Categoria: Destaque

  • Soco e xingamentos: as imagens da confusão em Atlético-MG x Botafogo

    Soco e xingamentos: as imagens da confusão em Atlético-MG x Botafogo

    O empate entre Atlético-MG e Botafogo nesta quarta-feira (20), pela 34ª rodada da Série A, foi marcado por provocações e ânimos exaltados. Jogadores e seguranças dos dois times trocaram xingamentos no fim do jogo no Independência, em duelo que aflorou a rivalidade para a final da Copa Libertadores.

    A confusão

    A confusão extrapolou as provocações no fim do jogo. O jogador mais revoltado era Alexander Barboza, expulso aos 52 minutos do segundo tempo. A caminho do vestiário, o defensor fez diversas ameaças em direção ao campo. Ele precisou ser contido por seguranças do Botafogo.

    Já no fim da partida, a Itatiaia apurou que a confusão começou quando seguranças do Botafogo tentaram tirar o celular de um jornalista que filmava a saída dos jogadores para o vestiário. Seguranças do estádio tentaram amenizar o caos e houve um grande empurra-empurra, com direito a arremesso de grades de proteção.

    Final da Copa Libertadores

    Depois do confronto desta quarta-feira, Atlético-MG e Botafogo voltarão a se enfrentar pela final da Copa Libertadores. As equipes medirão forças às 17h (de Brasília) do próximo sábado (30), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

    CNN

  • Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu

    Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu

    O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão, nesta quinta-feira (21), para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, bem como um alto funcionário do Hamas, por supostos crimes de guerra cometidos durante o conflito que eclodiu após os ataques de 7 de outubro em Israel no ano passado.

    Em um comunicado divulgado, o tribunal sediado em Haia, na Holanda, disse ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo “fome como método de guerra” e “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.

    O tribunal rejeitou a contestação de Israel sobre a jurisdição do tribunal sobre o assunto.

    Israel não é membro do TPI. A Autoridade Palestina, no entanto, é signatária do Estatuto de Roma que estabeleceu o TPI e se juntou como o Estado da Palestina.

    O tribunal também emitiu um mandado para o oficial do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, também conhecido como Mohammed Deif, que Israel diz ter sido um dos mentores do ataque de 7 de outubro. Israel disse que o matou em um ataque aéreo em setembro, mas o Hamas não confirmou sua morte.

    O TPI disse que encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif era responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.

    Deif tem “responsabilidade criminal” por esses crimes, disse o tribunal, por ter “cometido os atos em conjunto e por meio de outros, tendo ordenado ou induzido a prática dos crimes” e por não ter “exercido o controle adequado sobre as forças sob seu comando e controle efetivos”.O tribunal acrescentou que há “motivos razoáveis ​​para acreditar que os crimes contra a humanidade foram parte de um ataque generalizado e sistemático dirigido pelo Hamas e outros grupos armados contra a população civil de Israel”.

    CNN

  • PF deve indiciar Bolsonaro, militares e ex-ministros por plano de golpe

    PF deve indiciar Bolsonaro, militares e ex-ministros por plano de golpe

    A Polícia Federal deve indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022.

    Ex-ministros como o general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, também devem aparecer no relatório final das investigações.

    A expectativa é de que o relatório final das investigações seja enviado ainda hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF). Como mostrou a CNN, a PF já considerava ter elementos para o indiciamento do ex-presidente desde de junho.

    O analista da CNN Caio Junqueira antecipou que a conclusão do relatório da PF deve acontecer nesta semana.

    CNN tenta contato com os citados.

    Se indiciado, STF pode julgar Bolsonaro entre abril e junho; veja o passo a passo

    Fontes da Corte avaliam que inquérito do golpe pode cumprir todo o rito nos próximos 4 ou 5 meses; advogados criminalistas, ouvidos pela CNN, avaliam que julgamento acontece em junho

    O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado, que é investigada pela Polícia Federal, pode acontecer entre março e abril de 2025, dizem fontes da Corte.

