Categoria: Mundo

  • Declínio mais acentuado do que o esperado nos indicadores antecedentes nos EUA

    Declínio mais acentuado do que o esperado nos indicadores antecedentes nos EUA

    O índice dos indicadores avançados nos EUA caiu mais do que o esperado em janeiro, devido em particular à diminuição do número de horas trabalhadas na indústria, sugerindo que a economia dos EUA está a abrandar, anunciou terça-feira a organização patronal Conference Board.

    Este índice avançado, que prenuncia a tendência económica geral para os próximos meses, caiu 0,4% em Janeiro, para 102,7, após uma queda de 0,2% em Dezembro.

    Os economistas previam uma queda mais limitada, em torno de 0,2%.

    Justyna Zabinska-La Monica, economista do ConfBoard, salienta, no entanto, que pela primeira vez em dois anos, os contributos positivos para as estatísticas, num total de seis, superaram os factores negativos, dos quais havia apenas quatro.

    Como resultado, o Conference Board afirma que já não prevê uma recessão nos EUA este ano, mas alerta que o crescimento irá abrandar para níveis próximos de zero no segundo e terceiro trimestres.

    ADVFN Brazil

  • Ele transformou a padaria do pai em um patrimônio de US$ 2 bi

    Ele transformou a padaria do pai em um patrimônio de US$ 2 bi

    Mark Taira assumiu o controle da King’s Hawaii na década de 1980 e transformou uma pequena padaria em uma fortuna bilionária. Agora, com a terceira geração no comando, ele está ávido por mais aquisições

    Mark Taira, aos 67 anos, elevou a padaria de seu pai a uma fortuna de US$ 2 bilhões, traçando assim uma história clássica de sucesso americano. Quando assumiu o cargo de CEO da King’s Hawaiian aos 27 anos, a empresa tinha uma receita anual de US$ 3 milhões (equivalente a US$ 9,5 milhões hoje). Sob sua liderança, os pãezinhos geram agora cerca de US$ 900 milhões em receita.

    Nos últimos 20 anos, a receita da King’s Hawaiian aumentou 15 vezes. Os pães representam 85% do faturamento anual, com margens brutas de lucro de mais de 40%, uma conquista impressionante na indústria alimentícia. Embora alguns concorrentes tenham margens mais altas, Taira prioriza valores como ética e integridade sobre lucros excessivos.

    Sob a holding Irresistible Food Group, criada em 2021, a família Taira lançou um conceito de restaurante inspirado no Havaí e introduziu novos produtos, mantendo-se como uma empresa familiar. Estima-se que o patrimônio da família seja de US$ 2 bilhões, incluindo a mãe de Mark, Tsuneko, e os quatro irmãos dele.

    Atualmente, a King’s Hawaiian é uma referência para varejistas, concorrentes e investidores, sendo constantemente mencionada em reuniões como uma marca icônica. Os clientes compram seus pães o ano todo, um indicativo do sucesso consistente da empresa ao longo do tempo.

    “O que eles construíram é o sonho de toda marca de alimentos aspirante”, acrescenta Wu. “O que é diferente é a paciência com que eles fizeram isso. Porque eles construíram tijolo por tijolo, sua base é mais forte do que qualquer outra — a casa foi construída tão forte que ninguém pode derrubá-la.”

    O início de um sonho
    Robert Taira, pai de Mark, era o sexto de nove filhos. Seus pais eram imigrantes japoneses de Okinawa, que chegaram à principal ilha do Havaí em 1906 para trabalhar nos campos de cana-de-açúcar. Observando a felicidade das pessoas ao morderem produtos assados, Robert decidiu se tornar padeiro. Se matriculou em uma escola de panificação. Seu pai resgatou uma apólice de seguro de vida no valor de US$ 350 (equivalente a US$ 4,5 mil hoje) para ajudar a lançar a padaria do filho, inaugurada em Hilo em 1950.

    Os pãezinhos macios e redondos que ele produzia, uma fusão da culinária havaiana local com pães doces feitos por imigrantes portugueses, logo encontraram um público fiel. A qualidade dos pães garantia que não ficassem velhos rapidamente, o que levou os comerciantes a estocá-los.

    O envio dos produtos para o continente tornou-se um negócio constante, com a King’s Hawaiian enviando dezenas de milhares de pães por ano. “Ele tinha visão, mas também colocava as coisas em prática. Nunca teve medo”, lembra Taira sobre seu pai. “Essa é a história de muitas famílias imigrantes – elas não têm nada a perder.”

