Categoria: Política

  • Moraes afirma que Bolsonaro pode dar entrevistas, mas sem redes

    Moraes afirma que Bolsonaro pode dar entrevistas, mas sem redes

    Após a resposta da defesa de Jair Bolsonaro (PL), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes explicou: não há qualquer proibição para que o ex-presidente conceda entrevistas. Em decisão divulgada nesta quinta-feira (24/7), Moraes negou a prisão de Bolsonaro, mas manteve as medidas cautelares.

    Confira as medidas determinadas contra Bolsonaro

    • Uso de tornozeleira eletrônica;
    • Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados;
    • Proibição de uso das redes sociais,
    • Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros;
    • Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
    • Proibição de manter contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos quatro núcleos da trama golpista;

    A dúvida da defesa do ex-presidente surgiu após ele falar com a imprensa na saída da Câmara dos Deputados, na última segunda-feira (21/7), onde participou de uma reunião convocada pelo Partido Liberal (PL). Na ocasião, Bolsonaro mostrou, pela primeira vez e de forma pública, sua tornozeleira eletrônica.

    O ex-presidente, então, teve que se explicar a Moraes sobre suposto descumprimento das cautelares e a defesa de Bolsonaro alegou desconhecimento, argumentando que a decisão do ministro, que o impede de usar redes sociais ou ter falas transmitidas por perfis de terceiros, não era clara.
    Na decisão desta quinta, Moraes ressalta que “inexiste qualquer proibição de concessão de entrevistas ou discursos públicos ou privados”. Porém, as entrevistas do ex-presidente não podem ser publicadas em redes sociais.

    A investigação

    Bolsonaro e seu filho são alvos de inquérito porque a Polícia Federal apontou ao STF que eles teriam incentivado as sanções impostas pelo presidente pelos EUA ao Brasil. A Casa Branca anunciou a taxação de 50% aos produtos brasileiros, a partir do dia 1º de agosto, como retaliação ao que Trump considera ser uma perseguição ao aliado.

    O que está acontecendo?

    • O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, além de estar sujeito a medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, como a proibição do uso das redes sociais, inclusive por meio de outras pessoas.
    • Na tarde de terça (22/7), o ministro Moraes proferiu despacho no qual explicitou que a cautelar de proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, “inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas de redes sociais de terceiros”.
    • O despacho de Moraes detalhando as restrições ao ex-presidente foi publicado após questionamento do Metrópoles sobre o temor manifestado pelo ex-presidente de que conceder entrevista poderia levá-lo à prisão.
    • Nesta quinta-feira (14/7), o ministro não decretou a prisão do ex-presidente, mas fez uma advertência: caso ele descumpra novamente alguma regra, a prisão será imediata.
    • Os advogados de Bolsonaro argumentaram que o ex-presidente não violou as regras impostas e que ele não tem poder sobre as redes sociais de terceiros.

    Réu no STF

    Bolsonaro é réu no STF em um inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

    Os investigadores destacam que as primeiras investidas do ex-presidente e de Eduardo Bolsonaro começaram em 7 de julho. O parlamentar está nos EUA desde fevereiro, alegando que trabalharia sanções da Casa Branca contra autoridades brasileiras.

    METRÓPOLES

  • STF realiza nesta quinta interrogatórios de réus dos Núcleos 2 e 4 da tentativa de golpe

    STF realiza nesta quinta interrogatórios de réus dos Núcleos 2 e 4 da tentativa de golpe

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para esta quinta-feira (24), a partir das 9h, os interrogatórios dos réus nas Ações Penais (APs) 2693 e 2694, que envolvem os núcleos 2 e 4 da tentativa de golpe de Estado. As audiências serão realizadas simultaneamente, por videoconferência, com transmissão em tempo real pelo canal do STF no YouTube.

    Confira a seguir a lista dos réus que serão interrogados:

    Núcleo 2

    Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal)
    Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor internacional da Presidência da República)
    Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência)
    Marília Ferreira de Alencar (delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal)
    Mário Fernandes (general da reserva do Exército)
    Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal).

