Categoria: Destaque

  • Trump nega exceção de tarifas para eletrônicos e diz que itens serão colocados em categoria diferente

    Trump nega exceção de tarifas para eletrônicos e diz que itens serão colocados em categoria diferente

    Depois de o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, dizer neste domingo, 13, que a isenção de tarifas sobre produtos tecnológicos importados anunciada na sexta-feira, 11, é “temporária” e que em breve serão adotadas alíquotas específicas para semicondutores, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que “não foi anunciada nenhuma exceção de tarifas na sexta-feira”.

    “Ninguém vai ficar livre por causa das balanças comerciais injustas e das barreiras tarifárias não monetárias que outros países usam contra nós, especialmente a China – que, de longe, nos trata da pior maneira”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social.

    Ao dizer que nenhuma “exceção” tarifária foi anunciada, o presidente norte-americano acrescentou que “estes produtos (tecnológicos) estão sujeitos à tarifa de fentanil de 20% já existente, e eles estão sendo apenas colocados em um ‘balde’ tarifário (uma categoria) diferente”.

    Trump impôs uma taxa de 20% sobre a importação de produtos chineses em retaliação ao um suposto papel do país asiático no tráfico da droga. A China diz que a acusação não tem nenhum fundamento.

    O mandatário norte-americano reclama que a imprensa não alinhada a ele, que ele chama de “fake news”, sabe que a isenção anunciada na sexta não é uma “exceção”, “mas se recusa a relatar isso”.

    “Nós vamos analisar os semicondutores e toda a cadeia de abastecimento de eletrônicos nas próximas Investigações sobre Tarifas de Segurança Nacional”, declarou. O governo Trump vem aplicando tarifas sob o argumento de que está protegendo a segurança nacional e com isso tenta escapar do escrutínio do Legislativo, pois mudanças tarifárias têm que passar pelo crivo do Congresso.

    “O que está claro é que precisamos fabricar produtos nos Estados Unidos e que não seremos reféns de outros países, especialmente nações comercialmente hostis como a China, que farão tudo ao seu alcance para desrespeitar o povo americano”, acrescentou Trump.

    Após mais de uma semana aumentando as tarifas sobre produtos importados da China, o governo Donald Trump emitiu na sexta-feira, 11, uma regra que isentou smartphones, computadores, semicondutores e outros eletrônicos de algumas dessas tarifas, em um alívio significativo para empresas de tecnologia como Apple e Dell — e para os preços de iPhones e outros eletrônicos de consumo.

    Uma mensagem publicada na noite de sexta pelo Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA incluía uma longa lista de produtos que não enfrentariam as tarifas retaliatórias impostas recentemente pelo presidente Trump sobre bens chineses, como parte de uma guerra comercial em intensificação.

    As isenções também se aplicariam a modems, roteadores, pen drives e outros produtos de tecnologia que, em sua maioria, não são fabricados nos Estados Unidos.

    Estadão

  • Como teste de saliva pode revolucionar diagnóstico precoce de câncer de próstata

    Como teste de saliva pode revolucionar diagnóstico precoce de câncer de próstata

    Um teste de saliva pode ajudar a “virar o jogo” do câncer de próstata, afirmam cientistas britânicos.

    O exame analisa o DNA dos homens para descobrir quem nasceu com maior risco de desenvolver a doença.

    E, ao encaminhá-los para realizar exames de biópsia da próstata e de ressonância magnética, foram descobertos alguns tumores agressivos que, de outra forma, teriam passado despercebidos.

    No entanto, ainda não foi comprovado que o teste salva vidas, e especialistas dizem que vai levar “anos” até que esses testes possam ser usados rotineiramente.

    Cerca de 12 mil homens no Reino Unido morrem de câncer de próstata todos os anos. Os pedidos para a realização de exames preventivos de rotina em homens saudáveis no país aumentaram desde que o ciclista olímpico Chris Hoy anunciou que tinha câncer de próstata terminal.

    A orientação de realizar esses exames de rastreamento, no entanto, passou a ser mais questionada, debatida e relativizada nos últimos anos no mundo todo.