    Para reduzir os custos de transporte, Robert e sua esposa, Tsuneko, hipotecaram a casa da família para construir uma padaria nos arredores de Los Angeles. Em 1977, a fábrica foi inaugurada a um custo de US$ 3,7 milhões (cerca de US$ 18,7 milhões hoje).

    Para conquistar novos clientes, ele bateu de porta em porta e deixou amostras de seus produtos. Após dois anos de entrega e amostras, o investimento valeu a pena. Em 1979, o supermercado Safeway se tornou o primeiro grande cliente dos EUA da King’s.

    Virada de chave
    A marca realmente começou a se destacar quando Robert e Mark fizeram uma mudança crucial em seu produto principal – abandonaram os pães inteiros em favor de pãezinhos. Eles dedicaram meses cortando e modelando a massa à mão antes de chegar aos pãezinhos doces que se destacam facilmente. Seu pacote de 12 pãezinhos foi lançado em 1983.

    Quando Mark assumiu como CEO naquele ano, decidiu correr outro risco: sair do Havaí. Ele iniciou a construção de uma fábrica em Torrance, na Califórnia, seis vezes maior que a original. Robert faleceu em 2003 aos 79 anos, pouco antes da inauguração, e não chegou a ver o sucesso dessa estratégia. Em 2005, as vendas haviam atingido US$ 50 milhões.

    Faminto por mais sucesso, em 2011, Taira levou o negócio para o leste, até a Geórgia. Com um empréstimo de US$ 65 milhões, construiu uma fábrica de última geração em Atlanta. Finalmente, a King’s Hawaiian poderia entregar com lucro os pãezinhos – assados e imediatamente congelados para vendê-los “frescos” – para outras regiões, como Nova York. Em 2016, a receita ultrapassou os US$ 320 milhões, cinco vezes mais do que uma década antes.

    A Geórgia também abriga o mais recente projeto dos Taira: o Hello Hilo, um restaurante inspirado no Havaí. A primeira localização foi inaugurada em Gainesville, uma pequena cidade a cerca de 80 quilômetros ao norte de Atlanta, em julho passado. Outra será aberta ainda este ano.

    Mais restaurantes poderiam abrir mais cedo se os Tairas franqueassem o conceito, mas controlar a qualidade é mais importante por enquanto, diz a filha de Taira, Courtney, que dirige a divisão de restaurantes.

    Sem investidores
    Com o negócio agora em sua terceira geração, os Taira afirmam que continuarão a rejeitar investidores externos e ofertas de aquisição, mantendo a King’s Hawaiian sob propriedade familiar. “Ninguém vai fazer um produto melhor para o consumidor do que uma empresa familiar, especialmente a nossa família”, afirma Taira.

    Ao invés de ser adquirida, a Irresistible Foods Group tem sido compradora. Nos últimos três anos, a Irresistible gastou cerca de US$ 100 milhões para adquirir fornecedoras locais. Até agora, a empresa identificou 200 marcas desejáveis e está em negociações com cerca de 20.

    Taira diz acreditar que a Irresistible logo ultrapassará US$ 1 bilhão em vendas. Um terço dos lares americanos agora consome alguma versão dos alimentos da empresa – mas sempre há espaço para crescer. Não apenas nos Estados Unidos. Seu pão também é vendido no Japão, Canadá e em 14 países da América Central, América do Sul e Caribe, enquanto os Taira miram na Alemanha, Reino Unido e outros países.

    Forbes

  • Após ser chamado de ‘persona non grata’ por Israel, Lula chama de volta embaixador do Brasil

    Após ser chamado de ‘persona non grata’ por Israel, Lula chama de volta embaixador do Brasil

    Assessor do Planalto, Celso Amorim diz que é ‘absurdo’ Israel considerar Lula ‘persona non grata’

    O embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, será chamado de volta ao Brasil pelo governo Lula. Meyer foi convocado por autoridades israelenses, nesta segunda-feira, para dar explicações sobre uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no domingo comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza com o Holocausto.

    A desocupação do posto em Tel Aviv indica um agravamento do impasse diplomático entre Brasil e Israel e pode, eventualmente, ser o primeiro passo para o esfriamento ou até o rompimento das relações bilaterais.

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para prestar eslcarecimentos.

    “Diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel, o Ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça hoje ao Palácio Itamaraty, no Rio. E chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil amanhã”, disse o ministério em nota.

    No último domingo, Lula comparou as mortes de palestinos que estão na Faixa de Gaza ao Holocausto na Segunda Guerra Mundial, marcado pelo extermínio de mais de seis milhões de judeus. Lula foi considerado, nesta segunda-feira, persona non grata por Israel e, ao convocar o embaixador, indicou que, ao contrário do que foi exigido pelo governo daquele país, não pedirá desculpa por sua fala.

