Categoria: Política

  • Trump diz que sua relação com Netanyahu sempre foi boa

    Trump diz que sua relação com Netanyahu sempre foi boa

    O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à Presidência, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que “sempre teve uma relação muito boa” com Benjamin Netanyahu, ao falar no final de uma reunião com o primeiro-ministro israelense em seu resort na Flórida.

    Netanyahu, sentado em frente a Trump em uma mesa ao lado de assessores, disse que Israel enviaria a Roma uma equipe de negociação para as negociações de cessar-fogo em Gaza, “provavelmente no início da semana”.

    Reuters

  • ‘Para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?’, diz Lula em crítica a fala de Campos Neto

    ‘Para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?’, diz Lula em crítica a fala de Campos Neto

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, ao sugerir que, para ele, “para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco”.

    “Tomar decisões não é fácil, sobretudo quando você tem uma pressão de muitos lugares. Se você ganha as eleições no Brasil e resolve governar dizendo que pobre é pobre mesmo, que trabalhador não precisa de aumento no salário mínimo… Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar”, disse Lula uma solenidade do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

    Lula prosseguiu: “O cidadão jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento do salário mínimo e a massa salarial crescendo pode gerar inflação. Ou seja, significa que, para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?”, questionou.

    O petista continuou: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre?”, indagou.

    Apesar de não mencionado a circunstância exata, Lula se refere a uma fala feita por Campos Neto em entrevista à CNN feita em abril, mas que nos últimos dias tem sido compartilhada e criticada por diversos perfis e políticos de esquerda nas redes sociais.

    “O Banco Central adora quando a gente tem um regime de emprego pleno, ou seja, que todo mundo que está procurando trabalho consegue – que é a nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa“, disse o presidente do BC. “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar e aí você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí.”

    Desvinculação

    Além disso, Campos Neto também tem se manifestado favorável à discussão sobre desindexação dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo – medida condenada por Lula. O presidente do BC também disse ver com “bons olhos” a desvinculação dos pisos da saúde e da educação, hoje atrelados à receita do governo.

    “Existe um questionamento grande sobre a consistência ao longo do tempo do arcabouço criado. Vi recentemente o governo falando em tentar endereçar essas inconsistências – por exemplo, (mudar) a vinculação de saúde e educação, indexação do salário mínimo – com bons olhos, seria um choque positivo importante se pudesse ser feito”, disse Campos Neto em junho.

    Estadão

  • Donald Trump brinca sobre substituir generais militares por personalidades da NASCAR, elogiando Roger Penske como um “grande cara”

    Donald Trump tem fortes conexões no mundo dos esportes a motor. O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato do Partido Republicano para as eleições de 2024 é conhecido por seu grande interesse em esportes a motor, especialmente a NASCAR. Ele compareceu à Daytona 500 enquanto estava no cargo na Casa Branca, e este ano foi convidado especial na Coca Cola 600.

    Recentemente, durante um comício eleitoral em Charlotte, Carolina do Norte, uma cidade conhecida por seus fãs apaixonados por corridas, Trump fez algumas declarações ousadas. Ele sugeriu a ideia de substituir os generais militares dos EUA por pilotos de NASCAR ou proprietários de equipes, elogiando suas qualidades de liderança.

    Trump mencionou especificamente o bilionário proprietário de equipe de NASCAR e IndyCar, Roger Penske, como uma boa escolha para esse papel. Penske tem um histórico de sucesso como proprietário de equipe, com inúmeros campeonatos e vitórias em ambas as categorias. Trump acredita que se essas pessoas podem alcançar tanto sucesso em esportes a motor, elas podem fazer o mesmo na área militar.

    Não parando por aí, Trump também sugeriu que treinadores de futebol americano poderiam ser excelentes substitutos para os generais. A NASCAR tem seu próprio exemplo de um grande treinador de futebol americano em Joe Gibbs, membro do Hall da Fama e proprietário de equipe campeã com a JGR.

