Categoria: Política

  • Rússia: avião com prisioneiros ucranianos cai e deixa 74 mortos

    Rússia: avião com prisioneiros ucranianos cai e deixa 74 mortos

    O avião militar russo caiu por volta das 11h (horário de Moscou) desta quarta (24/1) em Belgorod, próximo à fronteira com a Ucrânia

    Um avião de transporte militar russo, de modelo Ilyushin Il-76, que transportava prisioneiros ucranianos, caiu, nesta quarta-feira (24/1), em Belgorod, próximo à fronteira com a Ucrânia, e deixou 74 mortos, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia.

    A aeronave caiu por volta das 11h, 5h no horário de Brasília. Em nota, a pasta afirmou que estavam a bordo do avião 65 militares capturados das Forças Armadas ucranianas, além de seis tripulantes russos e outras três pessoas que ainda não foram identificados.

    O avião transportava prisioneiros de guerra ucranianos até um ponto de resgate. A operação é fruto de um acordo entre as nações que visa a troca de pessoas detidas, tanto civis quanto militares, durante o conflito.

    Segundo um deputado russo, a aeronave militar teria sido derrubada por três mísseis. Imagens divulgadas na internet mostram o momento da queda do avião, e logo em seguid,a uma explosão.

    Confira o suposto momento da queda do avião:

    Ucrânia confirma ataque

    A Ucrânia confirmou a autoria do ataque contra o avião militar russo. As autoridades ainda alegaram que a aeronave carregava mísseis e não prisioneiros. A informação é da agência de notícias francesa AFP.

    Segundo o governo ucraniano, esse carregamento de armamento bélico seria destinado para bases russas que atacam a região da cidade de Kharkiv, próxima à fronteira com a Rússia.

    Rússia investiga “incidente” com avião

    Em comunicado no Telegram, Vyacheslav Gladkov, governador de Belgorod, informou que um “incidente” ocorreu no distrito de Korochansky, nordeste da cidade. No momento, uma equipe de investigadores e funcionários de emergência trabalham no local da queda do avião.

    Gladkov afirmou que cancelou os compromissos da agenda oficial e está indo inspecionar o local. Ele disse que investigadores e trabalhadores de emergência já estavam no local.

    O Kremlin deve investigar o incidente.

    Metrópoles

  • Boom patrimonial, propina, dinheiro vivo e Marielle: a ficha de Brazão

    Boom patrimonial, propina, dinheiro vivo e Marielle: a ficha de Brazão

    Delações e quebras de sigilo bancário e fiscal contam a história de Domingos Brazão, que voltou a ser implicado no caso Marielle Franco

    Citado em delação pelo ex-policial militar (PM) Ronie Lessa por suposto envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco (PSol), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Brazão tem uma longa ficha corrida e está sob suspeita de receber propinas, expandir seu patrimônio com grandes movimentações de dinheiro vivo e de usar equipamentos e trocas de telefones para driblar investigadores.

    Em entrevista ao Metrópoles, Brazão negou as acusações e disse que o uso de seu nome no caso Marielle pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém.

    DELATOR NARRA ENTREGAS DE DINHEIRO A DOMINGOS BRAZÃO - METRÓPOLEShttps://www.metropoles.com/sao-paulo/boom-patrimonial-propina-dinheiro-vivo-e-marielle-a-ficha-de-brazao

    O principal delator da Quinto de Ouro era o ex-presidente do TCE Jonas Lopes Junior. Ele contou aos investigadores que Brazão negociou dois esquemas de corrupção no tribunal. Um deles tinha a ver com a aprovação de um contrato de R$ 21 milhões no Detran. E o outro com empresas da área ambiental.

    Ele contou ao MPF que Brazão tinha o hábito de evitar telefonemas, trocava de celular constantemente e havia em seu gabinete até mesmo um “embaralhador de sinal” – ferramenta que serve para bloquear o sinal de aparelhos de gravação. O equipamento foi apreendido.

    Dinheiro em espécie

    Segundo o delator, Brazão recebia e dividia o dinheiro em mãos. As investigações encontraram diversos saques e depósitos em dinheiro vivo em contas ligadas a ele. Em um período de 2 anos, ele movimentou R$ 14 milhões em suas contas bancárias e aumentou seu patrimônio de R$ 13,7 milhões para R$ 18,8 milhões.

