Categoria: Destaque

  • Operação em segredo prende 48 suspeitos de crimes sexuais contra crianças na Flórida Central

    Operação em segredo prende 48 suspeitos de crimes sexuais contra crianças na Flórida Central

    Uma operação secreta de seis dias resultou na prisão de 48 pessoas suspeitas de crimes sexuais contra menores na Flórida Central, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (24) pelo procurador-geral James Uthmeier. A ação, coordenada pelo gabinete do xerife do condado de Marion, é considerada a maior já realizada no estado com foco em predadores infantis online.
    Ao todo, os suspeitos enfrentam 153 acusações que incluem aliciamento de menores pela internet, tráfico humano, uso de dispositivos eletrônicos para facilitar crimes, transmissão de material impróprio e outras violações. De acordo com as autoridades, os alvos usaram diversas plataformas de jogos e redes sociais para se aproximar das vítimas — com destaque para o Snapchat.

    “Como pai, estou indignado com os crimes repugnantes que denunciamos hoje. Como procurador-geral, estou orgulhoso dos corajosos policiais por trás dessa operação histórica”, disse Uthmeier. “Esses homens vieram atrás de nossas crianças, mas a polícia da Flórida e agentes federais estavam prontos para impedi-los antes que causassem qualquer dano.”

    A operação ocorre em meio a uma batalha judicial do estado contra o Snapchat. Em abril, Uthmeier processou a plataforma, acusando-a de violar uma lei aprovada em 2024 que impõe limites ao acesso de menores a redes sociais.

    Entre as acusações, estão:

    * Viagem para encontro sexual com menor (34 casos);
    * Tráfico humano (5);
    * Aliciamento de menor pela internet (48);
    * Uso ilegal de dispositivo eletrônico para facilitar crime (40);
    * Transmissão de material impróprio a menor (14);
    * Outras acusações incluem resistência à prisão, crimes relacionados a drogas e violação de condicional.

    As autoridades informaram ainda que pelo menos seis suspeitos vieram de outros países com a intenção de abusar sexualmente de crianças em território americano.

    *Fonte: NBC via Gazeta News
    Foto: Reprodução/NBC

  • O influenciador que virou ‘namorado’ de idosas no TikTok e gerou alerta entre famílias

    O influenciador que virou ‘namorado’ de idosas no TikTok e gerou alerta entre famílias

    De chapéu de caubói, camisa aberta e corrente de prata, o influenciador José Fernandes olha pra câmera. É possível ver o chão de terra no fundo do vídeo e ouvir galinhas cacarejando.

    “A coroa mais linda, ela não vai passar meu vídeo sem antes deixar um elogio, um coraçãozinho vermelho, clicar aqui em salvar e compartilhar esse vídeo”, ele diz, ao som de uma música do cantor Amado Batista.

    “Eu tô falando de você, minha preciosa. Eu tenho muito orgulho de você, que tem um sorriso encantador. Deus está cuidando de você.”

    Em outro vídeo, ele diz que já está na cidade da “coroa que está do outro lado da tela” e que vai visitá-la em breve. Para isso, só basta que ela “clique na setinha”, referência ao botão de compartilhamento do TikTok.

    Esse é o roteiro básico dos vídeos compartilhados pelo influenciador, que já conta com mais de 700 mil seguidores no TikTok e quase 1 milhão no Kwai.

    José Fernandes produz conteúdos com teor romântico, fazendo juras de amor e promessas às seguidoras. Não há qualquer ilegalidade nas postagens — e, em vídeos recentes, ele disse que é apenas “um personagem” e não está à procura de relacionamentos amorosos.

    Mas, nas últimas semanas, o influenciador esteve no centro de uma polêmica, impulsionada principalmente por relatos de familiares que viram suas avós, tias ou mães ficarem “viciadas” nos seus conteúdos e que acreditam que ele estaria explorando pessoas vulneráveis.

    Muitas idosas parecem acreditar que vivem um romance virtual com José Fernandes, como indicam os comentários nos vídeos do influenciador.

    Mulheres deixam comentários nos vídeos de José Fernandes, achando que, na verdade, estão mandando mensagens privadas para ele

    Geralmente feitos por mulheres que aparentam ter mais de 60 anos, esses comentários revelam o envolvimento emocional das seguidoras do influenciador.

    Muitas desejam boa noite, fazem elogios e agradecem o carinho, como se estivessem respondendo a uma conversa privada ou a uma ligação por vídeo. Outras vão além: compartilham informações pessoais, como telefone e endereço, na esperança de um contato direto com José Fernandes.

    Ao longo de um mês e meio, a BBC News Brasil analisou publicações do influenciador, acompanhou as polêmicas envolvendo ele e leu comentários de dezenas de mulheres. A reportagem também ouviu as famílias de algumas delas.

    Os relatos vão de mulheres que acreditam estar em um relacionamento à distância com José Fernandes e mudam sua rotina em função disso — trocando de roupa para esperá-lo, deixando de se alimentar ou de tomar remédios — a casos de familiares que precisaram intervir, bloquear perfis ou limitar o uso do celular.