    No entanto, é importante notar que esses comentários provavelmente foram feitos de forma jocosa pelo ex-presidente, com o objetivo de apelar para as bases de fãs apaixonados de ambos os esportes no estado. Os estilos de liderança e os sistemas necessários na área militar e nos esportes são vastamente diferentes.

    Go Ride

     

  • Partidos marcam convenções em Goiânia para últimos dias do prazo

    Partidos marcam convenções em Goiânia para últimos dias do prazo

    Em meio a um cenário político movimentado, oito partidos em Goiânia se articulam para montar chapas para a corrida pela Prefeitura no pleito deste ano. Os representantes das legendas, cientes da importância estratégica das convenções e do amplo leque de possibilidades, agendaram seus eventos para os últimos dias do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral. PSDB, PT e Solidariedade optaram pelo dia 3 de agosto, enquanto o União Brasil, PSD, Novo e PL optaram pelo último dia (5/8).

    O período de convenções partidárias teve início no sábado (20/7) e se estenderá até o dia 5 de agosto. Esses eventos reúnem os filiados de cada legenda para a discussão de assuntos de interesse partidário, a escolha de candidatas e candidatos para as eleições, além da aprovação de eventuais coligações. Só podem disputar as Eleições Municipais 2024 as candidatas e os candidatos aos cargos de prefeito e de vereador que estiverem filiados a uma legenda política e que tenham nomes aprovados nas convenções partidárias.

    Confira as convenções partidárias em Goiânia:

    PSDB: pré-candidato Matheus Ribeiro
    Data: 03/07 (sábado)
    Horário: 10 horas
    Local: a definir

    PT: pré-candidata Adriana Accorsi
    Data: 03/07 (sábado)
    Horário: 8 horas
    Local: Auditório da Câmara Municipal de Goiânia

    Solidariedade: pré-candidato Rogério Cruz (atual prefeito)
    Data: 03/07 (sábado)
    Horário: a definir
    Local: a definir

    União Brasil: pré-candidato Sandro Mabel
    Data: 05/07 (segunda-feira)
    Horário: 8h30
    Local: Dois Ipês – Setor Jaó

    PSD: pré-candidato Vanderlan Cardoso
    Data: 05/07 (segunda-feira)
    Horário: 17 horas
    Local: a definir

    Novo: pré-candidato Leonardo Rizzo
    Data: 05/07 (segunda-feira)
    Horário: a definir
    Local: a definir

    PL: pré-candidato Fred Rodrigues
    Data: 05/07 (segunda-feira)
    Horário: a definir
    Local: a definir

    A equipe do jornal A Redação buscou contato com o pré-candidato professor Pantaleão (UP), mas sem sucesso. O espaço está aberto.

  • Governador assina acordo de preservação ambiental e lança Faego 2024

    Governador assina acordo de preservação ambiental e lança Faego 2024

    Durante as comemorações de 297 anos da cidade de Goiás, o governador Ronaldo Caiado transferiu, nesta segunda-feira (22/07), a sede do Executivo Estadual para o município, o que também foi realizado pelos poderes Legislativo e Judiciário. Na solenidade que marcou o ato simbólico houve ainda a assinatura de acordo de cooperação para o projeto Cidade de Goiás 300 anos: Preservação do Rio Vermelho e o lançamento do Festival Arte Educativo de Goiás (Feago 2024).

    Ao lado da coordenadora do Goiás social, primeira-dama Gracinha Caiado, o governador afirmou que estar na primeira capital goiana, uma cidade que é Patrimônio da Humanidade, exige que as pessoas que exercem o poder tenham consciência do que estão fazendo pelo estado. Para ele, também é imprescindível reconhecer o que os antepassados fizeram com muito mais dificuldade de transporte e comunicação.

    “Construíram essa maravilha que é o nosso estado de Goiás. Então temos que redobrar o trabalho. Sabemos que Goiás é o mais promissor do país, com crescimento de mais de 6% ao ano. É algo inédito o que Goiás está conseguindo mostrar para o Brasil”, disse Caiado.