    Se o relatório da Polícia Federal for encaminhado para o STF ainda nesta semana, o ministro e relator Alexandre de Moraes deve enviá-lo para a Procuradoria-Geral da República logo no dia seguinte.

    A PGR terá então um prazo de 15 dias para decidir se arquiva, aceita ou pede novas diligências.

    Essa etapa deve ser concluída até meados de dezembro, pouco tempo antes do recesso judiciário iniciar, no dia 20.

    É provável, segundo fontes ouvidas pela CNN, que logo após o fim do recesso, no dia 01/02/25, Alexandre de Moraes inicie a próxima fase: oitivas de testemunhas, alegações finais e produção de novas provas.

    Concluída essa fase, o STF então aciona a PGR para saber se há algum complemento ou resposta às demandas das defesas.

    Encerrado esse rito, o caso estará pronto para ser julgado.

    Advogados criminalistas, ouvidos pela CNN, avaliam que é mais “factível” que o julgamento aconteça em junho porque as partes podem pedir perícias.

    Passo a passo

    • PF envia relatório com o indiciamento ao STF
    • STF manda relatório para PGR
    • PGR denuncia
    • STF julga o recebimento da denúncia e deve decidir por abrir ação penal
    • Ação penal é instruída:
      – aprofundamento da investigação com produção de novas provas
      – oitivas com testemunhas de defesa e acusação
      – alegações finais das partes
    • Ação penal vai a julgamento (condenação ou absolvição)

    CNN

  • É verdade que a CNH terá uma categoria para carros automáticos?

    É verdade que a CNH terá uma categoria para carros automáticos?

    Nos últimos dias, uma notícia sobre uma possível reformulação da Carteira Nacional de Trânsito (CNH) para carros automáticos repercutiu na mídia. Em tese, a categoria B seria reformulada, já em janeiro de 2025, para incluir uma subcategoria exclusiva para motoristas que dirigem apenas veículos com transmissão automática. Autoesporte foi atrás do assunto para entender se essa informação procede.

    Mas, antes, vale uma explicação. De acordo com algumas publicações, o Projeto de Lei 7.746/17, de autoria da deputada Mariana Carvalho (PSDB/RO), foi publicado em 2017 com a promessa de uma reforma na CNH. Nessa nova regra, a categoria B seria dividida em duas subcategorias. A B1 seria voltada para motoristas que dirigem apenas carros automáticos, enquanto a B2 seria destinada para condutores que podem conduzir tanto modelos automáticos, quanto manuais.

    Essa premissa, no entanto, serviria apenas para a emissão de novos documentos. Dessa forma, os motoristas não precisariam atualizar a CNH. Lembrando que a categoria B permite dirigir carros de passeio, picapes e utilitários com capacidade para até oito passageiros e peso bruto total de até 3.500 kg.

    Atualização da CNH é real?

    No entanto, a história não é bem assim. O PL, presente no site oficial da Câmara dos Deputados, tem como ementa inicial a “habilitação para motociclistas com transmissão de câmbio automática”. No documento, até aparece um completo que diz: “desde a apresentação, o projeto sofreu emendas, que acrescentaram outras propostas de mudança, como a criação de uma habilitação específica para veículos em geral com câmbio automático”. Ou seja, dá a entender que os veículos realmente foram adicionados nessa questão.

    Seja como for, não houve nenhum tipo de conclusão sobre o projeto e, consequentemente, não há uma data definida para a lei entrar em vigor. No site, a situação aparece como “pronta para pauta na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)”. Dessa forma, significa que o assunto está sendo apreciado pela câmara, mas ainda não seguiu para aprovação, algo que pode demorar, ou não, para acontecer.

    “Atualmente, o Detran-SP está acompanhando o andamento do PL e estudando os possíveis impactos e adaptações que essa proposta pode exigir. No momento, seguimos observando as discussões e aguardamos definições mais concretas para, então, avaliar e comunicar as diretrizes que poderão ser aplicadas caso o projeto seja aprovado”, completou o Detran.

