O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou nesta terça-feira, 8, a vitória do ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) à prefeitura de Piraí, a cerca de 90 quilômetro da capital fluminense. Pezão recebeu 10.714 votos (58,58% dos votos válidos) e desbancou o adversário Arthur Tutuca (PRD).
A candidatura do ex-governador havia sido indeferida em primeira instância por conta de uma condenação recebida por improbidade administrativa. Segundo a ação, Pezão não teria repassado à área da saúde valores mínimos definidos em lei durante seu mandato como governador. A condenação, recebida em 2022, cassava seus direitos políticos por cinco anos.
Porém, uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu os efeitos da condenação e, no último dia 4, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) julgou improcedente a ação de impugnação da candidatura dele.
Pezão volta à sua cidade natal para comandar a prefeitura pela terceira vez. Ele, que foi chefe do Executivo do município entre 1997 e 2005, começou sua carreira política como vereador, em 1983.
Foi vice-governador do Rio na chapa de Sérgio Cabral entre 2007 e 2014 e assumiu o governo do Estado no ano seguinte, mas não chegou a terminar o mandato. Em 2018, na esteira da Operação Boca de Lobo, um dos braços da Lava Jato, foi preso por suposto recebimento de propina da federação dos empresários do transporte do Rio.
Ficou preso por um ano, entre novembro de 2018 e dezembro de 2019. Em 2021, foi condenado a 98 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas foi absolvido em 2023 depois das anulações das sentenças do então juiz federal Marcelo Bretas.
O vice-prefeito no seu futuro governo será o vereador Alexandro Sena, do PSD – mesma legenda do prefeito da capital, Eduardo Paes. Além do PSD, estão na coligação do prefeito eleito de Piraí: Republicanos, PDT, Podemos, PRTB, PSB, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PCdoB, PV e PT. Apesar da vasta aliança, Pezão não terá maioria na Câmara. Dos 11 vereadores eleitos, apenas três fazem parte de partidos unidos à sua campanha.
O feriado do Dia do Servidor Público, comemorado no dia 28 de outubro, foi transferido para sexta-feira, dia 1º de novembro, conforme o Decreto Judiciário nº 4.407/2024, assinado nesta quarta-feira (09) pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Carlos França.
O documento informa que o TJGO acompanha o Decreto nº 10.566/2024, do chefe do Poder Executivo Estadual, que também transfere o feriado consagrado ao Dia do Servidor Público do dia 28 de outubro de 2024 para o dia 1º de novembro de 2024. A atribuição para transferir o feriado em comemoração ao Dia do Servidor Público é do chefe do Poder Executivo, de acordo com o disposto no regime jurídico dos servidores públicos estaduais.
Ficou definido também que não haverá mais o ponto facultativo no âmbito do Poder Judiciário estadual no dia 25 de outubro próximo.
Com a alteração, o calendário do TJGO fica reorganizado da seguinte forma:
• 24 de outubro (quinta-feira)– Feriado: Aniversário de Goiânia
• 25 de outubro (sexta-feira)– Funcionamento normal do Poder Judiciário de Goiás
• 28 de outubro (segunda-feira)– Funcionamento normal do Poder Judiciário de Goiás
• 1º de novembro (sexta-feira)– Feriado: Dia do Servidor Público
Oito suplentes de senadores conquistaram mandatos nas eleições municipais deste domingo (6). Dois se elegeram prefeitos e seis serão vereadores. No total, 16 suplentes da atual legislatura foram candidatos nas eleições: seis disputaram prefeituras e outros dez tentaram assentos em câmaras municipais.
Uma vez eleitos para outros cargos, os suplentes de senadores não precisam deixar a suplência, pois a situação não configura acúmulo de mandatos eletivos. Porém, se forem convocados para assumir o mandato no Senado — no caso de afastamento temporário ou definitivo do titular — eles precisarão escolher entre abrir mão da suplência ou renunciar ao cargo conquistado nas urnas.
Janaína Farias (PT), eleita prefeita de Crateús (CE), é a única dos suplentes vitoriosos que chegou a exercer mandato no Senado. Segunda suplente de Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação, ela ocupou o mandato neste ano, do início de abril ao final de julho. Também foi eleito prefeito Pedro Fernandes (União), primeiro suplente da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Deputado federal por cinco mandatos, ele comandará a prefeitura de Arame (MA) a partir do ano que vem.
