Categoria: Política

  • Filipe Martins apresenta recibos de iFood, bilhete aéreo e comprovante bancário para reverter prisão

    Filipe Martins apresenta recibos de iFood, bilhete aéreo e comprovante bancário para reverter prisão

    Crítico da operação Lava Jato, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem recorrido a um instrumento jurídico que se popularizou durante o auge da operação e foi alvo de contestações pelos integrantes da Suprema Corte: as extensas prisões preventivas. Um dos casos que se arrasta no tribunal, sem a formalização de denúncia, é a prisão de Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais da Presidência da República. Preso há quatro meses, Martins é acusado de integrar um “núcleo jurídico” que fundamentaria um golpe de Estado.

    Em delação, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, disse que Martins foi o responsável por entregar a Bolsonaro uma “minuta do golpe”, que previa a prisão de autoridades e a convocação de nova eleição presidencial. O caso colocou o ex-assessor entre os alvos da PF. Ele nega que tenha tido envolvimento com o documento.

    Ao pedir a prisão preventiva de Martins, em fevereiro, a PF argumentou que o nome de Martins estava na lista de passageiros que viajaram a Orlando a bordo do avião presidencial em 30 dezembro de 2022. Desde então, a defesa do ex-assessor busca reverter a prisão sob a alegação de que a “ilusória viagem imaginada pela Polícia Federal” não ocorreu.

    Para isso, a defesa de Martins, representada pelos advogados Ricardo Scheiffer e Sebastião Coelho, tem apresentado uma série de provas no decorrer do processo que, segundo eles, seriam suficientes para provar que o ex-assessor de Bolsonaro não deixou o País como apontado pela PF. Entre os documentos apresentados estão uma lista de passageiros do voo citado, obtida via Lei de Acesso à Informação com Gabinete de Segurança Institucional em 2023, recibos de iFood, comprovantes de movimentações bancárias e um comprovante de viagem doméstica que Martins teria feito no dia seguinte ao dia que os investigadores alegam que ele teria viajado aos Estados Unidos.

    As passagens aéreas da Latam de Brasília para Curitiba do dia 31 de dezembro foram anexadas ao processo para argumentar que Martins permaneceu no Brasil. O ex-assessor teria ido para Ponta Grossa (PR), onde ficou na casa do sogro, lugar em que foi preso.

    Moraes pediu para a companhia aérea Latam e a concessionária que administra o aeroporto de Brasília que informem se ele viajou aos Estados Unidos e que apresentem imagens da segurança.

    Comprovantes da passagem e do despacho da bagagem de Filipe Martins entregues por sua defesa à PF Foto: Reprodução / Estadão© Fornecido por Estadão

    Conforme mostrou o Estadão, investigadores localizaram, no banco de dados do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Department of Homeland Security, em inglês), um registro da entrada do assessor em território americano, no dia 30 de dezembro de 2022, com passaporte comum.

  • Processo contra juízes da ‘Lava Jato’ chega ao STF, para ser detalhado

    Processo contra juízes da ‘Lava Jato’ chega ao STF, para ser detalhado

    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, nesta quarta-feira, o relatório do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, ao indicar suspeita de crimes de peculato, corrupção e prevaricação por parte de magistrados e procuradores envolvidos na ‘Operação Lava Jato.

    O documento chega, agora, à Procuradoria-Geral da República (PGR); à Polícia Federal (PF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se do resultado de uma inspeção conduzida pelo CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e no Tribunal Regional Federal da IV Região (TRF-IV), responsáveis pelos processos da ‘Lava Jato’ na primeira e na segunda instâncias, respectivamente.

    Segundo o Conselho, a investigação identificou condutas que indicam “um agir destituído do zelo que se exige dos magistrados na condução de ações judiciais, mais especificamente, as que tiveram como escopo a destinação de valores oriundos de colaborações e acordos de leniência para a Petrobras”.

    Dinheiro

    O CNJ decidiu abrir processos disciplinares contra quatro magistrados da ‘Operação Lava Jato’. São eles: Gabriela Hardt, ex-substituta de Sergio Moro na 13ª Vara; Danilo Pereira Júnior, atual titular da 13ª Vara; Thompson Flores, desembargador do Tribunal Regional Federal da IV Região; e Loraci Flores de Lima, desembargador do TRF-IV.

