Categoria: Destaque

  • ‘Chuva preta’ deve atingir pelo menos 5 estados este sábado

    ‘Chuva preta’ deve atingir pelo menos 5 estados este sábado

    A fumaça das queimadas que encobre boa parte do país e uma frente fria devem levar a “chuva preta” a pelo menos cinco estados neste fim de semana. O fenômeno já foi registrado neste mês no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, onde deve se repetir. A previsão é que atinja também o Mato Grosso do Sul.

    Segundo o site O Globo, a chuva preta agrega a fuligem das queimadas na Amazônia, no Cerrado e em outros biomas, e se forma com a combustão incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e biomassa (madeira e resíduos agrícolas). A coloração escurece quando as gotas de chuva se misturam com partículas de fumaça e fuligem presentes na atmosfera.

    “Quando os materiais orgânicos não queimam completamente, em vez de se transformarem inteiramente em dióxido de carbono e vapor de água, eles produzem partículas finas de carbono negro e outros compostos. Essas partículas são extremamente pequenas, com diâmetros na escala de nanômetros a micrômetros, o que lhes permite permanecer suspensas no ar por longos períodos e viajar grandes distâncias”, explica a meteorologista Estael Sias, do MetSul.

    Imprópria para beber

    A chuva preta tem cheiro de fumaça e não oferece risco maior do que sujar o corpo quando entra em contato com a pele. Mas a água é imprópria para o consumo de pessoas e de animais, devido à presença de contaminantes ainda desconhecidos por especialistas.

    Notícias Ao Minuto

  • Governo nega confisco de valores esquecidos em bancos

    Governo nega confisco de valores esquecidos em bancos

    A incorporação dos cerca de R$ 8,56 bilhões esquecidos no sistema financeiro às contas do Tesouro Nacional não representa confisco de recursos, esclareceu na noite desta sexta-feira (13) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Em nota, o órgão ressaltou que os donos dos recursos poderão pedir o saque, mesmo após a incorporação.

    A transferência dos recursos ao Tesouro Nacional consta do projeto que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, aprovado de forma definitiva pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (12). Os R$ 8,56 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

    No comunicado, a Secom destacou que a previsão para incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional está prevista em legislação há mais de 70 anos, por meio da Lei 2.313 de 1954. O texto esclarece que, diferentemente de um confisco tradicional, os cidadãos poderão reclamar os valores esquecidos.

    O Ministério da Fazenda, informou a Secom, publicará um edital no Diário Oficial da União com informações sobre os valores a receber. O recolhimento poderá ser contestado pelos que tiverem direito.

    Contabilização

    O Banco Central e o Ministério da Fazenda divergem sobre a forma de contabilizar os valores esquecidos. Para o BC, a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro não representa um esforço fiscal porque não resulta de economia de recursos do governo, mas de dinheiro dos correntistas. Haddad diz que há precedentes que permitem a inclusão dos R$ 8,5 bilhões deixados de lado no sistema financeiro na meta fiscal de déficit primário zero para 2024.

    Na última quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que existe precedente que permite a inclusão dos R$ 8,5 bilhões para reforçar as contas do Tesouro Nacional. O ministro citou o caso dos R$ 26,3 bilhões parados no antigo fundo PIS/Pasep.

    No fim de 2022, a emenda constitucional da transição autorizou a transferência do dinheiro para o Tesouro Nacional. A Fazenda considera que o dinheiro reforçou o caixa do governo em 2023, mas o BC não reconheceu o valor, o que levou à maior divergência entre as estatísticas dos dois órgãos da história.

    Dinheiro Rural

  • Deputada federal Cristiane Lopes assina coautoria do impeachment Moraes

    Deputada federal Cristiane Lopes assina coautoria do impeachment Moraes

    No dia 09 de setembro, foi protocolado no Senado Federal um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alegando suposto crime de responsabilidade. A Deputada Federal Cristiane Lopes (União Brasil-RO) assinou como uma das coautoras do documento, reafirmando seu compromisso em defesa dos direitos constitucionais e da liberdade de expressão no país.

