portugueses, agastados com Trump por motivos diferentes. Até aqui, foram empresas americanas as que mais lucraram com o aumento do gasto militar europeu devido à percepção de risco vindo de Moscou com a guerra.

    No caso do país norte-americano, a questão é a posição do presidente desde o começo de seu mandato, repetindo diversas vezes que seria adequado anexar o Canadá e colocando o vizinho na primeira fila de sua guerra tarifária.

    Em 2022, os canadenses anunciaram a compra de 88 F-35, um avião da chamada quinta geração, termo arbitrário para aparelhos furtivos ao radar, com alto poder de fusão de dados e características como o voo suspersônico sustentado sem pós-combustão, que gasta muito combustível.

    Estimada em quase R$ 80 bilhões, a compra era uma das mais suculentas do mercado, e o F-35 derrotou o Rafale e o sueco Saab Gripen E/F, modelo comprado e operado pelo Brasil.

    Reconduzido ao cargo após a troca de premiê do país, o ministro Bill Blair (Defesa) disse que o F-35 “foi apontado pela nossa Força Aérea como a plataforma que ela precisava, mas estamos examinando outras alternativas”.

    O tom deixa aberta a porta para negociar termos com os americanos, mas o fato é que o azedume na relação entre os países pode de fato zerar o jogo. Hoje, Ottawa voa 89 antigos caças americanos F-18 Hornet.

    Já o caso português reflete o mal-estar com a política de Trump em relação aos aliados europeus da Otan. Desde antes da posse, o americano cobrava maior gasto do continente com defesa, algo que já havia feito no mandato anterior, de 2017 a 2021.

    No cargo, Trump deu um cavalo de pau na política até então de ordem unida contra a Rússia sobre a Ucrânia e alinhou-se à visão de Vladimir Putin sobre a origem do conflito, isolando Kiev e deixando europeus de fora das negociações de paz que abriu.

    Isso levou a uma reação liderada por Macron e o premiê britânico, Keir Starmer. A UE (União Europeia) anunciou um plano mirabolante de gastos militares que chegaria ao longo dos anos a R$ 5 trilhões, o dobro do que todos os países da Otan fora os EUA gastam anualmente com defesa.

    Na quinta (13), o ministro da Defesa português, Nuno Melo, disse que seu país já não considera a compra do F-35, o que seria o caminho natural para um operador do F-16, o venerando caça da mesma Lockheed Martin que era o padrão da Otan na geração passada. “O mundo mudou”, disse.

    Lisboa opera 34 F-16 antigos, que segundo Melo chegaram ao fim de sua vida útil. Novamente, os franceses irão fazer lobby pelo Rafale, mas as características do país e o menor orçamento militar abrem uma janela de oportunidade para o Gripen -um caça mais barato de operar que o modelo de Paris.

    O Rafale é um caça da chamada geração 4,5, ou seja, não tem as capacidades furtivas de um F-35, mas diversos recursos avançados. Já foram feitos 286 deles, 141 dos quais operados pelos franceses e os restantes, por Croácia, Grécia, Índia, Egito, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Os sérvios deverão receber o modelo em breve.

    O avião demorou para engatar como produto externo. Perdeu concorrências importantes, como para o Gripen no Brasil em 2013 ou no Canadá e na Finlândia mais recentemente, mas vive uma fase de renovado interesse do mercado.

    O pulo do gato agora é o interesse alemão. Assim que estourou a guerra, Berlim anunciou aumento de gastos militares e a compra não só dos modelos europeus Eurofighter, mas também a aquisição de 35 F-35 para substituir os antigos Panavia Tornado na função de emprego de bombas nucleares táticas americanas.

    Agora, há uma pressão para a europeização dos arsenais do continente, o que pode mudar a lista de desejos alemã.

    Macron também tem oferecido a ampliação de seu guarda-chuva nuclear para outros países europeus, dado que seu comando de armas atômicas é independente do da Otan, que reúne bombas táticas lançadas por caças americanas e ogivas estratégicas britânicas disparadas de submarinos.

    O arranjo, contudo, é difícil e o cobertor, curto. A França poderia postar alguns de seus Rafale com mísseis de cruzeiro nucleares na Alemanha ou na Polônia, mas isso serviria mais para provocar os russos do que para gerar uma dissuasão efetiva, que ainda depende dos EUA.

