Com o retorno das chuvas na região, o combate à dengue ganha mais urgência. Por isso, a Prefeitura de Goiânia orienta que a população para que adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito Aedes aegypti dentro de casa. O mosquito é responsável pela transmissão da dengue, zika, chikungunya, febre amarela urbana, doenças chamadas de arboviroses.
Uma das estratégias mais efetivas para a saúde pública é o controle vetorial que se dá a partir de atividades para vigilância entomológica (monitoramento) e por diferentes métodos para controle do mosquito Aedes aegypti, vetor das doenças.
Mesmo durante o período de estiagem, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) mantiveram a fiscalização ativa, com mais de 1,89 milhão de imóveis visitados. Até setembro deste ano, foram identificados focos do mosquito em mais de 48 mil imóveis, representando 3,2% do total visitado, índice superior ao limite aceitável pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 1%. No mesmo período de 2023, foram 2,66 milhões de imóveis visitados, 47.859 continham focos, o que corresponde a 2,47%.
Além das visitas domiciliares, a Prefeitura de Goiânia adota outras medidas para conter a proliferação do Aedes aegypti. Dentre elas, se destaca a iniciativa ‘Aedes do Bem’, que libera mosquitos machos geneticamente modificados, capazes de reduzir a população de fêmeas, que são as responsáveis pela transmissão das doenças.
Outro reforço nas ações de combate é o desenvolvimento de parcerias com condomínios. Os agentes realizam visitas e treinam os funcionários dos condomínios para realizarem ações preventivas semanalmente.
Prevenção
É essencial que os moradores adotem práticas preventivas para colaborar efetivamente no combate ao mosquito, especialmente no período chuvoso. A manutenção regular dos quintais e a eliminação de água parada em pneus, garrafas e outros recipientes são medidas essenciais para evitar a proliferação do vírus. Todas as estratégias visam não apenas controlar a situação atual, mas também prevenir problemas futuros.
Além das ações já mencionadas, é fundamental verificar as áreas internas da residência, como caixas d’água e vasos de plantas, onde a água pode se acumular e criar focos de proliferação. A instalação de telas de proteção em janelas e portas oferece uma solução adicional para impedir a entrada de mosquitos nos ambientes internos.
Uma nova linhagem do vírus da Covid-19 foi detectada em três estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Chamada de XEC, a linhagem pertence à variante Ômicron e foi identificada pela primeira vez no Brasil pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em amostras de dois pacientes diagnosticados com Covid-19 em setembro. De acordo com a Agência Brasil, a identificação foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que atua como referência para Sars-CoV-2 junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS). A XEC foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 24 de setembro como uma variante sob monitoramento.
Isso ocorre quando uma linhagem apresenta mutações no genoma que são suspeitas de afetar o comportamento do vírus e observam-se os primeiros sinais de “vantagem de crescimento” em relação a outras variantes em circulação. O que é a linhagem XEC e como ela surgiu? Segundo a Fiocruz, análises indicam que a XEC surgiu pela recombinação genética entre cepas que circulavam anteriormente. Isso pode acontecer quando um indivíduo é infectado por duas linhagens virais diferentes simultaneamente, o que pode levar à mistura dos genomas dos dois patógenos durante o processo de replicação viral. Ainda segundo a Fundação, o genoma da XEC apresenta trechos dos genomas das linhagens KS.1.1 e KP.3.3. “Os vírus, continuamente, sofrem mutações, alguns com maior velocidade, outros mais lentamente.
Essa linhagem é um híbrido dessas subvariantes anteriores da Ômicron”, explica Emy Gouveia, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein. Além do Brasil, em quais locais a XEC já foi detectada? Segundo dados da Gisaid, pelo menos 35 países identificaram a cepa, que soma mais de 2,4 mil sequências genéticas depositadas na plataforma até o dia 10 de outubro desse ano. A variante começou a chamar atenção em junho e julho de 2024, devido ao aumento de detecções na Alemanha. Em pouco tempo, espalhou-se pela Europa, Américas, Ásia e Oceania. Ainda de acordo com a Gisaid, a variante é prevalente na Europa, onde pelo menos 13 nações a detectaram.