    Em um dos casos, uma família contou ter sido alvo de um golpe envolvendo terceiros que usaram o nome de José Fernandes. A idosa perdeu cerca de R$ 1,5 mil e, segundo os parentes, foi exposta a riscos maiores, tanto físicos quanto patrimoniais, de acordo com os familiares.

    O influenciador já fez um alerta nas suas redes sobre pessoas que tentam se passar por ele.

    Especialistas afirmam que o compartilhamento público de dados sensíveis, como telefone e endereço, pode facilitar golpes direcionados.

    Além disso, muitas idosas não percebem que estão se expondo — o que pode levar a frustrações quando a ilusão é quebrada, segundo os especialistas.

    A BBC News Brasil enviou mensagens ao influenciador pelo TikTok e Instagram com pedidos de entrevista e perguntas sobre casos narrados nesta reportagem.

    Ele foi questionado, entre outros pontos, sobre idosas em situação vulnerável que acreditam manter um relacionamento amoroso com ele e críticas de que, com seus vídeos, o influenciador estaria alimentando ilusões nessas mulheres.

    Também sobre as mulheres que expõem dados pessoais nas postagens do influenciador, tornando-se sujeitas a golpes de terceiros que se passam por ele.

    Mas José Fernandes não respondeu nenhuma das mensagens até a publicação desta reportagem.

    ‘Minha avó caiu em uma estratégia de marketing’

    A história de José Fernandes ganhou repercussão após o relato da influenciadora Mafe Cabral, do Mato Grosso do Sul. Em um vídeo publicado no fim de maio, que já passa de 3 milhões de visualizações, ela narra a frustração da avó ao ficar alguns dias sem acesso ao celular — e, consequentemente, sem “conversar” com o influenciador.

    Internada para tratar um problema de saúde, acompanhada por Mafe, a idosa ficou ansiosa e insistiu para usar o telefone da neta.

    “Ela não parava de pedir meu celular pra falar com alguém na internet. Foi aí que eu percebi que esse alguém era o José Fernandes”, conta Mafe à BBC News Brasil.

    Ela explicou à avó que se tratava de vídeos gravados e publicados nas redes sociais — e não de uma ligação feita diretamente para ela. A idosa ficou muito confusa e decepcionada, diz a neta.

    “Ela precisa de andador, tem problemas no coração e quadros de demência por conta da idade. Não que não seja possível manter uma conversa, mas, às vezes, minha avó confunde algumas coisas e inventa algumas situações. Hoje, ela está em situação de vulnerabilidade e depende totalmente dos meus pais”, diz Mafe.

    Mafe Cabral contou sobre o caso de sua avó com José Fernandes em vídeo que viralizou no TikTok e alertou sobre riscos a mulheres idosas
    Reprodução/TikTok – Mafe Cabral contou sobre o caso de sua avó com José Fernandes em vídeo que viralizou no TikTok e alertou sobre riscos a mulheres idosas

    É a família que fica responsável pelos cuidados da idosa — sobretudo os financeiros.

    Mesmo após a conversa com Mafe, ela continuou assistindo aos vídeos e acreditando que se tratava de uma chamada com ela. Para a influenciadora, a avó não foi vítima de um “golpe” amoroso, mas de uma estratégia de marketing.

    “A minha avó acha que está conversando com ele, e ele ganha dinheiro com as visualizações e o engajamento”, diz Mafe.

    “É óbvio que ele tem conhecimento disso: tem um monte de senhoras que não sabem o que estão fazendo nos comentários, que não têm consciência para lidar com aquela tecnologia. Elas todas perguntando: ‘quando é que a gente vai se encontrar?’, ‘por que eu não consigo falar contigo?’.”

    Por produzir conteúdo original para as redes sociais, José Fernandes tem a possibilidade de monetizar seus vídeos. Esse é um mecanismo comum entre influenciadores, que usam o engajamento e as visualizações para gerar receita com suas publicações.

    Thales Bertaglia, pesquisador da chamada creator economy (economia dos criadores de conteúdo nas redes sociais, em tradução livre) na Universidade Utrecht, na Holanda, explica que não há um único caminho para a monetização.

    “Existe a monetização por meio da própria plataforma, quando a rede social paga ao influenciador pelo número de visualizações, como é o caso do YouTube e do TikTok. Nesse modelo, o retorno está ligado ao conteúdo produzido e à atenção que ele recebe do público”, explica Bertaglia.

    “Mas, para a maioria dos criadores, o que mais gera retorno é a monetização externa. Por exemplo, parcerias com marcas, nas quais o influenciador é pago para divulgar um produto, ou recebe o item em si — os famosos ‘recebidos’.”