    Declaração de Lula é ‘desastrosa’ e uma ‘armadilha’ dizem diplomatas

    O clima no Itamaraty é de preocupação. Um diplomata comentou que a exposição de Frederico Meyer no Museu do Holocausto foi desnecessária, por causa de uma declaração “desastrosa” de Lula.

    Um interlocutor do Itamaraty disse que Lula caiu em uma “armadilha”, ao fazer a declaração, e o cenário é bastante complicado. Isto porque o presidente, como disse o premier israelense, banalizou o Holocausto e, assim, o extermínio de cerca de 6 milhões de judeus, grande parte em campos de concentração nazista.

    A declaração do presidente brasileiro causou indignação no governo de Israel, que convocou o embaixador brasileiro para uma reunião em um local totalmente fora dos padrões diplomáticos: o Museu do Holocausto, em Jerusalém. O lugar escolhido foi considerado um “circo” por diplomatas brasileiros. Para integrantes do Itamaraty, foi uma exposição desnecessária do embaixador.

    Katz mostrou a Meyer o formulário com os nomes de seus avós, mortos durante a Segunda Guerra Mundial. No domingo, o chanceler israelense já havia afirmado que a fala de Lula “profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.

    A avaliação do governo é que a declaração de Lula está sendo usada politicamente pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que enfrenta uma crise de popularidade. O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, classificou como “um absurdo” a decisão de Israel de classificar o presidente brasileiro como persona non grata.

    Fala de lula gerou reações

    As declarações de Lula, que também classificou como “genocídio” as mortes em Gaza, foram feitas no domingo, em entrevista a jornalistas na Etiópia, durante a cúpula da União Africana.

    O presidente comparou Gaza com o Holocausto no momento em que criticava países ricos que suspenderam o financiamento à agência da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês), após a denúncia do governo israelense de que funcionários do órgão haviam participado do ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro do ano passado.

    — Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio — disse Lula. — Não é uma guerra entre soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”.

    “Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa, e faz isso ao mesmo tempo que defende o direito internacional”, escreveu Netanyahu no X.

    A fala do líder brasileiro repercutiu entre autoridades israelenses e foi comentada pelo Hamas. O grupo emitiu um comunicado, agradecendo a Lula pela comparação: “Os acontecimento na Faixa de Gaza são como o que o líder nazista Hitler fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial (…) Pedimos à Corte Internacional de Justiça que leve em conta o que o presidente brasileiro disse”.

  • Israel declara Lula ‘persona non grata’ após declarações sobre Holocausto

    Israel declara Lula ‘persona non grata’ após declarações sobre Holocausto

    Após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o líder brasileiro foi declarado persona non grata pelo governo de Benjamin Netanyahu.

    Persona non grata é uma expressão em latim cujo significado literal é algo como “pessoa não agradável” ou “não bem-vinda”. Na diplomacia, a expressão se aplica a um representante estrangeiro que não é mais bem-vindo em missões oficiais em determinado país.

    Nas redes sociais, o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Lula não será bem-vindo no país até que se retrate por suas palavras.

    A decisão foi anunciada por Katz após encontro com o embaixador do Brasil em Israel no Yad Vashem, o memorial oficial de Israel em Jerusalém para lembrar as vítimas do Holocausto.

    O diplomata brasileiro foi convocado pelo governo Netanyahu para prestar esclarecimentos sobre as declarações de Lula.

    O presidente falou sobre o assunto durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou neste fim de semana de uma reunião da cúpula da União Africana.

    Lula já havia falado sobre a situação dos palestinos em seu discurso no evento, mas a declaração durante a entrevista gerou uma forte reação do governo israelense.

    A BBC News Brasil procurou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério de Relações Exteriores brasileiro para um posicionamento sobre as declarações do chanceler israelense, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

    Mais de 28,8 mil palestinos, incluindo civis, mulheres e crianças, morreram durante os mais recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza. O país iniciou uma guerra contra o Hamas em outubro após a morte de mais de 1.200 pessoas e o sequestro de 253 reféns em um ataque do grupo em Israel.

    Leia mais, a seguir, sobre o que Lula falou sobre o conflito e qual foi a reação de Israel.

    Lula e Netanyahu em encontro em Jerusalém em 2009
    CRÉDITO,GETTY IMAGES – Lula e Netanyahu em encontro em Jerusalém em 2009

    As declarações

    Durante sua viagem, Lula questionou a decisão de alguns países de suspender verbas à agência da ONU que dá assistência aos palestinos, a UNRWA.

    A suspensão havia acontecido porque Israel acusou funcionários da agência de envolvimento com o Hamas.