    Por maioria, o CNJ acompanhou o voto de Salomão. No caso de Hardt, ele afirmou que haver “um conjunto de atos comissivos e omissivos singulares que são efetiva e essencialmente anômalos, sendo que tais ações da reclamada, de uma maneira ou outra, culminaram na efetiva destinação do dinheiro para fins privados“.

    Correio do Brasil

  • Proposta de CPI sobre leilão de arroz do governo Lula já tem 130 assinaturas na Câmara

    Proposta de CPI sobre leilão de arroz do governo Lula já tem 130 assinaturas na Câmara

    “A CPI já teria inúmeras pautas a serem analisadas e investigadas”, afirmou o deputado Luciano Zucco à coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Para a criação da CPI, são necessárias 171 assinaturas na Câmara.

    A proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suspeito leilão do governo Lula (PT) para a importação de arroz já conta com 130 assinaturas de deputados federais.

    “A CPI já teria inúmeras pautas a serem analisadas e investigadas”, afirmou o deputado Luciano Zucco (PL-RS) à coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Para a criação da CPI, são necessárias 171 assinaturas na Câmara.

    “Esperamos atingir as assinaturas previstas (171) o mais rápido possível para que a gente possa realmente investigar com detalhes”, disse Zucco.

    “O pai disso aí é o Planalto e o ministro da Agricultura”, afirmou o deputado José Medeiros (PL-MT), acrescentando que “entregaram a cabeça de um assessor”.

    “O Ministério da Agricultura e a Diretoria da Conab estarão na linha de tiro. Eles terão muito a se explicar”, garantiu o deputado Evair de Mello (PP-ES), presidente da Comissão de Agricultura,  Com informações do Diário do Poder.

  • Trump tem dois pontos de vantagem sobre Biden, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

    Trump tem dois pontos de vantagem sobre Biden, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

    Donald Trump, candidato republicano na disputa presidencial dos Estados Unidos, abriu uma vantagem de 2 pontos percentuais sobre o presidente dos EUA, Joe Biden, esta semana, na corrida para vencer a eleição de novembro, à medida que os eleitores avaliam as recentes condenações criminais de Trump e do filho de Biden, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.

    Cerca de 41% dos eleitores registrados na pesquisa de dois dias, que foi encerrada na terça-feira, disseram que votariam em Trump se a eleição fosse hoje, enquanto 39% escolheram Biden, um democrata. Cerca de 20% dos eleitores da pesquisa disseram que não escolheram um candidato, estavam inclinados a opções de terceiros ou talvez não votem na eleição de 5 de novembro.

    A liderança de Trump estava dentro da margem de erro de aproximadamente 3 pontos percentuais da pesquisa para os eleitores registrados, muitos dos quais permanecem indecisos a cerca de cinco meses da eleição. Uma pesquisa anterior da Reuters/Ipsos, realizada entre 31 de maio e 1º de junho, mostrou Biden com uma vantagem de 2 pontos percentuais sobre Trump, 41% a 39%.

    A mais recente pesquisa revelou que 10% dos entrevistados escolheriam Robert Kennedy Jr., um ativista antivacina que concorre como independente, se ele estivesse na cédula com Trump e Biden. A participação de Kennedy não se alterou em relação à pesquisa anterior.

    Embora as pesquisas nacionais forneçam sinais importantes sobre o apoio dos norte-americanos aos candidatos, apenas um punhado de Estados competitivos normalmente inclina a balança no colégio eleitoral dos EUA, que, em última análise, decide quem vence uma eleição presidencial.

    Ambos os candidatos têm responsabilidades significativas na primeira revanche da eleição presidencial dos EUA em quase 70 anos.

    As desvantagens de Biden incluem preocupações com sua idade – 81 anos – bem como fortes críticas de uma parte do Partido Democrata sobre seu apoio à guerra de Israel contra os militantes do Hamas. Protestos agitaram as universidades dos EUA nos últimos meses, alimentando as preocupações entre os democratas de que alguns jovens eleitores poderiam se voltar contra Biden.

    Biden tornou-se nesta semana o primeiro presidente dos EUA cujo filho foi condenado por um crime, embora a pesquisa Reuters/Ipsos tenha mostrado que poucos eleitores estavam mudando de opinião por conta da condenação.

    Reuters

  • Advogados usam fracasso de público em ato das centrais como argumento para livrar Lula de condenação

    Advogados usam fracasso de público em ato das centrais como argumento para livrar Lula de condenação

    Advogados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citaram a baixa adesão do público ao evento do Dia do Trabalhador, convocado pelas Centrais Sindicais, em 1º de maio, como argumento para tentar livrar o petista de multa eleitoral por campanha antecipada. De acordo com os defensores do chefe do Poder Executivo, 1.635 pessoas presentes no estacionamento da Arena Corinthians, na zona leste da capital paulista, não são capazes de influenciar a eleição paulistana. Na ocasião, Lula pediu voto explícito ao deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato a prefeito pelo PSOL.