    Caiado destaca crescimento de Goiás durante transferência simbólica da capital
    Ao lado da primeira-dama Gracinha Caiado, o governador afirmou que estar na primeira capital goiana, que é Patrimônio da Humanidade, exige que as pessoas que exercem o poder tenham consciência do que estão fazendo pelo estado (Fotos: Hegon Corrêa e Romullo Carvalho)

    Para o vice-governador Daniel Vilela, a alegria de transferir a capital para a antiga Vila Boa vai além de uma reconexão com o passado. Ele comemorou o bom momento que vive o Estado.

    “Vivemos hoje em Goiás um momento extraordinário, em que fica evidente para o país todo que Goiás é o estado que dá certo, o Brasil que dá certo”, declarou Vilela.

    Representando o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, na solenidade, o deputado estadual Wagner Neto disse que a transferência da capital é mais que uma cerimônia. É um reconhecimento do que a cidade representa para todo o estado.

    “Aqui homens e mulheres tomaram decisões que possibilitaram construir todo o nosso estado de Goiás”, lembrou.

    Falando da atuação conjunta de poderes e instituições, o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Carlos Alberto França, reafirmou que há em Goiás autonomia e parceria institucional respeitosa, “buscando sempre os maiores interesses do estado para atender bem a população goiana”. “Assim continuaremos ao longo do tempo”, garantiu ele.

    Caiado destaca crescimento de Goiás durante transferência simbólica da capital
    Em Goiás, Caiado lançou o Festival Arte Educativo de Goiás (Faego 2024), destinado à promoção de projetos de estudantes e professores, nas áreas de arte e educação. “Oportunidade para as crianças desenvolverem suas aptidões” (Fotos: Hegon Corrêa e Romullo Carvalho)

    Para o procurador geral de Justiça do Estado, Cyro Terra, o Ministério Público “tem procurado dar a sua colaboração para o extraordinário desenvolvimento que o estado de Goiás tem tido nos últimos anos em todos os campos de atuação, na segurança pública, na educação, na saúde, no atendimento aos mais vulneráveis”.

    Mais que o aniversário do município, o prefeito da cidade de Goiás, Anderson Gouvêa, comemorou as recentes entregas da gestão estadual, com a volta de instituições de ensino, o que transformou o cenário local, e a recuperação de ruas por meio do programa Goiás em Movimento. “Encontrei a mão estendida do governador, superando qualquer barreira partidária ou ideológica”, testemunhou o prefeito.

    Histórico

    Fundada em 1727, a cidade de Goiás foi sede administrativa do Estado de 1744 a 1937, ocasião em que se deu a transferência oficial da capital para Goiânia. A mudança simbólica da sede dos Poderes para a antiga Vila Boa de Goiás teve início em 1961 pelo então governador Mauro Borges e se estendeu até o ano de 1978, quando foi revogada. O ato voltou a ocorrer em 1984.

    Caiado destaca crescimento de Goiás durante transferência simbólica da capital
    Durante solenidade, Caiado assinou acordo de cooperação entre Saneago, Semad, Seinfra e Prefeitura Municipal da cidade para implantação do projeto de preservação do Rio Vermelho (Fotos: Hegon Corrêa e Romullo Carvalho)

    Meio ambiente

    Ainda durante a solenidade, o governador assinou acordo de cooperação entre a Saneago, as secretarias de Estado de Meio Ambiente (Semad) e Infraestrutura (Seinfra) e a Prefeitura Municipal para implantação do projeto Cidade de Goiás 300 anos: Preservação do Rio Vermelho.

    O acordo vai vigorar até maio de 2027, visando desenvolver projetos e ações relacionadas à coleta e tratamento de efluentes domésticos, abastecimento de água, monitoramento da qualidade da água e de possíveis eventos de cheias, além da recuperação de nascentes e áreas degradadas.

    “O Rio Vermelho vai ficar 100% despoluído, o cidadão vai poder, com esse convênio que assinamos na data de hoje, tomar seu banho tranquilo”, garantiu o governador.