    Lula afirmou que a ajuda humanitária aos palestinos não pode ser suspensa e disse que, se confirmado que houve erros na UNRWA, deve haver responsabilização.

    “Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente?”, disse o presidente.

    “E qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”, afirmou.

    “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus.”

    “Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, apura-se quem errou. Mas não suspenda a ajuda humanitária para o povo que tá há quantas décadas tentando construir o seu Estado”, disse o presidente.

    Lula também reiterou que condena o Hamas e os ataques realizados por eles.

    “O Brasil condena o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, disse.

    No sábado (17), Lula havia se encontrado com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.

    O Palácio do Planalto afirmou que o presidente brasileiro condenou ataques do Hamas durante a reunião e reiterou a necessidade de paz no Oriente Médio e necessidade da criação de um Estado Palestino. Shtayyeh agradeceu a Lula pela solidariedade com o povo palestino, segundo o governo brasileiro.

    Por que a fala causou tanta controvérsia?

    O genocídio de mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial é um tema bastante sensível.

    A fala de Lula gerou uma forte reação de instituições judaicas, que afirmam que comparar a situação dos palestinos afetados pelos ataques de Israel com o genocídio de judeus feito pelos nazista é uma forma de “banalizar o Holocausto”.

    A Conib (Confederação Israelita do Brasil) emitiu uma nota de repúdio à fala de Lula, na qual defendeu as ações de Israel.

    “Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz o comunicado da entidade.

    “Essa distorção perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”, afirmou.

    O presidente do Museu do Holocausto em Jerusalém, Dani Dayan, afirmou que a fala de Lula é “vergonhosa” e uma “combinação de ódio e ignorância”.

    Ministros do governo defenderam Lula nas redes sociais.

    “Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do governo de extrema-direita de Israel”, escreveu Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) na rede social X.

    “A fala do presidente Lula sobre o que está acontecendo em Gaza é corajosa e necessária. Já são mais de 20 mil mortos palestinos através de ataques promovidos por Israel. Que esse posicionamento incentive outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após dia”, disse Sônia Guajajara (Povos Indígenas), também no X.

    BBC

  • 125 toneladas de leite em pó estão a caminho de Cuba enviadas pelo Brasil

    125 toneladas de leite em pó estão a caminho de Cuba enviadas pelo Brasil

    O Brasil despachou para Cuba um primeiro carregamento de 125 toneladas de leite em pó, produzido internamente, como parte de uma iniciativa para fortalecer a segurança alimentar e nutricional na América Latina. Essa ação foi acordada entre os governos do Brasil, Emirados Árabes Unidos e Cuba durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) realizada em Dubai no ano passado.

    A entrega do lote de leite em pó aconteceu na segunda-feira (12) em Cuba. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou que envios adicionais, incluindo arroz, milho e soja, serão realizados nas próximas semanas.

    A ação conjunta tripartite, acordada durante a COP28 entre 30 de novembro e 13 de dezembro de 2023, está alinhada com a proposta da presidência brasileira do G20 de estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, de acordo com o comunicado do Itamaraty.
    O SBT News questionou o Itamaraty sobre os detalhes da aquisição e transporte dos alimentos enviados a Cuba no contexto desta iniciativa, bem como se os custos são compartilhados pelos governos do Brasil e Emirados Árabes Unidos. A reportagem será atualizada com as informações quando disponíveis.
    Com informações de SBT News
  • Dengue: quais remédios são contraindicados e quais podem ser usados para tratar sintomas

    Dengue: quais remédios são contraindicados e quais podem ser usados para tratar sintomas

    O Brasil vive uma explosão de casos de dengue, com 408.351 casos prováveis registrados e 62 mortes confirmadas.

    Outros 279 óbitos causados pela doença seguem em investigação, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

    Além de dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos, febre, enjoos, vômitos e manchas vermelhas, a dengue pode causar outros sintomas como sonolência, irritabilidade e confusão mental.

    A doença é dividida em dois grupos: a dengue clássica e a hemorrágica, quando a infecção começa a destruir plaquetas responsáveis pela coagulação, e o paciente passa a ter sangramentos na gengiva ou nas fezes.

    Não há um medicamento específico para o tratamento da dengue. Os remédios disponíveis para amenizar os sintomas devem ser indicados por um médico, já que muitos deles, usados no dia a dia e vendidos sem a necessidade de prescrição médica nas farmácias, podem aumentar o risco de sangramento.

    A BBC News Brasil conversou com três infectologistas que explicam quais medicamentos não são indicados para tratar os sintomas da dengue — e quais podem ser usados com segurança.

