Categoria: Brasil

  • Crise mundial da dívida pública vai estourar em breve, alerta economista

    Crise mundial da dívida pública vai estourar em breve, alerta economista

    A dívida mundial chegou a um nível insustentável e pode provocar uma crise sem precedentes na próxima década, segundo o economista Arthur Laffer, presidente da Laffer Tengler Investments.

    Ele afirmou, em entrevista à CNBC, que a dívida dos países ricos e emergentes cresceu 100 trilhões de dólares em relação à década passada, representando 336% do produto interno bruto (PIB) global.

    “Os próximos dez anos serão a década da dívida. A dívida global está no limite. Isso vai acabar mal”, disse Laffer.

    De acordo com o relatório do Institute of International Finance, a relação dívida/PIB era, em média, de 110% para as economias avançadas e de 35% para as emergentes em 2012. No último trimestre de 2022, estava em 334%.

    Laffer alertou que cerca de cem países terão que cortar gastos em áreas sociais vitais, como saúde, educação e proteção social, para honrar suas dívidas.

    Ele disse que os países que conseguirem ajustar suas contas públicas poderão atrair mais recursos humanos, financeiros e produtivos, enquanto os que não conseguirem poderão perder competitividade, receita e até mesmo quebrar.

    “Alguns dos maiores países que não enfrentam seus problemas de dívida vão definhar fiscalmente”, afirmou Laffer, acrescentando que algumas economias emergentes “podem falir”.

    O economista ressaltou que o envelhecimento da população nos países desenvolvidos e a escassez de mão de obra tornarão o pagamento da dívida ainda mais difícil.

    “Existem duas formas principais de resolver esse problema: aumentar a arrecadação ou fazer o PIB crescer mais do que a dívida”, ele concluiu.

    A insustentabilidade da dívida dos EUA inevitavelmente afetará os mercados

    Arthur Laffer não é o único expressando preocupações com a dívida nos Estados Unidos e em outros países.

    Na segunda-feira, falando também à CNBC, o gestor de fundo de cobertura Paul Tudor Jones destacou que a robustez da economia americana está atrelada aos gastos governamentais, algo que ele considera insustentável a longo prazo.

    Jones alertou que as consequências dos substanciais gastos deficitários inevitavelmente repercutirão nos mercados, questionando apenas o momento em que esses efeitos se tornarão evidentes, ao passo que ressalta a certeza de que o caminho atual é insustentável.

    Ele prevê que a questão da dívida emergirá como um dos principais temas a moldar a economia nos anos vindouros, referindo-se a ela como uma “bomba de dívida” decorrente de uma negligência fiscal. No entanto, Jones admite que os impactos da dívida pública podem ser mitigados, em parte, pelos avanços em produtividade trazidos pela inteligência artificial, os quais podem ser surpreendentemente significativos no futuro.

    De forma geral, a aceleração dos gastos públicos tem alarmado economistas, com a dívida total dos EUA atingindo 34 trilhões de dólares no começo deste ano. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, também expressou sua preocupação em uma entrevista ao programa “60 Minutes”, alertando que os Estados Unidos seguem por uma trajetória fiscal que não pode ser sustentada a longo prazo.

    Investing.com

  • Os argumentos da PF e de Alexandre de Moraes para operação que atingiu Bolsonaro

    Os argumentos da PF e de Alexandre de Moraes para operação que atingiu Bolsonaro

    A operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (8/02) contra Jair Bolsonaro (PF), ex-ministros militares e aliados do ex-presidente foi baseada em investigações que apontaram que uma tentativa de golpe de Estado teve o envolvimento de Bolsonaro.

    De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação Tempus Veritatis, a PF obteve evidências de que:

    • Bolsonaro tinha conhecimento da existência de uma minuta de decreto com medidas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PF) e mantê-lo no poder;
    • militares organizaram manifestações contra o resultado das eleições e atuaram para garantir que os manifestantes tivessem segurança;
    • e que o grupo em torno de Bolsonaro monitorou os passos de Moraes, incluindo acesso à sua agenda de forma antecipada.

    A investigação da PF aponta para uma suposta organização criminosa que teria tentado abolir o Estado Democrático de Direito.