    Autoesporte
  • Lula recebe Xi Jinping no Alvorada e estreita relações com a China

    Lula recebe Xi Jinping no Alvorada e estreita relações com a China

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe na manhã desta 4ª feira (20.nov.2024) o líder de Estado chinês, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada, em Brasília. O encontro é realizado após o encerramento da cúpula do G20, no Rio. Na reunião em Brasília, Lula e Xi Jinping devem estreitar relações bilaterais e coordenar assuntos multilaterais. O presidente chinês chegou em Brasília na tarde da última 3ª feira (19.nov). Foi recepcionado por uma comitiva composta por ministros do governo Lula e pelo grupo de percussão Batalá, que realizou uma apresentação para marcar a ocasião.

    Após o encontro no Palácio da Alvorada, Xi Jinping deve participar de assinatura de atos e de uma declaração a jornalistas. Depois, almoçará com Lula no Palácio da Alvorada. Um jantar de encerramento da visita oficial está previsto para a noite no Palácio Itamaraty. Xi Jinping deixará o país na 5ª feira (21.nov). Em 2023, Lula foi recebido pelo presidente chinês em Pequim. Foram assinados mais de 20 acordos na ocasião, nas áreas de meio ambiente, agricultura, ciência e tecnologia. A visita do presidente da China a Brasília mobiliza uma grande operação de segurança, com monitoramento das redes sociais, bloqueio marítimo do Lago Paranoá e reforço policial em 7 pontos da capital federal. Em artigo publicado no sábado (16.nov.2024) no jornal Folha de S.Paulo, Xi disse que as relações diplomáticas entre Brasil e China, estabelecidas em 15 de agosto de 1974, “têm resistido às mudanças e turbulências na situação internacional nesses 50 anos e são cada vez mais maduras e dinâmicas”.

    Ao falar sobre o comércio bilateral, Xi afirmou que a China é “o maior parceiro comercial do Brasil por 15 anos consecutivos e uma das principais fontes de investimento estrangeiro”. O líder chinês falou em uma “pauta comercial bilateral cada vez mais aprimorada”. CHINA DESBANCA EUA Os Estados Unidos perderam o protagonismo histórico na América Latina, no século 21. De lá para cá, a China conseguiu aumentar sua relevância na economia dos países da região. Em 2000, o principal parceiro de fora da região no comércio com as nações latino-americanas eram os norte-americanos. Em 2023, o cenário mudou e os chineses dominam a pauta exportadora do Brasil e em quase todos os Estados hispânicos. Equador, Colômbia e a Guiana são exceções da América do Sul. A China foi responsável em 2023 por importar US$ 104,3 bilhões do Brasil. O resultado também representou o maior saldo positivo da história para os brasileiros (US$ 51,1 bilhões). O valor representou 30,6% to total das exportações brasileiras para todo o mundo (US$ 339 bilhões). Em 2000, as exportações do Brasil para a China totalizaram apenas US$ 1,1 bilhão. Para comparação, os Estados Unidos importaram US$ 37,1 bilhões do Brasil em 2023 e, em 2000, US$ 13,4 bilhões.

    ROTA DA SEDA

    Os chineses esperavam poder anunciar a adesão do Brasil ao maior programa de infraestrutura do país asiático, a Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road, em inglês). O governo Lula, porém, preferiu não assinar o acordo. Considera que já há iniciativas em curso e que pode continuar buscando investimentos chineses sem se alinhar diretamente a uma estratégia geopolítica de Xi Jinping. O Executivo brasileiro foca a participação chinesa em 4 grandes eixos: investimentos em obras do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), construção e reforma das rotas de integração regional na América do Sul, aportes em projetos de transição energética e modernização do parque industrial. China e Brasil já integram conjuntamente o Brics (bloco composto originalmente pelos 2 países com Índia, Rússia e África do Sul) e se aproximaram ainda mais recentemente ao apresentarem em conjunto uma proposta de resolução política para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