    Folha de São Paulo

  • Executivo pede para comissão mista alterar Orçamento de 2025

    Executivo pede para comissão mista alterar Orçamento de 2025

    O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), recebeu ofício da ministra do Planejamento, Simone Tebet, solicitando alterações no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 (PLN 26/24). A ministra pede que o programa Pé-de-Meia tenha seus recursos elevados a qualquer tempo com projetos de créditos suplementares.

    O relator do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), já havia dito que faltavam R$ 12 bilhões para o programa e outros R$ 3 bilhões para o Vale-Gás.

    No ofício, a ministra prevê:

    • remanejamento de recursos no Orçamento que supririam a carência do Vale-Gás;
    • acréscimos para vários órgãos na área de pessoal como Polícia Federal e Embrapa; e
    • outros R$ 8,3 bilhões para benefícios previdenciários.

    Por outro lado, há proposta de cortes de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família e de pouco mais de R$ 6,3 bilhões no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), principalmente para implantação de escolas em tempo integral.

    O relatório final do Orçamento de 2025 deve ser apresentado no próximo domingo (16).

    Atrasos
    A LOA deveria ter sido votada no fim do ano passado pelo Congresso, mas questões políticas provocaram atrasos, como a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de suspender a execução das emendas parlamentares ao Orçamento.

    Um plano de trabalho que busca garantir mais transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares obteve, no último dia 28, a aprovação da maioria dos ministros do STF.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • IPVA 2025: parcela de março vence na segunda

    IPVA 2025: parcela de março vence na segunda

    A terceira parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2025 vence, em Goiás, nesta segunda-feira (17/03). A data vale para todos os finais de placa. Dados da Secretaria da Economia apontam que a frota tributável no estado soma aproximadamente dois milhões de veículos.

    Como emitir o boleto do IPVA 2025

    Para emitir o boleto, basta acessar o site do Detran ou do Expresso, no campo Consultar Veículo – IPVA, Multas e CRLV e seguir os passos. Para placas com finais 1 e 2, o pagamento do IPVA poderá ser feito em nove parcelas. Já para as placas de finais 3 a 0, em dez vezes.

    Todas as placas

    Nesse ano, a data de vencimento foi fixada no dia 15 de cada mês. Quando cai no fim de semana, como em março, o vencimento ocorre no próximo dia útil, ou seja, dia 17/03.

    Isenção

    Goiás conta com uma frota de 4,8 milhões de veículos em circulação, mas nem todos estão sujeitos ao pagamento do IPVA. Algumas categorias possuem isenção, como os veículos de pessoas com deficiência (PCD), benefício utilizado por cerca de 12 mil condutores em 2024. Além disso, automóveis com mais de 15 anos de fabricação também estão dispensados do imposto, totalizando aproximadamente 2,5 milhões de veículos isentos.

    A Secretaria da Economia disponibiliza vários canais para tirar dúvidas dos contribuintes de IPVA:

    • Assistente Virtual do IPVA – Atende pelo WhatsApp no número 62 99427-9777.
    • Site da Secretaria da Economia (http://goias.gov.br/economia ) – Usuário deve clicar na caixa IPVA – Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores para acessar o conteúdo.
    • E-mail da Gerência do IPVA:_ atendimentogipva.economia@goias.gov.br.

    Secretaria da Economia – Governo de Goiás

  • Senado Aprova: mais transparência para emendas parlamentares

    Senado Aprova: mais transparência para emendas parlamentares

    Senadores e deputados aprovaram nesta quinta-feira (13), durante sessão conjunta do Congresso Nacional, o Projeto de Resolução do Congresso Nacional nº 1 de 2025, que modifica a Resolução nº 1 do Congresso Nacional de 2006, para estabelecer novas regras para a apresentação e indicação de emendas parlamentares. As mudanças visam modernizar o processo, aumentar a transparência e garantir o uso eficiente dos recursos públicos.

    De autoria conjunta das Mesas do Senado e da Câmara, o PRN será promulgado pela Mesa Diretora do Congresso Nacional e passará a ter força de lei. Nominal, a votação registrou o placar de 64 votos favoráveis e outros três contrários no Senado, enquanto na Câmara o resultado foi de 361 votos a favor do projeto, ante outros 33 votos contra o texto.