    A operação de quinta-feira envolveu, entre outras medidas, ordens de prisão contra quatro ex-assessores de Bolsonaro e da entrega do passaporte do ex-presidente.

    Trata-se de um desdobramento do inquérito das “milícias digitais”, que tramita no STF e que investiga um grupo ligado a Bolsonaro com o objetivo de promover ataques a autoridades. Bolsonaro é um dos investigados no inquérito.

    A investigação também contou com informações repassadas pela colaboração premiada firmada pelo ex-Ajudante de Ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid.

    Foram alvo de mandados de busca e apreensão o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha, e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL.

    A operação é a que se aproximou de mais integrantes do chamado “núcleo duro” do governo Bolsonaro até o momento.

    Os documentos divulgados pelo STF após a sua deflagração trazem informações sobre como funcionaria o esquema supostamente montado nos gabinetes do Palácio do Planalto para impedir que Lula tomasse posse.

    Bolsonaro e a ‘minuta do golpe’

    Os investigadores da PF apontam que Bolsonaro não apenas teve conhecimento de uma minuta que previa sua manutenção no poder como sugeriu alterações no documento que teria recebido de seu então assessor especial para assuntos internacionais, Filipe Garcia Martins e pelo advogado Amauri Feres Saad.

    Além de manter Bolsonaro no governo, o decreto previa a prisão de ministros do STF como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

    “Conforme descrito, os elementos informativos colhidos revelaram que Jair Bolsonaro JAIR recebeu uma minuta de decreto apresentado por Filipe Martins e Amauri Feres Saad para executar um Golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do Presidente do Senado Rodrigo Pacheco e por fim determinava a realização de novas eleições”, diz um trecho da representação da PF feita ao STF.

    Ainda de acordo com a PF, após receber o documento, Bolsonaro sugeriu mudanças.

    “Posteriormente foram realizadas alterações a pedido do então Presidente permanecendo a determinação de prisão do Ministro Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições”, diz o documento.

    A PF afirma ainda que após as mudanças terem sido feitas, Bolsonaro concordou com a versão do documento e convocou uma reunião com militares.

    “Após a apresentação da nova minuta modificada, Jair Bolsonaro teria concordado com os termos ajustados e convocado uma reunião com os Comandantes das Forças Militares para apresentar a minuta e pressioná-los a aderirem ao Golpe de Estado”, diz a PF ao STF.

    Segundo a PF, a minuta teria sido apresentada por Bolsonaro aos então comandantes das três forças militares (Aeronáutica, Marinha e Exército) em uma reunião no dia 7 de dezembro de 2023.

    De acordo com trecho de parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nos dados colhidos pela PF, a reunião teria o objetivo de pressionar os comandantes militares a aderirem a um suposto golpe no mesmo dia, a fim de apresentar-lhes a minuta e pressioná-los a aderir ao golpe de Estado.

    Esta não é a primeira vez que a PF encontra evidências sobre minutas prevendo a manutenção de Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. Em 2023, a PF encontrou uma minuta prevendo a convocação de novas eleições na casa do ex-ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro, Anderson Torres.

    Desde então, Bolsonaro vem negando ter conhecimento sobre a existência do documento.

    “Não tomei conhecimento desse documento, dessa minuta. Nas perícias, só encontraram digitais do delegado da operação e de um agente, de mais ninguém. Papéis, eu recebia um monte. Então, é óbvio que não tem cabimento você dar golpe com respaldo da Constituição”, disse Bolsonaro em junho de 2023.

    Militares organizaram manifestações e segurança de manifestantes

    De acordo com a decisão de Alexandre de Moraes, a PF conseguiu obter informações que apontam que parte das manifestações contrárias ao resultado das eleições de 2022 em Brasília teriam sido organizadas por militares próximos ao então presidente Jair Bolsonaro.

    As manifestações e acampamentos realizados em Brasília logo após as eleições resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

    De acordo com a PF, essas ações eram organizadas pelo chamado “núcleo operacional” da organização investigada.

    Segundo os investigadores, esse grupo ficou encarregado de planejar e executar “medidas no sentido de manter as manifestações em frente aos quarteis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília”.

    As ações seriam executadas por militares como o major do Exército Rafael Martins, alvo de um dos mandados de prisão expedidos pela PF.