    Festival

    Por fim, o governador lançou o Festival Arte Educativo de Goiás, destinado à promoção de projetos de estudantes e professores, como bandas, fanfarras, violão, dança, coral e artes visuais. O Feago 2024 é uma ação exclusiva para a rede estadual de ensino e vai difundir as linguagens artísticas como itens essenciais para a formação integral dos alunos nos aspectos cognitivo, afetivo, social, físico e cultural.

    No ano passado, 150 escolas, 9 mil estudantes e 370 professores participaram da iniciativa. O novo festival ocorre ainda esse ano, com o que há de mais sofisticado na educação. “A competição das bandas e das fanfarras vai resgatar a importância de se dar a essas crianças a oportunidade de desenvolverem as suas aptidões”, disse Caiado.

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Nova pesquisa mostra Trump com vantagem numérica em relação a Kamala

    Nova pesquisa mostra Trump com vantagem numérica em relação a Kamala

    Um dia depois de uma pesquisa da Reuters/Ipsos pôr Kamala Harris numericamente à frente de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, um levantamento divulgado nesta quarta-feira (24) inverte as posições, dando vantagem numérica do republicano.

    Segundo o estudo da CNN conduzido pelo instituto de pesquisa SSRS, Trump seria a escolha de 49% dos eleitores americanos registrados nas urnas. Já Kamala —considerada a virtual candidata do Partido Democrata apesar de seu pleito não ter sido oficializado ainda— teria 46% das intenções de voto.

    A diferença entre os dois líderes não é, porém, considerada estatisticamente relevante, uma vez que está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais para mais ou para menos.

    O mesmo havia ocorrido com a pesquisa da Reuters/Ipsos veiculada na terça (23).

    A pesquisa da CNN foi realizada virtualmente entre a terça-feira (22) e quarta. Os entrevistados são eleitores registrados que já tinham participado de uma edição anterior dela, em abril ou em junho. A emissora americana justifica essa metodologia afirmando que, a entrevistar as mesmas pessoas, o levantamento tem mais chances de refletir mudanças reais de opinião ao longo do tempo.

    Realizados antes do atentado contra Trump e de Biden anunciar sua desistência da corrida, ambos os levantamentos de abril e de junho mostravam o republicano à frente do democrata por seis pontos percentuais, ou seja, fora da margem de erro.

    Embora a nova pesquisa mostre Kamala numericamente atrás de Trump, nela a democrata teria conseguido, portanto, diminuir a distância entre ela e o republicano, empatando tecnicamente com ele.

    Além disso, metade dos que demonstram apoio a Kamala na nova pesquisa (50%) afirmam que seu voto é mais a favor dela do que contra Trump. A cifra representa um aumento do entusiasmo dos eleitores do Partido Democrata em relação à figura que possivelmente os representará nas urnas —na pesquisa da CNN de junho, 37% dos que declararam voto em Biden disseram que sua principal motivação para apoiá-lo era expressar apoio ao presidente.

    FolhaPress

  • Lula diz que aumento do salário mínimo faz brasileiro ficar ‘mais bonitão e mais gordo’

    Lula diz que aumento do salário mínimo faz brasileiro ficar ‘mais bonitão e mais gordo’

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 23, que o aumento do salário mínimo faz com que o brasileiro médio fique “mais bonitão e mais gordo”. A declaração do petista foi feita durante a cerimônia de comemoração dos 10 anos do campus Lagoa do Sino, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), localizada no município de Buri (SP). Veja o vídeo:

    “A roda gigante da economia fica girando onde todo mundo possa participar definitivamente. O povo consumindo mais, vai comer mais. Comendo mais, os agricultores vão ter que plantar mais. Plantando mais, a gente vai ter comida mais barata e a gente vai ser mais bonitão, mais gordo e mais saudável neste País”, afirmou o presidente da República.

    A concessão do reajuste real (ou seja, acima da inflação) para o salário mínimo foi uma das principais promessas de Lula na campanha presidencial de 2022. No ano passado, o governo definiu a regra de reajuste do mínimo, que prevê a combinação do aumento da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

    Em abril, a equipe econômica do governo federal apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 e colocou uma previsão para o salário mínimo de R$ 1.502, acima dos atuais R$ 1.412.