    O projeto de resolução aprovado nesta quinta-feira é fruto do plano de trabalho formulado pelo Senado, em conjunto com a Câmara e o Poder Executivo, com medidas para aumentar a transparência e a rastreabilidade na execução das emendas parlamentares.

    O texto responde a questionamentos feitos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e busca resolver o imbróglio entre os Três Poderes para destravar a aprovação do Orçamento de 2025, cuja votação passou a depender da solução em torno das emendas parlamentares.

    Até então, os repasses de boa parte dos recursos das emendas estavam suspensos por decisão de Dino, que entendeu não haver respeito aos critérios de transparência na execução das emendas.

    O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) celebrou a aprovação do texto.

    — Essa é uma resposta urgente, inadiável e necessária, que coloca em trilho novamente a execução orçamentária, de maneira a garantir a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares, em conformidade com as diretrizes firmadas na Constituição Federal e nas decisões proferidas pelo STF — declarou.

    Quem também elogiou a proposta aprovada foi o senador Omar Aziz (PSD-AM). Omar parabenizou o presidente do Senado pela condução dos trabalhos junto aos demais Poderes e enalteceu o projeto. Para ele, houve sensatez e equilíbrio em busca de um consenso.

    — Faço questão de colocar meu nome em todas as emendas, até porque isso não tem que ser escondido e, agora, está assegurado. Senador ou deputado, seja quem for, terá que colocar o nome sim e dizer para o quê e para onde passará o dinheiro. E, caso ocorra qualquer coisa, existem os órgãos competentes para fiscalizar e punir aqueles que tiverem algum desvio de conduta em relação a isso — esclareceu.

    Mudanças

    Uma das principais alterações propostas é a obrigatoriedade de que as atas de apresentação e indicação de emendas sejam elaboradas no sistema eletrônico, sempre que possível. Essa medida busca digitalizar o processo legislativo para facilitar o controle, a rastreabilidade e o acesso às informações.

    O projeto reforça, ainda, a necessidade de que as emendas sigam as disposições do artigo 166 da Constituição Federal, que impõe restrições para evitar a alocação descontrolada de recursos. Além disso, nenhuma emenda poderá ser aprovada em valor superior ao solicitado originalmente, exceto em casos de remanejamento entre emendas do mesmo parlamentar.

    Critérios

    As emendas deverão ser apresentadas com a ata da reunião que deliberou a inclusão, bem como seguir um modelo padronizado. Elas também deverão ter caráter institucional e atender a interesses nacionais ou regionais, com o respeito à definição de ações estruturantes da Lei Complementar 210, de 2024.

    Fica proibida a destinação de recursos a entidades privadas, exceto quando incluídas em programações previamente estabelecidas no projeto. A justificativa de cada emenda deverá conter elementos que permitam avaliar os benefícios sociais e econômicos da política pública proposta.

    Limites

    Para evitar a fragmentação excessiva do Orçamento, cada comissão poderá apresentar até seis emendas de apropriação e duas de remanejamento. As sugestões de emendas deverão ser encaminhadas exclusivamente pelo sistema eletrônico. Um relator será designado para cada conjunto de emendas a fim de garantir um acompanhamento eficiente da tramitação.

    Divergências

    O senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) foi um dos três que votaram contra o projeto. Na visão dele, o texto é ruim e não atende às exigências do STF tanto em termos de rastreabilidade, como em transparência.

    — Essa nova resolução é mais um artifício para encobertar os autores das propostas, é mais um artifício para criar duas categorias de parlamentares, aquela meia dúzia que tem acesso a emendas e uma maioria que só tem direito às emendas obrigatórias, transparentes, que estão na Constituição. No meu entendimento não deveria haver emenda nenhuma, apenas as obrigatórias — argumentou.

    Também contrárias ao texto, as bancadas do Psol e do Novo se manifestaram durante a sessão conjunta. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) chegou a apresentar, logo no início da discussão, uma questão de ordem para que a sessão fosse encerrada sob o argumento de que o texto não foi liberado para análise dos parlamentares com 24 horas de antecedência, argumento refutado pelo presidente Davi.

    Na sequência, o deputado atacou um dos pontos do texto. De acordo com ele, o artigo 45-A do projeto prevê que as indicações das emendas de comissão, encaminhadas para deliberação das comissões pelos líderes partidários, constarão de ata da bancada partidária, aprovada pela maioria dos membros.