    A parlamentar utilizou as suas redes sociais para expor seu ponto de vista sobre a situação, frisando a importância de proteger os direitos dos cidadãos e manter o equilíbrio entre os poderes no Brasil. Em declaração pública, Cristiane Lopes destacou, “chegou o momento de defender a liberdade e a justiça no Brasil! É hora de unir forças por um Brasil onde a justiça realmente sirva ao povo e não se torne um instrumento de abuso de poder! Vamos lutar por um país onde os direitos dos cidadãos sejam respeitados e a democracia seja preservada”.

    O pedido de impeachment, entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, alega que Alexandre de Moraes teria cometido ações que configuram crime de responsabilidade. Entre os pontos principais do documento, destacam-se a violação à liberdade de expressão e à manifestação de pensamento, além de decisões que teriam afetado diretamente a atuação parlamentar no Congresso Nacional.

    Além de Cristiane Lopes, o pedido de impeachment também é assinado por outros deputados federais e cidadãos que compartilham da mesma preocupação em relação ao STF. Apesar de senadores da oposição não terem formalmente assinado o documento, alguns manifestaram apoio ao movimento, defendendo a necessidade de o Senado avaliar o pedido de forma justa e imparcial.

    Em sua fala, Cristiane Lopes enfatizou que este não é um ataque ao STF, mas sim uma medida necessária para garantir que todos os poderes da República atuem de forma equilibrada e dentro dos limites estabelecidos pela Constituição. “Nossa intenção é proteger a democracia e assegurar que nenhum poder extrapole suas funções. A liberdade de expressão é um direito inalienável, e o Parlamento precisa ter sua autonomia respeitada. Não estamos contra o Supremo Tribunal Federal, estamos a favor do Brasil e da justiça que serve ao povo.”

    O posicionamento da deputada reflete a crescente preocupação de parte da sociedade com o que é visto como uma centralização de poder por parte de alguns ministros do STF. A medida, segundo Cristiane Lopes, visa restabelecer o equilíbrio entre os poderes e garantir que os direitos constitucionais sejam preservados para todos os brasileiros. Cabe agora ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidir sobre o andamento do pedido de impeachment, já que o Senado é o órgão responsável por julgar casos de ministros do STF.

    A defesa da liberdade de expressão e da atuação parlamentar será, sem dúvida, um dos principais temas de debate no Congresso Nacional nos próximos meses, e a deputada Cristiane Lopes prometeu continuar sua luta para que o povo brasileiro seja efetivamente representado.

    NewsRondonia

  • A impunidade ganha um nome

    A impunidade ganha um nome

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli deve estar orgulhoso de seu revisionismo histórico da Operação Lava Jato, sua magnum opus como juiz. Um ano depois de anular todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da Odebrecht, hoje Novonor, seu nome batiza um movimento de dezenas de delatores, alguns criminosos condenados, que têm acorrido aos tribunais para obter os mesmos benefícios processuais concedidos pelo ministro ao presidente Lula da Silva, autor do pedido de anulação. É o “Efeito Toffoli”, algo que, sem qualquer prejuízo semântico, também pode ser chamado de festim da impunidade.

    Em 6 de setembro de 2023, vale lembrar, Toffoli usou um despacho monocrático em uma Reclamação (RCL 43007) interposta pela defesa de Lula, na véspera do feriadão da Independência, para submeter a sociedade brasileira à sua visão muito peculiar sobre o que foi a maior operação de combate à corrupção de que o País já teve notícia. Com uma canetada, Toffoli declarou “imprestáveis” as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day, dois instrumentos que fizeram rodar com eficiência germânica o notório “departamento de propina” da então Odebrecht, o centro nervoso do esquema do petrolão nos governos lulopetistas.