    ‘Luta’ pelas idosas

    A influenciadora Jasmim Mendonça deixou de lado as transmissões ao vivo e passou a produzir vídeos curtos com 'denúncias' envolvendo influenciadores como José Fernandes
    Reprodução/TikTok – A influenciadora Jasmim Mendonça deixou de lado as transmissões ao vivo e passou a produzir vídeos curtos com ‘denúncias’ sobre influenciadores como José Fernandes

    Tia Marta, de 83 anos, achou que José Fernandes estava invadindo seu celular quando viu um vídeo dele pela primeira vez.

    A idosa, que teve seu nome real preservado nesta reportagem, usava a plataforma do Kwai para ver uma receita quando uma gravação do influenciador apareceu na tela em seguida.

    “Ô coroa, vim aqui pra te apresentar sua sogra”, dizia José Fernandes no vídeo, gravado ao lado de sua suposta mãe.

    Marta, que é casada, se assustou e pediu ajuda para a sobrinha Jasmim Mendonça, de 31 anos, que tentou solucionar o problema e identificar o homem.

    Durante um mês, Jasmim abria o celular com a tia ao seu lado enquanto deslizava a página “Para você” (que mostra vídeos selecionados pela plataforma para cada usuário), procurando pelo homem.

    Até que, finalmente, José Fernandes apareceu na tela. Marta gritou: “É ele!”.

    “Ela me disse: ‘Pior que eu estou gostando dele, por isso que falei para você achar’. Minha tia queria localizar ele, que eu achasse o número e o endereço dele. Eu neguei e expliquei várias vezes, até que ela ficou com raiva de mim e me bloqueou”, conta Jasmin.

    Foi quando ela decidiu fazer vídeos expondo sua minha história e a de outras pessoas, para alertar outras famílias.

    “Para ela, o José Fernandes é um novinho bonito que fala tudo que ela quer ouvir. Isso está adoecendo não só a minha tia, mas outras senhoras. Por isso, abri mão do meu engajamento e comecei uma luta pelos idosos”, diz Jasmim, que há três anos produz conteúdo de entretenimento em lives do TikTok.

    “A gente tem que ter responsabilidade afetiva com quem está vendo nosso conteúdo. Ele deveria tirar essa ilusão do coração das senhoras.”

    Em meio a várias cobranças nas redes sociais, José Fernandes publicou uma série de vídeos explicando que não passa de um personagem virtual.

    “Estou vendo muitos relatos de perfis fakes criados em meu nome, entrando em contato com meus seguidores e pedindo algo [como dinheiro]. Não sou eu”, diz o influenciador em uma das publicações.

    “Em nenhuma rede social eu entro em contato com meus seguidores. Vou falar de novo: sou um criador de conteúdo, sou um personagem, não estou à procura de relacionamento. Quero deixar bem claro aqui.”

    Para a terapeuta ocupacional Renata Maria Silva Santos, que estudou a relação entre idosos e tempo de tela em seu pós-doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais, o apego de mulheres idosas a influenciadores como José Fernandes pode ser reflexo da solidão, da falta de convivência familiar e da ausência de atividades que ofereçam propósito.

    Ao assistirem com frequência aos vídeos de criadores que se comunicam diretamente com elas, essas mulheres passam a se sentir novamente vistas e ouvidas. Assim, o conteúdo acaba funcionando como um substituto para vínculos familiares ou sociais que foram se enfraquecendo, na visão da médica.

    “A ausência de reconhecimento dentro da família e a falta de outras formas de pertencimento tornam esse tipo de conteúdo especialmente atrativo para algumas mulheres idosas”, explica.

    ‘Ele está vindo me visitar’

    Quando ouviu a tia falar pela primeira vez sobre José Fernandes, a especialista de marketing Camile Peligrinelli, de 22 anos, não levou tão a sério. Maria Aparecida, também conhecida como Cida, de 78 anos, tinha começado a usar o TikTok para ouvir pregações de pastores.

    Mas, pouco tempo depois, os vídeos da aba “Para você” começaram a mostrar algo diferente: conteúdos que a idosa acredita serem literalmente feitos sob medida para ela.

    A BBC News Brasil conversou com Cida e sua sobrinha para ouvir, diretamente das duas, como se desenvolveu a “relação” da idosa com o influenciador e como a família está lidando com isso.

    “No início, a gente explicou que era um personagem, mas não adiantava. Ela ficava muito brava, muito triste, mas logo vinha mostrar algum vídeo dele de novo”, diz Camile.

    “Se alguém mandar uma mensagem pra ela, ela não vai saber responder. É só ela realmente conversando com o celular, como se estivesse realmente falando em uma ligação.”

    Atendendo a um pedido da tia, Camile começou a gravar Cida mandando recados em vídeo para José Fernandes. Em uma das publicações mais recentes, a sobrinha conta à idosa que o influenciador é apenas um personagem — e grava sua reação.

    No vídeo, que já ultrapassou 1,5 milhão de visualizações, a tia diz que achou a notícia “ruim”, mas entende que José Fernandes “precisou dizer isso para as outras mulheres não ficarem perturbando” — já que o influenciador, na verdade, estaria “doido” por Cida.