    — O ministro Flávio Dino determinou que deve haver a identificação individual do autor das respectivas emendas. Nesse artigo há a possibilidade da indicação de emenda pelo líder partidário, sem a necessidade de que haja então a individualização e a nomeação de quem fez a indicação da emenda. Com isso mantém-se o orçamento secreto — criticou.

    A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) afirmou que há uma lacuna que não foi tratada no projeto. Segundo ela, “nada está resolvido em termos de transparência e rastreabilidade”.

    — A solução é muito simples, basta colocar uma coluna em todos os nove anexos, e não somente em alguns, com o nome do parlamentar solicitante ou proponente. O texto, como está, não vai resolver nada. Isso daqui, para mim, é uma afronta à inteligência de qualquer pessoa, é chamar todo mundo de laranja, de otário — desabafou.

    Deputado pelo Rio de Janeiro, Chico Alencar (Psol) disse que “começou mal a discussão de um projeto que pretende garantir mais transparência às emendas parlamentares, uma vez que a tramitação foi atropelada”. O deputado também criticou o artigo 45-A ao dizer que o “texto abre brechas” para que as emendas de comissão sejam indicadas pelos líderes partidários, juntamente com a ata da bancada.

    — Com o texto, há a possibilidade de um drible para indicação de emendas por meio dos líderes, sem nenhuma transparência, com a exigência apenas da assinatura pelos líderes partidários, acompanhados de um formulário — ponderou.

     

    Fonte: Agência Senado

  • Novo olho biônico é capaz de devolver 100% da visão à cegos

    Novo olho biônico é capaz de devolver 100% da visão à cegos

    O dispositivo é um forte candidato para se tornar o primeiro olho totalmente biônico do mundo. Entenda o que significa quando o olho treme.

    Apelidado Gennaris, o dispositivo é composto por uma microcâmera montada em óculos que capta imagens e as transmite para um processador externo.

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    Ou seja, ele substitui o caminho natural das imagens, que deveria sair da retina, passar pelos nervos e chegar à área do cérebro, onde ocorre o processamento da visão.

    Nas pessoas cegas, esse processo está parcial ou totalmente danificado, e é aí que o Gennaris entra em ação, atuando como uma prótese neural.

    Funcionalidade
    O Gennaris é composto por três elementos principais: pequenos implantes eletrônicos fixados na superfície do cérebro, um dispositivo externo similar a um smartphone, equipado com câmera e transmissor sem fio, e um processador.

    O processador transforma os dados visuais em sinais elétricos, transmitidos aos implantes cerebrais. Esses implantes estimulam diretamente o córtex visual, permitindo que o usuário identifique padrões de luz e formas.

    Enquanto o aparelho externo capta as imagens e as envia ao sistema, os implantes internos atuam como nervos ópticos artificiais, filtrando e transmitindo as informações visuais mais relevantes ao usuário.

    Próximos passos
    O desafio agora é obter financiamento para a próxima fase do projeto. Os pesquisadores estudaram o tema por cerca de 10 anos e, até o momento, receberam um investimento de pouco mais de US$ 1 milhão do governo australiano.

    Fonte: GazetaSP

  • Saúde alerta população sobre sequelas da Covid-19

    Saúde alerta população sobre sequelas da Covid-19

    Na véspera do Dia Internacional de Conscientização sobre a Covid Longa, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), alerta a população sobre a necessidade de acompanhamento e tratamento dos agravos decorrentes da Covid-19, denominados como Covid Longa.

    Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, constatou que a infecção pelo coronavírus deixou sequelas graves e persistentes em uma parcela significativa da população, entre as quais fadiga, dor intramuscular, encefalite miálgica e comprometimento cognitivo.

    O Estudo da Fiocruz foi feito em parceria com a Escola de Saúde Pública de Harvard e com a Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres.

    Os resultados da pesquisa apontaram alta prevalência de sintomas após a Covid: 91,1% dos entrevistados relataram, pelo menos, um sintoma; e 71,3% afirmaram vivenciar pelo menos um sintoma frequente. Do total de entrevistados, 39,3% informaram que tiveram síndrome pós-Covid, mas, apenas 8,3% tiveram um diagnóstico de Covid Longa de um profissional de saúde.

