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Por que os dólares estão indo embora?

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As incertezas fiscais do País, o aumento da remessa de lucro das multinacionais para suas matrizes e a aversão dos investidores ao risco têm mais tirado do que trazido dólares da economia brasileira. Pelos cálculos do Banco Central (BC), as contas externas registraram um saldo negativo em abril, atingindo US$ 2,516 bilhões. No mesmo mês de 2023, o déficit nas transações correntes, que incluem a compra e venda de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países, foi de US$ 247 milhões.

• A deterioração anual é atribuída também à redução do superávit comercial, que diminuiu US$ 578 milhões. Ou seja, o Brasil está aumentando as importações em uma velocidade maior do que as exportações.

• Contribuindo para o déficit nas transações correntes, os déficits em serviços e renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) aumentaram em US$ 844 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente.

 Por outro lado, a renda secundária passou de déficit para superávit, com uma variação de US$ 249 milhões.

No período de 12 meses encerrados em abril, o déficit nas transações correntes foi de US$ 35,271 bilhões, representando 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB), comparado ao saldo negativo de US$ 33,002 bilhões (1,48% do PIB) no mês anterior. Em relação ao mesmo período encerrado em abril de 2023, houve uma redução significativa, quando o déficit foi de US$ 50,646 bilhões (2,52% do PIB).

Segundo Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, as transações correntes apresentavam uma tendência robusta de redução dos déficits nos últimos 12 meses, que se inverteu a partir de março. Ele destacou que o déficit externo é baixo para os padrões da economia brasileira e é financiado por capitais de longo prazo, principalmente por investimentos diretos no País, que são fluxos de boa qualidade. “Com isso, temos as condições de financiamento da economia brasileira”, afirmou.

Os dados de Investimento Direto no País (IDP) em abril somaram US$ 3,867 bilhões, um aumento de 26% em relação aos US$ 3,059 bilhões de abril de 2023. No acumulado de janeiro a abril de 2024, o déficit nas transações correntes foi de US$ 17,310 bilhões, contra um saldo negativo de US$ 12,867 bilhões no primeiro quadrimestre de 2023.

As exportações de bens totalizaram US$ 31,356 bilhões em abril, um aumento de 11,7% em relação aos US$ 28,074 bilhões no mesmo mês de 2023. As importações somaram US$ 24,558 bilhões, com uma elevação de 18,6% em comparação a abril do ano anterior, quando foram US$ 20,699 bilhões.

Sobre as importações, que reduziram o superávit comercial, Rocha explicou que o aumento na quantidade de bens importados foi impulsionado por criptoativos, que são caracterizados como bens e contabilizados na balança comercial. Em abril, foram importados US$ 1,7 bilhão em criptomoedas, um aumento significativo em relação aos US$ 763 milhões registrados em abril de 2023.

Em abril:

27%

Foi alta do déficit para serviços

12%

Foi o avanço das vendas externas

18%

Foi a alta na importatção de bens

De acordo com Rocha, a popularização desses ativos justifica o aumento. “Embora criptoativos não sejam mais uma novidade, ainda estão ganhando mercado”, disse. “Com o tempo, as pessoas estão aprendendo mais sobre como usar criptomoedas, sobre as transações que podem fazer, novos serviços surgem, e há mais formas de investimento”, acrescentou.

(Divulgação)
© Fornecido por IstoÉ Dinheiro

Com esses resultados, a balança comercial fechou com um superávit de US$ 6,798 bilhões no mês passado, ante um saldo positivo de US$ 7,376 bilhões no mesmo período de 2023. “A soma de exportações e importações dá dimensão da abertura comercial brasileira. É a maior corrente de comércio registrada”, destacou Rocha.

SERVIÇOS

O déficit na conta de serviços —que inclui viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros – somou US$ 3,985 bilhões em abril, comparado aos US$ 3,142 bilhões no mesmo mês de 2023, um crescimento de 26,9%. Segundo Rocha, o déficit em serviços vem aumentando este ano e, no mês passado, foi o principal responsável pelo aumento do déficit das transações correntes.

Ele acrescentou que a conta de serviços está se diversificando; enquanto despesas com transporte e viagens internacionais tradicionalmente predominavam, nos últimos meses, rubricas associadas a serviços digitais, operações por plataformas e pagamento de licenças de softwares têm ganhado importância, embora ainda menores em comparação ao transporte.

