Categoria: Política

  • Brasil entrega presidência do G20 para a África do Sul

    Brasil entrega presidência do G20 para a África do Sul

    No encerramento da Cúpula de Líderes do G20 Brasil,  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou as principais entregas da presidência brasileira do fórum, nesta terça-feira, 19/11, no Rio de Janeiro. Entre as agendas, Lula destacou a realização da Cúpula do G20 Social, o roteiro para ao aprimoramento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs,  na sigla em inglês) e os debates sobre África e a dívida externa; a instalação do Grupo de Trabalho Empoderamento das Mulheres e a inclusão do ODS 18 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), sobre igualdade étnico-racial.

    O presidente brasileiro também destacou a definição dos princípios sobre comércio e desenvolvimento sustentável e o compromisso pelo aumento da produção de energias renováveis até 2023. A Coalização para a Produção Local e Regional de Vacinas e Medicamentos e o estímulo ao investimento em políticas públicas para melhorar o acesso à água e ao saneamento também foram negritadas por Lula.

    “Neste ano, realizamos mais de 140 reuniões em 15 cidades brasileiras. Voltamos a adotar declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho. Deixamos a lição de que, quanto maior for a interação entre as Trilhas de Sherpas e de Finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos nossos trabalhos. Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar”, pontuou Lula sobre a presidência brasileira do G20.

    Esperança no Sul Global

    Na passagem da presidência do G20 para Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, Lula reconheceu os valores históricos, culturais, políticos e econômicos que unem o continente e a América Latina. Como a partir de 2026 todos os países do grupo já teriam exercido a presciência pelo menos uma vez, o brasileiro disse que este é o momento  “momento propício para avaliar o papel que desempenhamos até agora e como devemos atuar daqui em diante. Temos a responsabilidade de fazer melhor”, concluiu.

    G20.org

  • Putin faz alerta aos EUA com nova doutrina nuclear

    Putin faz alerta aos EUA com nova doutrina nuclear

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, emitiu um alerta aos Estados Unidos nesta terça-feira, alterando as condições para um ataque nuclear, apenas alguns dias depois que o governo do presidente Joe Biden supostamente permitiu que a Ucrânia dispare mísseis norte-americanos de forma profunda no território russo.

    A doutrina atualizada, formalmente conhecida como “Os fundamentos da política de Estado no campo da dissuasão nuclear”, descreve as ameaças que fariam com que a Rússia, a maior potência nuclear do mundo, contemplasse o uso de tais armas.

    A Rússia considerará um ataque nuclear se ela, ou seu aliado Belarus, enfrente uma agressão “com o uso de armas convencionais que crie uma ameaça crítica à sua soberania e (ou) à sua integridade territorial”, diz a nova doutrina.

    A doutrina anterior, estabelecida em um decreto de 2020, dizia que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado.

    Outras alterações incluem considerar qualquer ataque convencional à Rússia por uma potência não nuclear apoiada por uma potência nuclear como um ataque conjunto. Qualquer ataque com aeronaves, mísseis de cruzeiro e aeronaves não tripuladas que cruze as fronteiras da Rússia também poderia desencadear uma resposta nuclear.

    “A agressão contra a Federação Russa e (ou) seus aliados por parte de qualquer Estado não nuclear com a participação ou apoio de um Estado nuclear é considerada um ataque conjunto”, diz a doutrina.

    “A agressão de qualquer Estado de uma coalizão militar (bloco, união) contra a Federação Russa e (ou) seus aliados é considerada como agressão pela coalizão (bloco, união) como um todo.”

    O Kremlin disse que a Rússia considera as armas nucleares como um meio de dissuasão e que o objetivo do texto atualizado é deixar absolutamente claro para os inimigos em potencial a inevitabilidade da retaliação caso eles ataquem a Rússia.

    Juntos, a Rússia e os EUA controlam 88% das ogivas nucleares do mundo. Putin é o principal tomador de decisões da Rússia sobre o uso do arsenal nuclear do país.

    Semanas antes da eleição presidencial dos EUA no início deste mês, Putin já havia ordenado mudanças na doutrina nuclear.

    Essas mudanças foram agora formalmente aprovadas por ele. Na época, analistas disseram que a mudança na doutrina era uma tentativa de Putin de traçar uma linha vermelha para o Ocidente.

