Categoria: Destaque

  • Michel Temer faz avaliação sobre jornada 6×1, “é exagerado”

    Michel Temer faz avaliação sobre jornada 6×1, “é exagerado”

    O ex-presidente Michel Temer opinou nesta segunda-feira (18) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL), que propõe a redução da jornada de trabalho no Brasil. Questionado por jornalistas, Temer afirmou que o modelo 6×1 é “um pouco de exagero” e destacou que a discussão em torno do tema é pertinente, embora não arrisque prever os desdobramentos do debate.

    “Acho que 6×1, com toda franqueza, é exagerado. A discussão é válida, sem dúvida, mas onde vai chegar, não sei dizer”, comentou.

    Histórico de propostas sobre a carga horária

    Temer relembrou a proposta que apresentou em 2010, quando presidia a Câmara dos Deputados. Na época, ele sugeriu uma redução gradativa da jornada semanal para 42 horas, como uma alternativa intermediária às reivindicações de sindicalistas que defendiam a diminuição para 40 horas.

    De acordo com o ex-presidente, a sugestão previa que a carga horária fosse ajustada para 43 horas em 2011 e para 42 horas no ano seguinte. No entanto, a iniciativa não avançou. “Discutimos isso por meses, e minha proposta foi uma solução intermediária que também não gerou resultados concretos”, concluiu Temer.

    A declaração reacende o debate sobre a necessidade de revisão das condições de trabalho no Brasil, que continuam dividindo opiniões entre líderes políticos, empregadores e representantes dos trabalhadores.

    Pardal Tech

  • Morre opositor preso na Venezuela entre denúncias de “crise repressiva” após eleições

    Morre opositor preso na Venezuela entre denúncias de “crise repressiva” após eleições

    Um militante da oposição na Venezuela faleceu nesta quinta-feira (14) sob custódia das autoridades, em meio a denúncias de uma “crise repressiva” após a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro.

    Jesús Martínez, de 36 anos, morreu em um hospital de Barcelona (estado de Anzoátegui, leste) devido a um problema cardíaco, associado a complicações por uma diabetes tipo II. No dia anterior, sua família havia denunciado o estado crítico de uma perna com necrose, que precisava ser amputada.

    Os defensores dos direitos humanos Alfredo Romero (à esquerda) e Gonzalo Himiob, presidente e vice-presidente da ONG Foro Penal, durante uma conferência de imprensa em Caracas, em 14 de novembro de 2024.© Juan BARRETO

    Ele era militante do partido Vente Venezuela, liderado pela opositora María Corina Machado, que denuncia fraude na proclamação de Maduro e assegura que seu candidato, Edmundo González, venceu nas eleições de 28 de julho.

    “Um crime a mais de Maduro e seu regime”, escreveu Machado na rede social X, em clandestinidade. “Morreu nas mãos deles, morreu pelas condições desumanas em que foi mantido sequestrado. Levaram Jesús por exercer seu direito e dever como cidadão”, acrescentou.

    Ele fazia parte do grupo de testemunhas que a oposição organizou para monitorar os votos, e sua prisão foi considerada política.

    Ele foi preso “sem ordem de busca e apreensão e sem motivo algum”, relatou Machado. “O transferiram para celas desumanas em Anzoátegui, foi severamente maltratado e mantido em condições de higiene tão precárias que desenvolveu necrose em ambas as pernas”.

    – “Um número enorme” –

    Os protestos pós-eleitorais também resultaram em 28 mortos e mais de 200 feridos, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que inicialmente mencionou mais de 2.400 detidos, incluindo menores de idade.

    Saab, acusado de servir ao chavismo, disse esta semana à AFP que “muitos já foram libertados”, embora sem fornecer números exatos. O presidente indicou pouco antes que “se houver algum caso a retificar e revisar, [peço] também que se faça justiça”.

    A ONG Foro Penal – que registra os detidos por razões políticas – contabilizou 1.979 presos.

    É “um número enorme”, disse Alfredo Romero, presidente do Foro Penal, que monitora os presos políticos. “Estamos falando do número mais alto de presos políticos no século XXI, o mais alto de presos políticos em todo o continente americano”.

    A maioria dos presos na crise pós-eleitoral encontra-se nas prisões de segurança máxima Tocorón (Aragua) e Tocuyito (Carabobo).

    Antes de 28 de julho, data das presidenciais, o Foro Penal tinha registrado 305 presos políticos.

    Desde 2014, ao menos uma dúzia de “presos políticos” faleceu sob custódia do Estado, segundo ativistas.

    – “Mãos no coração” –

    Entre as prisões confirmadas pelo Foro Penal desde 29 de julho, dia em que estouraram os protestos pela reeleição de Maduro, há 69 adolescentes e 10 pessoas com algum tipo de deficiência.