    Núcleo 4

    Ailton Moraes Barros (ex-major do Exército)
    Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército)
    Giancarlo Rodrigues (subtenente do Exército)
    Guilherme Almeida (tenente-coronel do Exército)
    Reginaldo Abreu (coronel do Exército)
    Marcelo Bormevet (agente da Polícia Federal)
    Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

    O STF transmitirá as sessões ao vivo por meio de seu canal oficial no YouTube:
    Transmissão Primeira Turma
    Transmissão Segunda Turma

    FONTE:STF

  • Macron processa podcaster por alegar que a primeira-dama é homem

    Macron processa podcaster por alegar que a primeira-dama é homem

    O presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte, entraram com um processo por difamação contra a podcaster de direita Candace Owens nesta quarta-feira (23) pela alegação de que a primeira-dama poderia ser um homem.

    O presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte, entraram com um processo por difamação contra a podcaster de direita Candace Owens nesta quarta-feira (23) pela alegação de que a primeira-dama poderia ser um homem.

    O processo apresentado no Tribunal Superior de Delaware, nos Estados Unidos, alega que Owens transmitiu “uma campanha implacável de um ano de difamação contra os Macrons”.

    Em março, a comentarista conservadora Candace Owens reviveu uma teoria da conspiração com um vídeo no YouTube intitulado “A primeira-dama da França é um homem?”, de acordo com a denúncia.

    Amplamente divulgada no X, Owens disse que a teoria da conspiração era “provavelmente o maior escândalo da história política”.

    Desde então, Owens produziu inúmeros vídeos sobre Brigitte Macron para seus quase 4,5 milhões de inscritos no YouTube, incluindo uma série em várias partes chamada “Becoming Brigitte”.

    O processo ainda afirma que a influenciadora também vendeu mercadorias promovendo a alegação.

    O advogado de Macrons, Tom Clare, disse à CNN que eles pediram a Owens para parar de fazer a reivindicação por cerca de um ano e entraram com o processo como um “último recurso” depois que ela se recusou.

    A queixa alega que Owens foi a primeira pessoa a trazer essas alegações infundadas para a mídia dos EUA e uma audiência internacional.

    O casal está processando por danos punitivos e alega que sofreu “danos econômicos substanciais”, incluindo perda de oportunidades de negócios futuras.

    CNN

  • Moraes adverte Bolsonaro, mas não determina prisão de ex-presidente

    Moraes adverte Bolsonaro, mas não determina prisão de ex-presidente

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), advertiu, nesta quinta-feira (24), Jair Bolsonaro (PL) sobre as medidas cautelares impostas contra o ex-presidente. Em resposta à defesa do político, o magistrado não determinou a prisão de Bolsonaro, por entender que o descumprimento das cautelares se tratou de uma “irregularidade isolada”.

    Na última segunda (21), a defesa de Bolsonaro foi convocada por Moraes a esclarecer o descumprimento da proibição de usar redes sociais, direta ou indiretamente.

    “Por se tratar de irregularidade isolada, sem notícias de outros descumprimentos até o momento, bem como das alegações da defesa de Jair Messias Bolsonaro da ‘ausência de intenção de fazê-lo, tanto que vem observando rigorosamente as regras de recolhimento impostas’, deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”, escreveu o ministro.

    Na mesma decisão, Moraes reiterou que Bolsonaro não está proibido de conceder entrevistas a veículos de imprensa, mas de fazer o uso de redes sociais, de forma direta ou por meio de terceiros.

    “A explicitação da medida cautelar imposta no dia 17/7 pela decisão do dia 21/7, deixou claro que não será admitida a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagens nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”, afirmou.

    De acordo com o ministro do STF, a medida cautelar será considerada descumprida caso haja a replicação de conteúdo de Bolsonaro nas redes esteja relacionada à determinação judicial.