Os suplentes que se elegeram vereadores foram:
– Aline Rezende (PP) em Boa Vista (RR): segunda suplente do senador Dr. Hiran (PP-RR);
– Danilo Martins de Oliveira (União) em Guaxupé (MG): segundo suplente do senador Carlos Viana (Podemos-MG);
– Hildinha Menezes (PT) em Campo Formoso (BA): segunda suplente do senador Otto Alencar (PSD-BA);
– Igor Targino (PL) em Macaíba (RN): segundo suplente do senador Rogério Marinho (PL-RN);
– Silvania Barbosa (Solidariedade) em Maceió (AL): segunda suplente do senador Renan Calheiros (MDB-AL);
– Terciliano Gomes (União) em Araguaína (TO): segundo suplente do senador Irajá (PSD-TO).
O Brasil poderá ter, nos próximos dias, a semana mais chuvosa registrada no País nos últimos seis meses, apontam as previsões da MetSul. O aumento das precipitações em grande parte do território nacional marca a mudança da temporada de seca, acentuada nas últimas semanas de inverno, para o início de dias mais úmidos e chuvosos, comuns na época da primavera.
Conforme a MetSul, esse período de precipitações poderá se estender por 10 dias e deverá cobrir a maior parte do País, com exceção de regiões do Nordeste. A previsão indica que os maiores acumulados se concentrarão nos Estados de Santa Catarina e Paraná, cujas cidades podem registrar um volume de chuvas superior ao de 100 mm.
“Muitas áreas podem ter acumulados perto e acima de 50 mm na soma dos próximos dez dias no Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Os maiores acumulados devem ocorrer na Região Sul, em particular em Santa Catarina e no Paraná, onde várias cidades podem somar nestes dez dias marcas de 100 mm a 200 mm”, diz a MetSul.
As precipitações, mais comuns em estados do Norte, Centro-Oeste e Sudeste neste período do ano, vão ajudar a trazer mais umidade e alívio ao calor recorde que atingiu algumas cidades do País nas últimas semanas. A última vez que Brasília e Belo Horizonte, por exemplo, tiveram chuvas acima de 1 mm foi em abril deste ano, informa a empresa.
Outro importante efeito provocado pelas precipitações é o de arrefecimento dos incêndios, que têm atingido diferentes municípios paulistas. Nos últimos meses, São Paulo registrou recorde de queimadas, conforme dados registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Apesar disso, as chuvas também poderão chegar na forma de temporais, alerta a Metsul, sobretudo em regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, que podem registrar quedas de granizo e vendavais isolados, e risco para alagamentos. Conforme a empresa, esse aumento de intensidade das chuvas será efeito de uma instabilidade que “se dará sob uma atmosfera aquecida que favorece convecção (movimento ascendente do ar)”.
Modelo da MetSul aponta para chuvas em quase todo o País nos próximos dias. Foto: MetSul/Reprodução
“A chuva forte a intensa acompanhando temporais localizados podem provocar mesmo alagamentos em algumas cidades, uma vez que as nuvens carregadas podem despejar grande quantidade de chuva em curto intervalo”, informa a MetSul.
A empresa alerta também para cidades de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal que, por conta da ausência de chuvas, poderão sofrer com nuvens de poeira levantadas pelas rajadas de vento – o que pode comprometer a visibilidade em alguns locais.
Previsão para São Paulo é de calor para esta terça
Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, (CGE), da Prefeitura de São Paulo, a mudança de temperatura deverá ocorrer na quarta-feira, 9. Para esta terça-feira, 8, a previsão ainda é de calor, tempo seco e com os termômetros podendo registrar 33ºC de máxima.
“Na quarta-feira, a propagação de uma frente fria ao largo do litoral paulista muda o tempo na região metropolitana”, diz o CGE. “O dia terá céu nublado, poucas aberturas de sol e potencial para chuva em forma de pancadas rápidas com até moderada intensidade entre o fim da tarde e a noite”, acrescenta. A previsão para quarta-feira para São Paulo é de 25°C, a máxima, e 17°C, a mínima.