    Gonzalo Himiob, vice-presidente do Foro Penal, destacou que 10 dos detidos têm deficiências, como um jovem de 17 anos no espectro autista e outro de 27, surdo, que não sabe ler, escrever ou se comunicar em língua de sinais.

    Saab afirmou que os adolescentes presos estavam em instituições para menores e “com seus direitos humanos assegurados”. “Na Venezuela, crianças não ficam detidas, isso é mentira”, insistiu.

    Um grupo de cerca de cem familiares de detidos se reuniu nesta quinta-feira em frente à procuradoria para pedir a Saab sua libertação. “Que coloque as mãos no coração e veja o caso, que são jovens inocentes”, disse à AFP Jenny Barrios, cujo filho de 22 anos foi preso na oficina mecânica onde trabalhava em Maracaibo (estado de Zulia, oeste).

    Além do aumento das detenções, há violação da presunção de inocência, negativa ao direito de defesa particular e falta de acesso aos detidos, informou Romero.

    “O mais característico é a quantidade de pessoas que passaram a ser presos políticos, estamos falando de seis vezes mais do que a quantidade inicial de presos políticos”, detalhou o defensor de direitos humanos.

    AFP

  • Carro de comitiva de ministro da Secretaria-Geral da Presidência é roubado no centro do Rio antes do G20

    Carro de comitiva de ministro da Secretaria-Geral da Presidência é roubado no centro do Rio antes do G20

    Um veículo da comitiva do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, foi roubado e posteriormente recuperado pela polícia do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, informou o governo estadual, enquanto o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de eventos preparatórios para a cúpula do G20 na cidade na próxima semana.

    Segundo o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, o motorista do ministro estava aguardando uma pessoa da comitiva ministerial na porta de um hotel no centro da cidade quando foi abordado por criminosos armados.

    “A comitiva não estava em deslocamento. O motorista do ministro estava aguardando uma pessoa em frente ao hotel e foi abordado por dois homens em uma moto. O carro foi roubado, rapidamente foram acionadas as forças de segurança e o veículo foi recuperado”, afirmou o secretário, acrescentando que o carro foi encontrado na comunidade Nova Holanda, na zona norte da cidade.

    Segundo a Polícia Militar, agentes do 5° Batalhão da PM (Praça da Harmonia) foram acionados para uma ocorrência de roubo de veículo na rua do Riachuelo. O policiamento foi reforçado na região após o incidente.

    “De acordo com o comando da unidade, o motorista foi abordado por dois homens em uma moto, no momento em que aguardava o embarque de um passageiro. Os suspeitos fugiram antes da chegada da guarnição. O policiamento foi reforçado na região”, disse a PM.

    O assalto aconteceu no mesmo dia em que entrou em vigor a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo governo federal na cidade para ampliar a segurança com o reforço de homens das Forças Armadas para a cúpula do G20.

    Eventos prévios e paralelos ao G20 já estão sendo realizados no Rio. O próprio Macêdo esteve na abertura do U20, um evento das cidades do G20, mas não falou sobre o assunto. Procurada, a Secretaria-Geral da Presidência não se pronunciou de imediato sobre o episódio.

    A cúpula ocorrerá nos dias 18 e 19 no Museu de Arte Moderna (MAM) e terá um esquema de segurança que envolve mais de 10 mil agentes de diversas forças.

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que todas as medidas necessárias foram tomadas para garantir a segurança do evento.

    “Estamos preocupados com a segurança desde o início da preparação. Vamos ter os principais chefes de Estado aqui no Rio”, afirmou em entrevista a jornalistas.

    “Governo federal, governo do Estado e prefeitura tomaram todas as medidas necessárias. Estou muito tranquilo”.

    Reteurs

  • Maioria do STF rejeita recurso e mantém pena de prisão contra Collor

    Maioria do STF rejeita recurso e mantém pena de prisão contra Collor

    A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta quinta-feira (14), para rejeitar um recurso do ex-presidente Fernando Collor e manter a pena de oito anos e dez meses de prisão imposta ao político. Votaram para rejeitar: Alexandre de Moraes, relator do caso Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Edson Fachin, Luiz Fux, e Cármen Lúcia. O Supremo recomeçou a julgar o caso nesta quinta (14), em sessão presencial do plenário. O caso foi tirado do formato virtual pelo ministro André Mendonça. No plenário virtual, os ministros já haviam formado maioria para rejeitar o recurso do ex-presidente. Procurada pela CNN, a defesa de Collor disse que não vai comentar a decisão do STF.

    Divergência Os ministros Dias Toffoli, Nunes Marques, André Mendonça e Gilmar Mendes votaram a favor de diminuir a pena para 4 anos de prisão, atendendo – em parte – ao recurso apresentado pela defesa. Para esses quatro ministros, o cálculo da pena a Collor no julgamento terminou empatado. Assim, deveria ser favorecido o réu, com a consideração da pena menor. Já Cristiano Zanin se declarou impedido de julgar o caso.