No Brasil, a detecção foi feita a partir de uma estratégia de vigilância que ampliou o sequenciamento de genomas do Sars-CoV-2 na capital fluminense entre agosto e setembro, conforme explica a Fiocruz. A ação contou com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Durante três semanas, foi realizada a coleta de amostra de swab nasal para envio ao Laboratório de Referência do IOC/Fiocruz em casos positivos para Sars-CoV-2 diagnosticados por testes rápidos em unidades básicas de saúde. Embora tenha apontado a presença da XEC, o monitoramento confirmou o predomínio da linhagem JN.1, majoritária no Brasil desde o final do ano passado.
Quais são os sintomas causados pela variante XEC?
Ainda não há dados que indiquem que a variante XEC cause sintomas mais graves ou diferentes das variantes anteriores. Portanto, é provável que ela tenha manifestações semelhantes a outras linhagens, incluindo febre alta, dor de garganta, tosse, dor de cabeça e dor no corpo, além de fadiga. A variante XEC é mais transmissível? Segundo a virologista Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, dados do exterior indicam que a XEC pode ser mais transmissível do que outras linhagens. No entanto, é importante avaliar seu comportamento no Brasil. “Em outros países, essa variante tem apresentado sinais de maior transmissibilidade, aumentando a circulação do vírus. É importante observar o que vai acontecer no Brasil.
O impacto da chegada dessa variante pode não ser o mesmo aqui porque a memória imunológica da população é diferente em cada país, devido às linhagens que já circularam no passado”, explica Resende, que também atua na Rede Genômica Fiocruz, em comunicado divulgado pela Fiocruz. A variante XEC é mais grave? A OMS não classificou a nova linhagem como uma variante preocupante. No entanto, ainda é muito cedo para fazer uma avaliação completa da gravidade da variante. “A forma como uma nova variante vai impactar uma população depende de uma série de fatores, como a taxa de vacinação da população, quais vacinas foram aplicadas e em qual período”, afirma Gouveia.
Vacinas atuais funcionam contra a XEC?
As vacinas atuais contra a Covid-19 oferecem proteção contra as subvariantes da Ômicron e, por isso, devem proteger contra a linhagem XEC. O infectologista William Schaffner, da Vanderbilt University Medical Center, no Tennessee, EUA, disse ao portal NewScientist que é esperado que os imunizantes mais atualizados contra o coronavírus protejam contra a nova variante. Gouveia também reforça que toda a população deve manter sua carteira vacinal atualizada, independentemente das variantes circulantes. A versão mais atualizada da vacina contra Covid-19, a SpikeVax, do laboratório Moderna, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é uma vacina monovalente que protege contra a variante XBB 1.5, um subtipo da Ômicron.
Possibilidade de cura
O presidente da CAS, senador Humberto Costa (PT-PE) também elogiou a proposta e disse que é impedimento para apurar indícios de fraudes e ou excluir os casos em que doenças identificadas como incuráveis possam vir a ter uma possibilidade de cura.
A necessidade da possibilidade de identificar as fraudes é algo fundamental. Não pode ser esse projeto ou essa lei algo que impeça essa possibilidade. A outra coisa é que algumas doenças marcham celeremente para o encontro de curar, não é? É o caso da imunodeficiência adquirida, a Aids, [que] caminha rapidamente, embora ainda experimentalmente. Já há alguns casos em que houve cura. Então sem eliminar essa possibilidade, o projeto é meritório, é importante — declarou Humberto Costa.
O Brasil poderá ter, nos próximos dias, a semana mais chuvosa registrada no País nos últimos seis meses, apontam as previsões da MetSul. O aumento das precipitações em grande parte do território nacional marca a mudança da temporada de seca, acentuada nas últimas semanas de inverno, para o início de dias mais úmidos e chuvosos, comuns na época da primavera.
Conforme a MetSul, esse período de precipitações poderá se estender por 10 dias e deverá cobrir a maior parte do País, com exceção de regiões do Nordeste. A previsão indica que os maiores acumulados se concentrarão nos Estados de Santa Catarina e Paraná, cujas cidades podem registrar um volume de chuvas superior ao de 100 mm.