    Lula comparou governos anteriores com a destruição da Faixa de Gaza

    No mesmo discurso feito no campus da UFScar, Lula afirmou para a plateia que eles devem entrar na política quando estiverem achando que “todo mundo é ladrão”.

    “Como eu acho que o Brasil está precisando de político de qualidade, de político com P maiúsculo, eu queria dizer a vocês: quando vocês não estiverem acreditando mais em ninguém, quando vocês acharem que todo mundo é ladrão, que o Camilo [Santana, ministro da Educação] é ladrão, que o Lula é ladrão, que o Raduan [Nassar, escritor] é ladrão, que o Paulo Teixeira [ministro do Desenvolvimento Agrário] é ladrão, mesmo quando vocês tiverem pensando tudo isso, ainda assim não desanimem. Entrem na política porque o político honesto que você deseja está dentro de você”, disse o presidente da República.

    Lula também comparou os governos que sucederam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) à destruição causada pelas forças israelenses na Faixa de Gaza.

    “Esse País, eu diria, o que eles fizeram depois do impeachment da Dilma é o que o Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza, lá na Palestina. O que eles fizeram nesse País foi um pouco isso”. O petista evitou citar nominalmente os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro, que sucederam a petista na Presidência.

    Estadão

  • Maduro ironiza preocupação de Lula com eleição venezuelana

    Maduro ironiza preocupação de Lula com eleição venezuelana

    O líder da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu com ironia nesta terça-feira (23/07) à manifestação de preocupação do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva com a conduta do regime chavista nas eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo.

    Na segunda-feira, Lula disse ter ficado “assustado” com a ameaça feita por Maduro de que a Venezuela será palco de um “banho de sangue” caso o chavismo saia derrotado no pleito. Maduro tentou ainda minimizar sua ameaça como uma “reflexão”.

    “Eu não disse mentiras, apenas fiz uma reflexão. Quem ficou assustado deve tomar um chá de camomila, porque o povo da Venezuela está curado do medo e sabe o que estou dizendo. Na Venezuela, a paz, o poder popular, a perfeita união cívico-militar-policial triunfarão, aqui não vem nenhum [Javier] Milei”, disse Maduro num evento de campanha transmitido pelo canal estatal VTV, sem citar diretamente Lula.

    Segundo a oposição venezuelana, que lidera as pesquisas, a ameça de Maduro é uma tática para provocar a abstenção entre aqueles que defendem sua saída do poder.

    Lula: “Quem perde tem de sair”

    “Fiquei assustado com essa declaração”, disse Lula numa entrevista a jornalistas estrangeiros, na qual revelou que conversou duas vezes com Maduro para adverti-lo de que “se ele quiser contribuir para resolver o problema de crescimento econômico da Venezuela e o retorno daqueles que saíram, ele tem que respeitar o processo democrático”.

    Lula – um aliado que nos últimos meses passou a fazer críticas ao líder venezuelano – acrescentou que, numa democracia, “quem perde recebe um banho de votos, não um banho de sangue”, e que “Maduro tem que aprender que, quando você ganha, você fica, e quando você perde você sai e se prepara para outras eleições”.

    Lula, um aliado de Maduro, passou a tecer críticas ao venezuelano nos últimos meses© Gustavo Moreno/AP Photo/picture alliance

    Maduro, que insiste que permanecerá à frente do governo, afirmou que “salvou” a Venezuela de uma “guerra civil” várias vezes, sem detalhar em quais momentos e em quais circunstâncias.

    “Eu disse que se os extremistas de direita, bolsonaristas, seguidores de Milei e Hitler chegassem ao poder político na Venezuela, haveria um banho de sangue. E não é que eu esteja inventando isso, não, é que já tivemos um banho de sangue nos dias 27 e 28 de fevereiro [de 1989, em referência ao famoso Caracazo]”, acrescentou Maduro.