    Collor vai ser preso? O recurso apresentado pelo ex-presidente é chamado de embargos de declaração. Ele serve para contestar pontos que tenham ficado obscuros ou contraditórios na decisão. Mesmo depois do julgamento desses embargos, ainda será possível, para a defesa, apresentar novos embargos. A jurisprudência do STF é de admitir até a apresentação dos chamados segundos embargos. Se rejeitados os segundos embargos, a Corte manda certificar o chamado “trânsito em julgado” da ação — ou seja, quando não cabem mais recursos — e determina a execução da pena. A pena fixada a Collor, de 8 anos e 10 meses de prisão, tem que ser cumprida em regime inicial fechado.

    Condenação Em maio de 2023, o STF condenou Collor à prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis, que envolveu recebimento de propina para viabilizar contratos com a estatal. A maioria dos ministros entendeu ter ficado comprovado que Collor recebeu R$ 20 milhões de propina, entre 2010 e 2014, para facilitar a construção de obras da UTC Engenharia na BR Distribuidora, usando a influência política dele como senador para indicações estratégicas na empresa. Os valores passaram por lavagem para ocultar a origem ilícita. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015 e aceita em 2017 pela Segunda Turma do STF. As investigações começaram na Operação Lava Jato.

    CNN

  • Goiás é o 2º com maior índice de esclarecimento de homicídios

    Goiás é o 2º com maior índice de esclarecimento de homicídios

    Uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite desta segunda-feira (11/11), trouxe à tona um dado alarmante: 61% dos homicídios ocorridos no Brasil em 2022 não foram solucionados. Goiás é o 2º com maior índice de esclarecimento de homicídios

    O levantamento, realizado pelo Instituto Sou da Paz e divulgado no relatório “Onde mora a impunidade?”, expôs as lacunas na investigação criminal em grande parte do país. Goiás, no entanto, despontou como exceção a essa realidade: o estado apresentou um índice de esclarecimento de homicídios de 86%, enquanto a média nacional ficou em 39%.

    “Esse resultado reforça aquilo que venho dizendo já há algum tempo e que o Brasil está reconhecendo agora: em Goiás bandido não se cria”, afirma o governador Ronaldo Caiado. Ele lembra que, no estado, segurança sempre foi prioridade. “Investimos muito em estrutura, capacitação, inteligência, e demos autonomia para os nossos policiais trabalharem. O resultado está aí”, completa o governador, ao parabenizar as polícias Civil, Científica e as demais forças policiais goianas pelo resultado.

    Homicídios

    De acordo com o relatório, em 2022, o estado registrou 975 denúncias para um total de 1.136 homicídios ocorridos naquele ano. O desempenho colocou Goiás em posição de destaque no cenário nacional, ficando atrás apenas do Distrito Federal entre os mais eficientes na resolução desse tipo de crime. O Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar, com 71%. A Bahia teve o menor índice, apenas 15%.

    O documento indica que, em Goiás, 60% dos homicídios dolosos consumados em 2022 foram denunciados no mesmo ano; outros 26% foram oferecidos no ano seguinte. Apenas 14% dos casos permaneceram sem denúncia até o final de 2023. Esse desempenho deu ao estado uma classificação “Alta” no índice de esclarecimento calculado pela entidade, consolidando Goiás como referência em investigação criminal no país.

    Lançado na segunda-feira (11/11), o sétimo relatório da pesquisa “Onde Mora a Impunidade?” mostra tendência de crescimento do indicador nacional de esclarecimento de homicídios a partir de 2021. O documento registra um índice de 39% de esclarecimento para os homicídios dolosos ocorridos no país em 2022.

    O aumento ocorre após queda observada no ano de 2019 e acentuada no ano de 2020, período crítico da epidemia de Covid-19. Apesar da leve melhora, o dado mostra que o principal indicador não se alterou de forma significativa desde 2017, ano no qual a análise começou a ser realizada.

    Método

    O indicador de esclarecimento de homicídios representa a porcentagem de homicídios dolosos consumados em determinado ano que tiveram ao menos um (a) autor (a) denunciado pelo Ministério Público até o fim do ano seguinte. Para elaborar a nova edição do estudo, os dados foram requisitados aos Ministérios Públicos e Tribunais de Justiça de todos os estados brasileiros por meio da Lei de Acesso à Informação.

    A pesquisa contabilizou um total de 22.880 homicídios dolosos ocorridos em 2022, dos quais 8.919 resultaram em denúncias criminais até dezembro de 2023.

    Na sétima edição do estudo, foi possível calcular o indicador para 18 estados, sendo que os dados foram fornecidos por Ministérios Públicos em 13 deles e por Tribunais de Justiça em cinco. Nove estados ficaram de fora do cálculo devido a dados incompletos, que incluíam a ausência da data do homicídio ou um percentual superior a 20% de processos sem essa informação.