Os eleitores goianienses já definiram quem serão os próximos 37 vereadores da 20ª Legislatura da Câmara Municipal de Goiânia. Com 99,9% de apuração das urnas, o Legislativo teve mais de 738 mil votos válidos e contou com o registro de 690 candidaturas. No entanto, inúmeros nomes ainda estão sub judice e precisam ser julgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Major Vitor Hugo (PL)
O líder de votação em Goiânia foi o ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL) com mais de 15,6 mil votos; seguindo pelo ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), com cerca de 13,5 mil votos; o atual presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD), com cerca de 11,5 mil eleitores.
Dessa forma, a composição da Câmara Municipal de Goiânia deve contar com MDB tendo 6 vereadores, seguido pelo PL com 5, além PRD e Solidariedade com 4 parlamentares. Em seguida, estão o PT e o UB, ambos com 3 cadeiras, depois Republicanos, PSDB, PP e PRTB com 2 nomes. Por fim, o PDT, o DC, o Podemos, o Agir e o Avante possuem 1 vaga cada.
Lista completa com todos os vereadores eleitos em Goiânia:
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO), convida a todos para a fase estadual do Festival Arte Educativo de Goiás (Faego) 2024. A abertura será realizada, nesta terça-feira (08/10), às 13 horas, no auditório da Seduc/GO, com eventos de prática de conjunto, ensino coletivo de teclado e cordas.
O festival visa estimular e valorizar a produção cultural escolar da rede pública estadual de ensino de Goiás em suas vertentes criativas, reflexivas e críticas. O Faego é resultado das ações do projeto Arte Educa, da Seduc/GO, desenvolvido via Superintendência de Desporto Educacional, Arte e Educação/Gerência de Arte e Educação e Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte.
Participação
Mais de cinco mil estudantes, de 59 unidades escolares, de 15 coordenações regionais de Educação (CREs), se reúnem nos dias 08, 09, 18, 19, 20 e 23 de outubro para as apresentações de diferentes modalidades artísticas da música (bandas e fanfarras, violão, teclado, cordas e coral), dança, teatro e artes visuais.
A programação é dividida entre o Auditório da Seduc/GO, o Teatro do Instituto Federal de Goiás (IFG) e o ginásio poliesportivo Goiânia Arena. Além da experiência de se apresentarem nos palcos, os grupos serão agraciados com troféus e medalhas. O festival é composto de três fases: a intermunicipal, a regional e a estadual.
Serviço
Festival Arte Educativo de Goiás – Fase Estadual
Datas: 08, 09, 18,19,20 e 23 de outubro Locais:
(Dias 08, 09 e 23/10) – Auditório da Seduc/GO: 5ª Av, quadra 71, número 212, Leste Vila Nova, Goiânia – GO, 74643-030
(Dias 18/10) – Teatro do IFG/Campus Goiânia: R. 75, 2-186, St. Central, Goiânia-GO, 74055-110
(Dias 19 e 20/10) – Ginásio Valério Luiz de Oliveira Goiânia Arena: R. da Prata, quadra 72, lote 15, Vila Maria Luiza, Goiânia-GO, 74805-100
O Brasil realizou o primeiro turno das eleições municipais no domingo (6). Ao todo, 11 capitais elegeram prefeitos nesta etapa, enquanto as outras 15 terão segundo turno.
Das capitais que já tiveram definição, dez reelegeram seu prefeito. A única que escolheu um novo nome para o cargo foi Teresina.
Dez prefeitos em capitais ganham reeleição no 1º turno e quatro são derrotados
Dos prefeitos eleitos já no primeiro turno, apenas Silvio Mendes (União Brasil), eleito em Teresina (PI), que não estava disputando a reeleição.
A segunda fase das eleições será realizada em 27 de outubro. Ainda tentam a reeleição seis atuais governantes de capitais: Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo; David Almeida (Avante), em Manaus; Sebastião Melo (MDB), em Porto Alegre; Adriane Lopes (PP), em Campo Grande; Fuad Noman (PSD), em Belo Horizonte; e Cícero Lucena (PP), em João Pessoa.
A partir de 17h deste domingo, as urnas foram fechadas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou a apuração dos votos. No total, 15 capitais terão votações no segundo turno.
Prefeitos derrotados:
Belém: Edmilson Rodrigues (PSOL);
Fortaleza: José Sarto (PDT);
Teresina: Dr. Pessoa (PRD);
Goiânia: Rogério (Solidariedade).