    No Reino Unido, o exame PSA — que mede os níveis de antígeno prostático específico (PSA) no sangue — foi descartado para rastreamento de rotina devido ao risco de causar mais prejuízos do que benefícios.

    No Brasil, algumas instituições — como o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) — contraindicam a realização do rastreamento do câncer de próstata.

    Em contrapartida, entidades como a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) defendem a importância desses exames periódicos para alguns grupos. (Confira aqui os argumentos apresentados nesta discussão)

    Este exame de saliva não procura sinais de câncer de próstata dentro do corpo.

    Em vez disso, ele procura por 130 mutações no DNA dos homens, cada uma das quais pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de próstata.

    No estudo, os cientistas testaram homens com idades entre 55 e 69 anos, e calcularam seus respectivos riscos. Os homens entre os 10% com pontuação mais alta foram convidados a realizar exames adicionais — incluindo uma biópsia e uma ressonância magnética.

    O estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, mostrou que:

    – Dos 745 homens com pontuação alta, 468 estavam preparados para fazer os exames adicionais;

    – 187 foram diagnosticados com câncer de próstata;

    – 103 eram tumores de alto risco que precisavam de tratamento; 74 deles não teriam sido descobertos neste estágio com os exames atuais.

    “Com este teste, pode ser possível virar o jogo do câncer de próstata”, afirmou Ros Eeles, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres.

    “Podemos identificar homens com risco de tumores agressivos que precisam de mais exames, e poupar os homens com menor risco de tratamentos desnecessários”, ela acrescentou.

    ‘Duas vidas salvas’

    Dois homens com camisetas e bonés de beisebol combinando

    Crédito,Dheeresh Turnbull

    Legenda da foto,Dheeresh Turnbull (à direita) com o irmão

    Dheeresh Turnbull, de 71 anos, participou do estudo.

    Ele descobriu que estava na categoria de maior risco, apesar de não ter histórico familiar de câncer de próstata. Um exame mais aprofundado mostrou que ele tinha câncer.

    “Fiquei completamente chocado, eu nunca teria sido diagnosticado neste estágio se não tivesse participado do estudo.”

    Seu irmão mais novo foi então convidado a participar do estudo — e também descobriu que tinha um tumor agressivo.

    “É incrível pensar que, graças a este estudo, duas vidas foram salvas na minha família”, afirmou Dheeresh.

    ‘Ainda há um longo caminho pela frente’

    Mas o teste não está pronto para ser implementado.

    Dusko Ilic, professor da Universidade King’s College London, disse que o teste era “promissor”, mas melhorou a detecção do câncer “apenas modestamente” quando usado junto aos fatores de risco atuais — como idade, exames PSA e ressonância magnética.

    Ele também afirmou que ainda não havia “nenhuma evidência direta” de que melhorasse a sobrevida ou a qualidade de vida, o que significa que mais estudos são necessários.

    Além disso, a pesquisa se concentrou em pessoas de ascendência europeia, e um trabalho ainda está em andamento para adaptá-la a pessoas de outras origens. Acredita-se que os homens negros tenham o dobro do risco de câncer de próstata.

    A equipe de pesquisa também afirma que há dúvidas sobre a relação custo-benefício, os possíveis danos e o melhor momento para analisar o risco.

    O teste de saliva vai fazer parte do estudo Transform, que está tentando descobrir a melhor maneira de introduzir o rastreamento do câncer de próstata no Reino Unido.

    Michael Inouye, professor da Universidade de Cambridge, disse acreditar que este estudo será visto “como um marco” na defesa do uso da genética para avaliar o risco.

    Mas acrescentou: “Este é um grande passo no caminho para a implementação clínica, mas ainda há um longo caminho pela frente”.

    Ele afirmou que “provavelmente vai levar anos” até que o NHS, sistema público de saúde britânico, use esse tipo de teste.