Na comparação anual, a maior alta na conta foi no déficit em serviços de propriedade intelectual, que cresceram 175%, somando US$ 889 milhões. Esses números afetaram também as reservas internacionais do País. O estoque atingiu US$ 351,599 bilhões em abril, uma queda de US$ 3,409 bilhões em comparação ao mês anterior.

IstoÉ Dinheiro

A nova arma da Ucrânia que pode ser devastadora para a Rússia

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A Ucrânia está a equipar alguns de seus drones marítimos com múltiplos sistemas de lançamento de foguetes.

“O uso de drones de combate navais é um novo marco na história das batalhas navais”, começou dizendo Vasyl Maliuk, chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, durante o evento United24.

“Mas fomos muito mais longe e, hoje, estamos a adaptar, com sucesso, vários tipos de armas aos nossos drones”, acrescentou Maliuk, sem dar mais detalhes.No entanto, Maliuk confirmou que se trata dos drones marítimos Sea Baby. Estes veículos passaram a ter a capacidade de disparar sistemas de lançamento múltiplo de foguetes Grad, desde dezembro de 2023.

A partir de imagens recentes, parece ser que os drones Sea Baby equipados  apresentam uma configuração de 6 tubos de lançamento, em sua parte superior. O Defense Blog observou que seriam foguetes de 122 mm.

Crédito da foto: Serviço de Segurança da Ucrânia

Segundo o Defense Blog, também houve relatos recentes de que estes drones especiais foram usados para atacar posições russas em Kinburn Spit, uma área no Oblast de Kherson, atualmente sob ocupação.

Os drones Sea Baby apareceram, pela primeira vez, em alto mar, em 2022, depois que o presidente Volodymyr Zelensky deu à SSU a tarefa de acabar com o domínio da Rússia no Mar Negro, para que os grãos ucranianos pudessem fluir livremente.

Zelensky queria criar condições operacionais que permitissem aos ucranianos transportar os seus cereais através de um corredor proposto no Mar Negro. Foi uma missão que a SSU conseguiu cumprir, com a ajuda dos Sea Baby.

Maliuk explicou que, juntas, as três forças acumularam vários troféus de guerra, mas apontou especificamente que a SSU atingiu onze navios inimigos. O drone marinho Sea Baby, provavelmente, foi fundamental em muitos desses ataques.

Os drones Sea Baby, equipados com múltiplos sistemas de lançamento de foguetes, permitirão que a SSU e outros serviços que operam no Mar Negro alcancem um número ainda maior de alvos, de acordo com Maliuk.

O United24 revelou alguns dos aspectos mais importantes do Sea Baby. Por exemplo, o casco do drone é feito de material que não pode ser detectado pelo radar e consegue viajar até 1.000 quilômetros.

O Sea Baby pode acelerar até 90 quilômetros por hora, custa cerca de US$ 221 mil para ser produzido e pode transportar 850 quilos de explosivos. Portanto, tem um impacto poderoso.

“Nosso Sea Baby não é apenas um drone, mas uma plataforma multifuncional que está a ser constantemente aprimorada”, explicou uma fonte não identificada à Newsweek. “O inimigo terá novas surpresas”, acrescentou. Isto foi algo que Maliuk também prometeu.

“Há muitas, muitas surpresas pela frente. Acredite, a SSU e todas as Forças de Defesa não irão decepcionar. Temos que avançar juntos de forma dinâmica para a vitória, porque a nossa força está na unidade”, explicou Maliuk.

Em maio de 2024, começaram a surgir relatórios russos e ucranianos sugerindo que os drones de superfície marítima da Ucrânia também foram equipados com mísseis antiaéreos R-73 da era soviética, de acordo com a Newsweek. No entanto, não está claro se o Sea Baby tem essa capacidade.

De acordo com o The Washington Post, o bloqueio russo vem tornando ineficazes algumas armas que os Estados Unidos enviaram para Kiev. Por exemplo, as taxas de sucesso do projétil M982 Excalibur sofreram um declínio acentuado após ser introduzido no campo de batalha.

De acordo com documentos obtidos pelo The Washington Post, os projéteis Excalibur atingiram o alvo menos de 10% das vezes, o que pode ser o motivo de Kiev ter abandonado seu uso, no ano passado.