    “Será considerado burla à proibição […] à replicação de conteúdo de entrevista ou de discursos públicos ou privados reiterando as mesmas afirmações caracterizadoras das infrações penais que ensejaram a imposição das medidas cautelares, para que, posteriormente, por meio de ‘milícias digitais’, ou mesmo apoiadores políticos, ou ainda, por outros investigados, em patente coordenação, ocorra a divulgação do conteúdo ilícito previamente elaborado especialmente para ampliar a desinformação nas redes sociais”, afirmou Moraes.

    CNN

  • Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Moraes

    Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Moraes

    Tramitam no Senado 29 pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro é o alvo preferencial de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido mais recente foi protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), após Moraes impor que o pai dele deveria usar tornozeleira eletrônica e respeitar uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento noturno.

    A maioria desses requerimentos (22 deles) foram apresentados entre 2021 e 2024, ou seja: a investida começou ainda durante o mandato do ex-presidente. Em 2025, foram mais sete petições. Entre os autores há cidadãos comuns, deputados federais e senadores. O levantamento foi feito pela rede de notícias CNN.

    Autor do mais recente pedido, Flávio Bolsonaro argumenta no texto que as medidas cautelares impostas contra o ex-presidente extrapolam “em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal”.

    “Trata-se de uma decisão com nítida carga político-partidária, que avança sobre o mérito da acusação sem o devido processo legal, atribui caráter criminoso a manifestações políticas e diplomáticas legítimas e impõe medidas cautelares gravíssimas em evidente contexto de perseguição ideológica”, escreveu na petição.

    A Constituição diz que cabe ao Senado processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade. O pedido de impeachment pode ser apresentado por qualquer cidadão, seja parlamentar ou não. Cabe ao presidente do Senado dar encaminhamento à denúncia. Atualmente, quem ocupa o cargo é Davi Alcolumbre (União-AP).

    Mais Goiás

  • Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes

    Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é alvo de ao menos 29 pedidos de impeachment que tramitam no Senado Federal. O mais recente foi protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após decisão que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Um levantamento da CNN encontrou 28 pedidos de impeachment protocolados no sistema do Senado Federal em que Moraes é citado. O número é somado ao pedido apresentado pelo filho “01” de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (23).

    De todos os pedidos, 22 foram protocolados entre os anos de 2021 e 2024. Somente neste ano foram apresentadas sete novas petições contra Moraes. Entre os autores há deputados, senadores e cidadãos.

    O pedido protocolado por Flávio Bolsonaro alega que as medidas cautelares impostas pelo ministro do STF extrapolam “em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal”.

    “Trata-se de uma decisão com nítida carga político-partidária, que avança sobre o mérito da acusação sem o devido processo legal, atribui caráter criminoso a manifestações políticas e diplomáticas legítimas e impõe medidas cautelares gravíssimas em evidente contexto de perseguição ideológica”, escreveu na petição.

    Na última sexta-feira (18), Moraes autorizou operação da PF (Polícia Federal) contra Jair Bolsonaro, que resultou na aplicação de medidas cautelares contra o ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.

    Impeachment contra ministros

    Cabe ao Senado Federal processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade.

    O pedido de impeachment pode ser apresentado por qualquer cidadão, seja parlamentar ou não.Cabe ao presidente do Senado dar encaminhamento à denúncia. Atualmente, a casa legislativa é presidida por Davi Alcolumbre (União-AP).

    CNN

  • Trump acusa Obama de traição por suposta tentativa de interferir em eleição

    Trump acusa Obama de traição por suposta tentativa de interferir em eleição

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (22) ter intenção de “ir atrás de pessoas” pelo que ele diz serem tentativas de interferência nas eleições de 2016, alegando que a Rússia estava tentando influenciar o resultado.

    “Seja certo ou errado, é hora de ir atrás das pessoas”, afirmou Trump no Salão Oval da Casa Branca, onde recebeu o presidente das Filipinas.