    “No dia 12/11/2022, o major Rafael Martins participou de reunião em Brasília/DF juntamente com Mauro Cid e outros militares investigados para tratar de assuntos relacionados a estratégia golpista”, diz um trecho da representação da PF.

    Os investigadores obtiveram trocas de mensagens entre Mauro Cid e Rafael Martins em que o major faz uma estimativa de custos para as ações organizadas por ele de R$ 100 mil e repassa o valor para Cid.

    A PF diz ainda que Mauro Cid teria orientado Martins a destinar os manifestantes para pontos estratégicos como o Congresso Nacional e o STF.

    “O ajudante de ordens do Presidente Jair Bolsonaro (Mauro Cid) confirma que os alvos seriam o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal e sinaliza que as tropas garantiriam a segurança dos manifestantes”, diz a PF.

    Em outro trecho da representação feita ao STF, a polícia avalia que as manifestações não teriam tido origem apenas na mobilização popular.

    “Logo após, os dois (Rafael Martins e Mauro Cid) trocam mensagens de chamamento para as manifestações do feriado de 15/11/2022 (Proclamação da República), o que demonstra que os protestos convocados não se originavam da mobilização popular, mas sim da arregimentação e do suporte direto do grupo ligado ao então Presidente Jair Bolsonaro, como estratégia de demonstração de ‘apoio popular’ aos intentos criminosos”, diz o documento encaminhado ao STF.

    Grupo monitorou voos de Moraes

    Os investigadores da PF apontam ainda que militares e assessores próximos de Bolsonaro monitoraram os passos de Alexandre de Moraes e avaliam que esse monitoramento poderiam ainda estar em andamento.

    Segundo a PF, o monitoramento de Alexandre de Moraes seria importante para o grupo porque se um golpe de Estado fosse dado, uma das medidas a serem implementadas era a prisão de Alexandre de Moraes, que, na ocasião, também era o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    A investigação demonstra, também, a existência de um núcleo de inteligência, formado por assessores próximos ao então Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que teria monitorado a agenda, o deslocamento aéreo e a localização de diversas autoridades, dentre elas o Ministro Relator do presente inquérito (Alexandre de Moraes), com o escopo de garantir sua captura e a detenção nas primeiras horas do início daquele plano, como acentuado pela Polícia Federal”, diz um trecho da decisão de Alexandre de Moraes.

    A PF suspeita, ainda, que o grupo investigado pudesse ter acesso a informações privilegiadas sobre a agenda de Moraes e o uso de equipamentos tecnológicos para fazer o monitoramento do ministro.

  • CGU aplica multas de R$ 4,8 milhões em cinco empresas

    CGU aplica multas de R$ 4,8 milhões em cinco empresas

    A Controladoria-Geral da União (CGU) aplicou sanções de diferentes natureza a cinco empresas envolvidas em atos ilícitos praticados contra a administração pública. As empresas são acusadas de fraude em licitação de unidade do Comando do Exército, irregularidade no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e comercialização de dados extraídos de sistemas internos da Receita Federal. As multas somam um total de R$ 4.851.409,42. As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 7.

    Uma das sanções foi para a empresa ON Arquitetura e Construções EIRELI, antes chamada Leão & Santos Soluções e Serviços. Nas investigações, foram descobertos elementos que provaram fraudes no caráter competitivo de um pregão eletrônico do 10º Batalhão Logístico do Comando Militar Sul, em Alegrete (RS). A empresa combinou preços e lances nos processos licitatórios. A CGU aplicou para a ON Arquitetura penalidades, sendo uma delas a multa no valor de R$ 6 mil e o impedimento de licitar e contratar com a União por três anos.

    A segunda empresa a receber a decisão da União foi a Novatec Educacional Ltda por conta de fraude no sistema informatizado do programa FIES. A operação permitiu que a empresa adquirisse Certificados Financeiros do Tesouro (CFT-E), isto é, títulos de dívida pública emitidos pelo Tesouro Nacional que remuneram mensalmente.

    No final do processo administrativo, a Novatec foi multada no valor de R$ 121.375,33, além de condenada a publicar o extrato de sua sentença em jornal de grande circulação, em seu site e em edital no próprio estabelecimento. As duas últimas sentenças devem ser aplicadas em até 45 dias.

