sexta-feira, novembro 22, 2024
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No dia da reunião com Lula, Maduro vai anunciar “acordo nacional” sobre eleições

Com chancela do PT e PCdoB, Foro de São Paulo apoia partido de Maduro e defende pleito

A Autoridade Eleitoral Venezuelana vai receber nesta sexta-feira (1º) um documento do parlamento do país assinado por dezenas de partidos no qual serão sugeridas 27 datas para o pleito.

Redigido por um grupo batizado como “Mesa de Diálogo Nacional”, o Acordo Nacional Sobre Princípios Gerais e Garantias Eleitorais será protocolado no mesmo dia da reunião entre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo relatos feitos à CNN por auxiliares diretos do petista, Lula pretende falar com Maduro sobre a importância de se fixar uma data para as eleições presidenciais na Venezuela ainda em 2024, conforme estabelecido pelo Acordo de Barbados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se encontrar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, à margem da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, que ocorrerá nesta sexta-feira (1º), em São Vicente e Granadinas. O acordo, celebrado em outubro do ano passado, prevê a realização de eleições transparentes e a libertação de oposicionistas presos. Em troca, os Estados Unidos suspenderam parcialmente suas sanções econômicas contra a Venezuela.

O acordo assinado por diversos partidos venezuelanos ignora a perseguição de Maduro a oposicionistas, prega a defesa da “soberania nacional”, defende a “integridade territorial” do país com a Guiana Essequiba e rechaça o “paralelismo institucional promovido por movimentos antidemocráticos”.

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“Há problemas, mas a Venezuela não abandonou o Acordo de Barbados. Eles estão fazendo uma negociação interna. Maduro vai argumentar com Lula que o acordo precisava de uma negociação interna, que foi feita agora”, disse à CNN Ana Prestes, secretária de Relações Internacionais do PCdoB e integrante do Foro de São Paulo.

A dirigente disse que respeita o processo interno da Venezuela e que o caso de Maria Corina Machado, líder da oposição na Venezuela que teve a candidatura para as eleições presidenciais no país barrada pelo Supremo Tribunal local em 26 de janeiro, é anterior ao acordo. “Esse caso já estava em curso na Justiça. O que existe na Venezuela é uma guerra de informações. Há uma disposição ao diálogo e ao debate”, disse Prestes.

Segundo o documento obtido pela CNN, a data mais próxima para a eleição é 1° de maio e a mais distante em 8 de dezembro.

CNN

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