    Governo alerta população sobre sequelas da Covid-19
    Chegada das primeiras doses da vacina contra a Covid-19 a Goiás em 18 de janeiro de 2021 (Fotos: Arquivo SES-GO)

    Goiás dispõe de uma rede hospitalar apta a prestar a assistência necessária às pessoas que sofrem com Covid Longa. Essa rede é composta por seis policlínicas e 23 hospitais altamente especializados, localizados na capital e em municípios estratégicos, em diferentes Regiões de Saúde.

    “Essas unidades são dotadas de aparelhos de última geração e de equipes multiprofissionais preparadas a realizar o atendimento ágil, integral e humanizado”, assinala o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos.

    SES-GO, por meio da Superintendência de Políticas e Atenção Integral à Saúde, está estruturando uma linha de cuidado dedicada à doença, com o objetivo de organizar a assistência e promover capacitações voltadas à identificação precoce e ao diagnóstico preciso. Essas iniciativas buscam garantir uma assistência mais adequada, efetiva e humanizada aos pacientes.

    Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu a data de 15 de março como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Covid Longa.

    Governo alerta população sobre sequelas da Covid-19
    Caiado aplica primeira dose da vacina contra Covid-19 em paciente de Goiás, em janeiro de 2021 (Fotos: Arquivo SES-GO)

    Cinco anos de pandemia

    Os três primeiros casos de Covid-19 foram registrados em Goiás no dia 12 de março de 2020. Desde então, foram confirmados mais de 2 milhões de casos da doença no território goiano. O Governo de Goiás atuou de forma rápida quando ocorreram os primeiros casos.

    De imediato, o governador Ronaldo Caiado – único médico a gerir um Estado no País – adotou uma série de providências relacionadas à prevenção da doença no território goiano e ao tratamento das pessoas que contraíram a infecção.

    Medidas de prevenção à doença

    Entre essas iniciativas, destacam-se:

    • o incentivo à população de permanecer em casa,
    • a instituição do teletrabalho no serviço público estadual,
    • o esclarecimento diário sobre a doença nos meios de comunicação,
    • a instalação de oito Hospitais de Campanha (HCamps) para tratamento das vítimas da enfermidade,
    • a capacitação contínua dos profissionais de saúde,
    • bem como o abastecimento dos municípios goianos com medicamentos imprescindíveis e vacinas contra a Covid-19.

    Hospitais de Campanha

    Os Hospitais de Campanha foram instalados na capital e nos municípios de:

    • Formosa,
    • Jataí,
    • Luziânia,
    • São Luís de Montes Belos,
    • Itumbiara,
    • Porangatu
    • e Uruaçu.

    O governo federal também instalou um Hospital de Campanha em Águas Lindas de Goiás.

    Durante a pandemia, o Estado fez investimentos expressivos para a extensão do quantitativo de leitos, por meio de convênios com municípios e ampliação da rede própria, com foco na Regionalização da Saúde.

    Governo alerta população sobre sequelas da Covid-19
    Drive thru de vacinação entre grupos prioritários no Estádio Serra Dourada (Fotos: Arquivo SES-GO)

    “Esses investimentos resultaram na ampliação da rede hospitalar do Estado, especializada em prestar assistência aos casos de alta complexidade”, enfatizou o secretário.

    Ele ressalta que Goiás se destaca como um dos Estados que mais avançou no processo de regionalização da saúde, com a implementação das unidades de alta complexidade em diferentes pontos do território.

    Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) – Governo de Goiás

  • Nova modalidade de contratação acelera obras públicas de infraestrutura em Goiás

    Nova modalidade de contratação acelera obras públicas de infraestrutura em Goiás

    O governo estadual se destaca nacionalmente ao adotar nova modalidade de contratação para acelerar a execução de obras públicas de infraestrutura em Goiás. Baseado no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (OSC), o modelo busca reduzir a burocracia e garantir eficiência no uso dos recursos públicos.

    O formato não prescinde da fiscalização dos órgãos de controle, que seguem acompanhando cada etapa.

    Para viabilizar a iniciativa, o governo estadual enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei que autoriza a parceria com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). O objetivo é dar mais agilidade na aplicação dos recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) em projetos de recuperação, pavimentação e construção de rodovias e pontes.

    Obras públicas de infraestrutura em Goiás

    O novo modelo de contratação será utilizado na execução de 18 obras rodoviárias, incluindo a pavimentação de mais de 739 quilômetros de rodovias, com investimento total de R$ 1,49 bilhão. As intervenções abrangem trechos das rodovias GO-206, GO-050, GO-411, GO-180, GO-139, GO-439, GO-461, GO-470, GO-220, entre outras, beneficiando todas as regiões de Goiás.