    BBC

  • Mendonça diverge e vota para absolver 17 réus do 8 de Janeiro

    Mendonça diverge e vota para absolver 17 réus do 8 de Janeiro

    O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu divergência nos processos que correm na Corte para condenar ou absolver mais 17 réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Por enquanto, quatro ministros — Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino — foram a favor das condenações. Já Mendonça é a favor de absolver os réus. Segundo o ministro divergente, as provas apresentadas contra as 17 pessoas não são sólidas a ponto de levar à condenação. Ele também entende que há ausência de dolo, ou seja, intenção.

    “Observa-se que não há provas sólidas quanto ao dolo – enquanto vontade livre e consciente de praticar os delitos narrados na inicial -, a par da simples admissão de cada réu de que estava, de fato, no acampamento, sem intenções criminosas ou violentas”. Moraes, como relator, propôs que a pena em 16 casos fosse um ano de reclusão, 20 dias-multa de meio salário mínimo a época do acontecido e R$ 5 milhões de danos morais. A reclusão pode ser substituída por liberdade caso o condenado aceite medidas alternativas, como serviços comunitários, participação em curso sobre democracia e golpe de Estado, compromisso em não usar redes sociais pelo tempo da reclusão, suspensão de passaportes existentes e revogação de porte de arma de fogo.

    Em um dos casos, Moraes sugeriu de pena dois anos e cinco meses de reclusão, além da multa de R$ 5 milhões de danos morais. Nessa situação, o réu também poderia aderir às medidas alternativas para não ficar detido. Os julgamentos ocorrem no plenário virtual, com participação dos 11 ministros do Supremo.

    As votações começaram na sexta-feira passada (4) e vão até hoje, sexta,11.

    CNN

  • Goiás vai devolver ICMS cobrado sobre energia solar

    Goiás vai devolver ICMS cobrado sobre energia solar

    Após o Estado deixar de cobrar, em janeiro deste ano, o Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS), aplicado aos geradores de energia solar pelo uso da estrutura da rede de distribuição, o governador Ronaldo Caiado afirmou, nesta sexta-feira (11/4), que todo o valor anteriormente pago será restituído.

    A medida vai beneficiar 256.782 mil contribuintes com a devolução de R$ 31 milhões.

    “Não deixamos apenas de cobrar, estamos dando um passo a mais: a devolução do dinheiro. É uma diminuição da conta de energia do gerador, que pagou um valor a mais em dezembro. Ele terá esse crédito até que seja quitado 100% do valor”, explicou o governador. “Essa ação valoriza cada vez mais a utilização da energia fotovoltaica, fonte limpa de energia, que deve ser ampliada no dia a dia”, acrescentou.

    Energia solar

    A medida vale ainda para os retroativos dos meses de novembro, outubro e setembro, cobrados junto com a conta de dezembro. O objetivo é evitar que esses geradores sejam penalizados com a cobrança excessiva de tributos e fortalecer o segmento.

    “Estamos atentos no sentido de, cada vez mais, construir um ambiente favorável para esses investimentos aqui no estado”, disse o vice-governador Daniel Vilela.

    Desde dezembro de 2024, o governo vinha recolhendo o ICMS por força da Lei Federal nº 14.300/2022, conhecida como Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída, mecanismo que obrigava a cobrança. No entanto, uma ação judicial movida pelos partidos União Brasil e MDB resultou em uma liminar, no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), garantindo a suspensão do imposto a partir deste ano.

    O argumento levado ao Judiciário é de que não há transação comercial na utilização da rede da concessionária, uma vez que a mesma é feita apenas para armazenamento da produção excedente. O secretário Geral de Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima, informou que embora o Estado deixe de arrecadar, haverá compensação com o ganho para os produtores residenciais e empresariais, gerando emprego e renda no setor.

    Para o presidente da Frente Goiana de Geração Distribuída, João Felipe Prado, a iniciativa torna o Estado um exemplo no Brasil. “O Governo de Goiás escutou nossa reivindicação, com atendimento imediato. Para todo o setor, é uma ação muito importante e única, pois em nenhum outro Estado o governo teve tanta participação para suspender o tributo cobrado de forma indevida”, ressaltou.