    Já as outras três empresas punidas pelo CGU foram alvo da Operação Spy, deflagrada em 2017, que apurou a comercialização de dados extraídos de sistemas internos da Receita Federal. Nesta decisão, as empresas reconhecem suas responsabilidades pela aquisição de informações sigilosas extraídas de forma irregular por servidores públicos federais de bancos de dados da Receita. Desta forma, as empresas Ipel-Itibanyl Produtos Especiais LTDA., Metachem Industrial e Comercial LTDA., e Innovative Water Care Indústria de Comércio de Produtos Químicos Brasil LTDA., tiveram seu pedido de julgamento antecipado atendidos pela CGU. As multas aplicadas foram no valor de R$ 256 mil, R$ 2,7 milhões e R$ 1,7 milhão, respectivamente.

    Estadão

  • Weintraub diz que vai recorrer de demissão e acusa ‘CGU do Lula’ de ‘perseguição

    Weintraub diz que vai recorrer de demissão e acusa ‘CGU do Lula’ de ‘perseguição

    O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) afirmou na noite desta quarta-feira, 7, que irá recorrer da decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) que o demitiu da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltas injustificadas e o tornou inelegível por oito anos. Segundo Weintraub, a ação foi uma “perseguição” empreendida após ele ter se lançado pré-candidato à Prefeitura de São Paulo há duas semanas.

    Weintraub era professor de ciências contábeis desde 2014, mas já estava com os vencimentos suspensos desde abril de 2023, quando foi iniciado o processo administrativo para apurar faltas injustificadas dele e de Daniela Weintraub, sua mulher e também professora da universidade.

    Em uma live para apoiadores no YouTube, o ex-ministro afirmou que não teve direito de defesa no processo e que o seu advogado não foi intimado antes da publicação da sua demissão no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta.

    “Coincidentemente, andou rápido sem ter ainda a plena defesa e com o cerceamento de defesa. O meu advogado, por exemplo, estava cuidando de ambos os processos (de Weintraub e da sua mulher) não foi intimado e não foi lá pessoalmente”, afirmou.

    Weintraub afirmou que irá recorrer judicialmente da decisão que o tornou inelegível para continuar com o seu projeto eleitoral. O ex-ministro se lançou “pré-candidato” de forma independente. A legislação brasileira, porém, não permite que um candidato dispute a eleição sem filiação partidária.

    “A gente vai protocolar, lutar judicialmente, não vou arredar o pé. Vamos judicializar e vamos conseguir sim. Eu acredito que ainda tem espaço, estou bem confiante, reverter isso no Judiciário e conseguir a garantia de que eu concorra, de forma independente aos partidos, à Prefeitura de São Paulo, afirmou Weintraub.

    O ex-ministro também disse que não retornou para as salas de aula da Unifesp após deixar o Banco Mundial, em abril de 2022, por conta de ameaças físicas feitas por estudantes. “O ambiente ficou horrível, agressivo e perigoso”, disse.

    Weintraub também disse na live que esse seria o seu único processo investigativo em que ele já foi alvo. Porém, o ex-ministro já foi investigado pela universidade por utilizar, sem autorização, o logotipo da instituição em consultorias particulares. Essa sindicância foi arquivada por falta de provas em 2022.

    Estadão procurou a Controladoria-Geral da União (CGU), mas não obteve retorno.

    Quem é Abraham Weintraub?

    Abraham Weintraub foi o segundo ministro da Educação do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele deixou a pasta após 14 meses no cargo, após a divulgação de um vídeo em que chamava magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” durante uma reunião ministerial.

    Após deixar o MEC, ele ocupou o Banco Mundial entre 2020 e 2022, deixando o órgão para se lançar pré-candidato ao governo de São Paulo. Bolsonaro, porém, preferiu o seu então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o que levou ao rompimento entre os dois.

    Weintraub concorreu, então, ao cargo de deputado federal pelo PMB, partido no qual está filiado até hoje. Ele teve 4.057 votos e não conseguiu se eleger.

  • Fim das saidinhas para presos: projeto é aprovado no Senado Federal, mas com ressalvas

    Fim das saidinhas para presos: projeto é aprovado no Senado Federal, mas com ressalvas

    A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (6) o projeto de lei que extingue as “saidinhas” de presos em feriados.