Diante da situação, os Estados Unidos deixaram de enviar projéteis Excalibur para a Ucrânia. As Munições Conjuntas de Ataque Direto, mais comumente referidas pela sua abreviatura JDAMs, são outro exemplo de uma arma dos EUA que provou ter perdido algumas das suas capacidades na Ucrânia.

O Washington Post informou que estas bombas lançadas do ar foram uma surpresa para a Rússia, mas que, após algumas semanas, a sua taxa de sucesso caiu. No entanto, o feedback da Ucrânia ajudou os fabricantes de armas a melhorar as bombas.

Assim, os sistemas de orientação das bombas JDAM tornaram-se mais resistentes ao bloqueio das forças russas. A correção funcionou bem até que as contramedidas foram aumentadas e as taxas de sucesso (60%) caíram para o nível mais baixo de todos os tempos, em julho de 2023.

Conheça a bomba de pequeno diâmetro GBU-39
Crédito da foto: Wiki Commons por Master Sgt. Lance Cheung, domínio público

The Daily Digest

PRF reforça a fiscalização durante o feriado de Corpus Christi

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Começa nesta quinta-feira, 29, e vai até domingo, 2, a Operação Corpus Christi da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante esse período, a PRF reforçará a fiscalização das ultrapassagens proibidas, uma vez que as rodovias ficam mais movimentadas devido ao intenso tráfego de viajantes.

Na Operação Corpus Christi de 2023, foram constatadas o número alarmante de 322 ultrapassagens indevidas em Goiás. Além disso, ocorreram 35 acidentes, resultando em 31 feridos e 5 mortes. Foram mais de 2060 autuações e 2350 imagens de radar registradas.

A PRF faz as seguintes recomendações para quem vai viajar no feriado:

Ultrapasse outros veículos apenas em locais permitidos;

Respeite a sinalização de trânsito;

Descanse antes de iniciar a viagem;

Não consuma álcool antes de dirigir;

 

Confira as condições do veículo antes da viagem;

Respeite os limites de velocidade;

Verifique as condições meteorológicas.

O objetivo da PRF é coibir manobras irregulares e reduzir acidentes e mortes resultantes de ultrapassagens forçadas, especialmente em trechos de rodovias com faixas contínuas, sobre pontes, pelo acostamento, entre outras condutas que representem riscos aos ocupantes dos demais veículos.

Proposta para reformar Previdência dos militares coloca comandantes das Forças Armadas em alerta

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A proposta do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, de que novas mudanças nas regras da Previdência Social comecem pelos militares, colocou a cúpula das Forças Armadas em alerta.

Assuntos relacionados a alterações na remuneração de militares inativos são considerados sensíveis e motivo de preocupação no comando. Os militares temem ser alvos prioritários no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em mudanças no SPSMFA (Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas), o conjunto de direitos que possuem, por lei, para garantia de remuneração, pensão, saúde e assistência tanto na ativa quanto na inatividade.

Na última reunião do Alto Comando do Exército, de 13 a 17 de maio, os generais mais graduados já haviam decidido que o Sistema de Proteção Social dos militares merecia vigilância constante. O tema entrou no radar após Dantas, em entrevista à Folha, apresentar um roteiro de medidas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para evitar o estrangulamento das contas do governo devido ao aumento das despesas obrigatórias. A proposta inclui mudanças na Previdência dos militares e servidores civis, além da desvinculação do salário mínimo de alguns benefícios previdenciários.

Com tabelas elaboradas pela auditoria do tribunal, Dantas alertou para a desproporção entre os déficits das contas da Previdência de diferentes grupos. Enquanto o déficit per capita (por beneficiário) do setor privado, no INSS, é de R$ 9,4 mil e o dos servidores civis chega a R$ 69 mil, nas contas dos militares esse valor é significativamente maior, alcançando R$ 159 mil.

A entrevista, publicada três dias após a reunião do Alto Comando do Exército, reforçou a desconfiança dos militares. Um requerimento convidando o presidente do TCU para prestar esclarecimentos sobre mudanças na Previdência dos militares foi apresentado pelo deputado federal Sargento Portugal (Pode-RJ) à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.

No governo Lula, o tema dos militares é tratado com cautela nos bastidores, mas encontra defensores no Palácio do Planalto e na área econômica. Isso porque a lei aprovada em 2019, que reestruturou a carreira dos militares após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência, não é considerada uma reforma efetiva.