    Diversos estados brasileiros realizam a cobrança do ICMS sobre a energia solar. A alíquota é aplicada sobre a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), equivalente ao custo do uso da rede de distribuição de energia, que inclui postes, transformadores e subestações. Regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), possui como agente arrecadador, em Goiás, a concessionária Equatorial.

    Crescimento

    Conforme informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Goiás conta hoje com 1.867,8 GW de potência instalada em sistemas solares fotovoltaicos, posicionando-se em sexto lugar no ranking nacional. Em 2022, o Estado era o sétimo do Brasil. Já Goiânia ocupa atualmente a quinta posição no país em produção de energia solar.

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Motta viaja ao exterior e deixa decisão sobre anistia para pós-Páscoa

    Motta viaja ao exterior e deixa decisão sobre anistia para pós-Páscoa

    O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), viajou para o exterior com a família e avisou a líderes partidários que só retornará ao Brasil após o feriado da Páscoa. Com a viagem, Motta deixa para depois da Semana Santa suas decisões sobre os destinos do projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e do processo de cassação do deputado Glauber Braga (PSol-RJ).

    À coluna, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que, com Motta fora do Brasil, só apresentará o requerimento de urgência do projeto da anistia na reunião de líderes do dia 24 de abril.

    Nesse cenário, a expectativa de Sóstenes é que a urgência seja votada apenas no final do mês. O líder do PL, porém, ainda tenta colher as 257 assinaturas mínimas necessárias para que o requerimento seja votado.

    Hugo Motta determina votação remota

    Por conta da viagem ao exterior, Motta não realizou a tradicional reunião de líderes nesta quinta-feira (10/4) e avisou a líderes que vai liberar votação remota durante toda a próxima semana.

    Os trabalho serão comandados pelo vice-presidente da Câmara, deputado Altinêu Cortes (PL-RJ), que já avisou que não tomará qualquer decisão sobre anistia nesse período.

    Igor Gadelha, Metrópoles

  • Anistia: ministros do STF buscam Lula para reclamar de fala de Gleisi

    Anistia: ministros do STF buscam Lula para reclamar de fala de Gleisi

    Ministros do STF procuraram auxiliares e interlocutores de Lula na área jurídica, nas últimas horas, para reclamar de uma declaração dada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, relacionada à anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.

    Em entrevista na noite da quinta-feira (10/4), Gleisi disse considerar “plenamente defensável” a discussão sobre redução de penas a civis condenados pelo 8 de Janeiro. A petista afirmou que esse pode ser um debate feito pelo Congresso Nacional.

    A fala caiu mal no Supremo. Segundo apurou a coluna, ao menos três ministros da Corte procuraram auxiliares de Lula para reclamar. Eles classificaram a fala como um “absurdo” e sinalizaram que a declaração poderia azedar a relação entre os dois Poderes.

    Um dos ministros do STF viu a fala de Gleisi como um “suicídio” e avaliou que a posição da ministra poderá jogar no colo do governo uma eventual derrota política, caso a anistia não avance. Alguns magistrados prometeram procurar diretamente Lula para reclamar.

    Na avaliação de colegas de Gleisi no governo, a ministra pode ter feito a fala por estar supostamente “pressionada” pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a apoiar alguma ideia para aliviar a pressão de bolsonaristas sobre a anistia.

    Na noite da quinta, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, anunciou já ter conseguido as 257 assinaturas mínimas para pautar o requerimento de urgência do projeto da anistia. Se aprovada a urgência, a proposta pode ser votada diretamente no plenário.
    Metrópoles
  • Urgência do PL da Anistia chega 257 assinaturas e garante maioria

    Urgência do PL da Anistia chega 257 assinaturas e garante maioria

    O requerimento para que o projeto de lei da anistia aos acusados do 8 de Janeiro tramite sob regime de urgência chegou a 257 assinaturas nesta quinta-feira (10/4). Assim, o pedido garantiu o apoio da maioria maioria absoluta de deputados federais.

    Os signatários incluem parlamentares do Partido Liberal, União Brasil, Partido Progressistas, Republicanos, entre outros. Inclusive, grande parte dos apoiadores pertencem a siglas que compõem a base do governo no Congresso Nacional.