    O texto, relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), prevê algumas exceções, como a possibilidade de saída para atividades educacionais fora da prisão.

    “Acolhi a emenda do senador Moro que permite a autorização para estudar fora da unidade prisional a presos que não cometeram crime hediondo ou crime com violência, ou grave ameaça. O que é diferente das saídas em feriados, que estão sendo proibidas para todos os presos!”, afirmou o relator a CNN.

    Entre os pontos principais da aprovação estão: a extinção das saidinhas em feriados para todos os presos; Permissão para saída temporária de presos em regime semiaberto para atividades educacionais, como os que possuem o ensino médio e superior, os que fazem cursos profissionalizantes.

    Porém, o tempo de saída limitado ao necessário para as atividades, com exceções para a autorização de saída para estudar fora da prisão: presos que não cometeram crime hediondo, crime com violência ou grave ameaça.

    A nova medida se chama Lei Sargento PM Dias, em homenagem a policial assassinado por um foragido da saidinha de Natal de 2023.

    Porém algumas medidas ainda estão em debate, como: o exame criminológico para progressão de regime;  a boa conduta carcerária; e o indícios de baixa periculosidade.

    Já no que tange a utilização de tornozeleira eletrônica,  o novo projeto estipula em três novas situações: livramento condicional; execução da pena nos regimes aberto e semiaberto; e a restrição de direitos relativa à proibição de frequentar lugares específicos.

    Agora, o próximo passo do projeto é ele ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entrar em votação no plenário do Senado. E no retorno à Câmara dos Deputados, entrar na análise das alterações feitas no Senado. E por fim, a sanção pela Presidência da República.

    A aprovação do projeto na Comissão de Segurança Pública representa um passo importante na discussão sobre o sistema prisional brasileiro. As medidas propostas visam a garantir a segurança da sociedade e, ao mesmo tempo, promover a ressocialização dos presos.

  • Bolsonaro e aliados: investigados em operação da PF

    Bolsonaro e aliados: investigados em operação da PF

    Operação investiga organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no Poder após a derrota nas eleições de 2022

    A operação da Polícia Federal (PF) desta quinta-feira (8) mirou aliados políticos e militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A PF investiga organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para manter o ex-presidente no Poder após a derrota nas eleições de 2022.

    Bolsonaro também foi alvo de medida cautelar e precisa entregar o passaporte em 24h, além de estar proibido de manter contato com demais investigados.

    Ao todo são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.

    As buscas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

    alvos já confirmados com fontes da PF

    Mandados de busca e medidas cautelares

    1. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
    2. Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
    3. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
    4. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
    5. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
    6. General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
    7. Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
    8. General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
    9. Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
    10. Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;
    11. Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
    12. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
    13. Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
    14. Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
    15. Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
    16. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;

    Mandados de prisão

    1. Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
    2. Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
    3. Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
    4. Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.

    O que dizem as defesas dos alvos

    Jair Bolsonaro

    O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, confirmou nas redes sociais que o ex-presidente entregará seu passaporte à PF.

    “Em cumprimento às decisões de hoje, o Presidente @jairbolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes”, escreveu no X, antigo Twitter.

    Wajngarten disse ainda que Bolsonaro “já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba [em Angra dos Reis] retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados”.

    À analista da CNN Jussara Soares, o ex-presidente relatou que seu passaporte está em Brasília e, por isso, não foi entregue aos agentes que foram até sua casa em Angra dos Reis.

    “Meu passaporte está em Brasília, estou providenciando a entrega do meu passaporte o mais rápido possível. Uma operação em cima dos generais, a prisão de mais um assessor meu, coronel Marcelo Câmara, mais um coronel e um major que de nome não sei quem são”, disse.

    Segundo Bolsonaro, a PF chegou em sua residência às 07h.

    Almir Garnier

    Em nota, a defesa de Almir Garnier informou que o almirante teve seu celular e papéis apreendidos.

    “Prezados amigos, participo que face à situação política de nosso país, fui acordado em minha casa hoje, as 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”, declarou.

    Marcelo Câmara

    A defesa do coronel do Exército Marcelo Câmara informou que solicitou ao ministro Alexandre de Moraes acesso aos autos.