    Vale lembrar que a automedicação é desaconselhada em todas as situações.

    Dengue: quais medicamentos você não deve tomar

    Aspirina e AAS

    A classe farmacêutica dos salicitatos, da qual fazem parte aspirina e AAS, não devem ser usada por pacientes que estão com suspeita de dengue ou que foram diagnosticados com a doença.

    Esas medicações têm efeito analgésico e antitérmico — por isso, ajudam no alívio de dores e da febre. No entanto, eles podem afetar a coagulação de pacientes com o vírus da dengue, o que leva ao aumento do risco de sangramentos e o agravamento da doença.

    Por isso, pacientes saudáveis que estejam com a doença ou com suspeita dela não devem fazer o uso desses medicamentos.

    No entanto, há ressalvas para o caso de pacientes em tratamento de algum problema cardíaco, que precisam tomar aspirina periodicamente.

    “Pessoas que possuem doenças crônicas, que sofreram infarto ou tiveram trombose, e estão fazendo uso de medicamentos desse grupo para tratar o problema, ao suspeitarem que estão com dengue não devem interromper o tratamento por conta própria, pois pode agravar o problema cardíaco já existente. O recomendado é procurar um médico imediatamente para analisar o que deverá ser feito, como trocar o medicamento ou fazer o uso monitorado”, explica a infectologista Mirian Dal Bem, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

    Além da AAS e da aspirina, outros medicamentos que fazem parte desta categoria são os derivados do ácido acetilsalicílico, como diflunisal, salicilato de sódio e metilsalicilato.

    Ibuprofeno e nimesulida

    Medicamentos que integram a categoria chamada de anti-inflamatórios não esteroidais também aumentam as chances de sangramento e não devem ser usados no tratamento dos sintomas da dengue.

    Os mais conhecidos e usados são: indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, naproxeno, nimesulida, sulfinpirazona, fenilbutazona e sulindac.

    Eles são comumente encontrados nas farmácias e podem ser comprados sem receita médica.

    Aedes aegypti
    GETTY IMAGES Legenda da foto, O Brasil já teve mais de 400 mil casos prováveis de dengue em 2024

    “Esses medicamentos prejudicam o funcionamento das plaquetas e, quando um paciente está com dengue, ele já tem as plaquetas afetadas pelo vírus. Sendo assim, ao fazer uso desses remédios, há um aumento no risco de sangramentos e ter a dengue hemorrágica”, explica o médico Paulo Abrão, vice-presidente da Sociedade Paulista de Infectologia e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    Prednisona e hidrocortisona

    Medicamentos como prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona são conhecidos como corticoides — e também são contraindicados em caso de dengue ou de suspeita da doença.

    Assim como os anteriores, eles podem aumentar o risco hemorrágico da doença e agravar a situação do paciente.

    Ivermectina

    Nos últimos dias, passou a circular nas redes sociais informações que a ivermectina seria um medicamento indicado para combater o vírus da dengue.

    Tal situação fez com que o Ministério da Saúde emitisse uma nota alertando que “não há nenhum dado ou fonte que comprove a afirmação” e o órgão “não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da dengue”.

    “Esse medicamento é única e exclusivamente para combater vermes, não há nenhum estudo que mostre sua eficácia contra vírus. Ele não deve ser usado em nenhum caso a mais”, diz o médico Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

    Durante a pandemia de covid-19, a ivermectina foi defendida como parte de um tratamento precoce de combate à doença — também sem nenhuma eficácia comprovada.

    Posteriormente, estudos realizados ao redor do mundo demonstraram a ineficácia do medicamento no combate à covid-19.

    Paracetamol e dipirona são indicados

    Segundo os infectologistas ouvidos pela BBC News Brasil, os dois medicamentos mais indicados para amenizar os sintomas causados pela dengue são o paracetamol e a dipirona, pois eles não aumentam os riscos de sangramento.

    Ambos podem ser usados com segurança e ajudam a amenizar as dores e mal-estar provocados pela dengue.

    Apesar da medicação aliviar certos sintomas, os especialistas são unânimes em dizer que manter uma boa hidratação é um dos fatores mais importantes para tratar a doença.

    A dengue provoca inflamação e faz o líquido “escapar” dos vasos sanguíneos.

    “A hidratação deve ser muito rigorosa. Além de água, é importante ingerir soros, encontrados em farmácias e postos de saúde, para repor os sais perdidos pelo corpo. O recomendado é que o paciente ingira 60 ml de líquido para cada quilo que possui”, calcula Dal Ben.