    As quebras de sigilo fiscal mostraram que Brazão declarava ao fisco ter R$ 360 mil guardado em dinheiro vivo. Um livro de contabilidade cheio de anotações sobre gastos em espécie foi encontrado em sua residência. Nele, havia notas sobre reformas de churrasqueiras, piscinas e sítios. Somente os pagamentos em dinheiro nas anotações somavam R$ 1,5 milhão.

    Na Quinto do Ouro, Brazão responde por corrupção e organização criminosa. Ele chegou a ser afastado do cargo, mas voltou por decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Caso Marielle

    No caso Marielle Franco, o nome de Brazão aparece como suspeito de ser o mandante do crime desde 2019. Ele foi denunciado pela ex-procuradora-geral Raquel Dodge por embaraço à investigação. O episódio envolveu uma ação para plantar depoimentos de policiais com narrativas falsas que tirassem a Polícia Civil do rastro dos verdadeiros mandantes.

    O indício mais impressionante sobre seu envolvimento foi encontrado em um áudio do miliciano Jorge Alberto Moreth, conhecido como “Beto Bomba”, no qual ele dizia que Brazão “encomendou” a morte de Marielle. E que houve pagamento de R$ 500 mil pelo crime. O áudio foi interceptado de uma conversa entre o miliciano e o vereador Marcello Siciliano (PHS).

    A principal hipótese é de que, com a morte da vereadora, Brazão buscava retaliar o então deputado Marcello Freixo (PSol), que empregou Marielle em seu gabinete e era próximo da parlamentar.

    Outro lado

    Em entrevista exclusiva ao Metrópoles nessa terça-feira (23/1), Domingos Brazão negou envolvimento na morte da vereadora. “Não mandei matar Marielle”, disse. Para o político, “ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSol”.

    Brazão disse ao Metrópoles não temer a investigação e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém. “Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí.”

    Metrópoles

    A atuação de Freixo atingiu duas vezes o conselheiro. A primeira foi na condição de relator da CPI das Milícias, em 2008, quando citou Brazão como um dos políticos “liberados” para fazer campanha em área dominada pelos grupos de criminosos.

    A segunda foi em denúncias que levaram o MPF a pedir uma nova prisão de Brazão em 2017, na Operação Cadeia Velha, que também investigou pagamento de propinas a políticos do Rio.

    A denúncia da PGR sobre o embaraço às investigações foi rejeitada em março do ano passado pela Justiça Estadual do Rio de Janeiro. Com a delação do ex-PM Ronie Lessa, condenado pela execução da ex-vereadora, o nome de Brazão voltou a entrar na mira dos investigadores.

  • Morre ex-vereador de Goiânia Carlos Soares, aos 59 anos

    Morre ex-vereador de Goiânia Carlos Soares, aos 59 anos

    Soares havia sido nomeado para a Superintendência do Patrimônio da União em Goiás no ano passado

    Morreu, nesta terça-feira, o ex-vereador de Goiânia pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e superintendente do Patrimônio da União em Goiás (SPU), Carlos Soares, aos 59 anos.

    Carlos, irmão de Delúbio Soares, era uma das maiores lideranças da legenda petista em Goiás.imagem colorida ex-vereador goiania carlos soares

    No ano passado, foi nomeado para o cargo na SPU e tinha a intenção de disputar novamente a Câmara de Goiânia.

    Ele era diabético e estava internado no Hospital Sírio Libanês, onde tratava uma leucemia e tinha previsão de realizar um transplante, mas não resistiu. O corpo deve ser trazido para a capital goiana nesta quarta-feira (24/1).

    Jornal Opção/Metrópoles

  • IR: Haddad diz que governo vai revisar faixa de isenção do Imposto de Renda em 2024

    IR: Haddad diz que governo vai revisar faixa de isenção do Imposto de Renda em 2024

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo deve revisar a faixa de isenção do imposto de renda novamente em 2024. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já determinou que sejam feitos estudos sobre o tema.