    No dia 16 de julho passado, num comício de campanha em Caracas, o mandatário venezuelano advertira que poderia haver um “banho de sangue” na Venezuela se o chavismo não vencesse as eleições. “O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se vocês não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida que é produto dos fascistas, vamos garantir o maior sucesso, a maior vitória eleitoral do nosso povo”, afirmara Maduro.

    Amorim como observador

    A declaração de Maduro gerou inúmeras críticas, pois foi vista como uma estratégia política para assustar os eleitores e fazê-los não votar no candidato presidencial da oposição majoritária da Venezuela, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia.

    O líder opositor agradeceu a Lula por seu apoio a “um processo eleitoral pacífico e amplamente respeitado na Venezuela”.

    González Urrutia disse estar “satisfeito” com a decisão do Brasil de enviar seu ex-ministro das Relações Exteriores e atual assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, como observador do processo eleitoral no próximo domingo.

    “O mundo está observando e nos acompanhando”, acrescentou o candidato, que lidera as pesquisas, de acordo com a maioria dos levantamentos, e que enfrentará nove concorrentes, entre eles Maduro, que busca uma segunda reeleição.

    Para Lula, as eleições de domingo serão “a única oportunidade” para a Venezuela “voltar à normalidade” e se reintegrar à comunidade regional e internacional.

    Além de Amorim, o Brasil enviará dois observadores da Justiça Eleitoral à Venezuela. Lula já defendeu uma grande presença de observadores internacionais e manifestou sua preocupação pública com o veto à candidatura da oposicionista María Corina Machado, posteriormente substituída como candidata por González Urrutia.

    DWBrasil

  • O destino de Biden também ameaça Lula

    O destino de Biden também ameaça Lula

    Saída do democrata do páreo presidencial deve servir de advertência para o PT e o presidente brasileiro, que terá 80 anos em 2026: Está mais do que na hora de a esquerda e o centro prepararem um sucessor para Lula. É trágico Joe Biden ter se retirado das eleições presidenciais. Com sua insistência em manter a candidatura e a renúncia não exatamente voluntária, ele desvalorizou uma admirável carreira política: sete vezes foi senador, duas vice-presidente e, por fim, foi presidente dos Estados Unidos.

    Seu maior sucesso político até hoje foi a vitória contra Donald Trump, após apenas um mandato do republicano. O democrata Biden estabilizou as instituições de Estado de Direito e democráticas americanas, voltando a ser um parceiro confiável das nações democráticas da Europa e da Ásia.

    No entanto, Biden colocou tudo isso em risco – e agora perdeu de modo dramático. Ele entrará para história como a imagem do ancião egomaníaco que acreditou por tempo demais ser o único capaz de vencer novamente o adversário Trump. Um erro de avaliação fatal, de que participaram sua família, os democratas e diversos meios de comunicação.

    No entanto meu temor é que nas eleições do Brasil, dentro de dois anos, possa ocorrer um drama semelhante.

    Lula vai seguindo o roteiro Biden

    Refiro-me a Luiz Inácio Lula da Silva. Pouco menos de três anos mais novo do que Biden, ele terá 80 anos em 2026. Até agora não demonstrou sinais de fraqueza senil, como seu homólogo, mas também para o americano até pouco tempo atrás não era algo que estivesse em questão.

    Não considero discriminação etarista exigir um indivíduo totalmente apto para o árduo trabalho à frente da maior democracia, nestes tempos turbulentos. Nos EUA, porém, os aliados e adeptos de Biden ignoraram essa necessidade. E no Brasil, muito indica que o Partido dos Trabalhadores, seus seguidores, o próprio Lula e sua família vão seguir o mesmo roteiro.

    Pois, assim como Biden, Lula até agora não conseguiu, no atual mandato, debilitar os seguidores de seu antecessor ultradireitista e fechar a fissura na sociedade. Pelo contrário: os bolsonaristas no Congresso e na sociedade dominam o debate político com seus projetos de lei populistas.