    Tia Cida e Camile falaram com a BBC News Brasil sobre José Fernandes
    Tia Cida e Camile falaram com a BBC News Brasil sobre José Fernandes

    “Ela ainda acredita que, em algum momento, esse encontro vai acontecer. Ela diz: ‘ele está aqui na minha cidade’ e já aconteceu dela trocar de roupa e ficar esperando”, relata Camile.

    Preocupada, a família tentou bloquear os perfis de José Fernandes no celular de Cida, na tentativa de reduzir a frequência com que os vídeos apareciam.

    “A minha família conhece ele só pelo celular, mas quando a gente se encontrar mesmo pra ficar juntos, aí eu vou apresentar ele direito”, conta Cida à reportagem.

    Para Cida, a conexão entre os dois vai além do TikTok. Ela realmente diz estar em um relacionamento com José Fernandes e afirma que são almas gêmeas, por terem histórias de vida parecidas.

    Cida casou aos 55 anos e está viúva há 19. Usa aparelho auditivo e costuma assistir aos vídeos de José Fernandes no volume máximo, o que facilita para a família acompanhar as “conversas”.

    ‘Minha mãe perdeu R$ 1,5 mil’

    A mãe do psicólogo Paulo Fernandes foi uma das mulheres que sofreram prejuízos financeiros por acreditar em fakes do influenciador.

    Ela comentou seu endereço e telefone em um vídeo no qual José Fernandes dizia estar indo visitar a “coroa do outro lado da tela”.

    O caso ligou um alerta no filho da idosa, que passa a maior parte do tempo longe de casa.

    “Ela deixava dados sensíveis nos comentários. Em um vídeo, ele dizia: ‘estou na sua cidade, indo para sua casa’. Minha mãe ouviu isso e comentou: ‘Tá aqui meu endereço e meu número’.”

    “Alguém pegou as informações, ligou se passando por ele e disse que ajudaria com questões financeiras”, diz o filho, acrescentando que a mãe perdeu R$ 1,5 mil no golpe.

    A mãe de Paulo se afastou das vizinhas e já não compartilha o dia a dia com os filhos. Passa horas assistindo repetidamente aos vídeos do influenciador.

    “Minha mãe era muito ativa, mas a partir do momento em que começou a ver esses vídeos, percebi que a questão social dela ficou muito mais rebaixada. Ela prefere estar no celular do que estar com as pessoas”, diz Paulo.

    O pesquisador Thales Bertaglia chama a atenção para a pré-instalação de aplicativos como o TikTok, que “pode ser vista como uma forma de incentivo ao uso”.

    Basta um clique no ícone para que o conteúdo comece a ser consumido — muitas vezes sem que o usuário sequer crie uma conta.

    “Talvez essa senhora [mãe de Paulo] não tivesse vontade de ativamente ir lá, baixar o app e começar a usar. Mas só por já estar instalado, isso facilita muito”, diz Bertaglia.

    No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados exige consentimento explícito e ativo acerca dos dados processados por um aplicativo. Mas, na visão do pesquisador, mesmo quando há a opção de não instalar um aplicativo assim que o aparelho é ligado pela primeira vez, ela não é clara.

    O mecanismo por trás dos vídeos — e como isso afeta as idosas

    Os especialistas Thales Bertaglia (esquerda) e Renata Maria Silva Santos (direita) alertam para possíveis riscos
    Os especialistas Thales Bertaglia e Renata Maria Silva Santos alertam para possíveis riscos
    Atualmente, José Fernandes mantém sua base de seguidores com vídeos curtos e lives esporádicas, nas quais dubla canções de sertanejo e testa filtros do TikTok.
    Thales Bertaglia avalia que a principal fonte de renda do influenciador deve vir diretamente dos aplicativos.
    “Ele solicita curtidas e comentários para aumentar o engajamento, o que não só eleva o número de visualizações — e, portanto, o valor que ele recebe — como também melhora a chance de seu conteúdo ser favorecido pelo algoritmo e alcançar mais pessoas”, explica.
    O pesquisador estima que, no Brasil, um influenciador receba entre US$ 0,10 e US$ 0,20 por mil visualizações.
    Nos vídeos de menor engajamento no TikTok, José Fernandes costuma ter entre 30 e 40 mil visualizações. Já em conteúdos mais populares, ele ultrapassa os 700 mil views, chegando até a ter batido 1 milhão em pelo menos três postagens.
    “Além disso, no TikTok, ele também usa o recurso das lives, em que os seguidores podem enviar presentes virtuais com valores diferentes”, diz Bertaglia.
    A influenciadora Jasmim Mendonça, que atualmente utiliza as lives do TikTok como fonte de renda, diz acreditar que Fernandes ganhe pelo menos R$ 10 mil por mês.
    Bertaglia observa que ainda não existe uma regulamentação específica que busque a proteção de idosos na internet.
    “Considero que o comportamento de José Fernandes está dentro do esperado para qualquer influenciador. É uma espécie de moeda de troca: ele oferece conteúdo gratuito e, em troca, espera engajamento”, diz o pesquisador.
    “Mas é importante refletir sobre o fato de que, de certa maneira, ele pode estar explorando a vulnerabilidade dos seguidores”, afirma.
    Questionado pela BBC sobre a crítica do pesquisador, o influenciador não respondeu.
    O Kwai disse em nota que “assim que tomou conhecimento do caso, iniciou um processo de investigação, ainda em curso, para analisar o conteúdo publicado e a conduta do criador citado”.
    “Caso sejam confirmadas violações às Diretrizes da Comunidade ou aos Termos de Serviço, serão adotadas as medidas cabíveis, que podem incluir desde a remoção de conteúdos até o banimento da conta”, afirma a plataforma.
    O Kwai diz ainda repudiar “qualquer forma de exploração ou comportamento que possa colocar em risco a integridade física, emocional ou psicológica da comunidade” de usuários.
    A BBC também enviou perguntas ao TikTok sobre a conduta do influenciador e críticas de especialistas de que a plataforma deveria fazer mais para bloquear conteúdos que enganam usuários.
    A empresa não se manifestou sobre esses pontos e disse apenas que, em celulares comprados no Brasil, só é possível acessar o TikTok se a pessoa tiver cadastrada na plataforma e fizer o login.