    A guerra na Ucrânia, que entrou em seu milésimo dia nesta terça-feira, desencadeou o mais grave confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962 – considerada o mais próximo que as duas superpotências da Guerra Fria chegaram de uma guerra nuclear intencional.

    Reuters

  • PF desarticula organização que planejou golpe de Estado com planos de assassinar Lula e Alckmin

    PF desarticula organização que planejou golpe de Estado com planos de assassinar Lula e Alckmin

    A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito na eleição de 2022, com planos de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin.

    “Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”, disse a PF em nota.

    Os investigados na Operação Contragolpe, são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais.

    “Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, continuou a PF.

    O planejamento elaborado pelos investigados, de acordo com a PF, detalhava recursos humanos e bélicos necessários para as ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Ainda haveria uma posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações, segundo a PF.

    Os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

    O cumprimento dos mandados está sendo feito no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

    (Reportagem de Ricardo Brito)

    REUTERS

  • Vejo com muita preocupação a PEC da escala 6×1, diz Campos Neto

    Vejo com muita preocupação a PEC da escala 6×1, diz Campos Neto

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (18) que vê com “muita preocupação” a proposta de emenda à Constituição (PEC) para a estabilidade dos números do desemprego no Brasil. “O desemprego continua surpreendendo, e grande parte se deve às reformas trabalhistas. Por isso vejo com muita preocupação essa PEC do 6×1, que vai contra o que fizemos anteriormente.

    Não vai ser colocando mais deveres para os empregadores que você vai atingir mais direitos para os trabalhadores”, disse o presidente do BC em evento do Instituto de Ensino e Pesquisa Insper. Campos Neto também afirmou que vê a queda na produtividade como um desafio global. “Os países fizeram grandes e necessários programas de enfrentamento ao Covid. A dívida global é muito alta.

    O mundo enfrenta desafios de produtividade, que está em queda em todos os lugares menos nos Estados Unidos. A população do mundo está envelhecendo, esse é o grande desafio coletivo”, disse. Economistas questionam a proposta citando justamente uma possível queda na produtividade e uma consequente diminuição nos salários, além de demissões e cortes de gastos. Na última quinta-feira (14), Campos Neto afirmou que a proposta reduziria a produtividade e elevaria o custo da mão de obra.

    CNN

  • Russos alertam para risco de “guerra mundial” após EUA autorizar uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia

    Russos alertam para risco de “guerra mundial” após EUA autorizar uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia

    A autorização dos EUA que permite a Kiev o uso de mísseis americanos de longo alcance em ataques à Rússia, anunciada  neste domingo (17), “não mudará em nada” a estratégia de Moscou. Russos alertam para risco de “guerra mundial” após EUA autorizar uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (18) por Andrei Kartapolov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do Parlamento russo, à agência estatal Ria Novosti.

    Os objetivos estabelecidos pelo presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia “serão alcançados”, acrescentou o deputado. Andrei Kartapolov explicou que, para combater os mísseis de longo alcance, seria necessário “impedir que os aviões decolassem”.

    “Estamos nos concentrando nessa tarefa. Isso é uma prioridade, porque se um avião não decolar, o míssil não será lançado”, ressaltou. Embora os ucranianos “afirmem que visem alvos militares, muitas vezes atingem cidades e áreas povoadas, o que é um risco real”, continuou.

    “Acho que eles não vão nos pegar desprevenidos. Estou convencido disso”, acrescentou outro parlamentar, Vladimir Jabarov, membro do comitê de assuntos internacionais da câmara alta.

    “Mas isso não deixa de ser uma decisão sem precedentes e muito importante para dar início à Terceira Guerra Mundial. Os americanos o farão por impulso de um “velho” (NR: o presidente americano Joe Biden) que está prestes a deixar o cargo e não será mais responsável por nada em dois meses”, completou. Ele alertou que “a resposta da Rússia será imediata”.

    A Rússia anunciou na manhã desta segunda-feira (18) ter derrubado 59 drones ucranianos sobre as áreas situadas na fronteira com a Ucrânia e na região de Moscou.

    A China reagiu ao anúncio feito pelos EUA nesta segunda-feira, pedindo um “cessar-fogo e uma solução política”. “O mais urgente é encorajar uma diminuição das tensões o mais rápido possível”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, durante sua uma coletiva diária de imprensa.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou sobre a importância da “capacidade de longo alcance” para seu Exército, mas lembrou que operações militares “não são anunciadas”.