“Muitas áreas podem ter acumulados perto e acima de 50 mm na soma dos próximos dez dias no Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Os maiores acumulados devem ocorrer na Região Sul, em particular em Santa Catarina e no Paraná, onde várias cidades podem somar nestes dez dias marcas de 100 mm a 200 mm”, diz a MetSul.
As precipitações, mais comuns em estados do Norte, Centro-Oeste e Sudeste neste período do ano, vão ajudar a trazer mais umidade e alívio ao calor recorde que atingiu algumas cidades do País nas últimas semanas. A última vez que Brasília e Belo Horizonte, por exemplo, tiveram chuvas acima de 1 mm foi em abril deste ano, informa a empresa.
Outro importante efeito provocado pelas precipitações é o de arrefecimento dos incêndios, que têm atingido diferentes municípios paulistas. Nos últimos meses, São Paulo registrou recorde de queimadas, conforme dados registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Apesar disso, as chuvas também poderão chegar na forma de temporais, alerta a Metsul, sobretudo em regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, que podem registrar quedas de granizo e vendavais isolados, e risco para alagamentos. Conforme a empresa, esse aumento de intensidade das chuvas será efeito de uma instabilidade que “se dará sob uma atmosfera aquecida que favorece convecção (movimento ascendente do ar)”.
Modelo da MetSul aponta para chuvas em quase todo o País nos próximos dias. Foto: MetSul/Reprodução
“A chuva forte a intensa acompanhando temporais localizados podem provocar mesmo alagamentos em algumas cidades, uma vez que as nuvens carregadas podem despejar grande quantidade de chuva em curto intervalo”, informa a MetSul.
A empresa alerta também para cidades de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal que, por conta da ausência de chuvas, poderão sofrer com nuvens de poeira levantadas pelas rajadas de vento – o que pode comprometer a visibilidade em alguns locais.
Previsão para São Paulo é de calor para esta terça
Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, (CGE), da Prefeitura de São Paulo, a mudança de temperatura deverá ocorrer na quarta-feira, 9. Para esta terça-feira, 8, a previsão ainda é de calor, tempo seco e com os termômetros podendo registrar 33ºC de máxima.
“Na quarta-feira, a propagação de uma frente fria ao largo do litoral paulista muda o tempo na região metropolitana”, diz o CGE. “O dia terá céu nublado, poucas aberturas de sol e potencial para chuva em forma de pancadas rápidas com até moderada intensidade entre o fim da tarde e a noite”, acrescenta. A previsão para quarta-feira para São Paulo é de 25°C, a máxima, e 17°C, a mínima.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou nesta quinta-feira (3) um plano de estratégia global para combate à dengue e outras arboviroses transmitidas por mosquitos da família Aedes.
O plano lista ações prioritárias para o controle de transmissão e recomendações para países afetados pelas doenças, listando cinco componentes essencias para o combate a uma epidemia.
O passo-a-passo listado pela OMS prevê o estabelecimento de uma coordenação de emergência, com liderança clara e coordenativa; a vigilância colaborativa, com o desenvolvimento e uso de ferramentas para detectar precocemente o início de um surto; proteção comunitária, estimulando o engajamento local com ações de prevenção e resposta; cuidado médico efetivo e progressivo, assegurando o acesso a tratamento adequado para prevenir mortes; e o acesso a medidas como vacinas e investimento em pesquisa para novos tratamentos das doenças.
A organização anunciou que o plano estratégico será implementado até setembro de 2025, com custo estimado de US$ 55 milhões (R$ 301 milhões).
Ao redor do globo, cerca de quatro bilhões de pessoas vivem com risco de infecção por arbovírus, um número que deve crescer para cinco bilhões até 2050. A OMS também alerta para o crescimento de casos de dengue, que já atigiram a marca mundial de 12 milhões até agosto deste ano -quase o dobro dos 6,5 milhões reportados ao longo de 2023.