O mesmo diagnóstico foi compartilhado pelo presidente do TCU. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tenta acalmar os ânimos para evitar que a demanda por uma reformulação da carreira militar ganhe força. Segundo interlocutores do ministro, ele pretende se encontrar com Bruno Dantas nos próximos dias para explicar a posição dos militares e defender que o tema está pacificado.

A lei aprovada em 2019 para os militares aumentou o tempo de serviço de 30 para 35 anos e estabeleceu que oficiais e praças da reserva e pensionistas devem contribuir com a pensão militar até a morte. Os cálculos indicam uma redução de R$ 10 bilhões em uma década após a aprovação do texto.

Adicionalmente, as Forças Armadas criaram planos para redução de efetivo, com o objetivo de diminuir em 10% o tamanho das tropas. Com a mesma lei, no entanto, os militares conseguiram outros benefícios, como aumentos na remuneração ao elevar percentuais de aumento salarial por cursos concluídos, além de passarem a receber o dobro do valor estabelecido como ajuda de custo ao passarem à reserva.

Com a reforma, os militares recebem —como ajuda de custo— oito vezes o salário do último posto quando deixam o serviço ativo. No caso de generais, o valor chega a R$ 300 mil. Um exemplo citado é o fato de o comandante do Exército, general Tomás Paiva, ter recebido R$ 770 mil ao ir para a reserva, composto por ajudas de custos e indenizações pecuniárias adquiridas ao longo de 42 anos de serviço.

Conforme reportagem da Folha, os benefícios servem como forma de inflar as remunerações dos oficiais. Como a verba é calculada com base no salário dos militares, os ganhos são mais significativos para oficiais do que para praças, que reclamam das diferenças nos valores.

Generais avaliam que, nos últimos anos, os militares sofreram uma série de retrocessos em seus direitos. Salários sem reajustes e sistema de saúde prejudicado pela falta de orçamento são duas reclamações crescentes no Exército.

Procurado pela Folha, o Ministério da Defesa disse não conhecer os critérios utilizados no cálculo dos números citados pelo presidente do TCU. No entanto, em nota, destacou que a reforma realizada em 2019 visa equilibrar as contas em dez anos, com a contribuição de militares, inativos e pensionistas, a exclusão do período de treinamento e o período mínimo necessário na ativa, de 30 para 35 anos.

O Exército tem um general ligado à Secretaria de Economia e Finanças, responsável por acompanhar as discussões sobre o sistema de proteção dos militares e antecipar o lobby contra eventuais mudanças. Oficiais informaram à Folha, sob condição de anonimato, que a função é importante para evitar “maldade”. Na visão dessas fontes, a remuneração de militares inativos é discutida em todos os governos, com foco na redução de direitos.

Um acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) de 2022 estabeleceu que o sistema de proteção dos militares não é um regime previdenciário. Portanto, é responsabilidade do Tesouro Nacional pagar pensões e salários aos militares da reserva. Por isso, os oficiais dizem que não faz sentido falar em déficit previdenciário dos militares, se as remunerações dos fardados da reserva não estão contabilizadas no Orçamento de Seguridade Social.

Membros da cúpula das Forças Armadas também defendem que os benefícios na inatividade, como a aposentadoria integral e menos tempo de serviço, foram criados para compensar uma série de direitos que os militares não têm, como horas extras, adicional noturno e limites diários de trabalho.

A discussão iniciada pelo presidente do TCU surge na esteira da pressão que o governo Lula está sofrendo para apresentar medidas de corte de despesas, visando garantir a sustentabilidade do novo arcabouço fiscal nos próximos anos. Entre essas medidas de revisão de gastos, está a desvinculação do salário mínimo e a mudança nos pisos constitucionais que estabelecem a aplicação mínima de verbas na saúde e educação.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, liderou o debate publicamente, mas o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem alimentado a discussão, embora de forma discreta em público.

Na semana passada, durante um debate na Câmara, o ministro defendeu que as vinculações orçamentárias previstas na Constituição podem ser reformuladas para uma regra melhor.