    Os mísseis americanos, com alcance máximo de várias centenas de quilômetros, permitiriam à Ucrânia atingir infraestruturas logística do Exército russo e os aeroportos de onde decolam os aviões que atuam nos bombardeios.

    Represália a envio de tropas norte-coreanas

    Os mísseis ATACMS fornecidos pelos EUA devem ser usados inicialmente na região fronteiriça russa de Kursk, para onde tropas norte-coreanas foram enviadas em apoio aos combatentes russos, de acordo com o jornal The New York Times, que citou autoridades americanas.

    De acordo com Kiev, cerca de 11.000 soldados norte-coreanos já estão mobilizados na Rússia e teriam iniciado combates na região, parcialmente controlada por tropas ucranianas.

    O anúncio de Washington neste domingo seria uma resposta ao envio de tropas norte-coreanas e ocorre algumas semanas antes da chegada de Donald Trump ao poder. Em setembro, Vladimir Putin alertou que essa decisão “significaria nada menos do que o envolvimento direto dos países da OTAN na guerra na Ucrânia”.

    Intensos bombardeios

    O presidente americano Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos Estados Unidos contra alvos militares na Rússia horas após um grande bombardeio russo contra a rede elétrica ucraniana. O ataque gerou uma onda de condenações internacionais contra a Rússia.

    Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, os bombardeios são “inaceitáveis”, já que tiveram como alvo “civis e instalações energéticas”.

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou os ataques “horríveis” em uma entrevista à GloboNews no Rio, onde ocorrerá a cúpula do G20 entre segunda e terça-feira. “Apoiaremos a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, afirmou.

    Nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que atingiu todos os alvos contra “infraestruturas de energia essenciais de apoio ao complexo militar-industrial ucraniano”.

    A Rússia destruiu metade da capacidade energética da Ucrânia com os ataques de drones e mísseis em quase três anos de ofensiva, segundo Kiev.

    Por isso Zelensky pedia há muito tempo a autorização para usar armas ocidentais de longo alcance para atacar as bases de onde a Rússia lança seus bombardeios e combater o avanço das tropas russas no leste.

    Fim da guerra?

    No início do mês, Putin recebeu vários líderes mundiais em uma reunião de cúpula dos Brics.

    A recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos provocou a retomada do debate sobre possíveis negociações com Moscou. Kiev teme ser obrigada a aceitar concessões.

    Trump criticou em várias ocasiões a ajuda de seu país à Ucrânia e afirmou que seria capaz de resolver o conflito em “24 horas”, mas sem revelar como.

    Zelensky, que por muito tempo descartou a opção, afirmou no sábado (16) que deseja acabar com a guerra em seu país em 2025 por “meios diplomáticos”.

    As posições russa e ucraniana são opostas: Kiev descarta ceder os territórios ocupados pelo Exército russo, mas Moscou afirma que esta é uma condição que não pode ser negociada.

    Com informações da AFP

  • Michel Temer faz avaliação sobre jornada 6×1, “é exagerado”

    Michel Temer faz avaliação sobre jornada 6×1, “é exagerado”

    O ex-presidente Michel Temer opinou nesta segunda-feira (18) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL), que propõe a redução da jornada de trabalho no Brasil. Questionado por jornalistas, Temer afirmou que o modelo 6×1 é “um pouco de exagero” e destacou que a discussão em torno do tema é pertinente, embora não arrisque prever os desdobramentos do debate.

    “Acho que 6×1, com toda franqueza, é exagerado. A discussão é válida, sem dúvida, mas onde vai chegar, não sei dizer”, comentou.

    Histórico de propostas sobre a carga horária

    Temer relembrou a proposta que apresentou em 2010, quando presidia a Câmara dos Deputados. Na época, ele sugeriu uma redução gradativa da jornada semanal para 42 horas, como uma alternativa intermediária às reivindicações de sindicalistas que defendiam a diminuição para 40 horas.

    De acordo com o ex-presidente, a sugestão previa que a carga horária fosse ajustada para 43 horas em 2011 e para 42 horas no ano seguinte. No entanto, a iniciativa não avançou. “Discutimos isso por meses, e minha proposta foi uma solução intermediária que também não gerou resultados concretos”, concluiu Temer.