    BBC

  • O que é o ‘arrebatamento’, a doutrina da volta de Cristo que ganhou destaque no Carnaval

    O que é o ‘arrebatamento’, a doutrina da volta de Cristo que ganhou destaque no Carnaval

    Uma das definições do dicionário para o termo “arrebatamento” é “estado de profundo êxtase e enlevo espiritual”. Para religiosos, sobretudo os evangélicos pentecostais, a palavra está muito atrelada à ideia de fim dos tempos e da volta triunfal de Jesus.

    No último domingo (11/2), no Carnaval baiano, a cantora Baby do Brasil — que também é pastora evangélica e já se autoproclamou “popstora” — declarou que todos precisam estar atentos “porque nós entramos em Apocalipse”.

    “O arrebatamento tem tudo para acontecer entre cinco e dez anos”, disse ela durante apresentação da cantora Ivete Sangalo em um bloco em Salvador.

    Passagens da Bíblia, mais especificamente a primeira das cartas escritas pelo apóstolo Paulo de Tarso (5-67 d.C.) aos cristãos de Tessalônica, hoje parte da Grécia, sugerem esse cenário.

    “Porque o Senhor em pessoa, ao sinal dado, à voz do arcanjo e ao toque da trombeta de Deus, descerá do céu; então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; em seguida nós, os vivos que tivermos ficado, seremos arrebatados com eles sobre as nuvens, ao encontro do Senhor, nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”, diz o trecho.

    Em outras palavras, o texto bíblico descreve o que acontecerá quando ocorrer a aguardada volta de Jesus pelos cristãos, com a ressurreição dos mortos e o arrebatamento, aos céus, dos vivos.

    “Essa passagem [da carta de Paulo] é alvo de muitas interpretações”, pontua à BBC News Brasil o historiador, teólogo e filósofo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

    Assim como toda leitura bíblica, ele adverte que é preciso observar o contexto histórico do texto.

    ‘Continuem vivendo’

    “Paulo estava vivendo um problema específico com essa comunidade de Tessalônica. A comunidade entrou num marasmo de esperar a volta de Cristo, as pessoas estavam simplesmente abandonando suas atividades, seus afazeres… O apóstolo tentou de alguma maneira dizer: continuem vivendo, porque ninguém sabe quando isso vai acontecer. Aí ele escreve essa passagem falando desse suposto encontro entre os que estiverem vivos e Jesus”, contextualiza Moraes.

    Algumas informações sobre o que se dizia na época são necessárias para que a leitura não seja feita com anacronismos.

    “A primeira coisa a ser pontuada é que Paulo esperava de maneira confiante e com uma certeza inabalável que Cristo voltaria enquanto ele ainda estivesse vivo”, lembra o teólogo. “E isso não aconteceu. Quase 2.000 anos depois, gerações sucessivas, e Cristo não voltou.”

    O segundo ponto foi o papel de liderança do apóstolo.

    “Paulo estava, de alguma maneira, tentando tratar de um problema: uma comunidade que resolveu simplesmente aguardar a volta, como uma seita. E Paulo diz que não é bem assim. E afirma que quando acontecer, o que nós veremos é que será ouvida a voz do arcanjo, ressoada a trombeta, e descerá dos céus o Senhor, os mortos ressuscitarão e depois os vivos se encontrarão com Jesus: este é o suposto arrebatamento”, explica.

    Líder do Grupo de Estudos do Protestantismo e Pentecostalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde também é professor, o sociólogo Edin Sued Abumanssur afirma que, na carta, Paulo “tentava explicar aos cristãos de Tessalônica o que iria acontecer no final dos tempos”.

    “A igreja dessa cidade estava muito preocupada com o que viria depois. E Paulo tentou esclarecer. Interessante é que outras cidades da época onde havia igrejas cristãs, onde o cristianismo estava começando, não tinham o mesmo problema, as mesmas preocupações”, atenta Abumanssur.

    Ele ressalta que, “na ideia de Paulo, os cristão que permanecerem firmes na fé serão arrebatados e vão se encontrar com Cristo nas nuvens”.“A questão do arrebatamento é uma doutrina muito polêmica, muito disputada, absolutamente não consensual: a doutrina da volta de Cristo”, diz o sociólogo.

    Pregador cristão em rua de Toronto, Canadá, com vestes que citam escrituras bíblicas
    Pregador cristão em rua de Toronto, Canadá, com vestes que citam escrituras bíblicas

    Significados do arrebatamento

    Explicada a ideia, é hora de entender como essa passagem bíblica acabou sendo interpretada ao longo dos séculos — e como é entendida por grupos contemporâneos, que tendem a expressar frases como a proferida pela cantora Baby do Brasil.