O Brasil é o país mais afetado pela dengue, afirmou em junho a OMS. De acordo com o Ministério da Saúde, o número provável de casos da doença no Brasil em 2024 é de 6,5 milhões. O número de mortes até o começo de setembro bateu em 5.250, com outras 1.996 em investigação, número cinco vezes maior do que o registrado em 2023.
A pequena cidade dinamarquesa, Kalundborg, passou por uma transformação radical em sua economia e estilo de vida, impulsionada por um fator inesperado: a crescente demanda global por seus medicamentos para obesidade e diabetes, o Ozempic.
Nas modernas instalações da empresa farmacêutica Novo Nordisk, atualmente em expansão, é produzida a molécula semaglutida, o ingrediente ativo de dois medicamentos que estão revolucionando o mercado: Ozempic e Wegovy.
Esses fármacos mudaram o tratamento da obesidade e da diabetes tipo 2 e, simultaneamente, transformaram a Novo Nordisk na empresa mais valiosa da Europa.
Esse crescimento não só beneficiou a Novo Nordisk, mas também teve um impacto significativo na economia dinamarquesa.
Kalundborg, em especial, tornou-se um polo de emprego e desenvolvimento, atraindo milhares de trabalhadores e promovendo a prosperidade na região.
Entretanto, esse crescimento também traz desafios. A dependência econômica de uma única empresa levanta preocupações sobre a sustentabilidade a longo prazo e a necessidade de diversificar a economia nacional.
Como uma pequena cidade dinamarquesa conseguiu se tornar o centro de uma revolução médica e econômica? Quais são as implicações disso para a Dinamarca e para o resto do mundo?
O constante ruído da linha de produção permeia o ar em Hillerød, uma cidade nos arredores da capital dinamarquesa Copenhague, que também se beneficia da fabricação de medicamentos para diabetes e obesidade.
Dentro dessa instalação de alta tecnologia, são montadas canetas de injeção e preenchidas com pequenas cápsulas de vidro que contêm semaglutida.
Por quase um século, a Novo Nordisk foi a principal produtora de insulina do mundo.
Seu foco em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos para diabetes a colocou como líder no setor.
Emily Field, chefe de Pesquisa de Equidade Farmacêutica Europeia no banco britânico Barclays, explica à BBC: “O Ozempic está disponível para diabéticos desde 2017. No entanto, a corrida sem precedentes que observamos hoje começou apenas em 2021, com a aprovação de Wegovy, uma dose maior de semaglutida para o tratamento da obesidade”.
Os medicamentos tornaram-se um sucesso instantâneo, amplamente promovidos nas redes sociais e por celebridades que começaram a utilizá-los.
Ozempic estabeleceu-se como o tratamento para diabetes mais vendido do mundo. A Novo Nordisk destaca que deve ser usado e vendido somente com prescrição médica.
“A maioria dos analistas prevê um crescimento de receitas superior a 20% para a Novo Nordisk”, acrescenta Field.
“Esse crescimento sustentável é impressionante e reflete o impacto global de seus produtos”.
Na verdade, a Novo Nordisk cresceu quatro vezes mais rápido do que a média das empresas da União Europeia, o que demonstra seu sucesso inegável em comparação com outras companhias do continente.
“A alta cúpula da empresa não acreditava na semaglutida a princípio. Foi apenas graças à perseverança do diretor de pesquisa que se decidiu avançar com seu desenvolvimento entre 2005 e 2006”, diz à BBC Kurt Jacobsen, professor da Escola de Negócios de Copenhague e autor de um livro sobre a Novo Nordisk.
Jacobsen ressalta a magnitude do impacto: “É muito difícil subestimar a importância disso e o efeito que teve na Novo Nordisk como empresa. Não só está crescendo, mas se está transformando em uma nova companhia em novas áreas de negócios”.
Com apenas 17.000 habitantes, a cidade testemunhou a Novo Nordisk investir US$ 8,6 bilhões na expansão de sua planta local, transformando esta pequena vila em um centro crucial para a produção global de semaglutida.
Ao desembarcar do trem em Kalundborg, é possível ouvir tanto o canto dos pássaros quanto o barulho constante da construção. Enormes guindastes dominam o horizonte.