    A declaração reacende o debate sobre a necessidade de revisão das condições de trabalho no Brasil, que continuam dividindo opiniões entre líderes políticos, empregadores e representantes dos trabalhadores.

    Pardal Tech

  • Morre opositor preso na Venezuela entre denúncias de “crise repressiva” após eleições

    Morre opositor preso na Venezuela entre denúncias de “crise repressiva” após eleições

    Um militante da oposição na Venezuela faleceu nesta quinta-feira (14) sob custódia das autoridades, em meio a denúncias de uma “crise repressiva” após a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro.

    Jesús Martínez, de 36 anos, morreu em um hospital de Barcelona (estado de Anzoátegui, leste) devido a um problema cardíaco, associado a complicações por uma diabetes tipo II. No dia anterior, sua família havia denunciado o estado crítico de uma perna com necrose, que precisava ser amputada.

    Os defensores dos direitos humanos Alfredo Romero (à esquerda) e Gonzalo Himiob, presidente e vice-presidente da ONG Foro Penal, durante uma conferência de imprensa em Caracas, em 14 de novembro de 2024.© Juan BARRETO

    Ele era militante do partido Vente Venezuela, liderado pela opositora María Corina Machado, que denuncia fraude na proclamação de Maduro e assegura que seu candidato, Edmundo González, venceu nas eleições de 28 de julho.

    “Um crime a mais de Maduro e seu regime”, escreveu Machado na rede social X, em clandestinidade. “Morreu nas mãos deles, morreu pelas condições desumanas em que foi mantido sequestrado. Levaram Jesús por exercer seu direito e dever como cidadão”, acrescentou.

    Ele fazia parte do grupo de testemunhas que a oposição organizou para monitorar os votos, e sua prisão foi considerada política.

    Ele foi preso “sem ordem de busca e apreensão e sem motivo algum”, relatou Machado. “O transferiram para celas desumanas em Anzoátegui, foi severamente maltratado e mantido em condições de higiene tão precárias que desenvolveu necrose em ambas as pernas”.

    – “Um número enorme” –

    Os protestos pós-eleitorais também resultaram em 28 mortos e mais de 200 feridos, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que inicialmente mencionou mais de 2.400 detidos, incluindo menores de idade.

    Saab, acusado de servir ao chavismo, disse esta semana à AFP que “muitos já foram libertados”, embora sem fornecer números exatos. O presidente indicou pouco antes que “se houver algum caso a retificar e revisar, [peço] também que se faça justiça”.

    A ONG Foro Penal – que registra os detidos por razões políticas – contabilizou 1.979 presos.

    É “um número enorme”, disse Alfredo Romero, presidente do Foro Penal, que monitora os presos políticos. “Estamos falando do número mais alto de presos políticos no século XXI, o mais alto de presos políticos em todo o continente americano”.

    A maioria dos presos na crise pós-eleitoral encontra-se nas prisões de segurança máxima Tocorón (Aragua) e Tocuyito (Carabobo).

    Antes de 28 de julho, data das presidenciais, o Foro Penal tinha registrado 305 presos políticos.

    Desde 2014, ao menos uma dúzia de “presos políticos” faleceu sob custódia do Estado, segundo ativistas.

    – “Mãos no coração” –

    Entre as prisões confirmadas pelo Foro Penal desde 29 de julho, dia em que estouraram os protestos pela reeleição de Maduro, há 69 adolescentes e 10 pessoas com algum tipo de deficiência.

    Gonzalo Himiob, vice-presidente do Foro Penal, destacou que 10 dos detidos têm deficiências, como um jovem de 17 anos no espectro autista e outro de 27, surdo, que não sabe ler, escrever ou se comunicar em língua de sinais.

    Saab afirmou que os adolescentes presos estavam em instituições para menores e “com seus direitos humanos assegurados”. “Na Venezuela, crianças não ficam detidas, isso é mentira”, insistiu.

    Um grupo de cerca de cem familiares de detidos se reuniu nesta quinta-feira em frente à procuradoria para pedir a Saab sua libertação. “Que coloque as mãos no coração e veja o caso, que são jovens inocentes”, disse à AFP Jenny Barrios, cujo filho de 22 anos foi preso na oficina mecânica onde trabalhava em Maracaibo (estado de Zulia, oeste).

    Além do aumento das detenções, há violação da presunção de inocência, negativa ao direito de defesa particular e falta de acesso aos detidos, informou Romero.