    A ação proposta pelo partido Novo, que tem Marina Helena como pré-candidata a prefeita, está próxima de ser sentenciada. O Ministério Público Eleitoral (MPE) defende que Lula seja condenado a pagar valor próximo do teto, que é R$ 25 mil.

    Na visão dos advogados de Lula, a Justiça deve considerar que o evento não atingiu número expressivo de presentes. “É imprescindível que este ilustre juízo considere o baixo potencial lesivo da conduta para o pleito eleitoral que se encaminha. O Ministério Público Eleitoral ressalta que compareceram 1.635 pessoas no evento, além das autoridades e líderes sindicais, porém, não é uma certeza de que todos os presentes no evento são eleitores especificamente do Município de São Paulo, sobretudo porque, como dito, o evento contou com ‘grande adesão’, porquanto promovido por centrais sindicais”, afirmam em trecho do documento.

    “A bem verdade, as tais Centrais Sindicais possuem membros em todos os Estados da Federação, os quais estavam também presentes no evento. Dessa forma, é evidente que – mesmo se houvesse prova dessa tal ‘influência’ – 1.635 eleitores não são capazes de influenciar, de forma relevante, as eleições municipais para prefeito de São Paulo (maior município do Brasil, com aproximadamente 10 milhões de eleitores)”, continuam no documento.

    A defesa ainda cita que a transmissão por redes sociais também não teve poder de influenciar a eleição em São Paulo. Liminarmente, a Justiça Eleitoral determinou a retirada dos vídeos. Para os defensores do petista, a inicial da ação não contempla dados sobre visualização da transmissão.

    “Não fosse suficiente, ainda que sejam considerados os dados retirados do Youtube – o que se admite apenas pelo princípio da eventualidade – é necessário registrar que as tais 63 mil visualizações não possuem o condão de influenciar nas eleições municipais para o cargo de prefeito de São Paulo, ainda que todas as visualizações tenham sido de eleitores paulistanos (hipótese que, pela realidade algorítmica da plataforma, beira o impossível). Levando-se em consideração a mesma equação realizada anteriormente, a cidade de São Paulo possui cerca de 10 milhões de eleitores, de modo que tais visualizações representariam cerca de 0,63% dos eleitores do Município de São Paulo, o que certamente não é capaz de impactar o pleito”, defendem os advogados.

    No palco do evento, Lula chamou Boulos de candidato, apesar de o período de convenções e registros de candidatura só se abrir em julho. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 (naquele ano, a candidata foi Dilma Rousseff) e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o presidente na ocasião. A defesa de Lula também cita nos autos que a fala do presidente da República está amparada pela liberdade de expressão.Ao analisar a frase de Lula, o promotor da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, Nelson dos Santos Pereira Júnior, afirmou que a legislação eleitoral foi desrespeitada. “Evidente, portanto, o pedido explícito de voto, feito pelo representado Luiz Inácio, ao representado Guilherme Boulos para o cargo de prefeito de São Paulo, em evento público de grande adesão, promovido por centrais sindicais. Note-se que o representado Luiz Inácio, na qualidade de presidente da República e líder político que já recebeu votos de milhões de eleitores em todo o País, ao fazer pedido expresso de voto em favor de Guilherme Boulos para prefeito de São Paulo, exerceu forte influência sobre os eleitores que irão às urnas nas próximas eleições municipais”, afirmou Pereira Júnior no parecer.

    Estadão

  • Quem é Juscelino Filho, ministro das Comunicações de Lula indiciado pela PF por corrupção

    Quem é Juscelino Filho, ministro das Comunicações de Lula indiciado pela PF por corrupção

    Indiciado pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura corrupção por supostos desvios de verbas federais, José Juscelino dos Santos Rezende Filho é o atual ministro das Comunicações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso apurado pela PF, entretanto, diz respeito a práticas criminosas supostamente cometidas por ele durante o mandato como deputado federal pelo União Brasil, partido pelo qual foi reeleito pelo Maranhão em 2022.