    Segundo esse realismo fantástico toffoliano, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba teria se valido de “tortura psicológica”, algo que ele havia chamado de “um pau de arara do século 21?, para obter provas contra pessoas “inocentes”. De acordo com o ministro em sua decisão, a prisão de Lula teria sido “um dos maiores erros judiciários da história do País”, “uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado”. Rasgando a toga para se lançar como analista político, Toffoli ainda avaliou que a prisão do petista seria fruto de “uma verdadeira conspiração com o objetivo de colocar um inocente como tendo cometido crimes jamais por ele praticados”, ação esta que representaria “o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições” a partir da ascensão de Jair Bolsonaro.

    Sabe-se que, entre idas e vindas, o STF entendeu que a 13.ª Vara Federal de Curitiba não era o foro competente para julgar Lula da Silva. A Corte entendeu ainda que o princípio da presunção de inocência não autoriza o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado da decisão penal condenatória. Mas escapou ao ministro Dias Toffoli, por razões que não cabe a este jornal perscrutar, que as provas que o levaram a anular o acordo de leniência da Odebrecht e deram a largada para essa corrida pela impunidade foram obtidas por meios flagrantemente ilegais, o que ficou evidente no âmbito da Operação Spoofing.

    Toffoli também parece ignorar que os delatores que agora pedem a anulação de seus acordos de colaboração premiada – e a devolução de milhões de reais pagos a título de multa – confessaram seus crimes e concordaram em devolver milhões de reais cada um à Petrobras e/ou ao erário. Ademais, todos esses acordos que teriam sido assinados “sob tortura psicológica”, um rematado disparate, foram considerados hígidos pelo próprio STF, que os homologou.

    Essa esquizofrenia jurídica, chamemos assim, somada ao voluntarismo, à criatividade e às intenções pessoais de Dias Toffoli – que não esconde de ninguém sua genuflexão de penitência diante de Lula da Silva –, é o que tem levado uma plêiade de ex-executivos da Odebrecht e de outras empresas à Justiça para pedir a anulação de seus acordos com o Ministério Público Federal, entre outros órgãos de controle, e a devolução de multas milionárias que foram pagas como contrapartida da não persecução criminal em casos de desvios de recursos públicos confessados com espantosos níveis de detalhe.

    Por piores que sejam as decisões do ministro Dias Toffoli sobre a Operação Lava Jato nesse ano que passou – decisões que, é bom enfatizar, até hoje não foram submetidas ao crivo do plenário do STF –, mais aviltante é o desrespeito da Corte à inteligência e à memória dos cidadãos e ao próprio Poder Judiciário como um todo, pois a ninguém interessa, como já sublinhamos, um STF voluntarista, instável e politizado.

    Estadão

  • STF determina transferência de R$18,35 mi do X e da Starlink para União e desbloqueia contas

    STF determina transferência de R$18,35 mi do X e da Starlink para União e desbloqueia contas

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência de 18,35 milhões de reais que estavam nas contas bloqueadas das empresas X e Starlink, de Elon Musk, aos cofres da União, para pagamento de multas por descumprimento de ordens judiciais.

    Assinada na última quarta-feira, a decisão também determina o desbloqueio das contas das empresas, informou o STF.

    “Com o pagamento integral do valor devido, o ministro considerou que não havia mais necessidade de manter as contas bloqueadas e ordenou o desbloqueio imediato das contas bancárias/ativos financeiros, veículos automotores e bens imóveis das referidas empresas, com expedição de ofício ao Banco Central do Brasil, comunicação oficial à CVM e aos sistemas RENAJUD e CNIB”, diz o tribunal em nota publicada em seu site.

    Os valores haviam sido bloqueados por ordem de Moraes para o pagamento de multas que haviam sido impostas à plataforma X devido a sucessivos descumprimentos de ordens judiciais, como o bloqueio de contas e a retirada de páginas disseminadoras de fake news. O X também ignorou determinação judicial para que indicasse um representante legal da rede social no país.