O prefeito de Kalundborg, Martin Damm, conversou com o programa Business Daily da BBC enquanto visitava o local e revelou o impacto que Ozempic teve sobre a população local.
“Temos uma taxa de crescimento de 26,88% em um ano. Há dez anos, tínhamos uma taxa de desemprego bastante alta. Agora, temos uma das mais baixas da ilha da Zelândia”, afirmou.
A expansão da planta atraiu milhares de trabalhadores da construção, gerando uma demanda sem precedentes por serviços locais.
“O proprietário do posto de gasolina próximo precisa preparar mais de 30 quilos de carne de porco todos os dias para fazer sanduíches para os trabalhadores”, comentou Damm.
Negócios como supermercados viram suas vendas aumentarem até cinco vezes em comparação ao que vendiam antes do “boom” da semaglutida.
O crescimento da Novo Nordisk também teve um impacto significativo na arrecadação de impostos em Kalundborg.
Em pouco mais de uma década, a receita fiscal aumentou dez vezes.
Isso permitiu reduzir os impostos locais seis vezes em dez anos e realizar investimentos em infraestrutura e serviços públicos.
A Novo Nordisk não está apenas transformando Kalundborg, mas também está impulsionando a economia dinamarquesa como um todo.
Em 2023, seus lucros dispararam para mais de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões), e seu valor de mercado ultrapassou US$ 600 bilhões (US$ 3,3 trilhões), tornando-a a maior empresa da Europa.
Las Olsen, economista-chefe do banco dinamarquês Danske Bank, diz à BBC: “No ano passado, a Dinamarca teve um crescimento do PIB de 1,9%. Sem a indústria farmacêutica, o crescimento teria sido exatamente 0%. O crescimento é realmente em grande parte graças à Novo Nordisk”.
Esse sucesso teve impactos diretos sobre a população dinamarquesa. Muitos cidadãos possuem ações da empresa, e a entrada de receitas em dólares resultou em taxas de juros mais baixas e hipotecas mais acessíveis.
“Atualmente, temos taxas de juros ligeiramente inferiores às da zona do euro, o que é um resultado muito direto de tudo isso”, ressalta Olsen.
A influência da Novo Nordisk é tão significativa que o governo dinamarquês começou a publicar estatísticas econômicas separadas que excluem o setor farmacêutico, buscando uma imagem mais precisa da economia nacional.
O crescimento meteórico da Novo Nordisk gerou comparações com o caso da Nokia na Finlândia, lembra Las Olsen, do Danske Bank.
“O tamanho da Novo Nordisk é comparável ao que a Nokia tinha na Finlândia em 2007-2008. Naquele período, houve um declínio acentuado nas fortunas da Nokia, e a Finlândia enfrentou uma fase muito difícil”, explica.
Quando a Nokia entrou em colapso, a Finlândia passou por uma crise econômica significativa, evidenciando os riscos de depender excessivamente de uma única empresa ou setor.
“Isso serve como um lembrete de que precisamos garantir que o restante da economia continue investindo em educação e infraestrutura para evitar riscos futuros”, destaca Olsen.
A preocupação reside no fato de que, embora a Novo Nordisk esteja impulsionando o crescimento atual, uma possível desaceleração ou problemas na empresa poderiam ter consequências graves na economia dinamarquesa.
Por isso, especialistas e autoridades ressaltam a importância de diversificar e fortalecer outros setores econômicos.
Segundo Mads Lundby Hansen, economista-chefe do think tank dinamarquês CEPOS, “embora o desempenho da Novo Nordisk seja impressionante, é fundamental não esquecer o outro 99% da economia. Devemos continuar investindo em educação e infraestrutura para manter uma economia resiliente”.
As ruas de Kalundborg hoje apresentam mais vida graças ao boom econômico que a população desfruta.
Apesar das preocupações, o otimismo é palpável em Kalundborg e em toda a Dinamarca.
A expansão da Novo Nordisk gerou empregos e estimulou investimentos em infraestrutura e educação.
Um novo centro educacional com laboratórios e cursos especializados em biotecnologia está em desenvolvimento, sendo financiado em grande parte pela fundação sem fins lucrativos da Novo Nordisk.