    Ilusão quebrada

    A terapeuta Renata Maria Silva Santos destaca que há uma dualidade nesse tipo de engajamento: se por um lado o contato constante com os vídeos pode ter efeitos positivos, como o aumento da autoestima e até o estímulo para retomar projetos ou atividades pessoais, por outro, esse bem-estar está sustentado por uma ilusão.
    “Quando essa ilusão se quebra, o impacto emocional pode ser muito mais profundo”, alerta.
    Na avaliação dela, o envolvimento emocional com esse tipo de conteúdo torna as idosas mais suscetíveis a golpes.
    Santos ressalta ainda que o risco não está apenas no conteúdo em si, mas na forma como ele é consumido: de maneira repetitiva, solitária e, em muitos casos, como única fonte de contato emocional.
    “Hoje é o José Fernandes, mas não se sabe quem será amanhã”, conclui.
  • O que disse a imprensa internacional sobre atos pró-Bolsonaro

    O que disse a imprensa internacional sobre atos pró-Bolsonaro

    Os atos de apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) realizados em diversas cidades brasileiras no domingo (3/8) foram destaque em alguns veículos e agências internacionais.

    O site da rede Al-Jazeera, do Catar, disse que manifestantes em São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades carregaram “bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, em uma aparente referência ao apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, a seu fiel aliado”.

    “Eles também seguravam faixas com fotos de Bolsonaro e Trump enquanto gritavam palavras de ordem.”

    A correspondente da Al-Jazeera no Brasil, Monica Yanakiew, disse que muitos no ato em São Paulo estavam agradecendo a Trump pelo apoio dado a Bolsonaro.

    “Eles estão agradecendo ao presidente Trump por sancionar o Brasil”, disse a correspondente.

    A Al-Jazeera também registrou que houve protestos contra Trump na sexta-feira — após os EUA decretarem aumento de tarifas contra produtos brasileiros.

    “Manifestantes se reuniram nas ruas do Brasil na sexta-feira para denunciar Trump pelas altas tarifas impostas às exportações do país. As manifestações eclodiram em cidades como São Paulo e Brasília, com moradores expressando sua indignação no primeiro dia da mais recente campanha tarifária de Trump”, disse a rede.

    A agência de notícias Reuters destacou que os protestos de domingo tinham como alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Nos protestos de domingo, apoiadores de Bolsonaro, vestindo camisas da seleção brasileira, gritaram ‘Magnitsky’ e insultaram Moraes e Lula”, disse a agência, em relação à lei usada pelos EUA para sancionar Alexandre de Moraes. Muitos manifestantes também exibiam cartões de banco em provocação a Alexandre de Moraes — já que a lei Magnitsky prevê sanções de instituições financeiras.

    “Bandeiras e cartazes americanos em apoio a Trump também foram vistos.”

    A Reuters afirmou que “Bolsonaro não compareceu pessoalmente às manifestações, mas participou por telefone através de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, durante o protesto no Rio de Janeiro”.

    “O ex-presidente, que está em prisão domiciliar, usa tornozeleira eletrônica e não pode sair de casa nos fins de semana e feriados, conforme determinação do ministro Moraes”, disse a Reuters.

    A agência de notícias France Press também destacou que “Bolsonaro, de 70 anos, não pôde participar porque recebeu uma ordem judicial para ficar em casa à noite e nos fins de semana e não usar as redes sociais enquanto seu julgamento ocorre”.

    Manifestante com bandeiras do Brasil e EUA
    Reuters -Manifestantes exibiram bandeiras do Brasil e dos EUA no ato pró-Bolsonaro

    Participaram do ato em São Paulo, realizado na avenida Paulista, diversos aliados de Bolsonaro, como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o pastor Silas Malafaia e deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), frequentemente apontado como possível candidato dos bolsonaristas na eleição presidencial de 2026, não participou. Sua assessoria disse que ele foi submetido a um procedimento médico no domingo.