    Reuters

  • Justiça da Colômbia determina suspensão de atividades em poço da Petrobras e Ecopetrol

    Justiça da Colômbia determina suspensão de atividades em poço da Petrobras e Ecopetrol

    Um tribunal na Colômbia ordenou que a empresa de energia do país Ecopetrol e a parceira brasileira Petrobras, interrompam as atividades no poço de gás offshore Uchuva-2.

    Em uma ordem judicial datada de 11 de setembro, um juiz disse que as atividades no poço, no bloco Tayrona, no Caribe colombiano, devem parar depois que as empresas falharam em consultar adequadamente uma comunidade indígena local sobre a operação.

    Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

    Reuters

  • Lula: empresários brasileiros ainda não têm “inteligência suficiente” para entender importância de se investir em cultura

    Lula: empresários brasileiros ainda não têm “inteligência suficiente” para entender importância de se investir em cultura

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, na noite desta quinta-feira (12), os empresários brasileiros ao ressaltar que ainda não há um hábito de se investir intensivamente em cultura. Ele disse que os empresários do país “ainda não conquistaram a inteligência suficiente” para entender a importância desse tipo de investimento. “Acho que, se o sistema financeiro brasileiro soubesse disso [do retorno em investimento em cultura], eles abaixavam os juros para não receber a dívida e aplicava em cultura, porque voltaria muito rapidamente”, disse.

    A declaração foi dada em evento de inauguração do Armazém Utopia, espaço cultural na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro.

    O presidente Lula contou ter enfrentado dificuldade em conseguir financiamento para a produção de “10 grandes filmes” sobre os momentos mais importante da história do Brasil quando o músico Gilberto Gil era ministro da Cultura, em seus mandatos anteriores, por exemplo. O presidente ainda falou que o objetivo é que cada município tenha ao menos uma biblioteca e que todos os conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida sejam entregues com uma biblioteca, com no mínimo 500 livros.

    “A cultura é uma das formas de você fazer com que 213 milhões de brasileiros se manifestem da forma que ele é e da forma que ele quer para que a gente possa compreender o comportamento da sociedade brasileira e o resultado do povo que nós somos”, disse.

    CNN

  • Ameaças de guerra de Putin contra Otan são ‘incrivelmente perigosas’, adverte Casa Branca

    Ameaças de guerra de Putin contra Otan são ‘incrivelmente perigosas’, adverte Casa Branca

    A Casa Branca acusou, nesta sexta-feira (13), o presidente russo, Vladimir Putin, de proferir ameaças “incrivelmente perigosas” por ter afirmado que os países da Otan entrariam em guerra com Moscou se permitirem à Ucrânia usar mísseis de longo alcance.

    “Esse tipo de retórica é incrivelmente perigosa”, disse a jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, antes de uma reunião entre o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre se deve ser permitido a Kiev disparar este tipo de mísseis contra alvos russos.

    IstoÉ

  • Elon Musk paga multas de R$ 18M e Moraes determina desbloqueio de contas da Starlink e X no Brasil

    Elon Musk paga multas de R$ 18M e Moraes determina desbloqueio de contas da Starlink e X no Brasil

    Duas semanas após o bloqueio do X (antigo Twitter), Elon Musk começa a cumprir as ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) e realizou o pagamento de multas impostas após a rede social não cumprir ordens e também não ter um representante legal do X em nosso país. Entenda o caso e o que vem em seguida.

    Musk avança em negociações com Brasil

    Na noite do dia 12 de setembro de 2024, o Banco Citibank S.A. e Itaú Unibanco S.A. comunicaram ao STF que a multa imposta no total de R$ 18,35 milhões pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O valor foi transferido diretamente para as contas da União no Banco do Brasil.

    Com isso, Alexandre, no dia 13 de setembro, considerou as multas como pagas e determinou que tanto as contas da Starlink, quanto do X, sejam desbloqueadas. Isso foi feito após o descumprimento do que havia sido definido por Alexandre de Moraes: retirar conteúdos após ordem do STF em investigações em andamento e não indicar um representante legal para o X no Brasil.