    “Nós vamos fazer uma nova revisão neste ano, até por conta do aumento do salário mínimo”, disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

    No ano passado, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2,6 mil. Durante a campanha, Lula havia prometido que a isenção seria de R$ 5 mil reais.

    O governo também pretendia avançar na reforma da renda em 2024, mas Haddad já reconheceu que o calendário eleitoral pode interferir neste processo.

    Nova política industrial e BNDES

    Na mesma entrevista, Haddad disse que não há um paradoxo entre o trabalho de ajuste fiscal da equipe econômica e a nova política industrial lançada pelo governo, que prevê subsídios e mais financiamento ao setor no Brasil.

    Segundo ele, o que foi apresentado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) já está “contratado e orçado”, e não foge da atuação histórica do BNDES.

    “O que foi feito hoje (segunda-feira, 22) foi a apresentação de um trabalho que está contratado, orçado. O BNDES emprestar R$ 75 bilhões, R$ 100 bilhões, por ano, é parte da missão histórica”, disse. “Não há paradoxo. O que foi feito hoje foi prestação de contas do que foi encaminhado ao Congresso, que permitiu ao BNDES voltar à ativa. O BNDES estava sendo depauperado, escanteado, com acusações injustas”, respondeu o ministro.

    Reservas cambiais

    Haddad disse ainda que, quando defendeu a formação de reservas cambiais no País, acreditou que elas por si só diminuiriam a volatilidade, mas com o passar do tempo viu que o problema permanecia.

    É por isso que o País também entrou na discussão de um mecanismo de hedge cambial (operação para proteger investimentos das variações de moedas estrangeiras), para operações de longo prazo envolvendo projetos verdes. A ideia foi apresentada por ele no começo do mês, em entrevista ao jornal O Globo.

    “O que estamos discutindo é que tanto Banco Central e Tesouro quanto organismos internacionais têm de ter instrumentos novos que permitam você ‘hedgear’ operações de longo prazo, sobretudo de investimentos que têm prazo longo de maturação. Investidores e pensadores com quem conversei fora do País concordam que esse é um bom diagnóstico do que poderia ser resolvido para atrair investimentos ao Brasil, no momento em que o País passa a ter vantagens competitivas”, disse.

    Presidência do Banco Central

    O ministro afirmou que ainda não tratou com o presidente Lula sobre a indicação de quem será o próximo presidente do Banco Central, uma vez que o mandato do atual chefe da autarquia, Roberto Campos Neto, acaba no fim deste ano. Ele foi questionado sobre o tema após comentar a melhora na relação entre o governo e Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que se manteve na direção do BC amparado pela lei de autonomia do órgão.

    “Agora Campos Neto não sai do churrasco da Granja, já foi convidado para o Alvorada, está tudo em paz”, brincou Haddad. A perspectiva de Haddad é que a sucessão da presidência do BC seja um assunto para a metade do ano. “Não conversei com presidente ainda sobre nome”, respondeu o ministro, que não descartou que um dos quatro diretores indicados por Lula seja escolhido para assumir a presidência do BC, nem que o indicado possa ser um nome de fora, que ainda não está na diretoria do banco.

    Durante a entrevista, apesar de dizer que a autonomia do BC não está em discussão, o ministro citou, por sua vez, que a regra foi especialmente desafiadora no Brasil. “Foi uma transição entre governos muito diferentes”, explicou Haddad. O ministro ainda defendeu que a decisão do Banco Central de iniciar os cortes da Selic em agosto do ano passado no patamar de 0,5 ponto porcentual, e não de 0,25, só foi possível em razão das informações repassadas à autoridade monetária pelo Ministério da Fazenda.

    Estadão

  • Deputados aliados e senadores reclamam de Lula não recebê-los

    Deputados aliados e senadores reclamam de Lula não recebê-los

    O estilo de fazer política no seu terceiro mandado como presidente de Lula (PT), é diferente do convívio próximo que teve com seus aliados, dos seus dois primeiros governos, o que vem incomodando deputados e senadores.

    O petista não costuma receber parlamentares em almoços, jantares ou conversas fora da agenda pública.