    A mulher de Bolsonaro, Michelle, que também é citada como possível candidata em 2026, discursou em um ato em Belém. No Rio de Janeiro, o governador do Estado, Claudio Castro (PL), também discursou.

    Bolsonaro está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado contra Lula. Bolsonaro poderá ser preso se for considerado culpado no julgamento previsto para terminar ainda este ano.

    No mês passado, Moraes impôs medidas cautelares contra Bolsonaro por acreditar que ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está morando nos EUA, haviam colaborado com autoridades americanas para tentar interferir em assuntos brasileiros. Bolsonaro recebeu tornozeleira eletrônica e está impedido de se encontrar com autoridades diplomáticas de outros países.

    Na semana passada, Trump impôs tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros e sanções financeiras contra Moraes sob a Lei Magnitsky, geralmente usada contra estrangeiros com histórico de corrupção ou violações de direitos humanos. O presidente americano justificou as medidas alegando uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

    BBC

  • Oposição quer Senado “firme” contra Moraes após tornozeleira em Do Val

    Oposição quer Senado “firme” contra Moraes após tornozeleira em Do Val

    Seis senadores líderes de partidos da oposição publicaram nota conjunta, nesta segunda-feira (4/8), repudiando a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou mandado de busca e apreensão e medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).

    Os parlamentares afirmam que o Senado precisa “reagir com firmeza para preservar sua legitimidade” e, por isso, a oposição vai solicitar ao presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), posicionamento instrucional acerca do ocorrido.

    “A medida compromete o exercício pleno do mandato de um representante eleito, afetando não apenas sua atuação pessoal, mas também a autoridade do Senado como instituição democrática”, diz o comunicado.

    A nota é assinada pelos seguintes senadores:

    • Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado;
    • Tereza Cristina (MS), líder do PP;
    • Plínio Valério (AM), líder do PSDB;
    • Carlos Portinho (RJ), líder do PL;
    • Mecias de Jesus (RR), líder do Republicanos; e
    • Eduardo Girão (CE), líder do Novo.

    Os parlamentares afirmam que “eventuais excessos” devem ser analisados pelo Conselho de Ética da Casa, e não “tratados com instrumentos de coerção que desrespeitam garantias processuais e agravam o desequilíbrio entre os Poderes”.

    “O senador nem sequer foi denunciado pela PGR e é alvo de investigação sigilosa, aparentemente motivada por críticas e opiniões — direitos resguardados pela imunidade parlamentar prevista na Constituição”, declararam.

    Alvo da PF

    A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta segunda, mandado de busca e apreensão e medidas cautelares contra Marcos do Val. As medidas, segundo Moraes, justificam-se porque as investigações demonstraram, por parte de Do Val, “completo desprezo” pelas decisões da Corte.

    Entre as medidas cautelares, está o uso de tornozeleira eletrônica. O equipamento foi colocado no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF).

    Metrrópoles

  • Ex-aliada de Bolsonaro, senadora é vaiada em show do Roupa Nova, por Paulo Capelli

    Ex-aliada de Bolsonaro, senadora é vaiada em show do Roupa Nova, por Paulo Capelli

    A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ex-aliada de Jair Bolsonaro, foi alvo de vaias durante o show da banda Roupa Nova realizado na última sexta-feira (1º/8), em Campo Grande (MS).

    Ao tentar interagir com os músicos no palco do espetáculo Simplesmente Roupa Nova, no Ondara Buffet, a parlamentar enfrentou resistência do público e teve sua fala interrompida diversas vezes.

    Ao ser vaiada, Soraya disse que “está tudo certo, a gente vive numa democracia”. Ela só conseguiu concluir sua pergunta — sobre a canção Coração Pirata, tema da novela Rainha da Sucata (1990) — após intervenção dos artistas, que pediram respeito para que ela pudesse se manifestar.

    Procurada pela coluna, a parlamentar não se manifestou. O espaço segue aberto.

    Rompimento com Bolsonaro

    A reação do público ocorreu após o rompimento da senadora com o bolsonarismo e as suas críticas públicas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Fonte Metropoles

  • STF: ao impor tornozeleira, Moraes acusa Do Val de “completo desprezo”

    STF: ao impor tornozeleira, Moraes acusa Do Val de “completo desprezo”

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes justificou novas medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) alegando que o parlamentar agiu com “completo desprezo” às decisões da Corte. Moraes autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra Marcos do Val deflagrada na manhã desta segunda-feira (4/8).

    Segundo Moraes, a decisão de Do Val de viajar aos Estados Unidos, mesmo submetido a medidas cautelares, representa “absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário”.

    “No caso específico, está largamente demonstrada, em virtude dos fatos investigados e do completo desprezo às decisões proferidas por esta Suprema Corte, a inadequação das medidas cautelares em cessar o periculum libertatis do réu, o que indica a necessidade de seu recrudescimento”, escreveu o ministro.