Prefeitos reeleitos:
Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB)
Florianópolis (SC): Topázio Neto (PSD)
Macapá (AM): Dr. Furlan (MDB)
Maceió (AL): João Henrique Caldas (PL)
Recife (PE): João Campos (PSB)
Rio Branco (AC): Tião Bocalom (PL)
Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes (PSD)
Salvador (BA): Bruno Reis (União Brasil)
São Luís (MA): Eduardo Braide (PSD)
Vitória (ES): Lorenzo Pazolini (Republicanos)
Segundo turno em capitais:
Aracaju (SE): Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT)
Belo Horizonte (MG): Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD)
Belém (PA): Igor Normando (MDB) e Delegado Éder Mauro (PL)
Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil)
Cuiabá (MT): Abilio Brunini (PL) e Lúdio (PT)
Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB)
Fortaleza (CE): André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT)
Goiânia (GO): Fred Rodrigues (PL) e Mabel (União Brasil)
João Pessoa (PB): Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL)
Manaus (AM): David Almeida (Avante) e Capitão Alberto Neto (PL)
Natal (RN): Paulinho Freire (União Brasil) e Natália Bonavides (PT)
Palmas (TO): Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira Campos (Podemos)
Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT)
Porto Velho (RO): Mariana Carvalho (União) e Léo Moraes (Podemos)
São Paulo (SP): Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
Integrante da Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás ( CSF/TJGO), presidida pelo desembargador Anderson Máximo de Holanda, a juíza Lívia Vaz da Silva conduziu, nesta sexta-feira (4), audiência de mediação referente à ocupação irregular de área pública de cerca de 8 mil metros quadrados situada no Jardim Mariliza, em Goiânia. Nos últimos 20 anos, a região foi ocupada por 27 famílias, que atualmente reivindicam a regularização da situação.
Ficou deliberado que a magistrada oficiará a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) para solicitar estudo sobre a viabilidade de implantação de serviços de tratamento de água e esgoto no local, no prazo de 10 dias, sob pena de multa. Também a Procuradoria-Geral do Município de Goiânia (PGM) e a Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária (Serfum) da capital têm 30 dias, cada, para analisar como se dará o procedimento de regularização fundiária urbana (Reurb) da área. Por sua vez, a Agência Goiana de Habitação (Agehab) se comprometeu a apresentar, em cinco dias, levantamento com o cadastro de todos os ocupantes com a certificação, ou não, de que eles não possuem outros imóveis em seus nomes.
Participaram da audiência, além de moradores da ocupação e representantes da (PGM) e da Serfum, profissionais também da Secretária Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplam), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO).
Morador da ocupação, o professor Ronaldo Matos agradeceu a atuação do TJGO no caso e relatou que mora no local há cerca de 20 anos. “Nunca fomos vistos, não tínhamos sequer um CEP para receber correspondências, vivíamos com medo. Mas agora confio que finalmente poderemos dormir em paz, certos de que não teremos nossa moradia retirada de nossas famílias”.
Também o técnico de telecomunicações Flávio Ribeiro Araújo afirmou que mora no local há muitos anos e que as famílias ocupantes são formadas por “gente trabalhadora que, no entanto, sempre sofreu humilhações de todo tipo”. Para ele, agora a perspectiva é de um futuro mais seguro. “Não somos bandidos, ocupamos o local porque simplesmente não tínhamos onde morar, o que é um direito básico de qualquer cidadão”.
Brasil tem mais de 100 eleitores presos e 14 candidatos por crimes eleitorais.
As eleições 2024 estão movimentando o País, e os eleitores estão ansiosos para saber quem serão os novos representantes nas prefeituras e câmaras municipais. O momento de apuração dos votos é sempre momento de grande expectativa.
Segundo turno ocorre nas cidades com mais de 200 mil eleitores em que nenhum dos candidatos a prefeito tenha obtido mais de 50% dos votos válidos.
Nas cidades com mais de 200 mil eleitores registrados, se nenhum dos candidatos a prefeito obtiver mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno está previsto entre os dois candidatos mais bem votados. Nestes casos, a etapa derradeira da eleição está marcada para 27 de outubro, último domingo do mês.