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Comércio goiano cresce acima da média nacional

    Comércio goiano cresce acima da média nacional

    O comércio goiano cresceu pelo 10° mês consecutivo em setembro, ao registrar aumento de 6%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (2,6%).

    O desempenho positivo do setor varejista, que também obteve a mesma alta entre janeiro e setembro de 2024, foi influenciado pela alta nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, seguido pelas vendas em hipermercados e supermercados.

    Conforme apurado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), a partir da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na variação acumulada em 12 meses, o crescimento em Goiás foi de 4,6%, com resultado também influenciado pelas vendas dos mesmos produtos.

    A venda de veículos, motocicletas, partes e peças, impulsionou o resultado no varejo ampliado, que atingiu crescimento de 11,6%, 9,2% nas variações acumuladas no ano e em 12 meses, e aumento de 2,6% na variação interanual.

    Comércio goiano cresce mais que média nacional

    O crescimento do comércio em Goiás superou a média nacional no período. O crescimento brasileiro na variação interanual foi de 2,1%, seguido por 4,8% e 3,9% no acumulado no ano e em 12 meses.

    “Além de alcançar resultados acima da média nacional, o comércio goiano apresentou crescimento pelo décimo mês seguido. Esse bom desempenho é muito importante para o desenvolvimento da nossa economia”, pontua o secretário-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

    A Pesquisa Mensal de Comércio produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento do comércio varejista no país, apontando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

    Secretaria-Geral de Governo

  • Milei se reúne com Trump e pode pôr Mercosul em rota de colisão

    Milei se reúne com Trump e pode pôr Mercosul em rota de colisão

    O presidente argentino chega a Palm Beach nesta quinta-feira (14) para se tornar o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pelo presidente eleito Donald Trump, com quem pretende negociar um Tratado de Livre Comércio. Uma negociação unilateral da Argentina fere as regras do Mercosul e pode gerar atrito diplomático com o Brasil.

    O presidente argentino, Javier Milei, parte nesta quinta-feira (14) a Palm Beach, onde terá um encontro com o presidente eleito, Donald Trump, na mansão de Mar-a-Lago, na qual se realiza a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC). Milei será orador na CPAC na sexta-feira (15), tendo lugar reservado à mesa com Trump, com quem pretende abordar a possibilidade de Argentina e Estados Unidos negociarem um Tratado de Livre Comércio (TLC).

    Horas antes de partir, numa entrevista com a rádio argentina Rivadavia, Milei antecipou que pretende um acordo de livre comércio com os Estados Unidos e a extensão de acordos comerciais com a China. “Nós podemos avançar em maiores acordos comerciais com os Estados Unidos da mesma maneira que estamos avançando muito fortemente com a China”, indicou Milei.

    Quando perguntado se a intenção é um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, o presidente argentino confirmou: “Sim, é isso. Você entendeu perfeitamente”.

    “Você é meu presidente favorito”

    Milei será o primeiro presidente que Trump receberá depois de eleito. O encontro vai acontecer no contexto da conferência conservadora CPAC na qual Milei também foi orador em 24 de fevereiro, quando teve um breve diálogo com Trump.

    Desta vez, a CPAC limita-se a investidores e grandes doadores da campanha de Trump que pagaram 25 mil dólares para participarem dos três dias de conferência, até sábado (16). Milei foi convidado como orador e estará à mesa com Trump.

    Na terça-feira (12), Milei e Trump conversaram pelo telefone durante 10 minutos.

    “Você é o meu presidente favorito”, teria dito Trump a Milei, de acordo com o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni.

    Segundo o governo argentino, Trump está interessado no plano “serra elétrica” de Milei que corta pessoal e estruturas do Estado. Além disso, os empresários Elon Musk e Vivek Ramaswamy, designados para comandar o Departamento de Eficiência Governamental”, têm regularmente conversado com o ministro argentino da Desregulação e da Transformação do Estado, Federico Sturzenegger.

    “O governo eleito (Donald Trump) se sente muito mais confortável trabalhando comigo do que com outros governos. Isso tem consequências comerciais e financeiras”, disse Milei durante a entrevista.

    A principal “consequência financeira” é um apoio dos Estados Unidos, como principal acionista do Fundo Monetário Internacional, a um acordo entre a Argentina e o FMI.

    A principal “consequência comercial”, revelou Milei, é um TLC com os Estados Unidos que também serviria para driblar qualquer adoção de barreiras protecionistas por parte de Trump.

    Rota de colisão

    O problema é que o pretendido TLC de Milei põe o Mercosul em rota de colisão, principalmente com o Brasil, com quem a Argentina forma o eixo da integração regional.

    A probabilidade de um Tratado de Livre Comércio pode forçar o Mercosul a uma modernização ou a uma ruptura. As atuais regras do bloco, como União Alfandegária, proíbem negociações comerciais de forma individual.