    Poder 360

  • Brasil entrega presidência do G20 para a África do Sul

    Brasil entrega presidência do G20 para a África do Sul

    No encerramento da Cúpula de Líderes do G20 Brasil,  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou as principais entregas da presidência brasileira do fórum, nesta terça-feira, 19/11, no Rio de Janeiro. Entre as agendas, Lula destacou a realização da Cúpula do G20 Social, o roteiro para ao aprimoramento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs,  na sigla em inglês) e os debates sobre África e a dívida externa; a instalação do Grupo de Trabalho Empoderamento das Mulheres e a inclusão do ODS 18 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), sobre igualdade étnico-racial.

    O presidente brasileiro também destacou a definição dos princípios sobre comércio e desenvolvimento sustentável e o compromisso pelo aumento da produção de energias renováveis até 2023. A Coalização para a Produção Local e Regional de Vacinas e Medicamentos e o estímulo ao investimento em políticas públicas para melhorar o acesso à água e ao saneamento também foram negritadas por Lula.

    “Neste ano, realizamos mais de 140 reuniões em 15 cidades brasileiras. Voltamos a adotar declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho. Deixamos a lição de que, quanto maior for a interação entre as Trilhas de Sherpas e de Finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos nossos trabalhos. Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar”, pontuou Lula sobre a presidência brasileira do G20.

    Esperança no Sul Global

    Na passagem da presidência do G20 para Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, Lula reconheceu os valores históricos, culturais, políticos e econômicos que unem o continente e a América Latina. Como a partir de 2026 todos os países do grupo já teriam exercido a presciência pelo menos uma vez, o brasileiro disse que este é o momento  “momento propício para avaliar o papel que desempenhamos até agora e como devemos atuar daqui em diante. Temos a responsabilidade de fazer melhor”, concluiu.

    G20.org

  • Putin faz alerta aos EUA com nova doutrina nuclear

    Putin faz alerta aos EUA com nova doutrina nuclear

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, emitiu um alerta aos Estados Unidos nesta terça-feira, alterando as condições para um ataque nuclear, apenas alguns dias depois que o governo do presidente Joe Biden supostamente permitiu que a Ucrânia dispare mísseis norte-americanos de forma profunda no território russo.

    A doutrina atualizada, formalmente conhecida como “Os fundamentos da política de Estado no campo da dissuasão nuclear”, descreve as ameaças que fariam com que a Rússia, a maior potência nuclear do mundo, contemplasse o uso de tais armas.

    A Rússia considerará um ataque nuclear se ela, ou seu aliado Belarus, enfrente uma agressão “com o uso de armas convencionais que crie uma ameaça crítica à sua soberania e (ou) à sua integridade territorial”, diz a nova doutrina.

    A doutrina anterior, estabelecida em um decreto de 2020, dizia que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado.

    Outras alterações incluem considerar qualquer ataque convencional à Rússia por uma potência não nuclear apoiada por uma potência nuclear como um ataque conjunto. Qualquer ataque com aeronaves, mísseis de cruzeiro e aeronaves não tripuladas que cruze as fronteiras da Rússia também poderia desencadear uma resposta nuclear.

    “A agressão contra a Federação Russa e (ou) seus aliados por parte de qualquer Estado não nuclear com a participação ou apoio de um Estado nuclear é considerada um ataque conjunto”, diz a doutrina.

    “A agressão de qualquer Estado de uma coalizão militar (bloco, união) contra a Federação Russa e (ou) seus aliados é considerada como agressão pela coalizão (bloco, união) como um todo.”

    O Kremlin disse que a Rússia considera as armas nucleares como um meio de dissuasão e que o objetivo do texto atualizado é deixar absolutamente claro para os inimigos em potencial a inevitabilidade da retaliação caso eles ataquem a Rússia.