    Trump repetiu algumas vezes que o ex-presidente Barack Obama era culpado de crimes de, segundo o líder americano, usar o setor de Inteligência como arma.

    O republicano chamou o ex-presidente democrata de “líder” da suposta conspiração. “Eles pegaram o presidente Obama de surpresa”, alegou.

    Trump e Obama se cumprimentam na Casa Branca, em 2016 • Foto: CNN

    “Obama foi pego diretamente”, destacou posteriormente, acrescentando que suas ações equivalem a “traição”.

    “Isso é como uma prova, uma prova irrefutável de que Obama era sedicioso, que Obama liderou, estava tentando liderar um golpe, e foi com Hillary Clinton, com todas essas outras pessoas, mas Obama o liderou”, comentou.

    Trump havia sido questionado sobre o caso de Jeffrey Epstein, o financista acusado de tráfico sexual, mas passou a atacar Obama, Clinton e as investigações sobre se a Rússia interferiu na eleição presidencial americana de 2016.

    Os apoiadores do presidente exigem respostas sobre o caso e divulgação de novos documentos, após o republicano ter prometido fazê-lo durante a campanha.

    Polêmica sobre relatório das eleições de 2016

    Na semana passada, a Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, tirou de sigilo e divulgou novos documentos do setor de Inteligência que, segundo ela, eram evidências de uma “conspiração de traição” por parte de altos funcionários do governo Obama para criar a ideia de que a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016.

    Gabbard afirmou que faria uma denúncia ao FBI, a agência federal de investigações, sobre a acusação.

    Mas as alegações do governo Trump confundem e deturpam o que a Inteligência realmente concluiu, de acordo com uma revisão de uma investigação do Senado liderada pelo Partido Republicano em 2020 e entrevistas com fontes do Congresso familiarizadas com a apuração.

    Os documentos recém-revelados não desfazem as principais conclusões do governo na avaliação de 2017, de que a Rússia lançou uma campanha de influência e hacking e buscou ajudar Trump a derrotar Hillary Clinton, segundo as fontes.

    Os democratas criticaram a fala da diretora de inteligência e a classificaram como uma tentativa de “reescrever a história”.

    Barack Obama ainda não se pronunciou sobre o assunto.

    Casa Branca faz pronunciamento à imprensa

     *com informações da Reuters

  • Trump acusa Obama de “traição” em meio a crescente pressão por Epstein

    Trump acusa Obama de “traição” em meio a crescente pressão por Epstein

    Donald Trump acusou nesta terça-feira (22) o ex-presidente democrata Barack Obama de “traição” e de tentar um “golpe de Estado”, em uma aparente tentativa de desviar a atenção da tempestade política que abala o ocupante da Casa Branca por causa do caso Jeffrey Epstein.

    O republicano acusa Obama, que governou de 2009 a 2017, e Hillary Clinton, a candidata democrata que ele derrotou nas eleições presidenciais de 2016, de espalharem informações falsas para desmoralizá-lo em relação à possível interferência russa na campanha que o levou pela primeira vez à presidência.

    Nesta terça-feira, ao receber o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., na Casa Branca, jornalistas fizeram perguntas a Trump sobre o caso Jeffrey Epstein, o rico financista encontrado morto na prisão em 2019 antes de ser julgado por crimes sexuais.

    “Não acompanho isso de perto”, respondeu Trump, acusado por alguns de seus próprios simpatizantes de não cumprir a promessa de esclarecer o caso Epstein e de tentar proteger as elites envolvidas.

    Em seguida, Trump atacou verbalmente Obama com veemência.

    “A caça às bruxas sobre a qual deveriam estar falando” é a de Obama, declarou, e lançou uma série de acusações sem fundamento.

    Afirmou que Obama tentou “roubar” as eleições de 2016. “Obama liderou um golpe de Estado”, disse.