    A única forma de Milei conseguir um Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos é se a negociação envolver os demais países fundadores do Mercosul: Brasil, Paraguai e Uruguai. Caso contrário, rompe-se o Mercosul como União Alfandegária.

    Ao contrário de uma Zona de Livre Comércio, uma União Alfandegária requer consenso entre os integrantes para cada decisão.

    “Não está vedada uma negociação entre um membro do Mercosul com outro Estado nem um acordo com terceiros em questões que não sejam tarifárias. Porém, um Tratado de Livre Comércio (TLC) significa entrar num terreno proibido”, indica à RFI o consultor de negócios internacionais, Marcelo Elizondo, um dos maiores especialistas sobre Mercosul.

    É por isso que Mercosul e União Europeia negociam um acordo há 25 anos sem que haja uma unanimidade. Sempre houve um ou mais países em discordância. Na prática, um país pode exercer o poder de veto.

    Em setembro de 2021, o Uruguai ensaiou negociações comerciais com a China por fora do Mercosul. A intenção era forçar o bloco a uma flexibilização. O mandato do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, terminará em março sem que a regra tenha sido quebrada.

    “A atual integração no mundo requer um bloco com acordos comerciais com diversos países, mas o Mercosul, nos seus 33 anos, não saiu da vizinhança. Dos 20 blocos de integração no mundo, o Mercosul é o que menos comércio exterior tem em relação ao seu produto interno bruto. A relação do Mercosul é de 14,9% enquanto a média no mundo é de 33%”, compara Elizondo.

    No caso dos Estados Unidos, há um sinal de alerta para as negociações. O país compra dos países do Mercosul matérias primas e produção agropecuária, que já são commodities, mas venderia produtos industrializados, aqueles que mais emprego geram.

    RFI

  • Fim da escala 6×1 é salvação do capitalismo, diz economista que coordenou piloto de semana de 4 dias em Portugal

    Fim da escala 6×1 é salvação do capitalismo, diz economista que coordenou piloto de semana de 4 dias em Portugal

    O economista Pedro Gomes defende a semana de quatro dias de trabalho não para tornar as pessoas mais felizes, mas sim porque acredita que, assim, será possível salvar o capitalismo.

    Fim da escala 6×1 é salvação do capitalismo, diz economista que coordenou piloto de semana de 4 dias em Portugal

    Autor do livro Sexta-feira é o novo sábado (2021), o professor de economia da Universidade de Londres em Birkbeck afirma que o mundo passou por transformações profundas ao longo das últimas décadas, mas o trabalho não acompanhou essas mudanças.

    O resultado são funcionários estafados e famílias exaustas — isso pensando na realidade de países em que prevalece a escala 5×1.

    Enquanto o Brasil vê ganhar fôlego a campanha para acabar com a semana de seis dias de trabalho com um dia de folga, Gomes aplaude a iniciativa, considerando o modelo algo reminiscente do século 19.

    Mas frisa a necessidade de que as mudanças sejam graduais e bem planejadas, com diferentes soluções sendo encontradas para diversos setores.

    “Considero que já está na hora de terminar o 6×1 para dar espaço, de forma prudente e bem estudada, para a semana de quatro dias”, diz Gomes à BBC News Brasil.

    Gomes coordenou o Projeto-Piloto da Semana de Quatro Dias organizado pelo governo de Portugal, seu país natal, em 2023, para implementar a semana de quatro dias em 41 empresas voluntárias.

    Ao fim do período de teste, apenas quatro empresas quiseram voltar para a jornada de cinco dias por semana.

    Historicamente, ele diz que essas transições sempre foram acompanhadas de grande resistência do setor empresarial, mas afirma que encarar a mudança traz grandes benefícios para economia.

    “A adaptação é muito mais fácil do que, de partida, as empresas vão dizer”, afirma.

    O economista Pedro Gomes é autor do livro Sexta-feira é o novo sábado
    O economista Pedro Gomes é autor do livro Sexta-feira é o novo sábado © Divulgação

    BBC News Brasil – Seu livro defende a semana de quatro dias de trabalho, proposta que tem gerado grande debate no Brasil e que está sendo discutida no Congresso. Qual é o principal argumento por trás desta defesa?

    Pedro Gomes – Acho que a semana de quatro dias é a melhor forma de organizar a economia no século 21. E não é porque devemos trabalhar menos para ser mais felizes ou pelo bem-estar. É pensando nas grandes mudanças estruturais que ocorreram na economia e na sociedade.

    Nos últimos 50 anos, tudo mudou, desde a tecnologia, a velocidade de comunicação, a longevidade, o papel da mulher no mercado de trabalho. Mas não soubemos adaptar a forma com que trabalhamos, que permaneceu igual.