    “Fica a pergunta: o que significa esse encontro com Jesus nos ares? Porque supostamente você flutuar e se encontrar com ele, quando mortos estão ressuscitando, isso me parece uma coisa até trivial tendo em vista o que está acontecendo. O fenômeno é que, de repente, uma divindade vem ao encontro de seu povo, mortos estão ressuscitando e ganhando novamente seus corpos e os vivos estão sendo elevados”, comenta Moraes.

    O teólogo acrescenta que toda essa narrativa é “miraculosa”. Ele diz que a determinados setores do neopentecostalismo é cara a “ideia de flutuar, de encontrar nos ares. Por isso se fala tanto desse ideal de arrebatamento”.

    E quando vai ser o arrebatamento?

    Mas é preciso mergulhar um pouco mais nas escrituras para vislumbrar o entendimento do tempo do fim do mundo, conforme cada interpretação.

    Pois se Baby do Brasil diz que esse arrebatamento está prestes a acontecer, isso configura seu pensamento dentro de uma das linhas interpretativas de outro livro bíblico, o último do cânone, o livro do Apocalipse.

    Ela se situa naquilo que se entende como pensamento pré-milenismo. Ou seja: entende, como é comum dentre a maioria dos cristãos pentecostais e neopentecostais, que um tempo de tragédias indica a volta de Jesus que, então, chegará para estabelecer seu reino de paz e justiça na Terra.

    Aquecimento global, pandemia de covid-19, guerras na Ucrânia e em Israel, enchentes, terremotos: tudo isso seriam indicativos dessa ideia para alguns religiosos.

    A narrativa está no capítulo 20 do Apocalipse. Descreve um anjo que desce do céu e aprisiona um dragão “que é o Diabo e Satanás”, “para que não seduzisse mais as nações até que se completassem os mil anos”.

    Depois de tal período, o demônio novamente seria solto para a batalha final.

    “Essa passagem é uma espécie de complemento teológico da visão do arrebatamento”, comenta Moraes.

    O teólogo lembra, contudo, que há, na história do cristianismo, três interpretações para essa alegoria bíblica: os pré-milenistas, os pós-milenistas e o amilenistas.

    “A maioria dos chamados pentecostais, sejam os clássicos ou os neopentecostais, acabam adotando o princípio [do pré-milenismo]”, explica Moraes.

    Nesse sentido, eles entendem que haverá a volta de Jesus, com o arrebatamento, e isto estaria atrelado ao estabelecimento de um reino de justiça na Terra, por mil anos.

    “Guerras, terremotos ou epidemias são encarados como prenúncio da volta de Cristo, como sinais de que este tempo está chegando e seremos arrebatados, que Cristo vai governar a Terra durante mil anos”, observa o teólogo Moraes.

    “E eles entendem que este governo de Jesus Cristo será em Jerusalém, a Jerusalém que conhecemos hoje. Há a ideia de um reino político de Jesus”, diz o teólogo.

    A outra visão, a dos pós-milenistas, entendem que primeiro será estabelecido um tempo de paz e justiça e, só então, Jesus voltará.

    Segundo Abumanssur, esta corrente normalmente é defendida por “correntes teológicas mais envolvidas com transformações sociais”, pois pressupõe uma melhoria da qualidade de vida do mundo antes do retorno de Jesus. “Neste caso, o período de mil anos de paz e justiça precede a volta de Cristo”.

    Por fim, há a leitura dos amilenistas, que rejeitam essa crença em um reinado físico terreno literal de Jesus.

    “O Apocalipse é de um gênero literário surgido em um ambiente de perseguição, o que implicava uma necessidade de literatura cifrada, enigmática, que somente os iniciados entendiam”, explana Moraes.

    “Não é necessariamente a descrição de fim do mundo. É um gênero literário e tem por finalidade trazer consolo aos perseguidos, como se eles dissessem que a situação estava muito ruim mas ‘veja só no que nós acreditamos: no final venceremos’.”

    BBC

  • Bolsonaro pede ao STF devolução de passaporte para ir a evento nos EUA com Trump

    Bolsonaro pede ao STF devolução de passaporte para ir a evento nos EUA com Trump

    O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do seu passaporte para que ele possa participar de um evento conservador nos Estados Unidos na próxima semana que terá a presença do ex-presidente dos EUA Donald Trump.

    O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse à Reuters que o pedido foi apresentado ao Supremo para que Bolsonaro possa participar da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), que ocorrerá de 21 a 24 de fevereiro. Trump, que deve concorrer a um novo mandato presidencial em novembro, é anunciado na página do evento como a principal estrela do encontro.

    Bolsonaro teve o passaporte apreendido em operação da Polícia Federal na semana passada, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, no âmbito de inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado orquestrada durante o seu governo.