    Trump, criticado por compartilhar um vídeo falso gerado por inteligência artificial em que Obama aparece preso usando o uniforme laranja dos detentos, também apontou o dedo para outras altas autoridades.

    Denunciou o então vice-presidente de Obama, Joe Biden, e os ex-diretores do FBI, James Comey, da inteligência nacional, James Clapper, e da CIA, John Brennan. Disse que todos faziam parte de uma conspiração.

    – “Líder da quadrilha” –

    Mas o “líder da quadrilha” era Obama, que seria “culpado” de “traição”, acrescentou.

    Um porta-voz de Obama classificou a afirmação como “indignante” e como uma tentativa “ridícula e fraca de distração”.

    A acusação de golpe de Estado contradiz múltiplas investigações oficiais, mas encontra eco na base ultradireitista de Trump.

    Na sexta-feira, a diretora de inteligência nacional, Tulsi Gabbard, pediu que altos funcionários do governo Obama sejam processados por “conspiração”.

    Os ataques de Trump a Obama fazem parte de “uma estratégia mais ampla de distração, mas também cumprem outra função: apresentar o presidente como vítima da traição democrata”, avalia Todd Belt, professor da Universidade George Washington.

    O escândalo Epstein está cobrando seu preço a Trump, e seu governo tenta resistir à crise política.

    O vice-procurador-geral anunciou nesta terça-feira que se reunirá “nos próximos dias” com Ghislaine Maxwell, ex-parceira de Epstein, condenada em 2022 a 20 anos de prisão por tráfico sexual, acusada de recrutar menores de idade para exploração sexual entre 1994 e 2004.

    “O presidente [Donald] Trump nos disse para divulgar todas as provas críveis”, afirmou o vice-procurador-geral Todd Blanche na rede social X.

    Segundo ele, a polícia federal (FBI) revisou as provas contra Epstein e não encontrou nada “que justificasse uma investigação contra terceiros não acusados”.

    Mas, se Ghislaine Maxwell “tiver informações sobre alguém que cometeu crimes contra as vítimas, o FBI e o Departamento de Justiça ouvirão o que ela tiver a dizer”, garantiu Blanche.

    O caso Jeffrey Epstein teve uma reviravolta no dia 7 de julho. Naquela data, o governo americano afirmou que não há provas da existência de uma lista secreta de clientes do amigo das celebridades e dos poderosos.

    Isso provocou uma enxurrada de mensagens furiosas nas redes sociais, vindas de contas ligadas ao movimento trumpista “Make America Great Again” (MAGA — “Faça a América Grande Novamente”).

    – “Idiotas” –

    Irritado com sua incapacidade de conter os protestos dentro do próprio campo político, Trump acusou na semana passada “alguns republicanos estúpidos e idiotas” de estarem colaborando com seus oponentes democratas.

    Ele também entrou com um processo por difamação contra o jornal The Wall Street Journal, após a publicação de um artigo que lhe atribuía uma carta lasciva supostamente enviada a Epstein por ocasião de seu aniversário.

    Trump conhecia Epstein, já que ambos faziam parte da alta sociedade nova-iorquina, mas não há provas de que estivesse envolvido em crimes relacionados ao financista.

    Fonte: swissinfo

  • Trump anuncia acordo comercial com o Japão

    Trump anuncia acordo comercial com o Japão

    Com o prazo final de 1º de agosto se aproximando, os Estados Unidos chegaram a um acordo comercial com o Japão, anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump, nas redes sociais na terça-feira.

    “Acabei de assinar… talvez o maior acordo da história”, disse Trump na Casa Branca.

    “Trabalhamos muito e por muito tempo, e é um ótimo acordo para todos. Muito diferente dos acordos do passado, posso garantir”, disse Trump. Ao longo de sua carreira política, Trump frequentemente criticou os acordos comerciais entre os Estados Unidos e seus aliados, entre eles o Japão.

    Em uma postagem no Truth Social, Trump revelou alguns detalhes do acordo.