    A semana de cinco dias foi implementada pelo Henry Ford, o maior empresário americano do século 20, em 1926. Vai fazer cem anos. Demorou muito para as economias se adaptarem, mas esse modelo está na maioria dos países ocidentais há 40 anos e não soubemos alterar a forma de trabalhar.

    Hoje, a semana de quatro dias é uma melhor forma de organizar a economia pelo impacto positivo que pode trazer. Isso envolve reorganizar a economia e o trabalho nas empresas.

    BBC News Brasil – O seu livro diz que a semana de quatro dias pode ‘salvar a economia’. De que maneira?

    Gomes – É um erro dos críticos da semana de quatro dias pensarem que o tempo livre é um tempo morto para a economia. Para eles, se não trabalharmos, não contribuímos para a economia. Podemos estar felizes, mas a economia vai cair.

    A verdade é que há muito valor econômico no tempo de lazer. É no tempo livre que vamos ao restaurante, ao teatro, que viajamos. As indústrias de lazer dependem do tempo livre das pessoas. Pessoas sem tempo livre não são boas consumidoras.

    Mais tempo livre estimula indústrias do mercado interno, e isso foi visto nos Estados Unidos, nos anos 1940, e na China, em 1995, quando passaram da semana de seis para cinco dias.

    A China desenvolveu o mercado de turismo interno, que agora é o maior do mundo. Construíram parques temáticos e as pessoas começaram a viajar mais dentro do país, desenvolvendo a economia interna.

    BBC News Brasil – O senhor defende a transição da semana de trabalho de cinco para quatro dias, mas no Brasil ainda se discute o fim da semana de seis dias. O senhor considera esse passo importante para o país?

    Gomes – Sim. A escala de 6×1 está mais ligada ao século 19 do que a uma economia tão forte do século 21. Considero que já está na hora de terminar o 6×1 e dar espaço, de forma prudente e bem estudada, para a semana de quatro dias.

    BBC News Brasil – O debate no Brasil tem despertado grande resistência entre setores empresariais e partidos conservadores. Como o senhor vê essas críticas?

    Gomes – No passado, a jornada de trabalho era de 12 horas por dia, seis dias por semana. Depois, passou para dez horas, depois para oito horas, depois para cinco dias. Essas passagens sempre foram acompanhadas por grande resistência do lado empresarial. Porque obrigam a grandes mudanças na organização do trabalho, e ninguém gosta de mudanças.

    O mais curioso é que historicamente essas transformações sempre começaram com empresas que se anteciparam à legislação. Foi o caso de Henry Ford, quando resolveu que conseguia produzir mais carros organizando o trabalho em cinco dias.

    Na Inglaterra, Robert Owen, um manufatureiro galês, foi pioneiro do dia de trabalho de oito horas e do fim do trabalho infantil. No entanto, quando falou em acabar com o trabalho infantil, muitas empresas disseram que não conseguiriam funcionar e que a economia iria colapsar. Entretanto, outros empresários demonstraram que era possível.

    Pedro Gomes: 'Escala de 6x1 está mais ligada ao século 19 do que ao século 21'
    Pedro Gomes: ‘Escala de 6×1 está mais ligada ao século 19 do que ao século 21’ © Getty Images

    BBC News Brasil – O vereador carioca que deu início a esse movimento, Rick Azevedo, convocou protestos pela causa no feriado de 15 de novembro. A mobilização popular pode ajudar a levar adiante esse tipo de transformação?

    Gomes – Acredito que sim. Melhorar a economia não é só fazê-la crescer. É também protegê-la dos riscos negativos. E um maiores riscos para as economias modernas são os movimentos populistas, que ganham força pelo descontentamento das pessoas com a economia.

    Temos crescido muito nos últimos 30 anos, mas as pessoas não sentem que vivem melhor do que seus pais. E, portanto, vão atrás de promessas falsas e populistas que, na maioria dos casos, não têm boas plataformas econômicas. Entretanto, estão crescendo porque o centro político não soube dar respostas para os trabalhadores.

    Isso foi muito comentado nos Estados Unidos, a ideia de que os democratas abandonaram os trabalhadores. E não há nada mais central na vida do trabalhador do que a forma e o tempo que trabalha.

    Acredito que a semana de quatro dias pode ser uma solução para conseguir derrotar movimentos populistas. É algo que pode unir as pessoas, porque todos vão se beneficiar. Portanto, é bom que as pessoas se manifestem para mostrar que isto é um caminho que os políticos devem seguir.

    BBC News Brasil – Pensando no caso do Brasil, como o senhor vislumbra uma redução bem-sucedida nas escalas de trabalho?

    Gomes – As mudanças devem ser faseadas. É importante fixar expectativas e dizer às empresas aonde se quer chegar, mas sem tentar fazer tudo de uma vez, num espaço pequeno de tempo. Porque todos os setores precisam se adaptar e encontrar o melhor formato na prática. Não há uma solução única. É preciso soluções diferentes para diferentes setores, e isso tem de ser discutido por dentro.