    Tércio Arnaud

    A defesa de Tercio Arnaud afirmou que pediu para o ex-assessor retornar a Brasília. Por enquanto, segundo o advogado Luiz Eduardo Kuntz, não há intimação para prestar depoimento. O advogado solicitou acesso aos autos para preparar a defesa.

    CNN tenta contato com todos os envolvidos.

  • Valdemar Costa Neto é preso por porte ilegal de arma

    Valdemar Costa Neto é preso por porte ilegal de arma

    Presidente do PL foi um dos alvos de operação que mira aliados de Bolsonaro

    O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) por porte ilegal de arma, nesta quinta-feira (8).

    Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que mira organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022.

    CNN

  • “Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive”, diz Lula

    “Quero que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive”, diz Lula

    Em entrevista à rádio Itatiaia nesta quinta-feira (8), presidente disse que não faria julgamento sobre o que pode acontecer na Justiça brasileira, após ser questionado sobre operação da PF que mira aliados de Bolsonaro

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, em entrevista realizada à rádio Itatiaia nesta quinta-feira (8), que Jair Bolsonaro (PL) tenha presunção de inocência, após uma operação da Polícia Federal, deflagrada também nesta manhã, mirar ex-aliados do ex-presidente e o próprio Bolsonaro.

    “Eu não quero fazer julgamento do que pode acontecer na Justiça brasileira”, afirmou Lula à Itatiaia. “O que eu quero é que o Bolsonaro tenha a presunção de inocência, que eu não tive. O que eu quero é que seja investigado e que seja apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros, que pague pelos seus erros.”

    A respeito da operação em si – na qual foram cumpridos mandados contra Valdemar Costa Neto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Walter Braga Netto, entre outros aliados de Bolsonaro –, Lula disse que não podia comentar muito.

    “Eu sinceramente não tenho muitas condições de falar sobre uma ação da Polícia Federal porque isso é uma coisa sigilosa, é uma coisa da polícia, é uma coisa da Justiça, e não cabe ao presidente da República ficar dando palpite em uma atuação dessa”, afirmou o petista.

    “Eu espero que a Polícia Federal faça a coisa do jeito mais democrático possível, que não haja nenhum abuso, que faça aquilo que a Justiça determinou que faça, e depois apresente para a sociedade o resultado daquilo que eles encontraram”, acrescentou.

    Lula criticou, ainda, o comportamento de Bolsonaro nas eleições de 2022.

    “As pessoas precisam aprender: eleição democrática a gente perde e a gente ganha. Quando a gente perde, a gente lamenta. Quando a gente ganha, a gente toma posse e governa o país”, disse. “O cidadão que estava no governo não estava preparado pra ganhar, não estava preparado pra perder, não estava preparado pra sair”

    “Ele [Bolsonaro] deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe”, afirmou o presidente. “Então vamos esperar as investigações. Eu espero que no tempo mais rápido possível a gente possa ter um resultado do que foi que verdadeiramente aconteceu no Brasil.”

    CNN

  • Decisão impede Bolsonaro de sair do país e ter contato com investigados

    Decisão impede Bolsonaro de sair do país e ter contato com investigados

    Ex-presidente é alvo de operação que investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito

    A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impede que o ex-presidente Jair Bolsonaro saia do país e tenha contato com investigados.

    O ex-presidente é um dos alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal. Ela investiga uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

    O ministro deu um prazo de 24h para que Bolsonaro entregue seu passaporte para as autoridades policiais. A defesa do ex-presidente informou que cumprirá as determinações judiciais.

    A operação desta quinta-feira é baseada na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ela apura a discussão da chamada “minuta do golpe”, encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

    Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

    Nesta fase da Operação Tempus Veritatis, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

    CNN

  • IPCA chega a 0,56% em dezembro e encerra ano com alta de 4,62%

    IPCA chega a 0,56% em dezembro e encerra ano com alta de 4,62%

    A inflação do país foi de 0,56% em dezembro, sexto mês seguido com taxas positivas. Com isso, o IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo IBGE.

    Em dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa registraram alta. A maior veio de alimentação e bebidas (1,11%), grupo que acelerou em relação ao mês anterior (0,63%) e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual). Com o aumento nos preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão-carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%), a alimentação no domicílio subiu 1,34%. Por outro lado, o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido (-1,26%).