TerraBrasilNotícias

 

Projeto Blue Beam e o plano de dominação mundial

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Não é tão incomum assim nos depararmos com histórias estranhas de visualizações ou contatos com seres alienígenas ou aparições místicas e religiosas ao redor do mundo. Ainda que, cientificamente, nada tenha sido comprovado, relatos de gente que viu extraterrestres, santos e divindades ou luzes misteriosas nos céus continuam a aparecer, ainda mais com a velocidade das informações da internet. Para algumas pessoas, tudo isso estaria interligado.

O projeto Blue Beam (Raio Azul, em inglês) é uma teoria extremamente controversa que tem força entre conspiracionistas há décadas. A conspiração defende que a Nova Ordem Mundial irá utilizar uma avançada tecnologia de hologramas para criar falsos alertas de invasões alienígenas ou de um despertar religioso de grandeza mundial a fim de garantir a submissão das massas. Diante do cenário caótico, a população mundial iria aceitar um novo governo e uma nova religião que garantiria a dominação da civilização humana por meio da manipulação.

As primeiras defesas da teoria foram apresentadas em 1994 pelo jornalista e conspiracionista Serge Monast, de Quebec (Canadá), e depois publicadas em um livro. Os defensores da teoria defendem que Monast e outro jornalista – que morreram de ataque cardíaco em 1996 –, na verdade foram assassinados por terem descoberto o plano. Além disso, o governo canadense teria sequestrado a filha do teórico para tentar convencê-lo a abandonar a investigação.

Aparentemente, o projeto Blue Beam deveria ter sido implantado em 1983, segundo a teoria, mas isso nunca aconteceu. Então, ele foi reagendado para 1995 e, mais tarde, para 1996. Monast acreditava que o Blue Beam já seria um sucesso por volta do ano 2000.

A teoriaA morte de Serge Monast impediu que sua teoria se espalhasse com mais força pelo mundo na forma de materiais oficiais publicados em inglês, mas não deixou de garantir uma base estruturada que permitisse sua sobrevivência décadas depois. Atualmente, a teoria é extremamente popular na internet – considerando o cenário das teorias da conspiração –, com vários sites dedicados ao tema e uma infinidade de vídeos no YouTube.

O material original, no entanto, é bem escasso. O que existe de publicado defende que o objetivo do projeto Blue Beam é instalar uma Nova Era por meio de uma religião global. O conceito de apresentar a religião como forma de controle não é nada novo, mas a existência de religiões múltiplas, cultos dissidentes e ateístas sugerem que controlar toda a população a partir de uma única religião não é algo fácil.

Tentativas de estabelecer isso no passado, como a Inquisição, utilizaram de autoritarismo e funcionaram em apenas uma parte do mundo. A teoria de Monast, no entanto, sugere a utilização de tecnologia avançada capaz de enganar as pessoas. Para isso, o plano supõe que ninguém poderia perceber a realização do truque, o que é algo extremamente contestado por quem desacredita a teoria.

Etapas

De acordo com Monast, a implementação do Blue Beam deveria passar por quatro etapas. Na primeira delas, haveria a dissolução das maiores religiões do mundo, especificamente a partir da negação de doutrinas do cristianismo e do islamismo. Falsas descobertas arqueológicas seriam anunciadas para “finalmente explicar às pessoas o erro fundamentais das doutrinas religiosas.”

O segundo passo envolve um gigantesco “show espacial” com projeções holográficas em três dimensões sobre todo o planeta. As projeções iriam tomar a forma de divindades predominantes em cada região, falando em todas as línguas. Ao final do show de luzes, os deuses se uniriam na forma de um só deus: o Anticristo. Nessa etapa, a união dos hologramas criaria um caos que destruiria as ordens religiosas como conhecemos, “liberando milhões de fanáticos religiosos numa escala nunca vista antes.”

Para a terceira etapa, começaria um processo de comunicação eletrônica e telepática de duas vias. O processo envolvei fazer as pessoas acreditarem que um deus está se comunicando com elas por meio de telepatia. A informação seria projetada nas mentes individuais a partir de ondas de rádio de frequência extremamente baixa.

O quarto e último passo deveria ser dividido em três etapas. Primeiramente, seria preciso fazer a humanidade acreditar que uma invasão alienígena iria tomar as principais cidades do mundo e os cristãos deveriam acreditar que o arrebatamento estaria próximo. Depois, uma mistura de forças eletrônicas e sobrenaturais iria se instalar em todos os equipamentos eletrônicos e criaria um caos mundial. Nesse momento, as pessoas finalmente estariam prontas para aceitar – ou até pedir de forma desesperada – a Nova Ordem Mundial.