    Juntos, a Rússia e os EUA controlam 88% das ogivas nucleares do mundo. Putin é o principal tomador de decisões da Rússia sobre o uso do arsenal nuclear do país.

    Semanas antes da eleição presidencial dos EUA no início deste mês, Putin já havia ordenado mudanças na doutrina nuclear.

    Essas mudanças foram agora formalmente aprovadas por ele. Na época, analistas disseram que a mudança na doutrina era uma tentativa de Putin de traçar uma linha vermelha para o Ocidente.

    A guerra na Ucrânia, que entrou em seu milésimo dia nesta terça-feira, desencadeou o mais grave confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962 – considerada o mais próximo que as duas superpotências da Guerra Fria chegaram de uma guerra nuclear intencional.

    Reuters

  • PF desarticula organização que planejou golpe de Estado com planos de assassinar Lula e Alckmin

    PF desarticula organização que planejou golpe de Estado com planos de assassinar Lula e Alckmin

    A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito na eleição de 2022, com planos de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin.

    “Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”, disse a PF em nota.

    Os investigados na Operação Contragolpe, são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais.

    “Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, continuou a PF.

    O planejamento elaborado pelos investigados, de acordo com a PF, detalhava recursos humanos e bélicos necessários para as ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Ainda haveria uma posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações, segundo a PF.

    Os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

    O cumprimento dos mandados está sendo feito no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

    (Reportagem de Ricardo Brito)

    REUTERS

  • Vejo com muita preocupação a PEC da escala 6×1, diz Campos Neto

    Vejo com muita preocupação a PEC da escala 6×1, diz Campos Neto

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (18) que vê com “muita preocupação” a proposta de emenda à Constituição (PEC) para a estabilidade dos números do desemprego no Brasil. “O desemprego continua surpreendendo, e grande parte se deve às reformas trabalhistas. Por isso vejo com muita preocupação essa PEC do 6×1, que vai contra o que fizemos anteriormente.

    Não vai ser colocando mais deveres para os empregadores que você vai atingir mais direitos para os trabalhadores”, disse o presidente do BC em evento do Instituto de Ensino e Pesquisa Insper. Campos Neto também afirmou que vê a queda na produtividade como um desafio global. “Os países fizeram grandes e necessários programas de enfrentamento ao Covid. A dívida global é muito alta.

    O mundo enfrenta desafios de produtividade, que está em queda em todos os lugares menos nos Estados Unidos. A população do mundo está envelhecendo, esse é o grande desafio coletivo”, disse. Economistas questionam a proposta citando justamente uma possível queda na produtividade e uma consequente diminuição nos salários, além de demissões e cortes de gastos. Na última quinta-feira (14), Campos Neto afirmou que a proposta reduziria a produtividade e elevaria o custo da mão de obra.

    CNN

  • Russos alertam para risco de “guerra mundial” após EUA autorizar uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia

    Russos alertam para risco de “guerra mundial” após EUA autorizar uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia

    A autorização dos EUA que permite a Kiev o uso de mísseis americanos de longo alcance em ataques à Rússia, anunciada  neste domingo (17), “não mudará em nada” a estratégia de Moscou. Russos alertam para risco de “guerra mundial” após EUA autorizar uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (18) por Andrei Kartapolov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do Parlamento russo, à agência estatal Ria Novosti.

    Os objetivos estabelecidos pelo presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia “serão alcançados”, acrescentou o deputado. Andrei Kartapolov explicou que, para combater os mísseis de longo alcance, seria necessário “impedir que os aviões decolassem”.

    “Estamos nos concentrando nessa tarefa. Isso é uma prioridade, porque se um avião não decolar, o míssil não será lançado”, ressaltou. Embora os ucranianos “afirmem que visem alvos militares, muitas vezes atingem cidades e áreas povoadas, o que é um risco real”, continuou.

    “Acho que eles não vão nos pegar desprevenidos. Estou convencido disso”, acrescentou outro parlamentar, Vladimir Jabarov, membro do comitê de assuntos internacionais da câmara alta.