    “O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica o gerente do IPCA, André Almeida.

    “No caso do arroz, que registrou alta pelo quinto mês seguido, a produção foi impactada pelo clima desfavorável”, diz o pesquisador. “Já a alta do feijão tem relação com a redução da área plantada, o clima adverso e o aumento do custo de fertilizantes”, completa.

    No mesmo período, a alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou frente ao mês anterior (0,32%), com as altas do lanche (0,74%) e da refeição (0,48%). Esses dois itens também aceleraram na comparação com novembro.

    No grupo dos transportes (0,48%), o segundo que mais contribuiu para o índice geral (0,10 p.p), as passagens aéreas (8,87%) continuaram subindo. Dezembro foi o quarto mês seguido com variações positivas desse subitem, que representou o maior impacto individual sobre a inflação do país (0,08 p.p.). Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados (-0,50%) tiveram deflação: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).

    “Pelo fato de a gasolina ser o subitem de maior peso entre os 377 pesquisados pelo IPCA, com essa queda, ela segurou o resultado no índice do mês”, ressalta André. Em dezembro, os preços desse combustível caíram pelo terceiro mês consecutivo.

    Já em Habitação (0,34%), que desacelerou na comparação com novembro (0,48%), os destaques foram as altas da energia elétrica residencial (0,54%), da taxa de água e esgoto (0,85%) e do gás encanado (1,25%). Os demais grupos registraram os seguintes resultados: Artigos de residência (0,76%), Vestuário (0,70%), Despesas pessoais (0,48%) Saúde e cuidados pessoais (0,35%), Educação (0,24%) e Comunicação (0,04%).

    IPCA fecha ano com alta de 4,62%, influenciado pelos transportes

    No ano, a inflação acumulada de 4,62% ficou abaixo dos 5,79% registrados no ano anterior. O maior impacto nesse resultado veio do grupo Transportes (7,14%), com a alta acumulada da gasolina (12,09%). Esse combustível tem o maior peso entre os subitens pesquisados no IPCA e, no ano, exerceu a maior contribuição individual (0,56 p.p.) para o resultado geral. “Vale lembrar que a gasolina teve o impacto da reoneração dos tributos federais e das alterações nas cobranças do ICMS”, destaca André.

    Outras altas relevantes no grupo foram do emplacamento e licença (21,22%) e das passagens aéreas (47,24%). Já os preços dos automóveis novos (2,37%) desaceleraram em relação a 2022 (8,19%), enquanto os dos usados recuaram 4,80%. “Como os preços dos automóveis subiram em 2022, o IPVA refletiu essa alta no ano seguinte”, explica.

    O grupo de Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano. O resultado se deve à queda nos preços da alimentação no domicílio (-0,52%), com a deflação do óleo de soja (-28,00%) do frango em pedaços (-10,12%) e das carnes (-9,37%). Outros grupos de destaque no acumulado do ano foram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%).

    “O grupo de produtos alimentícios ficou abaixo do resultado geral e ajudou a segurar o índice de 2023. Houve quatro quedas seguidas no meio de ano, o que contribuiu para esse resultado. A queda na alimentação no domicílio reflete as safras boas e a redução nos preços das principais commodities no mercado internacional, como a soja e o milho”, analisa o gerente da pesquisa.

    INPC tem alta de 0,55% em dezembro e fecha 2023 com alta de 3,71%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,55% em dezembro, acima do resultado do mês anterior (0,10%). O índice acumulou aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior (5,93%). No acumulado de 2023, houve alta de 0,33% nos produtos alimentícios e de 4,83% nos não alimentícios. “O resultado acumulado do ano do INPC ficou abaixo do IPCA principalmente por conta do maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem dentro da cesta”, explica o pesquisador.

    Em dezembro do ano passado, os preços dos produtos alimentícios aceleraram (de 0,57% para 1,20%). Os não alimentícios também registraram variações maiores (0,35% em dezembro contra -0,05% no mês anterior).

    Mais sobre as pesquisas

    O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. O próximo resultado do IPCA, referente a janeiro, será divulgado em 8 de fevereiro.

    IBGE