    O país do Leste Asiático também pagará tarifas recíprocas aos Estados Unidos a uma taxa de 15%. Trump havia ameaçado aumentar para 25% se o Japão não chegasse a um acordo antes do prazo final de 1º de agosto.

    Autoridades industriais e governamentais com conhecimento do acordo disseram que o acordo dá ao Japão uma grande vitória, reduzindo a tarifa sobre automóveis japoneses em 10%, cortando a taxa de 25% para 15%.

    Os carros japoneses incluem alguns dos fabricantes mais populares nos Estados Unidos, incluindo empresas como Toyota, Honda e Nissan.

    O Japão investirá US$ 550 bilhões nos Estados Unidos, “que receberão 90% dos lucros” desses investimentos, disse Trump.

    “Este acordo criará centenas de milhares de empregos — nunca houve nada parecido”, escreveu ele.

    “Este é um momento muito emocionante para os Estados Unidos da América, especialmente pelo fato de que continuaremos a ter sempre um ótimo relacionamento com o Japão”, disse Trump.

    O acordo comercial surge em um momento em que o Japão enfrenta um futuro político incerto.

    No domingo, o partido do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba perdeu o controle da câmara alta do governo japonês, após perder o controle da câmara baixa em outubro.

    Os eleitores foram motivados, em parte, pelo medo do prazo comercial iminente.

    Na quarta-feira, Ishiba reconheceu o acordo comercial, dizendo que ele beneficiaria ambas as nações.

    Não está claro o que acontecerá com o governo politicamente dividido após o acordo.

    Em um jantar na terça-feira, Trump disse que as negociações com a União Europeia (UE) serão realizadas em Washington na quarta-feira.

    “A Europa chegará amanhã, no dia seguinte”, disse Trump aos convidados.

    No início deste mês, Trump enviou uma carta aos países da UE ameaçando os 27 Estados-membros com impostos de 30% sobre seus produtos a partir de 1º de agosto, caso não seja alcançado um acordo.

    Acordo comercial entre os EUA e a Indonésia

    Na terça-feira, dando continuidade ao anúncio da semana passada, Trump confirmou os detalhes do acordo comercial entre os EUA e a Indonésia.

    Segundo o acordo, a Indonésia reduzirá para zero por cento as tarifas sobre 99% das exportações dos EUA e eliminará as barreiras não tarifárias, disse o presidente em uma postagem no Truth Social na segunda-feira.

    Os produtos indonésios que entrarem nos Estados Unidos estarão sujeitos a uma tarifa recíproca de 19%, abaixo da tarifa geral de 32% anunciada anteriormente.

    A Indonésia também fornecerá aos Estados Unidos minerais preciosos essenciais e comprará produtos agrícolas, energia e aeronaves Boeing americanos.

    “Este acordo é uma grande vitória para nossas montadoras, empresas de tecnologia, trabalhadores, agricultores, pecuaristas e fabricantes”, disse Trump.

    O acordo também remove restrições à importação e acordos de licenciamento e estabelece medidas para resolver questões de propriedade intelectual de longa data. Os dois lados finalizarão ainda mais os compromissos sobre comércio digital, serviços e investimentos.

    Como parte do acordo comercial, a Indonésia implementará uma proibição às importações de mão de obra forçada e eliminará regras que restringem os sindicatos e os direitos de negociação coletiva.

    O acordo deve movimentar aproximadamente US$ 50 bilhões para os Estados Unidos, confirmou a Casa Branca.

    Os líderes da Indonésia concordaram com vários compromissos significativos, incluindo a remoção das inspeções pré-embarque, a isenção dos requisitos de conteúdo local para empresas americanas e a aceitação dos padrões federais de segurança veicular dos Estados Unidos.

    Além disso, o acordo incluirá regras de transbordo para garantir que a China não explore os benefícios do acordo.

    De acordo com a Casa Branca, as mercadorias transbordadas com altos níveis de conteúdo proveniente de nações com tarifas mais altas enfrentarão uma taxa de 40%.