    No dia 30 de agosto de 2024, o X (antigo Twitter) deixou de ter permissão para funcionar no Brasil e todas as principais operadoras do Brasil tiveram que bloquear o acesso à rede social. Desde então, brasileiros não possuem mais acesso ao Twitter.

    Desbloqueio do Twitter está próximo?

    Rede social precisa ter representante legal para voltar a funcionar no Brasil (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
    Rede social precisa ter representante legal para voltar a funcionar no Brasil (Foto: Reprodução/CNN Brasil)

    Este é um passo importante para que Elon Musk em seu trabalho de “fazer as pazes” com o Governo Brasileiro, mas tal pagamento das multas não afeta a decisão de Alexandre de Moraes de bloquear a rede social de Elon Musk. Isso porque, mesmo que tenha feito o pagamento das multas, Musk ainda não indicou uma pessoa para responder pela rede social caso alguma solicitação seja feito pelo governo.

    Dessa forma, o bloqueio do X no Brasil ainda segue sem previsão para acabar. Também pode-se dizer que Elon está tentando, de todas as formas, não negociar com o Brasil: o bilionário criou uma conta chamada Alexandre Files no Twitter, onde ele cita, para todos que quiserem ver, decisões sigilosas de Alexandre de Moraes com foco em divulgar “diretivas ilegais”.

    Nos resta esperar por mais informações para saber se o X será desbloqueado no Brasil ou não. Você acha que este bloqueio dura por mais tempo? Diga pra gente nos comentários!

    Com informações: A Gazeta

  • Ministro de Lula pode ficar inelegível por acusação de abuso de poder político e econômico

    Ministro de Lula pode ficar inelegível por acusação de abuso de poder político e econômico

    Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) julgará no dia 19 de setembro o caso que acusa o governador de Alagoas, Paulo Dantas, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o deputado e candidato à Prefeitura de Maceió, Rafael Brito, todos do MDB, por uso eleitoral irregular do programa Bolsa Escola 10. O trio é acusado de abuso de poder político e econômico. As defesas negam qualquer promoção pessoal associada ao programa.

    A ação pode tornar os três inelegíveis e cassar os mandatos de Rafael Brito e Paulo Dantas. O Ministério Público Eleitoral (MPE) acusa o grupo de ter vinculado seus nomes ao programa para promover suas candidaturas no pleito de 2022, o que é proibido.

    O programa Bolsa Escola 10 oferece apoio financeiro aos alunos do ensino médio em escolas públicas, incluindo um incentivo de R$ 500 para retomar os estudos, R$ 100 para manter a frequência escolar e prêmios de R$ 2 mil por excelência acadêmica.

    O MPE também apontou mau uso do programa. Segundo a acusação, o Bolsa Escola 10 beneficiou todos os alunos da rede pública, e não apenas os em situação de vulnerabilidade social, como era previsto. “Ocorre que, de toda a documentação apresentada, tanto pelos investigados quanto pelo próprio Estado de Alagoas, não se verifica a adoção de qualquer parâmetro que permita concluir que os estudantes beneficiados pelo programa seriam estudantes em situação de vulnerabilidade. Pelo que se aferiu, bastou estar matriculado na rede estadual de ensino para fazer jus aos benefícios”, argumenta no processo.

    Os investigados defendem que o Programa Bolsa Escola 10, iniciado em dezembro de 2021 com base em lei estadual, não configura a conduta vedada. Argumentam que a execução orçamentária começou no mesmo mês, com empenho de R$ 120 milhões e pagamento de R$ 18,679 milhões. Eles enfatizam que o programa não representa distribuição gratuita de bens ou benefícios, por exigir o cumprimento de metas pelos estudantes para receberem a recompensa, afastando a ideia de uso promocional e eleitoral do programa social.

    Os acusados também argumentam que as peças publicitárias e postagens em redes sociais foram feitas no fim do ano de 2021, antes do ano eleitoral de 2022, sem pedir votos ou divulgar números de urna. Estes seriam apenas para divulgar a implantação do programa.

    Estadão