    Cada vez menos Lula consegue iniciar reformas importantes, nem mesmo em temáticas de centro-esquerda ele pôde estabelecer uma linha. Seu governo age como que impelido pela maioria de centro-direita do Congresso, e parece antiquado num mundo que se transforma em alta velocidade.

    Hora de preparar a sucessão

    No entanto o paradoxo é que, quanto menos o governo petista é capaz de se impor e quanto mais influência perde, maiores são as chances de que Lula se veja como o único capaz de vencer um candidato direitista. Do mesmo modo que, após sua vitória apertada sobre Trump em 2020, Biden estava convencido de que só ele venceria novamente o populista de direita.

    O argumento do democrata era o passado: em 2016 ele renunciou à candidatura presidencial para dar lugar à suposta favorita Hillary Clinton – que aí perdeu contra Trump. Se ele tivesse concorrido, teria vencido, é a avaliação de Biden.

    No PT o quadro não é diferente: lá se diz, até hoje, que Jair Bolsonaro só chegou ao poder em 2018 porque Lula estava na prisão, o que permitiu que o populista de direita derrotasse Fernando Haddad. Lula teria vencido, com certeza – é o consenso da esquerda até hoje.

    Os paralelos entre Lula e Biden vão além da idade avançada e do mito da suposta superioridade em relação à ultradireita: os partidos de ambos não permitem competição entre possíveis candidatos à sucessão; eles estão convencidos que a experiência política dos dois líderes é uma vantagem; o entorno lhes recorda sem cessar que o mundo mudou; crítica é tabu.

    Erros de avaliação grosseiros são aceitos sem crítica. Assim, Biden retirou precipitadamente o exército americano do Afeganistão. O consequente caos em Cabul e a imediata tomada de poder pelo Talibã representaram uma enorme perda de prestígio para os EUA.

    As declarações espontâneas de Lula – sobre a Ucrânia, Israel, Venezuela – têm prejudicado sua antiga reputação internacional, assim como a do Brasil. Portanto está mais do que na hora de a esquerda e o centro da política brasileira prepararem a sucessão de Lula. Não é fácil, mas não há alternativa.

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    Há mais de 30 anos o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul. Ele trabalha para o Handelsblatt e o jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil.

    O texto reflete a opinião pessoal do autor, não necessariamente da DW.

    Autor: Alexander Busch

  • Lula critica imposto sobre herança e diz que no Brasil não há interesse em ‘devolver o patrimônio’

    Lula critica imposto sobre herança e diz que no Brasil não há interesse em ‘devolver o patrimônio’

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 23, que o imposto sobre herança no Brasil é “nada”, e por isso doações de patrimônio para educação e outras áreas são raras. Ele deu a declaração em cerimônia de homenagem aos dez anos do campus Lagoa do Sino, da UFSCar. A unidade, que fica em Buri, no interior de São Paulo, foi construía em uma área doada pelo escritor Raduan Nassar.

    “Nos Estados Unidos, como o imposto é caro, tem muitos empresários que fazem doação”, disse o presidente da República. “Aqui no Brasil não tem ninguém que faça doação, porque o imposto sobre herança é nada, é só 4%. Então a pessoa não tem interesse em devolver o patrimônio dele”, disse.

    O presidente repetiu que destinar recursos públicos para saúde e educação é investimento, não gasto. “País importante não é aquele que só exporta soja, milho e minério de ferro. É aquele que exporta inteligência, aquele que exporta conhecimento, aquele que exporta gente para produzir coisas de valor agregado. É com esse País que eu sonho. E por sonhar eu digo para os meus ministros: não utilize nunca a palavra gasto quando estiver falando de educação”, afirmou.

    “A palavra gasto vale para qualquer coisa, só não vale para cuidar da educação e cuidar da saúde, porque cuidar da saúde é investimento. Uma pessoa com saúde trabalha melhor, vive melhor, está mais feliz”, disse o petista.

    Na segunda-feira, 22, o governo confirmo o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas. O detalhamento de quanto cada órgão do Executivo terá de economizar será divulgado na próxima terça-feira, 30.

    Estadão