    Até mesmo, recentemente, Arthur Lira observou a dificuldade devido a postura do presidente, para a articulação política do Planalto. Alguns deputados, de acordo com a avaliação do presidente da Câmara, gostariam de ser próximos de Lula, mas sentem essa dificuldade.

  • Gonet vê elo entre investigação de Roberto Jefferson e atos golpistas de janeiro

    Gonet vê elo entre investigação de Roberto Jefferson e atos golpistas de janeiro

    Manifestação foi enviada ao STF nesta quinta-feira (18). Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes decidiu submeter uma questão de ordem ao plenário do Supremo para manter a ação penal contra o ex-deputado.

    O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, afirmou nesta quinta-feira (18), em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que investigações envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson podem ser vistas “como elo relevante” na engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023 — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

    Em junho de 2022, o Supremo tornou Jefferson réu pelos crimes de homofobia, calúnia e incitação ao crime de dano contra patrimônio público. Na ocasião, ficou decidido ainda que o caso seria enviado à Justiça Federal no Distrito Federal.

    Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes decidiu submeter uma questão de ordem ao plenário do Supremo para manter a ação penal contra Jefferson na Corte.

    Moraes afirmou que há conexão desse caso com outras investigações sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

    “Essa perspectiva se fortalece na consideração de que se atribui ao réu [Jefferson], além de haver utilizado parte da estrutura partidária financiada pelo erário para fragilizar as instituições da República, ter formulado publicamente túrpidos ataques verbais contra instituições centrais da República democrática, num esforço que a visão deste momento permite situar como estratégia dirigida a fomentar movimento de rompimento condenável da ordem política”, escreveu.

    Para o PGR, “há motivos bastantes” para que seja estabelecida a competência do STF para o julgamento do ex-deputado.

    Ainda não há data para o STF definir a competência para julgar Jefferson.

    Denúncia

    O STF tornou Roberto Jefferson réu após analisar denúncia da PGR sobre sete declarações em que o ex-deputado atacou instituições. Na denúncia, a Procuradoria afirmou que o ex-deputado praticou condutas que constituem infrações previstas no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

    O Ministério Público ponderou ainda que Roberto Jefferson “incentivou o povo brasileiro a invadir a sede do Senado e a praticar vias de fato contra senadores, especificamente dos que integram a CPI da Pandemia, com o intuito de impedir o livre exercício do Poder Legislativo, e que também incentivou o povo brasileiro a destruir, com emprego de substância explosiva, o prédio do Tribunal Superior Eleitoral”.Sustentou também que o ex-deputado praticou ao menos duas vezes o crime de homofobia ao comparar pessoas LGBTQIA+ com traficantes e ao dizer que elas representam a demolição moral da família.

    G1

  • Advogado abandona defesa de Moro em processo de cassação do mandato

    Advogado abandona defesa de Moro em processo de cassação do mandato

    As ações apresentadas pelo PL e pelo PT contra o senador estão sendo julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná

    O advogado responsável pela defesa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR)  abandonou o cargo nesta sexta-feira (19). Rodrigo Gaião defendia o ex-ministro da Justiça nos processos em curso no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que poderão resultar na  cassação do mandato de senador.

    O advogado é o titular da Gaião Sociedade Individual de Advocacia. Ele confirmou que estava se retirando do caso, reforçando o “direito a eventual verba honorária de sucumbência ou êxito, proporcionais ao período de atuação no feito”. A procuração concedida ao advogado já foi revogada por Moro .

    O senador afirmou que, agora, a “relação de confiança” seria com o outro advogado do processo, Gustavo Bonini Guedes. Além dele, outros cinco profissionais são listados como parte da equipe de defesa do parlamentar.

    Moro é alvo de duas ações no TRE-PR. A primeira foi protocolada pela federação PT/PV/PCdoB e a outra, pelo PL do Paraná. É esperado que o julgamento comece em fevereiro, mas a burocracia do tribunal poderá fazer com que o julgamento seja adiado.

    Segundo a regulamentação do TRE, processos que possam levar a cassação de registro ou à perda de diplomas devem ser tomados apenas com a presença de todos os membros da Corte.

    Entretanto, no dia 23 de janeiro, o mandato de Thiago Paiva dos Santos termina. Ele é o representante da classe dos advogados. No dia 27, a participação de dois substitutos da mesma classe chega ao fim — José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior.