    Nascido em São Luis, o médico de 39 anos se licenciou da Câmara dos Deputados para assumir o posto na Esplanada dos Ministérios a partir de fevereiro de 2023. A indicação feita por Lula serviu para acomodar o União no primeiro escalão do governo. Antes, enquanto deputado, Juscelino já integrou o PMB e o DEM.

    A PF imputa a ele seis crimes, entre eles corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em nota, o ministro alega que a investigação “cria uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”.

    “É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, diz o ministro em nota (leia abaixo na íntegra).

    Como mostrou o Estadão, entre os mais de R$ 50 milhões indicados por Juscelino em emendas do orçamento secreto na Câmara, pelo menos R$ 5 milhões foram destinados para asfaltar uma estrada que leva a uma de suas propriedades particulares, uma fazenda em Vitorino Freire (MA). A irmã do ministro, Luanna Rezende, é prefeita do município de pouco mais de 30 mil habitantes.

    A PF finalizou as investigações sobre o possível desvio de verbas federais na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), responsável pelas obras, e imputou ao ministro os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação iniciou após uma reportagem publicada pelo Estadão em 30 de janeiro de 2023.

    Na Câmara, enquanto deputado, o maranhense votou a favor de pautas que o PT rejeitava, como o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a PEC da Transição, que viabilizou recursos para o pagamento do Auxílio Brasil (versão do Bolsa Família do governo de Jair Bolsonaro) e a reforma trabalhista.

    O ministro é filho do ex-deputado estadual Juscelino Rezende, que além dos três mandatos na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, também foi prefeito por dois mandatos em Vitorino Freire. Na família, Juscelino também tem como referências na política a tia Vianey Bringel, ex-prefeita de Santa Inês (MA), e o tio, ex-deputado estadual Stênio Rezende.

    Além do caso que desembocou no indiciamento do ministro, o Estadão também apurou outros episódios relacionados a ele, como o caso em que Juscelino utilizou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir e voltar de São Paulo, onde participou de leilões de cavalos de raça O Ministério da Defesa calculou em R$ 130.392,87 a despesa com este voo. O caso deflagrou uma crise interna no governo e Juscelino esteve ameaçado de demissão, mas conseguiu se manter no cargo com o apoio do Centrão.

    Outra revelação do jornal foi a de que o ministro omitiu da Justiça Eleitoral um patrimônio de ao menos R$ 2,2 milhões em cavalos da raça e que, enquanto deputado federal, o parlamentar empregou em seu gabinete o “faz-tudo” de fazendas da sua família. O motorista Waldenôr Alves Catarino passou quase uma década realizando diversos serviços braçais na roça. “Eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele na fazenda”, afirmou, em entrevista exclusiva.

    Leia nota na íntegra

    “A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos.

    O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito.

    É importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolve minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público.

    Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar.

    No exercício do cargo como deputado federal, apenas indiquei emendas parlamentares para custear obras. A licitação, realização e fiscalização dessas obras são de responsabilidade do Poder Executivo e dos demais órgãos competentes.

    Durante o meu depoimento, o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.

    Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava-Jato e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes.

    É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados.”

    Estadão

  • Estado lança Guia da Tarifa Social de Energia Elétrica

    Estado lança Guia da Tarifa Social de Energia Elétrica

    A Agência Goiana de Regulação (AGR) lançou, nesta segunda-feira (10/06), o Guia da Tarifa Social de Energia Elétrica, com informações sobre o benefício que traz descontos na conta de energia para famílias classificadas como baixa renda.

    O manual, que será amplamente distribuído à população, também está disponível no site da AGR.

    Tarifa Social

    A tarifa social de energia elétrica garante descontos aos consumidores de forma escalonada, dependendo do consumo da unidade. Eles variam de 65% para consumo até 30 kWh, 40% para quem consome de 31 a 100 kWh e de 10% para quem consome de 101 a 200 kWh.

    Segundo o presidente da AGR, Wagner Oliveira Gomes, este é um instrumento importante de comunicação com os usuários dos serviços regulados pela agência.

    “É fundamental para a agência reguladora prestar esclarecimentos acerca das obrigações, mas, sobretudo, dos direitos e benefícios sociais dos usuários, tanto em relação à energia quanto às demais atividades reguladas, como saneamento e transporte intermunicipal”, afirmou.

    Quem pode ter o benefício?

    São contemplados com a tarifa social de energia as pessoas inscritas no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico), com renda familiar mensal por pessoa menor ou igual a meio salário mínimo. Mas, atenção: o cadastro precisa estar atualizado há pelo menos 2 anos.