    Moraes ressaltou que, embora a defesa de Do Val tenha solicitado autorização para a viagem ao exterior, o senador decidiu viajar mesmo após o STF indeferir o pedido.

    “Verifico que Marcos Ribeiro do Val permanece desrespeitando, efetivamente, as medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte, inclusive tendo se deslocado a país estrangeiro com a sua família, mesmo após decisão que indeferiu o pedido de viagem”, afirmou Moraes, destacando ainda que a Corte havia autorizado parcialmente o desbloqueio do salário do parlamentar em agosto do ano passado.

    Com a nova decisão, o ministro determinou o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno a partir das 19h e bloqueio do salário e das verbas de gabinete de Do Val. O senador poderá permanecer no Congresso após esse horário apenas se comprovar a necessidade e justificar formalmente ao STF em até 24 horas.

    Do Val deverá cumprir as mesmas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o recolhimento domiciliar noturno — com permissão para sair de casa apenas entre 6h e 19h, de segunda a sexta-feira. Aos fins de semana e feriados, deverá permanecer em casa.

    Operação

    Do Val é investigado em um inquérito por obstrução de Justiça, após divulgar em redes sociais informações sobre o delegado da PF Fabio Schor, responsável pelas apurações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes do antigo governo. O passaporte dele foi apreendido e contas bancárias foram suspensas.

    O senador foi abordado por policiais federais no Aeroporto de Brasília, ao desembarcar de uma viagem aos Estados Unidos. Por ordem de Moraes, Do Val deverá usar tornozeleira eletrônica.

    Metrópoles

  • Trump diz que posicionou submarinos nucleares ‘em regiões apropriadas’ após ameaças de aliado de Putin

    Trump diz que posicionou submarinos nucleares ‘em regiões apropriadas’ após ameaças de aliado de Putin

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que mobilizou dois submarinos nucleares nesta sexta-feira (1º), após as ameaças feitas pelo ex-presidente da Rússia Dmitry Medvedev.

    Nesta quinta-feira (31), o russo, que é aliado de Vladimir Putin e membro do governo, disse que o norte-americano deveria lembrar que Moscou ainda possui o sistema soviético de retaliação nuclear, conhecido como “Mão Morta”, com alto poder de destruição.

    Em post na rede Truth Social, Trump mostrou que não gostou de ser ameaçado e informou sobre o movimento militar nas “regiões apropriadas”, sem especificar, no entanto, quais são elas.

    “Com base nas declarações altamente provocativas do ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, ordenei o posicionamento de dois submarinos nucleares nas regiões apropriadas, para o caso de essas declarações tolas e inflamatórias serem mais do que apenas isso. Palavras são muito importantes e muitas vezes podem levar a consequências indesejadas. Espero que este não seja um desses casos”, afirmou.

    O “Mão Morta” é um sistema automático de disparo de mísseis nucleares desenvolvido na era soviética. Ele foi projetado para reagir caso a liderança russa seja eliminada em um ataque. O próprio governo russo já se referiu à ferramenta como uma “arma apocalíptica”.

    Pouco antes de falar sobre os submarinos, Trump também lamentou as mortes de soldados na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e voltou a pedir que os dois países cheguem a um acordo de cessar-fogo.

    Na terça-feira (29), o republicano deu um prazo de 10 dias para o governo russo aceitar a proposta de 60 dias de trégua apresentada pelos EUA. Caso contrário, disse que o país e seus parceiros comerciais sofreriam sanções, com tarifas chegando até aos 100%.

    “Acabei de ser informado de que quase 20 mil soldados russos morreram este mês na ridícula guerra com a Ucrânia. A Rússia perdeu 112.500 soldados desde o início do ano. São muitas mortes desnecessárias! A Ucrânia, no entanto, também sofreu muito. Perdeu aproximadamente 8 mil soldados desde 1º de janeiro de 2025, e esse número não inclui os desaparecidos. Também perdeu civis, mas em menor número, com foguetes russos atingindo Kiev e outras localidades ucranianas. Esta é uma guerra que nunca deveria ter acontecido — esta é a guerra de Biden, não de Trump. Estou aqui apenas para ver se consigo impedi-la!”, escreveu.

    G1

  • Defesa pede que Daniel Silveira cumpra prisão domiciliar em clínica no RJ após cirurgia

    Defesa pede que Daniel Silveira cumpra prisão domiciliar em clínica no RJ após cirurgia

    A defesa de Daniel Silveira (PTB) solicitou, nesta quinta-feira (31), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-deputado federal possa cumprir prisão domiciliar em uma clínica particular, alegando necessidade de tratamento médico contínuo após uma cirurgia no joelho.

    Até a última atualização desta reportagem, Moraes não havia se manifestado sobre o pedido.

    Atualmente, Silveira cumpre pena na Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé, na Baixada Fluminense.

    Silveira foi condenado em 2022, a 8 anos e 9 meses de prisão, e multa de R$ 1.192 mil, por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do Supremo.