    No caso do Brasil, a escala de seis dias de fato está fora do que é uma economia do século 21. Essa redução vai trazer melhorias, como trouxe na China, no Japão, nos Estados Unidos, em Portugal. E, portanto, a economia deve se preparar para essa passagem.

    ‘Setores precisam encontrar melhor formato, não há uma solução única’, diz o economista português© Getty Images

    BBC News Brasil – Você acha que proibir a jornada 6×1 na lei, como propõe a emenda à Constituição em discussão no Congresso, é uma forma eficaz de gerar essa mudança?

    Gomes – Sim. Quando olhamos para a história, a passagem da redução de tempo de trabalho foi inicialmente liderada por empresas, mas foi sempre consolidada por legislação. E eu não vejo problema nenhum em que seja consolidada primeiro pela legislação.

    Friedrich Hayek, que é o pai do liberalismo econômico, acreditava que o Estado devia fazer o mínimo, mas uma das poucas coisas que devia fazer era legislar sobre o tempo de trabalho. Não é contra os princípios liberais de um governo pouco intervencionista legislar e proibir certas práticas, ou proibir o trabalho a partir de uma certa altura. E por quê? Porque é igual para todas as empresas. Não distorce a concorrência.

    Imagino que restaurantes sejam um setor que ainda pratique com a semana de seis dias. Quando implementarem a semana de cinco dias, será igual para todos os restaurantes. Um não estará acima de outros. Os restaurantes que melhor se adaptarem vão sair ganhando. Portanto, mesmo em uma visão de concorrência, restringir pela legislação práticas que não fazem sentido na economia atual é perfeitamente legítimo.

    BBC News Brasil – O senhor falou que sua defesa da semana de quatro dias não é pela questão do bem-estar, mas isso é uma parte importante do debate, que destaca o impacto negativo da jornada de trabalho sobre a saúde. Isso não tem um impacto negativo sobre a produtividade?

    Gomes – Sim, tem. Cem anos atrás, quando se trabalhava seis dias por semana, os problemas gerados pelo trabalho eram físicos, ligados a síndrome de movimento repetitivo.

    Hoje, precisamente pela intensificação do trabalho, da tecnologia, da velocidade de comunicação, o trabalho se tornou mais intenso mentalmente. O aumento do burnout e do estresse são uma consequência de não termos adequado a forma de trabalhar à tecnologia e aos tipos de trabalhos que temos hoje.

    Outro elemento muito importante é a participação das mulheres no mercado de trabalho. Há 50 anos, a maior parte das mulheres trabalhava em casa. Mesmo que o homem trabalhasse muitas horas com intensidade, quando chegava a casa, a mulher havia cuidado de tudo. Era tempo de descanso.

    Agora, na maior parte das famílias, os dois trabalham as mesmas horas e com a mesma intensidade. E quando voltam para casa, não é tempo de descansar, é tempo de fazer tudo aquilo que ficou por fazer, compras, cozinha, limpeza. Com isso, as famílias têm uma falta de tempo enorme. Isso se sente muito nos países europeus. Cria esta pressão contínua que causa o burnout e o estresse.

    Quais são os impactos? São pessoas que saem das empresas, gerando um custo enorme para substituí-las e perda de conhecimento. Isso também gera muitas faltas por doença ou burnout, e impactos no sistema de saúde.

    Há estudos que tentam contabilizar os custos do burnout e do estresse, mostrando que podem custar entre 2% e 5% do PIB [Produto Interno Bruto] por perda de produtividade. Uma pesquisa da Harvard Business School considera que, nos Estados Unidos, as doenças de saúde mental ligadas ao trabalho custam em 4,5% do PIB. Isso é uma das razões pelas quais empresas estão buscando implementar a semana de quatro dias.

    BBC News Brasil – O senhor coordenou um projeto piloto em Portugal, e empresas em diversos países estão testando a semana 4×3. O que é preciso para fazer essa transição?

    Gomes – Essa passagem não deve começar de uma forma generalizada, mas sim por algumas grandes empresas, dedicando vários anos e muito planejamento para encontrar soluções práticas.

    Além de Portugal, há projetos piloto em países como o Brasil, nos Estados Unidos, na Alemanha. As empresas que participam não estão sendo pagas, elas próprias veem os benefícios, que são muito ao nível da redução do estresse e do burnout, da redução do absentismo e de conseguir manter os trabalhadores na empresa. É muito difícil contratar funcionários qualificados para algumas posições, e a semana de quatro dias é uma forma alternativa de valorizar o emprego, em vez de ser apenas com aumento de salário.

    As empresas que têm experimentado o modelo mudam muitas coisas na organização do trabalho, buscando, por exemplo, reduzir o número de reuniões, tentar adotar mais tecnologia e inteligência artificial, limitar ou eliminar processos.