    O Tribunal Superior Eleitoral já recebeu uma lista tríplice do TRE para ser aprovada. A lista será enviada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que ele indique o sucessor de Thiago Paiva.

    IG

  • Terceira guerra mundial? OTAN alerta para guerra total

    Terceira guerra mundial? OTAN alerta para guerra total

    O Almirante Rob Bauer, presidente do Comitê Militar da OTAN, instou governos e civis a se prepararem para conflitos contundentes

    O almirante Rob Bauer (foto), presidente do Comitê Militar da OTAN, instou tanto os governos quanto os civis a se prepararem para conflitos contundentes e para a perspectiva de serem recrutados para uma guerra que exigirá uma mudança total nas suas vidas nos próximos 20 anos.

    Bauer disse que um grande número de civis terá de ser mobilizado no caso de uma guerra global eclodir e os governos devem garantir que as suas nações estejam prontas para a guerra:

    Temos que perceber que não é um dado adquirido que estamos em paz. E é por isso que nós [forças da OTAN] temos planos, é por isso que estamos nos preparando para um conflito com a Rússia”, disse Bauer aos jornalistas após uma reunião dos chefes de defesa da OTAN em Bruxelas.

    Ele seguiu: “Mas a discussão é muito mais ampla. É também a base industrial e os civis que têm de compreender que desempenham um papel”.

    Precisamos que os intervenientes públicos e privados mudem a sua mentalidade de uma era em que tudo era planejável, previsível, controlável e centrado na eficiência, para uma era em que tudo pode acontecer a qualquer momento. Uma era em que precisamos esperar o inesperado”, alertou Bauer.

    O alto chefe militar holandês acrescentou: “É preciso ser capaz de recorrer a uma base industrial que seja capaz de produzir armas e munições com rapidez suficiente para poder continuar um conflito, se estivermos nele”.

    Defensor fiel 2024

    As declarações se dão em um contexto no qual a OTAN planeja mobilizar 90.000 soldados, na sua maior manobra militar desde a Guerra Fria, a fim de dissuadir Vladimir Putin de atacar um país membro.

    A aliança anunciou que o exercício começaria na próxima semana, com meses de exercícios destinados a mostrar que pode defender todo o seu território até a fronteira com a Rússia.

    Os exercícios — apelidados de Steadfast Defender (‘Defensor Fiel‘) — decorrerão até ao final de maio e envolverão unidades de todos os 31 países membros da OTAN, além da Suécia, candidata a membro, disse o Comandante da OTAN na Europa, o general norte-americano Christopher Cavoli.

    A Aliança demonstrará a sua capacidade de reforçar a área euro-atlântica através de um movimento transatlântico de forças da América do Norte”, disse Cavoli aos jornalistas em Bruxelas, após a reunião de dois dias de chefes de defesa nacionais.

    O Reino Unido declarou que enviará 20.000 soldados com os dois novos porta-aviões da Marinha Real, oito navios de guerra, bem como a aeronave de ataque relâmpago F-35 da RAF, que praticará vôo em cenários de conflito simulados.

    A Alemanha, por sua vez, enviará 12 mil soldados, além de 3 mil veículos e 30 aeronaves.

    Ajuda à Ucrânia continua

    O Reino Unido anunciou um pacote de apoio adicional de 2,5 mil milhões de libras à Ucrânia e aos ataques aéreos da RAF, com os EUA, contra os Houthis no Iêmen.

    O Almirante Bauer disse que a OTAN continuará a apoiar a Ucrânia a longo prazo.

    Hoje é o 693º dia do que a Rússia pensava que seria uma guerra de três dias. A Ucrânia terá o nosso apoio em todos os dias que estão por vir porque o resultado desta guerra determinará o destino do mundo”, disse ele.

    Esta guerra nunca foi sobre qualquer ameaça real à segurança da Rússia vinda da Ucrânia ou da OTAn”, acrescentou o Alte Bauer.

    Esta guerra é sobre a Rússia temer algo muito mais poderoso do que qualquer arma física na terra – a democracia. Se as pessoas na Ucrânia podem ter direitos democráticos, então as pessoas na Rússia em breve irão desejá-los também.’