    “O mais característico é a quantidade de pessoas que passaram a ser presos políticos, estamos falando de seis vezes mais do que a quantidade inicial de presos políticos”, detalhou o defensor de direitos humanos.

    AFP

  • Carro de comitiva de ministro da Secretaria-Geral da Presidência é roubado no centro do Rio antes do G20

    Carro de comitiva de ministro da Secretaria-Geral da Presidência é roubado no centro do Rio antes do G20

    Um veículo da comitiva do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, foi roubado e posteriormente recuperado pela polícia do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, informou o governo estadual, enquanto o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de eventos preparatórios para a cúpula do G20 na cidade na próxima semana.

    Segundo o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, o motorista do ministro estava aguardando uma pessoa da comitiva ministerial na porta de um hotel no centro da cidade quando foi abordado por criminosos armados.

    “A comitiva não estava em deslocamento. O motorista do ministro estava aguardando uma pessoa em frente ao hotel e foi abordado por dois homens em uma moto. O carro foi roubado, rapidamente foram acionadas as forças de segurança e o veículo foi recuperado”, afirmou o secretário, acrescentando que o carro foi encontrado na comunidade Nova Holanda, na zona norte da cidade.

    Segundo a Polícia Militar, agentes do 5° Batalhão da PM (Praça da Harmonia) foram acionados para uma ocorrência de roubo de veículo na rua do Riachuelo. O policiamento foi reforçado na região após o incidente.

    “De acordo com o comando da unidade, o motorista foi abordado por dois homens em uma moto, no momento em que aguardava o embarque de um passageiro. Os suspeitos fugiram antes da chegada da guarnição. O policiamento foi reforçado na região”, disse a PM.

    O assalto aconteceu no mesmo dia em que entrou em vigor a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo governo federal na cidade para ampliar a segurança com o reforço de homens das Forças Armadas para a cúpula do G20.

    Eventos prévios e paralelos ao G20 já estão sendo realizados no Rio. O próprio Macêdo esteve na abertura do U20, um evento das cidades do G20, mas não falou sobre o assunto. Procurada, a Secretaria-Geral da Presidência não se pronunciou de imediato sobre o episódio.

    A cúpula ocorrerá nos dias 18 e 19 no Museu de Arte Moderna (MAM) e terá um esquema de segurança que envolve mais de 10 mil agentes de diversas forças.

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que todas as medidas necessárias foram tomadas para garantir a segurança do evento.

    “Estamos preocupados com a segurança desde o início da preparação. Vamos ter os principais chefes de Estado aqui no Rio”, afirmou em entrevista a jornalistas.

    “Governo federal, governo do Estado e prefeitura tomaram todas as medidas necessárias. Estou muito tranquilo”.

    Reteurs

  • Maioria do STF rejeita recurso e mantém pena de prisão contra Collor

    Maioria do STF rejeita recurso e mantém pena de prisão contra Collor

    A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta quinta-feira (14), para rejeitar um recurso do ex-presidente Fernando Collor e manter a pena de oito anos e dez meses de prisão imposta ao político. Votaram para rejeitar: Alexandre de Moraes, relator do caso Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Edson Fachin, Luiz Fux, e Cármen Lúcia. O Supremo recomeçou a julgar o caso nesta quinta (14), em sessão presencial do plenário. O caso foi tirado do formato virtual pelo ministro André Mendonça. No plenário virtual, os ministros já haviam formado maioria para rejeitar o recurso do ex-presidente. Procurada pela CNN, a defesa de Collor disse que não vai comentar a decisão do STF.

    Divergência Os ministros Dias Toffoli, Nunes Marques, André Mendonça e Gilmar Mendes votaram a favor de diminuir a pena para 4 anos de prisão, atendendo – em parte – ao recurso apresentado pela defesa. Para esses quatro ministros, o cálculo da pena a Collor no julgamento terminou empatado. Assim, deveria ser favorecido o réu, com a consideração da pena menor. Já Cristiano Zanin se declarou impedido de julgar o caso.