    Das 41 empresas que participaram do projeto piloto em Portugal, apenas quatro voltaram para trás, para a semana de cinco dias. A grande maioria manteve. Mas não foi apenas deixar de trabalhar na sexta-feira. Foi mudar muitas coisas para aumentar a produtividade e dar viabilidade econômica a essa mudança.

    Ao obrigar as empresas a reduzir o tempo de trabalho, elas vão se adaptar. Os benefícios em termos de produtividade vêm dessa adaptação. A adaptação é muito mais fácil do que, de partida, as empresas vão dizer.

    BBC

  • PM desarma explosivos e Praça dos Três Poderes tem acesso restrito

    PM desarma explosivos e Praça dos Três Poderes tem acesso restrito

    O acesso à Praça dos Três Poderes, em Brasília, permanece restrito, na manhã desta quinta-feira (14), após episódios de explosões na noite de ontem. A Polícia Militar do DF realiza uma operação de varredura antibombas no local. O trânsito nas proximidades está restrito a carros oficiais. O acesso da imprensa e de funcionários é feito por vias alternativas. A expectativa é que as forças de segurança passem o dia trabalhando no local. Por volta das 6h de hoje, as equipes da CNN escutaram novas explosões.

    De acordo com a PM, alguns artefatos estão sendo desativados, por isso, as explosões seguem ocorrendo. Na manhã de hoje, a PM divulgou uma nota, na qual informa que os explosivos estão sendo desativados “um a um”. Segundo a corporação, os vestígios estão sendo preservados para que a investigação possa ter materiais em busca de outros possíveis autores. De acordo com os Bombeiros do Distrito Federal, novas explosões também foram registradas durante a madrugada.

    A jornalista da CNN, Luciana Amaral, que estava no local, relatou: “O chão aqui onde eu estou chegou a tremer durante esse estouro dessa nova bomba. A gente não sabe exatamente o que foi que explodiu, mas o chão chegou a tremer”. A Polícia Federal (PF) confirmou, por meio de identificação visual, que o homem que morreu na Praça dos Três Poderes após duas explosões foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. O cadáver segue isolado no local, sendo periciado. Um robô especializado foi enviado ao local para auxiliar na operação.

    O Major Broocke, da Polícia Militar, relatou que há explosivos na área, mas a quantidade e o tipo dos artefatos ainda são desconhecidos. Não se sabe se são explosivos caseiros ou de natureza mais sofisticada. Além disso, as autoridades não têm informações precisas sobre quantos dispositivos já foram detonados. Um detalhe preocupante é a presença de um timer junto ao corpo da vítima, o que, segundo o porta-voz, pode indicar a possibilidade de acionamento remoto de explosivos adicionais.

    (Com informações de Isabel Mega e Gabbriela Veras, da CNN)

  • Bolsonaro chama de ‘maluco’ homem que morreu após explosões em Brasília

    Bolsonaro chama de ‘maluco’ homem que morreu após explosões em Brasília

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o homem que morreu após explosões na Praça dos Três Poderes de “maluco” e afirmou não ter “a menor ideia” sobre quem era Francisco Wanderley Luiz, catarinense de 59 anos, proprietário do carro encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara dos Deputados.

    Ao portal Metrópoles, o ex-presidente sugeriu que Francisco Luiz possa ter “deixado algo escrito ou gravado” sobre uma eventual pretensão terrorista. A Polícia Federal investiga se o incidente teve motivação política. Nas redes sociais, Francisco utilizava o apelido de “Tiü França” e se demonstrava adepto de teorias da conspiração.

    'Tiü França' era adepto de teorias conspiratórias e demonstrou pretensões terroristas nas redes sociais horas antes de morrer em explosão na Praça dos Três Poderes Foto: Reprodução
    ‘Tiü França’ era adepto de teorias conspiratórias e demonstrou pretensões terroristas nas redes sociais horas antes de morrer em explosão na Praça dos Três Poderes Foto: Reprodução

    Horas antes de morrer, fez publicações que indicavam pretensões terroristas, além de criticar os líderes dos Três Poderes. “Pai, Tio França não é terrorista, né? (…) Ele apenas soltou uns foguetinhos para comemorar o dia 13?, diz um texto publicado pelo homem morto, fazendo referência à data desta terça-feira.

    Em outra publicação, Francisco Luiz publicou uma fotografia em que aparece no plenário do STF. Na legenda, o catarinense afirmou que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”.

    Em 2020, Francisco Luiz se candidatou a vereador da cidade de Rio do Sul, no oeste catarinense, pelo PL, partido que, hoje, abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro. No momento da candidatura, contudo, o PL ainda não contava com Bolsonaro em seus quadros, que só se filiou à sigla de Valdemar Costa Neto em 2021. Ao Metrópoles, o ex-presidente reforçou que só se filiou ao partido que lançou Francisco à vereança um ano depois da candidatura do “Tiü França”.

    Estadão