    O ex-presidente também foi proibido pelo Supremo de manter contato com os demais investigados na operação, como os ex-ministros da Defesa Walter Braga Netto e Paulo Nogueira Batista; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno.

    Quatro pessoas foram presas na operação, incluindo o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins.

    Alvo de uma série de investigações pelo STF e inelegível de concorrer até 2030 por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro recentemente fez uma convocação pública pelas redes sociais para um ato em sua própria defesa para o dia 25 deste mês, domingo, na Avenida Paulista.

    Reteurs

  • Deputados republicanos aprovam impeachment de principal autoridade de fronteira dos EUA

    Deputados republicanos aprovam impeachment de principal autoridade de fronteira dos EUA

    A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por uma margem estreita o impeachment da principal autoridade de fronteira do presidente Joe Biden, à medida que a imigração se torna um tema importante para as eleições deste ano.

    Por uma votação de 214 a 213, a Câmara aprovou dois artigos de impeachment acusando o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, de não aplicar as leis de imigração dos EUA, o que, segundo os republicanos, levou a um fluxo recorde de imigrantes na fronteira do país com o México, e de fazer declarações falsas ao Congresso.

    A votação marcou apenas a segunda vez na história dos EUA, e a primeira vez em quase 150 anos, que a Câmara impugnou um membro do gabinete de um presidente. O gabinete do líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que os senadores seriam empossados como jurados logo após o retorno do recesso em 26 de fevereiro.

    No entanto, é altamente improvável que o Senado, controlado pelos democratas, vote para destituir Mayorkas do cargo.

    Um número recorde de imigrantes tem cruzado ilegalmente a fronteira com o México desde que Biden assumiu o cargo em 2021, e o ex-presidente Donald Trump tem feito disso um dos principais focos de sua campanha contra o democrata.

    A votação de terça-feira reverteu uma derrota legislativa que o presidente da Câmara, Mike Johnson, sofreu na semana passada, quando um esforço semelhante não foi bem-sucedido. O deputado republicano Steve Scalise, que não compareceu à votação da semana passada enquanto recebia tratamento contra o câncer, deu o voto decisivo na terça-feira.

    Os republicanos têm uma pequena maioria de 219 a 212 na Câmara.

    “O Secretário Mayorkas tem se recusado deliberada e consistentemente a cumprir as leis federais de imigração, fomentando a pior catástrofe de fronteira da história norte-americana”, disse Johnson após a votação.

    Uma pesquisa Reuters/Ipsos no mês passado mostrou que a imigração era a segunda maior preocupação dos eleitores, depois da economia.

    Nenhum democrata apoiou o impeachment na terça-feira, enquanto três republicanos – Ken Buck, Tom McClintock e Mike Gallagher – desafiaram sua liderança ao votar não. Eles também votaram contra o impeachment na semana passada.

    Mayorkas tem dito que não é responsável pela situação da fronteira, atribuindo a culpa a um sistema de imigração quebrado que o Congresso não tem conseguido consertar.

    Reuters

  • Republicanos bloqueiam ajuda à Ucrânia

    Republicanos bloqueiam ajuda à Ucrânia

    Joe Biden alertou, nesta terça-feira (13), os congressistas republicanos da Câmara dos Representantes que “a história será testemunha” se sabotarem a ajuda à Ucrânia aprovada pelo Senado, mas o líder da oposição replicou dizendo que sequer haverá votação.

    O líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, retorna ao seu escritório no Capitólio, em Washington, em 13 de fevereiro de 2024.
    O líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, retorna ao seu escritório no Capitólio, em Washington, em 13 de fevereiro de 2024. © Kevin Dietsch

    “A história será testemunha”, disse Biden na televisão, repetindo a frase cinco vezes.

    “Apoiar este projeto de lei é enfrentar Putin. Opor-se a ele é fazer o jogo de Putin”, acrescentou o democrata.

    Ele também atacou seu antecessor, Donald Trump, depois que o ex-presidente disse que encorajaria a Rússia a atacar os membros da Otan que não cumprem seus compromissos financeiros com a Aliança.

    “É tolo. É vergonhoso. É perigoso. É antiamericano”, disse Biden da Casa Branca.

    “Quando [Trump] olha para a Otan, não vê a aliança que protege os Estados Unidos e o mundo. Ele vê uma fraude”, acrescentou. “Nenhum outro presidente em nossa história jamais se curvou a um ditador russo.”

    Mas o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, muito próximo a Trump, ignorou os alertas de Biden e disse aos jornalistas que sequer pretende permitir uma votação sobre o projeto de lei.