    Collor vai ser preso? O recurso apresentado pelo ex-presidente é chamado de embargos de declaração. Ele serve para contestar pontos que tenham ficado obscuros ou contraditórios na decisão. Mesmo depois do julgamento desses embargos, ainda será possível, para a defesa, apresentar novos embargos. A jurisprudência do STF é de admitir até a apresentação dos chamados segundos embargos. Se rejeitados os segundos embargos, a Corte manda certificar o chamado “trânsito em julgado” da ação — ou seja, quando não cabem mais recursos — e determina a execução da pena. A pena fixada a Collor, de 8 anos e 10 meses de prisão, tem que ser cumprida em regime inicial fechado.

    Condenação Em maio de 2023, o STF condenou Collor à prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis, que envolveu recebimento de propina para viabilizar contratos com a estatal. A maioria dos ministros entendeu ter ficado comprovado que Collor recebeu R$ 20 milhões de propina, entre 2010 e 2014, para facilitar a construção de obras da UTC Engenharia na BR Distribuidora, usando a influência política dele como senador para indicações estratégicas na empresa. Os valores passaram por lavagem para ocultar a origem ilícita. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015 e aceita em 2017 pela Segunda Turma do STF. As investigações começaram na Operação Lava Jato.

    CNN

  • “A nossa preocupação é não deixar de dar continuidade ao que já existe”, afirma prefeito eleito Sandro Mabel após segunda reunião da Comissão de Transição

    “A nossa preocupação é não deixar de dar continuidade ao que já existe”, afirma prefeito eleito Sandro Mabel após segunda reunião da Comissão de Transição

    O prefeito eleito Sandro Mabel destacou que se preocupa em dar continuidade aos programas desenvolvidos pela Prefeitura de Goiânia na administração do prefeito Rogério, durante a segunda reunião da Comissão de Transição, realizada no Paço Municipal, na tarde desta segunda-feira (11/11). Na ocasião também foram entregues sugestões de projetos que não foram desenvolvidos pela atual gestão, mas que não foram implantados por falta de tempo hábil.

    “Nós acabamos receber as informações da Prefeitura por meio do prefeito Rogério e dos secretário, que têm sido muito solícitos. Não são apenas papéis, mas também as nossas equipes têm se encontrado. A nossa preocupação é não deixar de dar continuidade ao que já existe. Nós temos muita coisa boa andando na cidade e não podemos perder o fio da meada. Ao mesmo tempo, tem coisas que não estão bem, mas tem sugestão de como melhorar ou adequar ”, destacou o prefeito eleito Sandro Mabel.

    Em coletiva após a reunião, o prefeito eleito disse que recebeu sugestões de projetos que não foram implantados por conta de tempo hábil para execução pela atual gestão, mas que são importantes para a cidade. “Além da documentação normal, nós temos recebido uma participação muito intensa e faz com que a equipe tenha um conhecimento mais amplo do que apenas papéis. Foram entregues para nós, também a chave do SEI para acesso de relatórios da administração. Nós temos solicitado todos os dias novos documentos e prontamente fomos atendidos”, disse Mabel.

    O prefeito eleito afirmou ainda que a transição tem sido tranquila entre as duas equipes. “É uma transição sem nenhum solavanco. De vez em quando dá um ruidinho, mas é algo muito pequeno. O melhor é que estamos indo muito bem”, pontuou. Mabel confirmou ainda que os pedidos especiais que solicitou para a atual administração começaram a ser atendidos. “Todos os pedidos têm sido encaminhados. Protocolamos hoje, protocolamos na sexta-feira, então não dá tempo de organizar toda a documentação. Nós temos visto a disposição em nos atender. Algumas vezes são coisas muito grandes, então é entregue um pedaço para que possamos começar a trabalhar e depois entra com o restante”, concluiu.

    O secretário de Governo, Jovair Arantes, abriu a reunião citando justamente a importância de manter projetos que iniciaram recentemente e que, muitas vezes, não possuem custo alto para administração. Entre os projetos citados por Jovair estão o Programa Cidade Segura, que apenas no projeto piloto retirou 53 toneladas de fios dos postes de Goiânia, o ArborizaGyn, que no último final de semana promoveu o plantio 50 mil mudas de árvores na cidade, e o Programa Centraliza, que visa a revitalização da região Central de Goiânia e que atualmente está em análise na Câmara Municipal.

    “Foi tema inclusive da campanha do próprio prefeito eleito Sandro Mabel. A gente assistia na televisão ele dizendo que os bons programas iriam continuar. Alguns deles começaram esse ano ou estão começando e são programas que realmente dão um destaque muito importante pra cidade de Goiânia”, disse Jovair Arantes.