    A aprovação de um texto que garanta anistia aos envolvidos na depredação às sedes dos Três Poderes é defendida fortemente pelo Partido Liberal. Entretanto, nem todos os parlamentares da sigla assinaram, até recente atualização, o requerimento de urgência.
    Agora, com o apoio de 257 parlamentares, o requerimento de urgência deve ser protocolado pela lideraça do Partido Liberal. Ainda assim, para que passe a tramitar sob esse regime, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), precisa pautar o pedido e o Plenário referendá-lo.

    PL tenta pressionar Motta

    O Partido Liberal, desde o fim de março, tenta pressionar o presidente da Casa Baixa a pautar matéria. Para isso, chegaram a anunciar uma obstrução no Plenário e nas comissões. Entretanto, enquanto perdurou a estratégia, houve falhas na articulação e a oposição não conseguiu paralisar totalmente os trabalhos.

    A bancada, então, anunciou que decidiu suspender a obstrução. “Estamos apostando no diálogo com os colegas parlamentares, que vêm se sensibilizando com essa pauta de justiça, de humanidade e de pacificação nacional”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do bloco.

    O PL, em uma nova aposta para garantir apoio, passou a pressionar os deputados a assinarem requerimento de urgência.

    Metrópoles
  • Orçamento de 2025 é sancionado com apenas dois vetos

    Orçamento de 2025 é sancionado com apenas dois vetos

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira (10) a Lei Orçamentária Anual (LOA) – O Orçamento de 2025, que prevê as receitas e fixa as despesas da União para o exercício. A proposta aprovada pelo Congresso Nacional foi objeto de análise técnica do Ministério do Planejamento e Orçamento, que não apontou impedimentos à sanção, mas recomendou vetos específicos por contrariedade ao interesse público.

    A LOA 2025 estima um superávit primário, após compensações, de R$ 14,5 bilhões, respeitando a meta de resultado primário neutro estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O Orçamento sancionado também observa os limites à despesa primária previstos no Regime Fiscal Sustentável, instituído pela Lei Complementar 200/23.

    Vetos presidenciais
    A LOA 2025 foi sancionada com dois vetos. O primeiro veto, no valor de R$ 40,2 milhões, recaiu sobre novas programações orçamentárias que continham localizações específicas, incluídas por meio de emendas de modificação em despesas primárias discricionárias do Poder Executivo (RP 2), o que é vedado pela Lei Complementar 210/24.

    Também houve veto a R$ 2,97 bilhões em despesas financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que seriam destinadas a financiamentos com retorno, em razão da inobservância ao limite máximo para operações reembolsáveis do fundo (Lei 11.540/07), situação decorrente de alterações promovidas durante a tramitação do Orçamento no Congresso.

    Salário mínimo
    Segundo a LOA, o salário mínimo em 2025 será de R$ 1.518, um aumento real (acima da inflação) de 2,5% em comparação com o valor que vigorou no ano passado. Estão previstos ainda R$ 226,4 bilhões para a educação e R$ 245,1 bilhões na saúde pública.

    Para o programa Bolsa Família, foram reservados R$ 158,6 bilhões na LOA 2025, enquanto os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV) contarão com R$ 113,6 bilhões.

    As dotações para custear os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), por sua vez, que representam a maior despesa primária do Orçamento da União, alcançaram R$ 972,4 bilhões.

    Cabe destacar, ainda, o Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC, que compreende, na LOA 2025, empreendimentos distribuídos em 16 órgãos, totalizando R$ 57,6 bilhões em recursos alocados.

    Alterações no Congresso
    Na versão aprovada pelo Congresso Nacional, houve alterações relevantes em relação ao projeto original enviado pelo Executivo. Pelo lado das receitas, verificou-se aumento de R$ 22,5 bilhões nas estimativas de ingressos de receitas primárias.

    O Legislativo também atuou para incorporar nas estimativas os efeitos da Desvinculação das Receitas da União (DRU), tratada pela Emenda Constitucional 135, de 2024, o que resultou em redução de despesas vinculadas a receitas, como as do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e as relativas a transferências da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), bem como em incremento de reserva de contingência financeira com recursos desvinculados.