    Família inscrita no CadÚnico com renda mensal de até três salários mínimos com portador de doença que use equipamento elétrico de forma continuada também pode ser beneficiada.

    Além disso, idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continua (BPC) têm direito ao desconto. No caso de famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, o desconto é de até 100% se o consumo não exceder a 50 kWh. Quando o consumo ficar entre 51 e 100kWh, o desconto será de 40%, e de 10% se o consumo ficar entre 101 kWh e 220 kWh.

    No caso de família com renda de até três salários mínimos com integrante que depende de aparelhos elétricos para tratamento continuado, é necessário apresentar um atestado médico contendo todas as informações sobre o paciente, como o Número de Identificação Social (NIS) ou Código Familiar do CadÚnico, descrição da situação clínica, classificação da doença, descrição dos aparelhos e período de uso.

    Como ser um beneficiário?

    Para obter o benefício, o consumidor deve procurar uma unidade de atendimento da prestadora dos serviços, a Equatorial Goiás, e apresentar os documentos pessoais e outros que comprovem as condições exigidas para a obtenção do benefício. Mais informações, na Central de Relacionamento da concessionária: 0800 062 0196.

    Em caso de dúvidas, basta procurar a AGR pelos telefones 0800 727 0167 ou 167. O atendimento presencial é feito no 3º andar do Ed. Visconde de Mauá, 305, Avenida Goiás, Centro, em Goiânia.

    Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) – Governo de Goiás

  • Goiás cria sete novos Batalhões de Polícia Militar

    Goiás cria sete novos Batalhões de Polícia Militar

    Goiás passa a contar com sete novos Batalhões de Polícia Militar (BPM). O decreto que cria as estruturas foi assinado pelo governador Ronaldo Caiado e publicado no suplemento de segunda-feira (10/06) do Diário Oficial do Estado. As unidades serão instaladas nos municípios de:

    • Goianira,
    • Quirinópolis,
    • São Miguel do Araguaia,
    • Santo Antônio do Descoberto,
    • Indiara,
    • Jaraguá
    • Goiânia.

    “Segurança em Goiás é prioridade absoluta”, pontuou o governador, em vídeo nas redes sociais, sobre a criação dos batalhões. Conforme observou, a novidade “proporcionará um policiamento mais robusto e eficiente”.

    Governo de Goiás cria sete novos Batalhões de Polícia Militar
    “Segurança em Goiás é prioridade absoluta”, pontuou o governador sobre a criação dos batalhões (Fotos: Secom-GO)

    Reestruturação

    As novas unidades são fruto de uma reestruturação organizacional da Polícia Militar e não terão impacto financeiro ao estado. Isso porque a ação transforma as já existentes Companhias Independentes em Batalhões. Assim, serão aproveitadas as estruturas de recursos humanos e materiais.

    O decreto explica que cabe a um batalhão as seguintes atribuições:

    • executar o policiamento ostensivo;
    • dar proteção;
    • garantir tranquilidade à comunidade local;
    • atuar contra a criminalidade,
    • preservar a paz social
    • e restituí-la quando isso se fizer necessário.

    No caso de Goiânia, a estrutura a ser criada será o 6° Batalhão de Polícia Militar Rodoviário (BPMRv), cuja tarefa está diretamente relacionada ao monitoramento de rodovias estaduais.

    Serviço

    Veja os novos batalhões criados:

    • 49° BPM (Goianira)
    • 50° BPM (Quirinópolis)
    • 51° BPM (São Miguel do Araguaia)
    • 52° BPM (Santo Antônio do Descoberto)
    • 53° BPM (Indiara)
    • 54° BPM (Jaraguá)
    • 6° BPMRv (Goiânia)

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Governo anula leilão de arroz da Conab, mas avalia novo arremate

    Governo anula leilão de arroz da Conab, mas avalia novo arremate

    O governo federal anunciou nesta terça-feira, 11, a anulação de lotes arrematados no leilão de compra pública de arroz importado e beneficiado, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na quinta-feira, 6. A anulação se deu por falta de capacidade financeira das empresas em honrar os compromissos.

    A possível anulação do leilão foi antecipada pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por causa da revelação de quem foram as empresas que mostraram interesse no leilão de arroz.

    “A partir da revelação de quem são essas empresas, começaram os questionamentos se verdadeiramente essas empresas teriam capacidade técnica e financeira de honrar os compromissos de um volume expressivo de dinheiro público”, afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto, em coletiva de imprensa.