Na reta final da disputa pela Prefeitura de Goiânia, os principais candidatos intensificam suas estratégias para conquistar os votos dos indecisos e combater a crescente apatia eleitoral. Com a possibilidade de um segundo turno, os quatro candidatos com maiores chances, segundo pesquisas de intenções de voto — Sandro Mabel (União Brasil), Adriana Accorsi (PT), Vanderlan Cardoso (PSD) e Fred Rodrigues (PL) — intensificam suas campanhas com promessas mais detalhadas e forte presença tanto nas redes sociais quanto nas ruas.
Mabel, Adriana, Vanderlan e Fred (Fotos: reprodução)
O foco principal é atrair a atenção dos eleitores que ainda não definiram seus votos, além de motivar os apáticos a comparecer às urnas. Especialistas avaliam o impacto dessas estratégias e os desafios enfrentados pelos candidatos nesse cenário de incerteza, destacando o papel decisivo das redes sociais e a busca por uma conexão mais direta com o eleitor.
A importância de conquistar o voto indeciso
Com quatro dos oito candidatos na disputa tendo reais chances de chegar ao segundo turno, o foco em conquistar o voto indeciso é crucial. O cenário é de uma eleição fragmentada, e esse grupo pode ser decisivo para determinar quais dois candidatos avançarão para a segunda fase.
A professora de Ciências Políticas, Mariana Gomes, ressalta que o perfil dos indecisos em Goiânia é diverso. “Há eleitores que ainda estão avaliando as propostas e há aqueles que se sentem desiludidos com a política, mas que podem ser convencidos a votar caso vejam algo que dialogue diretamente com suas necessidades diárias”, destaca.
Diversos eleitores ainda estão indecisos e aguardam o último momento para definir o voto, com a intensificação de debates, entrevistas dos candidatos e finalização dos programas eleitorais no rádio e na TV. Rodrigo Almeida, professor de Direito Eleitoral, destaca que o voto indeciso pode ser determinante para o futuro político da cidade. “O eleitor indeciso é muitas vezes aquele que busca um posicionamento mais firme ou espera propostas mais detalhadas. É um eleitor exigente, mas que precisa de estímulos para não cair no voto nulo ou na abstenção”, explica.
Por que eleitores ainda não decidiram seu voto?
Carla Oliveira, 34 anos, professora que mora no Setor Bueno, explica que ainda não decidiu em quem votar por falta de tempo para acompanhar as campanhas com profundidade. Entre as demandas do trabalho e da casa, ela admite que só consegue se inteirar superficialmente das propostas apresentadas pelos candidatos. “Eu sempre deixo para a última semana, quando consigo focar mais nas propostas. Antes disso, é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo”, comenta. Ela destaca que questões relacionadas à educação serão determinantes para sua escolha final.
Já João Pereira, 56 anos, comerciante do Centro, afirma que nenhum candidato conseguiu convencê-lo plenamente até agora. Embora acompanhe as campanhas, ele sente que falta clareza sobre como os políticos irão enfrentar a crise econômica que afeta o comércio local. “Todo mundo promete, mas preciso ver quem realmente tem condições de entregar resultados. Vou decidir na última semana, quando as propostas ficam mais detalhadas e objetivas”, revela.
Marta Silva, 28 anos, moradora do Jardim Curitiba e funcionária de uma empresa de telemarketing, ressalta que a desconfiança em relação às promessas dos candidatos é o que a faz adiar a decisão. “Escuto muitas promessas que parecem repetidas de eleições anteriores. Quero ver quem vai falar algo diferente e realista nos últimos debates”, afirma. Para Marta, o transporte público será um dos pontos centrais em sua decisão.
Roberto Nunes, 45 anos, técnico em eletrônica e residente no Setor Campinas, conta que a indecisão vem do receio de que os candidatos não cumpram o que estão prometendo. “Já vi muita promessa que não saiu do papel. Vou esperar até o fim para ver quem parece mais confiável, principalmente em relação às propostas para segurança pública, que é o que mais me preocupa”, destaca Roberto, que também está atento às entrevistas finais e ao comportamento dos candidatos.