    O alerta do Ministério da Defesa alemão

    O anúncio do exercício da OTAN surge depois de a Alemanha ter revelado que as forças de Putin estão se preparando para um ataque a OTAN em 2025.

    O Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, enfatizou : “Devemos fortalecer rapidamente a nossa capacidade de defesa dada a urgência da situação de ameaça.”

    Segundo o tabloide alemão Bild, documentos do Ministério da Defesa alemão teriam demonstrado como a Rússia pretende escalar o conflito na Ucrânia para uma guerra total em apenas 18 meses.

    Os planos vazados revelariam em detalhes o que poderia ser o caminho para uma Terceira Guerra Mundial, com Putin usando a Bielorrússia como plataforma de lançamento para uma invasão – como fez em Fevereiro de 2022 para a sua guerra na Ucrânia.

    O Antagonista

  • CGU conclui que cartão de vacinação de Bolsonaro foi fraudado

    CGU conclui que cartão de vacinação de Bolsonaro foi fraudado

    A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que são falsos os registros de imunização contra a covid-19 no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    No total, foram registradas três doses fraudulentas do imunizante. A primeira delas foi inserida em julho de 2021 por meio da UBS Parque Peruche, em São Paulo. Nesse caso, a CGU, apesar de ter confirmado a fraude, não conseguiu identificar o autor da falsificação, em razão de limitações do Sistema VaciVida, o portal estadual de vacinação de São Paulo.

    “O registro foi inserido no Sistema VaciVida em 14/12/2021, ou seja, antes da individualização do acesso. E isso dificultou (se não, impossibilitou) que se chegasse a uma conclusão sobre quem efetivamente teria feito o registro da vacinação do Sr. Bolsonaro. Em outras palavras, qualquer pessoa com o login e a senha de acesso da UBS Parque Peruche pode ter feito essa inserção”, diz o texto. Para avançar na investigação, a CGU irá notificar a Corregedoria Estadual de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo.

    As duas outras doses foram registradas nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, em Duque de Caxias. Aqui os investigadores chegaram a nomes de auxiliares do ex-presidente Bolsonaro e servidores do município fluminense que estariam envolvido em uma esquema de falsificação.

    A partir da investigação da CGU, a Polícia Federal deflagrou uma operação em maio do ano passado para prender o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, e outras seis pessoas. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente da República.

    Para chegar à conclusão, a Controladoria-Geral da União ouviu servidores da UBS Parque Peruche e da Prefeitura de Duque de Caxias, analisou os livros físicos mantidos de registros de vacinação e consultou outros órgãos, como a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Ministério da Saúde. “A CGU atestou a impossibilidade de o registro ter sido feito através do sistema mantido pelo órgão federal”.

    Procurado, Bolsonaro ainda não se manifestou.

    Estadão

  • Lula alfineta Bolsonaro durante evento em Pernambuco: ‘Alguém que vive da mentira’

    Lula alfineta Bolsonaro durante evento em Pernambuco: ‘Alguém que vive da mentira’

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou críticas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

    O atual chefe de Estado participou do evento que marcou os investimentos para a ampliação e término das obras da Refinaria Abreu e Lima – inicialmente inaugurada em seu primeiro governo -, em Ipojuca, Pernambuco, nesta quinta-feira (18).

    Durante o discurso, Lula lamentou o atraso para a conclusão do projeto e, sem citar nomes, fez menções ao ex-presidente da República.

    ‘’(…) É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses 10 anos de atraso nessa empresa, quanto salário deixou de ser pago, quantas pessoas não têm benefícios nesse país, quanto que esse país perdeu da sua competitividade internacional até chegar ao ponto de eleger um psicopata para ser presidente desse país’’, disse o político.

    O petista alegou que a família do ex-chefe do Executivo ‘’não seria um exemplo’’ para os demais brasileiros.

    “Ele é alguém que vive da mentira, da maldade e de ofender os outros. Para ele todo mundo aqui é ladrão, comunista e defende aborto como se e ele e os seus filhos fossem exemplo de família nesse país’’, acrescentou.