Andreas Verdoes, que abriu uma loja de roupas masculinas em Kalundborg há dois anos, diz à BBC que a cidade mudou graças à empresa.
“Todos aqui têm uma conexão com a Novo Nordisk. Há anos, todos saíam da cidade para obter educação. Agora, há mais jovens na cidade. Acredito que o futuro é brilhante”.
No entanto, há necessidades urgentes que precisam ser atendidas.
“Atualmente, precisamos de casas e apartamentos”, destaca Verdoes.
A construção de uma nova rodovia que conectará Kalundborg à capital e a construção de mais de 1.200 novas moradias visam atender a essa demanda crescente.
Enquanto isso, a comunidade de Kalundborg continua avançando, ciente de que o verdadeiro desafio será transformar esse impulso em um progresso duradouro que beneficie a todos.
Viviane Lira Monte, uma empresária de 24 anos, morreu após fazer seis cirurgias plásticas ao mesmo tempo em Sobral, no interior do Ceará. Ela passou por procedimentos na barriga, nos seios, nas costas, nos braços e nos glúteos.
A jovem morreu na última quinta-feira (26/9), após ter complicações e ficar internada. Ao portal g1, a família alega negligência médica, pois Viviane havia procurado outros médicos, que se recusaram a fazer as cirurgias de uma só vez. No entanto, um profissional acabou aceitando.
Um amigo da vítima disse que ela ficou internada por 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes de morrer. “Ela tinha esse interesse de fazer cirurgia plástica e andou procurando alguns médicos. Esse médico que ela encontrou fazia coisas que os outros médicos disseram que não seria possível fazer tudo junto. Ela fez muitos procedimentos ao mesmo tempo. Ela pesquisou alguns outros médicos, mas eles se recusaram a fazer tantos procedimentos”, disse Ayrton Alcântara.
Segundo ele, Viviane teria passado pelas seguintes cirurgias: mamoplastia redutora (redução de mama), lipoaspiração no abdômen, lipoaspiração nos braços, lipoaspiração nas costas, lipoaspiração no pescoço e lipoenxertia glútea. A cirurgia da jovem foi feita em 31 de agosto e ela foi liberada no dia seguinte, em 1º de setembro. No dia 2, Viviane começou a passar mal e o médico sugeriu que ela fosse levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Conforme relatado pela família ao G1, ele não estava mais na cidade.
O escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África informou que o novo surto do vírus Marburg em Ruanda, confirmado recentemente, já contabiliza 26 casos, com seis mortes. A maioria das vítimas fatais eram profissionais de saúde que atuavam em unidades de terapia intensiva, de acordo com o ministro da Saúde de Ruanda, Sabin Nsanzimana. Vinte pacientes estão em isolamento, e 161 pessoas que tiveram contato com os infectados estão sendo monitoradas.
O vírus Marburg, pertencente à mesma família do ebola, é conhecido por sua alta letalidade, com uma taxa de mortalidade que pode atingir até 88%. A infecção provoca febre hemorrágica com início abrupto, caracterizada por alta temperatura, dor de cabeça e mal-estar intenso. A maioria dos infectados desenvolve sintomas graves em até sete dias. Atualmente, não há vacinas ou tratamentos antivirais específicos, embora algumas drogas estejam em fase de testes.
A transmissão ocorre por meio de morcegos frugívoros, mas também pode se espalhar entre humanos pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. O vírus já causou surtos graves no passado, como na República Democrática do Congo e em Angola, que resultaram em centenas de mortes.
Nos últimos anos, surtos esporádicos foram registrados em países como Guiné Equatorial, Tanzânia, Quênia e Uganda, porém, de forma controlada. A OMS está implementando uma resposta rápida e coordenada para conter a propagação do vírus e ajudar Ruanda a controlar o surto de maneira eficaz.
Embora o vírus seja originário da África, ele foi descoberto pela primeira vez em laboratórios da Alemanha, nas cidades de Marburg e Frankfurt, em 1967, após funcionários entrarem em contato com tecidos de macacos infectados da Uganda. O Marburg é uma zoonose, doença transmitida de animais para humanos, semelhante ao HIV, Covid-19 e a mpox.