    Nova modalidade

    A modalidade visa superar os entraves das licitações convencionais, que podem levar de 8 a 10 meses para serem concluídas devido a contestações e prazos de recursos. Em muitos casos, empresas vencedoras desistem das obras, obrigando o Estado a reiniciar o processo do zero, gerando prejuízos financeiros e atrasos significativos.

    Com a nova metodologia, a expectativa é de que o processo seletivo para credenciar empresas qualificadas dure cerca de um mês, acelerando a entrega de obras estratégicas para Goiás.

    Legalidade

    O procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, reforça que a legalidade do processo está assegurada pela Lei Federal nº 13.019/2014, dispensando o chamamento público em casos específicos.

    “Este resultado oferece incentivos importantes para que os órgãos de controle interno e externo possam avançar e aprofundar a compreensão do regime jurídico das parcerias sociais”, pontua o procurador-geral.

    O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, destaca que o setor da infraestrutura enfrenta riscos de corrupção e lavagem de dinheiro, e que a licitação tradicional impõe prazos excessivamente longos sem oferecer segurança.

    “A responsabilidade com o recurso público é a mesma, mas agora teremos mais qualidade, celeridade e entrega nos prazos. O chamamento prevê que uma empresa com maior capacidade técnica seja priorizada, e não apenas a que oferece o menor preço”, explica Sales.

    O credenciamento das empresas será baseado em critérios técnicos, classificando-as em três categorias (A, B e C) conforme índices de liquidez, solvência, experiência operacional e capacidade de execução simultânea de obras.

    Cora é exemplo

    A nova modalidade de contratação já foi utilizada com sucesso na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em Goiânia. As obras, iniciadas em fevereiro de 2023, avançam rapidamente, com a ala infantil já 80% concluída e previsão de entrega neste primeiro semestre.

    Obra no Cora
    Nova modalidade de contratação já foi utilizada com sucesso na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Foto: Goinfra)

    O modelo conta com respaldo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) e do Ministério Público Estadual (MPE). O vice-presidente do TCE, Sebastião Tejota, enfatizou o modelo de contratação utilizado pela Goinfra para a construção do Cora.

    “A medida foi crucial para a rápida evolução das instalações, trabalho que representa uma boa aplicação dos recursos públicos. Estabelecemos uma relação de confiança e parceria com as equipes envolvidas”, destacou o conselheiro.

    “A burocracia de outros modelos de contratação atrasaria o avanço das obras e estamos certos de que todo o serviço feito até o momento redundou nesse estágio avançado”, concluiu o conselheiro.

    Saiba mais

    Aberto credenciamento de empresas para obras do Fundeinfra

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Segundo maior parceiro econômico de Goiás, bloco Asean ganha frente parlamentar

    Segundo maior parceiro econômico de Goiás, bloco Asean ganha frente parlamentar

    Lançada nesta quinta-feira, 13, a Frente Parlamentar Brasil-Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiáticos), bloco formado por 10 países, será o terceiro maior parceiro comercial do país, atrás apenas de China e Estados Unidos. O objetivo é estreitar as relações com os países do sudeste asiático e fortalecer a relação comercial com esses países. O bloco se consolidou como o segundo maior parceiro comercial de Goiás nas exportações.

    O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant´Anna Braga Filho, aponta que o bloco “tem se mostrado um destino estratégico para os produtos goianos, fortalecendo os laços comerciais e consolidando ainda mais a posição do governo de Goiás no cenário econômico internacional”.

    Goiás exportou, em 2024, cerca de US$ 1,27 bilhão para a região, com produtos que vão desde resíduos e desperdícios das indústrias alimentares até sementes, grãos, cereais, carnes e açúcares. No mesmo período, as importações de Goiás da ASEAN atingiram aproximadamente US$ 271 milhões, concentrando-se em veículos e peças, máquinas industriais e equipamentos elétricos.

    A ASEAN é uma organização de 11 países do sudeste asiático, criada em 1967, que tem como principais objetivos promover o desenvolvimento econômico, social e cultural da região e garantir a estabilidade política entre seus membros. Entre os países que compõem o bloco estão Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Brunei, Vietnã, Laos, Mianmar e Camboja. Atualmente, a organização figura como o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

    Jornal Opção