    As emendas parlamentares atingiram o montante de R$ 50,4 bilhões na LOA 2025, sendo R$ 24,6 bilhões para as emendas individuais (RP 6), R$ 14,3 bilhões para as emendas de bancadas estaduais (RP 7) e R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de comissão mista permanente do Congresso Nacional (RP 8). As despesas primárias discricionárias (RPs 2 e 3) dos órgãos do Poder Executivo, por sua vez, totalizaram R$ 170,7 bilhões.

    Houve acréscimo de R$ 9,3 bilhões em gastos sociais obrigatórios, que incluem benefícios previdenciários, abono salarial, seguro-desemprego e benefícios de prestação continuada. Os incrementos partiram de solicitação do Poder Executivo, a fim de adequar o Orçamento às novas projeções para essas despesas, considerando o reajuste do salário mínimo em montante superior ao previsto no PLOA 2025 e a atualização do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que afetam diretamente os valores dos benefícios sociais em comento.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • The Economist: A política comercial incoerente de Trump causará danos duradouros à economia mundial

    The Economist: A política comercial incoerente de Trump causará danos duradouros à economia mundial

    Depois do terror, a euforia. Quando, em 9 de abril, o presidente Donald Trump adiou por 90 dias a mais ilógica e destrutiva de suas tarifas, depois de um colapso nos mercados financeiros, o índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, subiu 9,5%, sua maior alta diária em quase 17 anos. Os cenários mais sombrios para a economia mundial que haviam sido previstos pelos investidores até aquele momento agora são improváveis.

    Parece que há um limite para as quedas do mercado que o presidente tolerará em seu mandato. Depois do caos que se seguiu ao anúncio de tarifas “recíprocas” feito por Trump uma semana antes, essa fonte de conforto para o mundo que não é pequena.

    Mas não confunda o consolo de ter evitado um desastre com boa sorte. A escala do choque no comércio global provocado por Trump ainda é, mesmo agora, diferente de tudo o que se viu na história. Ele substituiu as relações comerciais estáveis que os Estados Unidos passaram mais de meio século construindo por uma formulação de políticas caprichosa e arbitrária, na qual as decisões são publicadas nas mídias sociais e nem mesmo seus assessores sabem o que virá em seguida. E ele ainda está em um extraordinário confronto comercial com a China, a segunda maior economia do mundo.

    No entanto, mesmo após a pausa nas tarifas, os rendimentos dos títulos do Tesouro continuam elevados. As ações globais estão 11% abaixo de seus máximos em fevereiro – e com razão. Trump ainda aumentou a taxa média de tarifas dos Estados Unidos para mais de 25% desde janeiro, com a promessa de mais impostos, inclusive sobre as importações de produtos farmacêuticos.

    Os assessores do presidente demonstram uma despreocupação de cair o queixo com relação aos danos que as tarifas podem causar à economia. Em sua opinião, os estrangeiros pagam a conta das tarifas e as quedas do mercado prejudicam apenas os investidores ricos.

    Um golpe semelhante será desferido nos gastos das empresas. Mais do que o nível exato das tarifas, elas anseiam pela certeza de que as regras do comércio global permanecerão estáveis, para que possam planejar seus investimentos de longo prazo. Por exemplo, embora a adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001 tenha levado a uma explosão do comércio, ela não envolveu barreiras comerciais substancialmente menores com os Estados Unidos.

    Em vez disso, as empresas ganharam a confiança de que não haveria uma guerra comercial, um efeito que os economistas estimaram mais tarde como valendo uma redução impressionante de 13 pontos porcentuais nas tarifas.

    O presidente Trump agora reverteu esse efeito de confiança, tanto para os Estados Unidos quanto para seus parceiros comerciais – especialmente porque suas tarifas desconsideram os acordos comerciais anteriores dos Estados Unidos, inclusive os que ele mesmo assinou em seu primeiro mandato. Ainda não está claro o que Trump realmente quer alcançar em seu período de espera de 90 dias: seus objetivos aparentes de extrair concessões de outras nações e de redirecionar os empregos de manufatura se contradizem.

