O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que é preciso entender como a recente mudança na meta fiscal do governo para 2025 afetará a função de reação da autoridade monetária.
Falando em reunião com investidores em Washington, Campos Neto disse que perdas de credibilidade ou questionamentos sobre a âncora fiscal elevam o custo do lado monetário. Ele reforçou que não há relação mecânica entre o fiscal e o patamar dos juros, mas destacou que maiores prêmios de risco cobrados pelo mercado em meio ao pessimismo podem “dificultar” a condução da política monetária.
O governo decidiu nesta semana afrouxar a meta de resultado primário para zero para o próximo ano, em uma redução do esforço anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Reuters