Luciana Costa, 39 anos, que trabalha como vendedora em um shopping na Região Sul e mora no Setor Garavelo, relata que as redes sociais desempenham um papel importante em sua escolha. Ela ainda está observando como os candidatos se comportam online e espera até a última semana para ver como irão se posicionar sobre questões sociais, como a saúde pública. “Eu sigo os perfis dos candidatos, mas também vejo o que falam deles nos grupos de WhatsApp. Quero saber quem realmente tem propostas sólidas, mas prefiro decidir na reta final, quando eles estão mais pressionados e revelam mais detalhes”, explica.
Por fim, Daniel Alves, 24 anos, estudante de Direito e morador do Setor Universitário, diz que ainda não decidiu o voto por conta da quantidade de informações contraditórias que circulam, tanto nas campanhas quanto nas redes sociais. “É muita fake news, muita polarização. Prefiro esperar para ver quem vai sustentar um discurso mais coerente até o final. Só assim poderei tomar uma decisão mais consciente”, argumenta. Para ele, debates e entrevistas nas últimas semanas são essenciais para definir o voto.
Histórico de abstenção preocupa campanhas
Em 21 de setembro, o jornal A Redação, destacou que a apatia e a abstenção nas últimas eleições em Goiânia são preocupações recorrentes nas campanhas. De acordo com levantamento da reportagem, com base nos dados da Justiça Eleitoral, o índice de abstenção tem crescido de forma significativa ao longo dos anos:
Para Almeida, esse aumento é um reflexo da desilusão com a política e o sistema eleitoral, algo que preocupa os candidatos, principalmente em um cenário em que a disputa tende a ser decidida por uma pequena margem de votos.
Rodrigo Almeida explica que a abstenção e o voto nulo ou branco têm crescido, em parte, devido à desconfiança generalizada nas instituições políticas. “Há uma clara desilusão com a política. Muitos eleitores, especialmente os indecisos, correm o risco de migrar para o voto em branco, nulo ou até mesmo optar pela abstenção. Isso é particularmente preocupante, pois pode deslegitimar ainda mais o processo eleitoral e afastar uma parcela significativa da população das decisões políticas”, pontua Almeida.
Os esforços para engajar eleitores nas ruas e nas redes
Os coordenadores das campanhas têm intensificado os trabalhos nas ruas e nas redes sociais para garantir a participação dos indecisos. Sandro Mabel (União Brasil), por exemplo, tem apostado em visitas presenciais em bairros estratégicos, reforçando suas propostas sobre urbanização e revitalização econômica. Ele também aposta em cortes de vídeos dessas visitas, além de entrevistas, que são distribuídos em redes sociais e grupos de WhatsApp, buscando engajar o eleitor que ainda não definiu seu voto.
Da mesma forma, Fred Rodrigues (PL) utiliza as redes sociais de forma intensiva, fazendo cortes de momentos-chave de sua campanha, como a recente visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última semana, e divulgando esses conteúdos em plataformas como Instagram, Facebook, e, principalmente, grupos de WhatsApp. “Estamos com uma campanha muito ativa nas redes, com vídeos diários respondendo às perguntas dos eleitores. Nosso objetivo é reduzir a distância entre o candidato e o eleitor, especialmente com os indecisos”, revela um dos coordenadores.
As candidaturas têm aproveitado esses canais para comunicar diretamente com o público, cortando vídeos curtos e diretos sobre temas de interesse popular, como segurança pública e transporte. Essa estratégia visa alcançar especialmente os jovens e os eleitores mais conectados digitalmente, onde o índice de indecisão tende a ser maior.
O impacto das pesquisas e a definição do voto útil
As últimas pesquisas eleitorais indicam que o voto dos indecisos pode ser decisivo para definir os rumos da disputa em Goiânia, já que muitos eleitores ainda não definiram seu candidato a poucos dias do pleito. De acordo com levantamentos recentes, o percentual de indecisos varia entre 15% e 20%, dependendo da metodologia aplicada, o que pode definir não só quem irá para o segundo turno, mas também o voto útil entre os principais candidatos.
Rodrigo Almeida explica que, em eleições acirradas como a de Goiânia, o voto útil costuma ser direcionado ao candidato com maiores chances de vencer o pleito. “O indeciso muitas vezes opta por um candidato que considera com mais chances de avançar ou de derrotar seu principal opositor. Isso cria um movimento de definição nas últimas horas da campanha, especialmente nas regiões onde o eleitorado é mais crítico”, avalia Almeida.