    O ex-deputado chegou a ser autorizado a cumprir a pena em liberdade, entretanto, no final de 2024, descumpriu regras da condicional, como o recolhimento noturno, e teve a medida revogada pelo STF .

    No pedido, os advogados afirmam que a recuperação plena do ex-parlamentar depende de cuidados específicos e complexos, que não podem ser oferecidos pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Segundo a defesa, a permanência de Silveira em uma unidade prisional colocaria em risco sua saúde e integridade física, o que seria “inadmissível”.

    “(…) A prisão domiciliar humanitária para tratamento de saúde é condição sine qua non [essencial] para a completa e segura recuperação do requerente”, diz um trecho da petição.

    Os advogados também argumentam que a lesão no joelho já era antiga e que o tratamento foi postergado por conta das sucessivas ordens de prisão, o que pode ter agravado o quadro clínico.

    A defesa destaca ainda que o procedimento cirúrgico realizado é apenas o primeiro de três etapas previstas, conforme laudo médico anexado ao processo.

    “O retorno à unidade prisional é impossível para a recuperação adequada”, afirmam os advogados, que pedem urgência na análise do caso e a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Silveira foi operado para reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito e, segundo laudos médicos apresentados ao STF, precisa de fisioterapia diária e acompanhamento especializado imediato para evitar complicações graves, como artrofibrose, rigidez articular e trombose venosa.

    Além do pedido de cumprimento da prisão na clínica, os advogados também reforçaram outro pedido já protocolado, de conversão da prisão para o regime domiciliar.

    G1

  • Moraes determina desbloqueio das redes de Rodrigo Constantino, diz advogado

    Moraes determina desbloqueio das redes de Rodrigo Constantino, diz advogado

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o desbloqueio das contas bancárias de Rodrigo Constantino, que haviam sido bloqueadas desde 2023. A decisão foi assinada no dia 31 de março e atendeu a pedido da resguardo com justificativa de custear tratamento de saúde em curso fora do Brasil.

    Rodrigo Constantino, jornalista e economista que reside nos Estados Unidos, teve seus recursos bloqueados uma vez que segmento do interrogatório das fake news, que apura disseminação de mensagens e influências políticas ilegítimas. A liberação das contas foi comemorada pelo próprio participador.

    A resguardo havia solicitado o desbloqueio alegando que os valores seriam utilizados para remunerar tratamento de cancro vasqueiro diagnosticado em Constantino, com despesas que ultrapassaram centenas de milhares de reais. Moraes autorizou também retirada parcial dos limites judiciais associados ao caso.

    A decisão ocorre no contexto em que o STF revisita medidas cautelares impostas em ambientes de crise institucional. Embora o desbloqueio tenha sido facultado, os demais trâmites do interrogatório continuam em curso.

    Fonte JORNAL BRASIL ONLINE

  • Bancos definem roteiro das operações liberadas e bloqueadas de Moraes depois das sanções de Trump

    Bancos definem roteiro das operações liberadas e bloqueadas de Moraes depois das sanções de Trump

    Depois de consultarem escritórios brasileiros e americanos, bancos no Brasil estão definindo e avisando o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre quais operações o ministro Alexandre de Moraes poderá ou não fazer no sistema financeiro diante das sanções aplicadas a ele pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    ➡️Neste primeiro momento, estariam liberadas todas as operações realizadas em reais pelo ministro com bancos em que tenha conta bancária. Já as operações em dólar estão proibidas.

    Os bancos consultaram escritórios especializados em sanções com base na Lei Magnitsky para orientar suas equipes sobre o que é permitido ou proibido ao ministro Alexandre de Moraes e para informar o STF.

    Nas análises realizadas pelos escritórios brasileiros e americanos, os advogados disseram que a ordem executiva contra Moraes é genérica, não sendo inicialmente tão abrangente.

    Há sanções já adotadas pelos Estados Unidos com base nessa legislação que foram mais detalhistas, trazendo exatamente a lista das operações que são proibidas.

    Nesses casos, o rigor é maior, proibindo, por exemplo, um banco que tenha escritório nos Estados Unidos de prestar serviços para uma pessoa sancionada. Caso faça, seu escritório em território norte-americano pode ser punido.

    Divergências

    Os bancos tiveram divergências principalmente sobre o uso de cartão de crédito de bandeira americana. Algumas instituições entenderam que operações em reais, dentro do Brasil, estariam liberadas, enquanto as realizadas em dólar estariam proibidas.

    Diante da falta de consenso, a decisão adotada foi seguir pelo caminho mais conservador e informar que cartões que o ministro tenha, de bandeira americana, serão bloqueados.

    As instituições financeiras avisaram o STF que essa é uma avaliação preliminar, com base na ordem executiva baixada pelo presidente americano, Donald Trump.

    Elas alertaram que Trump pode decidir detalhar as operações que estariam proibidas para Alexandre de Moraes, incluindo algo mais rígido que poderia decretar o que advogados chamam de “morte financeira” do sancionado.

    G1