    EUA finalizam acordo com as Filipinas

    Os últimos detalhes do acordo comercial entre os EUA e a Indonésia foram divulgados depois que Trump confirmou que as Filipinas são as próximas na fila para finalizar um acordo.

    Após receber o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., na Casa Branca na terça-feira, Trump anunciou no Truth Social que o país do sudeste asiático abrirá seu mercado aos produtos dos EUA com tarifas de zero por cento. Em troca, as exportações filipinas para os Estados Unidos enfrentarão uma taxa de 19%, ligeiramente inferior aos 20% propostos na carta de Trump no início deste mês.

    “Foi uma grande honra estar com o presidente. Ele é muito respeitado em seu país, como deveria ser. Ele também é um negociador muito bom e duro. Estendemos nossos mais calorosos cumprimentos ao maravilhoso povo das Filipinas!”, escreveu Trump em sua plataforma de rede social.

    Os acordos com a Indonésia e as Filipinas marcam o segundo e o terceiro acordos entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais depois que Trump enviou cartas a dezenas de países antes do prazo final de 1º de agosto.

    Próxima etapa: China

    Enquanto isso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou na terça-feira que o prazo final para o acordo comercial com a China, 12 de agosto, provavelmente será prorrogado.

    “Acho que o comércio está em um momento muito bom com a China”, disse Bessent em uma entrevista à Fox Business.

    “Portanto, acredito que realmente avançamos para um novo patamar com a China, que é muito construtivo”, continuou ele. “Seremos capazes de realizar muitas coisas, agora que o comércio se estabilizou em um bom nível”.

    Bessent também observou que o governo deseja discutir as sanções ao petróleo bruto iraniano e russo e desacelerar o “excesso de produção industrial e se concentrar na construção de uma economia de consumo”.

    O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, confirmou no X que seu país sediará a próxima rodada de negociações entre as duas maiores economias do mundo. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, em entrevista ao programa “Face the Nation” da CBS no domingo, afirmou que os Estados Unidos planejam impor uma tarifa básica de 10% sobre pequenos países da América Latina, Caribe e África.

  • Em reunião com empresários, Caiado define “frente tripla” de crédito para enfrentar tarifas de Trump

    Em reunião com empresários, Caiado define “frente tripla” de crédito para enfrentar tarifas de Trump

    Empresários de setores de Goiás que serão afetados pelas tarifas que o presidente norte-americano Donald Trump pretende impor a partir de 1º de agosto ao Brasil terão acesso a três diferentes fundos de crédito, em uma estratégia do governo estadual para mitigar os prejuízos esperados com as novas taxas. A medida foi definida em reunião realizada nesta terça-feira, 22, no Palácio das Esmeraldas, entre o governador Ronaldo Caiado e representantes de empresas e entidades da indústria e do comércio goianos.

    Foram definidos seis segmentos prioritários no estado, cujas demandas e estimativas de impactos com as tarifas começarão a ser ouvidas pelo governador a partir desta quarta-feira, 23, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Serão quatro reuniões de 2 horas amanhã e duas na manhã de quinta-feira, uma com cada segmento.

    O primeiro encontro será feito com representantes do segmento de fármaco e saúde do estado. Caiado, inclusive, destacou que haverá um diálogo com autoridades norte-americanas na tentativa de isentar esse segmento, englobando insumos de saúde, das tarifas. “É um gesto humanitário. Não é possível a inclusão da área de medicamentos, que são fundamentais para a vida das pessoas, e também de peças de aparelhos que são da indústria americana”, disse.

    Também serão ouvidos representantes das áreas de carne e pescados, mineração, setor sucroenergético, soja e cítricos e curtume. A intenção, conforme Caiado, é fazer um levantamento preciso de como cada setor será impactado pelas tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os EUA. No entanto, o governador adiantou que o Estado vai atuar em uma frente tripla de fundos de créditos, que serão disponibilizados aos segmentos mais afetados pelas taxações.