Ainda que o cenário pareça fantasioso demais para muitos, é defendido por conspiracionistas com garra. E você, acredita que isso tudo pode ser real? Será que realmente seremos vítimas de um plano que irá nos controlar de forma tão brutal? Apresente sua opinião nos comentários para discutir o tema tão polêmico!

Fonte: Fatos Desconhecidos

PMO: condição neurológica rara faz com que rostos pareçam distorcidos

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Por um acaso e infelicidade da natureza, algumas pessoas desenvolvem síndromes e condições tão bizarras que são dignas de ficção. Um desses exemplos é a prosopometamorfopsia, ou PMO.

Imagine acordar um dia, olhar para a sua mãe, pai ou colega de quarto e se deparar com uma face assustadora. Cantos da boca e dos olhos puxados para trás, as orelhas pontiagudas e sulcos profundos na testa, compondo um rosto diabólico. Foi o que aconteceu há três anos com Victor Sharrah, um paciente de 59 anos com a condição.

O rosto da pessoa na verdade está normal. O problema está na percepção de quem olha. Conhecida também como “Síndrome da Face Demoníaca”, a doença causa distorções nos rostos observados. A condição é rara: desde de 1904, quando passou a ser registrada, só descobrimos 100 casos em todo o mundo.

Pela primeira vez, um grupo de pesquisadores conseguiu representar através de fotos digitais de como seria o rosto para as pessoas com PMO. Com o relato de Victor Sharrah, os pesquisadores usaram programas de edição para manipular fotos até que elas se assemelhassem à forma como Victor enxerga as pessoas.

E isso só foi possível porque a doença tem um fator ainda mais bizarro: a prosopometamorfopsia só acontece quando a pessoa com a condição vê o rosto da outra pessoalmente. Quando o paciente vê imagens da pessoa através de fotografias ou computador, o rosto aparece de forma normal.

Os pesquisadores colocaram Sharrah em uma mesma sala com outra pessoa, e com uma foto daquela pessoa.

Ele, então, descrevia as diferenças entre a imagem e a pessoa, e os pesquisadores editaram a foto até ela ficar da forma como Sharrah estava descrevendo.

É importante ressaltar que a descrição feita por Sharrah é específica dele. Quando se trata da prosopometamorfopsia, os sintomas não são os mesmos entre os pacientes, com cada pessoa enxergando deformações diferentes. Umas podem ver rostos caídos, descoloridos ou até mesmo com outro tipo de textura.

Em entrevista à Science News, Jason Barton, neurologista da Universidade da Colúmbia Britânica no Canadá que não estava envolvido no estudo, diz que as imagens ajudam as pessoas a pelo menos terem uma noção de como é viver com uma condição dessas. Isso porque a PMO muitas vezes é confundida com outros tipos de condições mentais, como esquizofrenia ou psicose.

“Já ouvimos de várias pessoas com PMO que foram diagnosticadas por psiquiatras como tendo esquizofrenia e colocadas a tomar antipsicóticos, quando sua condição é um problema com o sistema visual”, conta ao EurekAlert! Brad Duchaine, professor de psicologia e ciências do cérebro da Faculdade de Dartmouth e um dos autores do estudo.

“E não é incomum que as pessoas que têm PMO não contem aos

sobre o seu problema com a percepção facial porque temem que os outros pensem que as distorções são um sinal de um distúrbio psiquiátrico. É um problema que muitas vezes as pessoas não entendem”, completa Duchaine.

Os pesquisadores ainda não sabem ao certo o que causa a PMO, mas acredita-se que ela esteja ligada a partes do cérebro responsáveis pelo processamento de reconhecimento facial. Enquanto alguns desenvolveram a doença depois de algum tipo de trauma na cabeça, outros a apresentaram de forma espontânea, sem nenhum tipo de incidente.

Sharrah, por exemplo, acredita que a condição possa ter surgido depois de um episódio de intoxicação por monóxido de carbono ou após um grave acidente em que ele bateu a cabeça no chão.

Em alguns casos, os sintomas da PMO podem sumir depois de alguns dias ou semanas. Em outros, como no caso de Sharrah, eles podem persistir por um bom tempo.

