O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 23, que o aumento do salário mínimo faz com que o brasileiro médio fique “mais bonitão e mais gordo”. A declaração do petista foi feita durante a cerimônia de comemoração dos 10 anos do campus Lagoa do Sino, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), localizada no município de Buri (SP). Veja o vídeo:
“A roda gigante da economia fica girando onde todo mundo possa participar definitivamente. O povo consumindo mais, vai comer mais. Comendo mais, os agricultores vão ter que plantar mais. Plantando mais, a gente vai ter comida mais barata e a gente vai ser mais bonitão, mais gordo e mais saudável neste País”, afirmou o presidente da República.
Em abril, a equipe econômica do governo federal apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 e colocou uma previsão para o salário mínimo de R$ 1.502, acima dos atuais R$ 1.412.
Lula comparou governos anteriores com a destruição da Faixa de Gaza
No mesmo discurso feito no campus da UFScar, Lula afirmou para a plateia que eles devem entrar na política quando estiverem achando que “todo mundo é ladrão”.
“Como eu acho que o Brasil está precisando de político de qualidade, de político com P maiúsculo, eu queria dizer a vocês: quando vocês não estiverem acreditando mais em ninguém, quando vocês acharem que todo mundo é ladrão, que o Camilo [Santana, ministro da Educação] é ladrão, que o Lula é ladrão, que o Raduan [Nassar, escritor] é ladrão, que o Paulo Teixeira [ministro do Desenvolvimento Agrário] é ladrão, mesmo quando vocês tiverem pensando tudo isso, ainda assim não desanimem. Entrem na política porque o político honesto que você deseja está dentro de você”, disse o presidente da República.
Lula também comparou os governos que sucederam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) à destruição causada pelas forças israelenses na Faixa de Gaza.
“Esse País, eu diria, o que eles fizeram depois do impeachment da Dilma é o que o Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza, lá na Palestina. O que eles fizeram nesse País foi um pouco isso”. O petista evitou citar nominalmente os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro, que sucederam a petista na Presidência.
Estadão