    “Mas isso não deixa de ser uma decisão sem precedentes e muito importante para dar início à Terceira Guerra Mundial. Os americanos o farão por impulso de um “velho” (NR: o presidente americano Joe Biden) que está prestes a deixar o cargo e não será mais responsável por nada em dois meses”, completou. Ele alertou que “a resposta da Rússia será imediata”.

    A Rússia anunciou na manhã desta segunda-feira (18) ter derrubado 59 drones ucranianos sobre as áreas situadas na fronteira com a Ucrânia e na região de Moscou.

    A China reagiu ao anúncio feito pelos EUA nesta segunda-feira, pedindo um “cessar-fogo e uma solução política”. “O mais urgente é encorajar uma diminuição das tensões o mais rápido possível”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, durante sua uma coletiva diária de imprensa.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou sobre a importância da “capacidade de longo alcance” para seu Exército, mas lembrou que operações militares “não são anunciadas”.

    Os mísseis americanos, com alcance máximo de várias centenas de quilômetros, permitiriam à Ucrânia atingir infraestruturas logística do Exército russo e os aeroportos de onde decolam os aviões que atuam nos bombardeios.

    Represália a envio de tropas norte-coreanas

    Os mísseis ATACMS fornecidos pelos EUA devem ser usados inicialmente na região fronteiriça russa de Kursk, para onde tropas norte-coreanas foram enviadas em apoio aos combatentes russos, de acordo com o jornal The New York Times, que citou autoridades americanas.

    De acordo com Kiev, cerca de 11.000 soldados norte-coreanos já estão mobilizados na Rússia e teriam iniciado combates na região, parcialmente controlada por tropas ucranianas.

    O anúncio de Washington neste domingo seria uma resposta ao envio de tropas norte-coreanas e ocorre algumas semanas antes da chegada de Donald Trump ao poder. Em setembro, Vladimir Putin alertou que essa decisão “significaria nada menos do que o envolvimento direto dos países da OTAN na guerra na Ucrânia”.

    Intensos bombardeios

    O presidente americano Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos Estados Unidos contra alvos militares na Rússia horas após um grande bombardeio russo contra a rede elétrica ucraniana. O ataque gerou uma onda de condenações internacionais contra a Rússia.

    Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, os bombardeios são “inaceitáveis”, já que tiveram como alvo “civis e instalações energéticas”.

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou os ataques “horríveis” em uma entrevista à GloboNews no Rio, onde ocorrerá a cúpula do G20 entre segunda e terça-feira. “Apoiaremos a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, afirmou.

    Nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que atingiu todos os alvos contra “infraestruturas de energia essenciais de apoio ao complexo militar-industrial ucraniano”.

    A Rússia destruiu metade da capacidade energética da Ucrânia com os ataques de drones e mísseis em quase três anos de ofensiva, segundo Kiev.

    Por isso Zelensky pedia há muito tempo a autorização para usar armas ocidentais de longo alcance para atacar as bases de onde a Rússia lança seus bombardeios e combater o avanço das tropas russas no leste.

    Fim da guerra?

    No início do mês, Putin recebeu vários líderes mundiais em uma reunião de cúpula dos Brics.

    A recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos provocou a retomada do debate sobre possíveis negociações com Moscou. Kiev teme ser obrigada a aceitar concessões.

    Trump criticou em várias ocasiões a ajuda de seu país à Ucrânia e afirmou que seria capaz de resolver o conflito em “24 horas”, mas sem revelar como.

    Zelensky, que por muito tempo descartou a opção, afirmou no sábado (16) que deseja acabar com a guerra em seu país em 2025 por “meios diplomáticos”.

    As posições russa e ucraniana são opostas: Kiev descarta ceder os territórios ocupados pelo Exército russo, mas Moscou afirma que esta é uma condição que não pode ser negociada.

    Com informações da AFP