Para ele, o problema só melhorou após um tratamento. Quando a luz é ajustada para um determinado tom de verde, ele consegue enxergar os rostos como eles são normalmente. Assim, tal como o Ciclope dos X-Men, ele passou a usar um par de óculos com uma tonalidade diferente (no caso dele, verde).

fONTE: SUPERINTERESSANTE

Jaques Wagner diz que Lula quer melhorar ‘organização’ do governo após derrota em veto

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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta quarta-feira, 29, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma melhora na “organização” das conversas de articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, após deputados e senadores derrubarem uma série de vetos do petista.

Em sessão conjunta nesta terça-feira, 28, Câmara e Senado decidiram rejeitar os vetos presidenciais à chamada “saidinha” de presos do regime semiaberto para ver familiares e à proibição de uso de recursos públicos para promover, por exemplo, ações contra a chamada “família tradicional”, uma pauta cara ao bolsonarismo.

Mesmo assim, Wagner considera que o governo saiu vitorioso ao conseguir manter o veto ao calendário de pagamento de emendas impositivas (obrigatórias) que tornaria o Orçamento da União ainda mais engessado. O Executivo conseguiu fechar um acordo com os parlamentares após acelerar a liberação desses recursos, cruciais para irrigar bases eleitorais de deputados e senadores em ano de disputa por prefeituras.

“Acabei de sair da sala dele (Lula). Ele está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 (anos), já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu. Então, não assusta isso”, afirmou o líder do governo, a jornalistas. “O balanço é de que a gente precisa melhorar a nossa organização nesse processo de governo e Legislativo”, emendou.

De acordo com Jaques Wagner, melhorar a organização do governo envolverá uma “sistemática de acompanhamento mais próxima” do Congresso. Quando houver uma sessão de vetos, os articuladores do governo terão de se reunir uma semana antes e debater os acordos, exemplificou. “É preciso um afinamento melhor para que o que aconteceu aqui (Congresso) seja totalmente absorvido lá (Planalto).”

Como mostrou a Coluna do Estadão, o líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), entrou na mira do PT, que atribuiu ao senador a culpa pela derrota na sessão de vetos. Líderes da Câmara costumam reclamar que Randolfe não os procura para negociar as pautas prioritárias de Lula.

A manutenção do veto à “saidinha”, por exemplo, chegou a ser tratada como “questão de honra” no governo, mas a articulação não funcionou, mesmo com apelos à bancada evangélica e envolvimento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na tentativa de convencimento dos parlamentares.

“Todos sabemos que matéria econômica tramita de um jeito e matéria que eu vou chamar, genericamente, de costumes, tramita de outro. Qual é a base? Depende do tema”, minimizou Jaques Wagner.

“Estamos em um período em que a política não é mais a política que a gente conhecia, de oito, dez anos atrás. A política está totalmente bipolarizada, fanatizada e alguns já estão em campanha eleitoral para 2026, seja no Senado, seja para a Presidência da República”, emendou o líder do governo.

Jaques Wagner disse que a defesa que Lula fez da “saidinha” para os presos verem os familiares tem relação com o tempo em que o presidente ficou detido em Curitiba, entre 2018 e 2019, após condenações da Operação Lava Jato que foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“O próprio presidente, é bom lembrar – e ele é ser humano, não é feito de aço -, já na sua vida recente, passou por algo semelhante, quando lhe foi vetada a hipótese de ele ir ao enterro do irmão. E, depois, foi no enterro do neto parecendo um terrorista de alta periculosidade. Achar que esse ser humano não tem sensibilidade para isso é pedir, na minha opinião, um pouco demais”, disse o líder.

“Ele fez consciente o veto. A derrubada do veto, ok, não é uma questão programática para a gente, como a questão da Lei de Segurança Nacional não é programática para a gente, era uma questão mais partidária. O que era essencial para nós, foi mantido, as questões orçamentárias”, acrescentou Wagner.

ESTADÃO

Corpo é encontrado no Córrego Botafogo

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Um corpo foi encontrado boiando embaixo da ponte da Avenida Leste Oeste, no Setor Central, em Goiânia, na manhã desta quarta-feira, 29. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada, mas no entanto, a vítima já estava morta.