    Governador Ronaldo Caiado, após reunião com empresários | Foto: Ton Paulo/Jornal Opção

    “Como alternativas, o Estado de Goiás tem ferramentas capazes de poder atender aos setores mais penalizados. Aqueles que terão, de imediato, uma perda substantiva, podendo colocar em risco a empresa e os empregos”, comentou o chefe do Executivo estadual.

    O primeiro fundo de crédito a ser usado será Fundo de Equalização para o Empreendedor, o Fundeq, criado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, via lei complementar, com o objetivo de prover recursos para a concessão de subsídio ao pagamento de encargos aos tomadores de empréstimos na Goiás Fomento.

    Na ocasião, Caiado justificou a criação do Fundeq citando que ele possibilitaria a ampliação da concessão de financiamentos produtivos, na então crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19, que afetou o fluxo de caixa das empresas e impossibilita novos investimentos.

    Simultaneamente aos recursos do Fundeq, os empresários afetados pelo tarifaço trumpista poderão recorrer ao recém-criado Fundo de Estabilização Econômica de Goiás, o FEG, aposta do governo Caiado para blindar as contas públicas em períodos de crise e evitar a paralisação de investimentos e políticas públicas no estado.

    Baseado em estudos do Instituto Mauro Borges e da Secretaria-Geral de Governo, o FEG é vinculado à Secretaria Estadual de Economia e tem como finalidade estabilizar as receitas públicas via reserva financeira do PIB estadual.

    O último, este ainda a ser criado via decreto e apresentação na B3, bolsa de valores de São Paulo, é o Fundo de Direitos Creditórios. O fundo tem estimativa de cerca de R$314 milhões em créditos de ICMS e até R$ 314 milhões de contrapartida do mercado, totalizando quase R$ 630 milhões que serão disponibilizados em crédito, com taxa de juros de 10%.

    “De toda maneira, vamos continuar buscando o diálogo, vamos tentar continuar sempre com o objetivo de superar essas dificuldades, já que não tem o porquê dos nossos setores serem comprometidos. Sempre fomos parceiros do governo americano, sempre fomos alinhados do ponto de visto ideológico, de princípios democráticos, de economia de mercado. Esse lado do dialogo será buscado por nós”, concluiu Ronaldo Caiado.

    O governador vem tecendo críticas ao governo Lula, ao qual se refere como ineficiente e omisso, tanto comercial quanto diplomaticamente, diante da atual situação com os Estados Unidos. Para o chefe do Executivo estadual, Lula tem seguido os mesmos passos que ditadores ao cavar um conflito com os EUA e que ignorado os apelos da população, focando apenas em sua futura tentativa de reeleição.

    Boa aceitação

    As medidas apresentadas na reunião de hoje, que incluem a “frente tripla” de crédito, parece ter agradado ao setor empresarial. Presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira se referiu aos EUA como um “importante elo de comércio no Brasil há anos”, e que Caiado acerta ao assumir uma postura propositiva.

    “O governador tem uma excelente posição de tentar achar, inicialmente, essa questão de solução do problema, com medidas emergenciais. As empresas estão aí, então imagina você ter um produto e não tem pra quem vender”, afirmou Paulo Afonso, na saída do encontro, acrescentando que “Goiás está dando o exemplo” ao propor alternativas para driblar os efeitos das tarifas de Trump.

    Já José Garrote, líder da São Salvador Alimentos, que também esteve na reunião, afirmou que a expectativa com as medidas apresentadas pelo governador de Goiás é “extremamente positiva” e que o estado “sai na frente”. “isso ajuda a dar fôlego aos empresários. Foi uma iniciativa ímpar, bem aceita. Todos ficaram muitos agradecidos e até mesmo surpresos pelo governo ter tomado essa decisão. Agora é conversar com cada um dos setores”, arrematou o empresário.

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