    O anúncio da anulação ocorreu após Pretto e os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, se reunirem com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no período da manhã.

    Segundo Teixeira, a maioria das empresas que participaram do leilão demonstraram fragilidade financeira em operar o montante de dinheiro.

    De acordo com o presidente da Conab, a companhia pretende fazer um novo leilão de arroz, mas com ferramentas que já garantam que as empresas contratadas terão capacidade técnica e financeira. A data do novo leilão, contudo, não está definida. “Vamos revisitar os mecanismos que são estabelecidos para esses leilões com apoio da Controladoria-Geral da União, da Advocacia-Geral da União, e pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos para que a gente possa ter garantias que vamos contratar empresas que terão capacidade técnica e financeira”, comentou.

  • Brasil está fora de cúpula na Suíça pela paz na Ucrânia

    Brasil está fora de cúpula na Suíça pela paz na Ucrânia

    A Suíça vai receber entre os dias 15 e 16 de junho uma cúpula de paz que pretende angariar apoio internacional ao fim do conflito na Ucrânia. O objetivo da cúpula, solicitada pelo governo ucraniano, é “inspirar um futuro processo de paz”, mas o resultado permanece incerto. Presidente Lula, que estará na Europa no início do evento, argumenta que conferência para debater paz na Ucrânia só faz sentido se Rússia for convidada.

    O encontro se baseia num plano de dez pontos apresentado pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e que culmina na retirada completa das tropas russas e no estabelecimento dos meios para alcançar “uma paz justa e duradoura”.

    A Rússia não vai participar do evento. Segundo a Suíça, o país não foi convidado porque sinalizou não ter qualquer interesse em participar. O governo russo disse que a iniciativa é “uma perda de tempo”.

    Sem Brasil e China

    Na esteira da decisão do presidente russo, Vladimir Putin, países como Brasil e China já manifestaram desinteresse em participar de conversas sem a presença dos dois lados do conflito, segundo comunicaram as autoridades da Suíça.

    O assessor especial da presidência, Celso Amorim, chegou a assinar uma declaração com o ministro chinês do Exterior, Wang Yi, pedindo para que sejam feitas negociações “reconhecidas tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia”.

    Segundo o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou por telefone com Putin nesta segunda-feira (10/06) e voltou a defender um acordo de paz e a participação da Rússia nas negociações de paz.

    Os organizadores do evento, porém, afirmaram que, até agora, o Brasil e outros países emergentes, como a África do Sul, não confirmaram nem cancelaram sua participação no evento, apesar da ausência de Lula ser dada como certa. “A lista final dos países participantes só será publicada pouco antes da cúpula”, diz o comunicado.

    Lula viajará para a Europa para uma reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça, no dia 13, antes de participar da cúpula do G7 na Itália, nos dias 14 e 15, a convite da premiê Giorgia Meloni. Mas Lula não participará da cúpula sobre a Ucrânia, que ocorre logo em seguida, nos dias 15 e 16.

    Até o momento, 90 estados e organizações confirmaram presença. O evento acontece no complexo hoteleiro Bürgenstock, localizado no topo de uma montanha na vila de Obbürgen, perto da cidade de Lucerna, no centro da Suíça. O local foi escolhido por questões de segurança devido ao seu difícil acesso – na última semana, o país registrou um aumento em ataques cibernéticos e desinformação sobre o evento.

    O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, são esperados no encontro. A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, representará o seu país. O conselheiro de segurança nacional do Presidente Joe Biden, Jake Sullivan, também estará presente.

    O que será discutido

    O presidente ucraniano anunciou pela primeira vez sua fórmula de paz de dez pontos numa cúpula do G20 em novembro de 2022. Ela também inclui a criação de um tribunal especial para julgar os crimes de guerra russos.

    A Suíça, porém, diz que a cúpula vai conseguir avançar apenas sobre três temas – segurança alimentar, segurança nuclear para produção de energia e a libertação ou troca de prisioneiros de guerra ou deportados. A expectativa dos organizadores é criar um roteiro que inclua a Rússia nas negociações em etapas posteriores.

    As conversas acontecem em meio a uma crescente avanço dos russos sobre território ucraniano. O país avançou sobre áreas da região da cidade de Donetsk nos últimos meses.Em conferência realizada nesta terça-feira em Berlim, Zelenski afirmou que a Ucrânia perdeu metade de sua capacidade de geração de energia em decorrência de ataques russos.

    (EFE, AFP, Lusa e Reuters)