sábado, dezembro 7, 2024
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PF deve indiciar Bolsonaro, militares e ex-ministros por plano de golpe

A Polícia Federal deve indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Ex-ministros como o general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, também devem aparecer no relatório final das investigações.

A expectativa é de que o relatório final das investigações seja enviado ainda hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF). Como mostrou a CNN, a PF já considerava ter elementos para o indiciamento do ex-presidente desde de junho.

O analista da CNN Caio Junqueira antecipou que a conclusão do relatório da PF deve acontecer nesta semana.

CNN tenta contato com os citados.

Se indiciado, STF pode julgar Bolsonaro entre abril e junho; veja o passo a passo

Fontes da Corte avaliam que inquérito do golpe pode cumprir todo o rito nos próximos 4 ou 5 meses; advogados criminalistas, ouvidos pela CNN, avaliam que julgamento acontece em junho

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado, que é investigada pela Polícia Federal, pode acontecer entre março e abril de 2025, dizem fontes da Corte.

Se o relatório da Polícia Federal for encaminhado para o STF ainda nesta semana, o ministro e relator Alexandre de Moraes deve enviá-lo para a Procuradoria-Geral da República logo no dia seguinte.

A PGR terá então um prazo de 15 dias para decidir se arquiva, aceita ou pede novas diligências.

Essa etapa deve ser concluída até meados de dezembro, pouco tempo antes do recesso judiciário iniciar, no dia 20.

É provável, segundo fontes ouvidas pela CNN, que logo após o fim do recesso, no dia 01/02/25, Alexandre de Moraes inicie a próxima fase: oitivas de testemunhas, alegações finais e produção de novas provas.

Concluída essa fase, o STF então aciona a PGR para saber se há algum complemento ou resposta às demandas das defesas.

Encerrado esse rito, o caso estará pronto para ser julgado.

Advogados criminalistas, ouvidos pela CNN, avaliam que é mais “factível” que o julgamento aconteça em junho porque as partes podem pedir perícias.

Passo a passo

  • PF envia relatório com o indiciamento ao STF
  • STF manda relatório para PGR
  • PGR denuncia
  • STF julga o recebimento da denúncia e deve decidir por abrir ação penal
  • Ação penal é instruída:
    – aprofundamento da investigação com produção de novas provas
    – oitivas com testemunhas de defesa e acusação
    – alegações finais das partes
  • Ação penal vai a julgamento (condenação ou absolvição)

CNN

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