    Se as tarifas forem reduzidas, o reshoring (mudança das fábricas) não ocorrerá. No entanto, se os parceiros comerciais suspeitarem que ele está comprometido com o protecionismo, por que eles ofereceriam concessões? E, mesmo que todas as tarifas sejam reduzidas, a lembrança do “Dia da Libertação” permanecerá na mente de qualquer empresa que esteja construindo uma cadeia de suprimentos.

    De qualquer forma, Trump continua em um impasse aberto com a China, do qual pode ser difícil recuar. Quando publicamos este artigo, a nova tarifa dos Estados Unidos sobre as importações chinesas havia chegado a 125% (depois, a Casa Branca informou que, na verdade, era 145%); as taxas da China, em retaliação, chegaram a 84%. Essas tarifas são altas o suficiente para devastar o comércio de mercadorias entre as duas maiores economias do mundo, que até agora estavam profundamente interligadas, mesmo com o aumento das tensões entre as superpotências.

    Trump diz que “a China quer fazer um acordo”. Mas, assim como acontece com os aliados dos Estados Unidos, somente ele sabe o que seria esse acordo. Por mais de uma década, não faltaram reclamações ocidentais contra a abordagem comercial da China. O país há muito tempo viola, pelo menos, o espírito da OMC.

    Seu modelo de capitalismo de Estado, no qual seus exportadores são apoiados por um sistema opaco de subsídios e financiamento apoiado pelo Estado, pode ser difícil de conciliar com uma ordem transparente e baseada em regras. E os excedentes de manufatura da China têm sido tão grandes em parte porque seu próprio consumo é muito baixo.

    Nada disso torna os Estados Unidos mais pobres em termos agregados, mas significa que o comércio com a China não é visto como justo – especialmente pelos trabalhadores que foram deslocados por ele.

    Confronto de superpotências

    No entanto, uma guerra tarifária destrutiva e imprevisível nunca foi a maneira correta de abordar esses problemas (que, de qualquer forma, estavam prontos para melhorar à medida que a China estimulasse sua economia). As tarifas de ambos os lados estão causando profundos danos econômicos; elas também podem aumentar o risco de um confronto militar.

    Um caminho mais promissor para os Estados Unidos era reunir seus aliados em um bloco de livre-comércio grande o suficiente para forçar a China a mudar suas práticas comerciais como preço de admissão. Essa era a estratégia por trás da Parceria Transpacífico, um acordo comercial que Trump descartou em seu primeiro mandato.

    Scott Bessent, o secretário do Tesouro, fala em fazer um acordo comercial com aliados e abordar a China “como um grupo”. Mas agora que intimidou seus aliados e renegou seus acordos anteriores, os Estados Unidos descobrirão que eles estão menos dispostos a cooperar.

    Essa é a falta de visão da agenda imprudente de Trump. Em apenas dez dias, o presidente acabou com as antigas certezas que sustentavam a economia mundial, substituindo-as por níveis extraordinários de volatilidade e confusão. Parte do caos pode ter diminuído por enquanto. Mas levará muito tempo para reconstruir o que foi perdido.

    Estadão

  • Bolsonaro é levado a hospital no Rio Grande do Norte após passar mal

    Bolsonaro é levado a hospital no Rio Grande do Norte após passar mal

    O ex-presidente Jair Bolsonaro passou mal com dores na barriga e foi levado para um hospital no Rio Grande do Norte, disseram nesta sexta-feira pessoas próximas a ele.

    A assessoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanha Bolsonaro no Estado, informou que o ex-presidente foi internado inicialmente em um hospital no município de Santa Cruz.

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, disse que Bolsonaro será transferido para a capital do Estado, Natal.

    “Passou mal sim, com dores na barriga. Está sendo medicado e vai ser levado para um hospital em Natal”, informou o senador em mensagem enviada à Reuters.

    (Reportagem de Luciana Magalhães, em São Paulo, e Ricardo Brito, em Brasília)

    Reuters