O Papa Francisco afirmou, nesta segunda-feira (29/9), que o aborto é um “homicídio”. “As mulheres têm o direito à vida: à sua própria vida e à vida de seus filhos. Não podemos esquecer de dizer isso: o aborto é um homicídio. A ciência diz que, no primeiro mês de concepção, todos os órgãos já estão formados… Assassina-se um ser humano”, disse. A fala do pontífice ocorreu em voo de retorno da Bélgica.
“E os médicos que fazem isso são — permita-me a palavra — sicários. São sicários. E sobre isso não se pode discutir. Assassina-se uma vida humana. E as mulheres têm o direito de proteger a vida. Outra coisa são os métodos anticoncepcionais, isso é outra questão. Não confundam. Estou falando agora apenas sobre o aborto. E sobre isso não há discussão. Desculpe-me, mas é a verdade”, acrescentou Francisco.
Além disso, o Papa comentou sobre outros temas, como por exemplo sobre casos de violência sexual na Igreja Católica. “Não há lugar para o abuso. Não há lugar para acobertar o abuso. Peço a todos: não acobertar os abusos. Peço aos bispos: não acobertar os abusos. Condenar os abusadores”, afirmou.
O pontífice ainda fez um apelo por cessar-fogo imediato no Líbano e em Gaza. “Faço um apelo a todas as partes para que cessem imediatamente o fogo no Líbano, em Gaza, no resto da Palestina, em Israel”, disse, ressaltando que “muitas pessoas continuam morrendo dia após dia no Oriente Médio”.
A Prefeitura de Goiânia deu início, no sábado (14/9), à Campanha de Vacinação Antirrábica 2024 e aplicou no primeiro dia 37.087 doses do imunizante em cães e gatos contra a raiva, uma doença viral de alta letalidade. A ação, organizada pela Saúde, foi realizada em 137 pontos espalhados pelos Distritos Sanitários Sul, Leste, Campinas/Centro e Norte.
Todas as sextas-feiras do mês de setembro, os tutores poderão vacinar seus animais na sede dos sete distritos sanitários da capital goiana.
A campanha tem como objetivo vacinar 143 mil animais, o que representa 80,13% da população estimada de cães e gatos em Goiânia. No primeiro dia de ação, 33.159 cães e 4.648 gatos foram imunizados. Para aqueles tutores que possuem mais de dez animais, a Prefeitura oferece a opção de agendar a vacinação em domicílio a partir de 21 de setembro. O agendamento pode ser feito pelos telefones 62 3524-3131, 3524-3129 (WhatsApp) e 3524-3130 (plantão).
Embora Goiânia não registre casos de raiva humana transmitida por cães desde 1999, e em cães, desde 2000, a vacinação regular permanece uma medida preventiva essencial para proteger tanto os animais quanto a população. A raiva é uma doença que afeta o sistema nervoso central e pode ser fatal tanto para os animais quanto para os seres humanos. Ela é transmitida por meio da saliva de animais infectados, principalmente através de mordidas, arranhões ou lambidas.
Nos cães e gatos, o vírus pode ser transmitido pela saliva até cinco dias antes do surgimento dos sintomas, que incluem mudanças de comportamento, salivação excessiva, dificuldade para engolir, agressividade e, em estágios mais avançados, paralisia. Após o início dos sintomas, a morte geralmente ocorre em até uma semana. Já em humanos, o período de incubação varia, mas, em média, dura cerca de 45 dias, tornando a vacinação de animais um fator crucial para impedir a disseminação da doença.
A vacina é gratuita e está disponível para cães e gatos com mais de três meses de idade. No entanto, animais que estejam doentes ou em tratamento com antibióticos ou anti-inflamatórios não devem ser vacinados. Os tutores são orientados a observar o estado de saúde de seus pets antes de levá-los aos postos de vacinação.
Para mais informações sobre os pontos de vacinação e os horários de atendimento, os tutores podem acessar o site oficial da Saúde: https://saude.goiania.go.gov.br/_servicos/vacinas/campanha-de-vacinacao-antirrabica-2024/.