		Corpo é encontrado no Córrego Botafogo
— Divulgação: CBMGO

 

Ao chegarem no local, os bombeiros confirmaram a informação e iniciaram o processo de resgate do corpo, que já se encontrava sem sinais vitais. Ainda não se sabe a causa da morte.

Após a retirada do corpo do córrego, as autoridades policiais presentes na ocorrência, que já aguardavam o CBMGO, assumiram o caso. A Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) foi acionada para iniciar a investigação das circunstâncias da morte e identificar a vítima.

DM

Pré-candidato a vereador é suspeito de tentativa de feminicídio em salão de beleza

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Um pré-candidato a vereador de 35 anos é suspeito de feminicídio por tentar executar uma jovem de 19 anos dentro de um salão de beleza em Goiatuba. O caso foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

As imagens mostram o momento em que o homem, por volta das 8h30, estaciona o carro na porta do salão, desce e entra no local. A vítima, cliente do estabelecimento, aguardava para ser atendida quando o homem se aproxima e pede para conversar com ela. Logo em seguida, ela é chamada para o atendimento por uma funcionária do salão.

Ao se dirigir para a cadeira, o suspeito avança contra a jovem e dispara duas vezes, acertando-a nas costas. A vítima cai no chão imediatamente.

Socorrida em estado grave pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), a jovem foi levada para o Hospital Municipal. Já o homem fugiu do local e ainda não foi localizado.

Testemunhas relataram à polícia que a jovem já havia sido ameaçada e até agredida pelo suspeito anteriormente, com tapas e empurrões. Ainda não há confirmação de que os dois tivessem um relacionamento.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca identificar e prender o suspeito. A motivação do crime ainda é desconhecida.

Após algumas diligências, equipe da Polícia Civil localizou o veículo utilizado pelo autor, o qual foi abandonado no setor Bouganville, em Goiatuba. O autor teria fugido com o auxílio de um advogado.

Após várias diligências, o agressor foi encontrado na residência de um familiar. Com ele foi apreendida a arma de fogo utilizada no crime, bem como quatro munições intactas e dois estojos deflagrados no ato do crime.

Fonte DM

 

Congresso derrota Planalto ao derrubar vetos de Lula e manter os de Bolsonaro

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O Congresso impôs nesta terça-feira, 28, derrotas significativas ao governo federal em sessão conjunta da Câmara e do Senado que derrubou vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por outro lado, manteve todos os vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei que substituiu a Lei de Segurança Nacional (LSN), aprovado em 2021. Neste caso, o Legislativo barrou tornar crime a disseminação de informação falsa em campanha eleitoral. Entre os reveses sofridos pelo Planalto – por larga margem de votos – estão a derrubada dos vetos presidenciais à “saidinha” de presos do regime semiaberto e a trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano que proíbem o uso de recursos públicos para ações contra a “família tradicional”.

O governo conseguiu um triunfo ao fechar um acordo com os deputados e senadores após acelerar a liberação dos recursos de emendas. Com isso, o Congresso manteve o veto do petista ao calendário fixo para pagamento de emendas impositivas que havia sido aprovado na LDO.

Campanha

Mas a sessão de ontem foi aberta com uma demonstração de força de Bolsonaro e líderes da oposição no atual Parlamento. Os vetos do ex-presidente foram mantidos com um placar de 317 votos a favor, 139 contra e quatro abstenções. O resultado refletiu uma campanha do próprio Bolsonaro e oposicionistas no Congresso. Seguindo uma linha similar à investida contra o projeto de lei das fake news, deputados e senadores até batizaram a iniciativa de “vetos da liberdade”. Pouco antes da divulgação do resultado, bolsonaristas gritaram: “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

“Não podemos criar um mecanismo para colocar censura. Vivemos num momento em que se pratica censura com extensão maior. Não apenas em relação ao conteúdo, mas censura prévia”, afirmou o senador Marcos Rogério (PL-RO).

O veto de Bolsonaro mantido ontem barra oito dispositivos do texto aprovado pelo Legislativo. Essas passagens criminalizam a comunicação enganosa em massa, o atentado ao direito de manifestação e a previsão de punição mais rigorosa a militares.

No projeto de lei que substituiu a LSN os congressistas acrescentaram artigos ao Código Penal que definem crimes contra o estado democrático de direito. Bolsonaro vetou trechos da proposta, como um artigo que criminaliza a promoção ou o financiamento de fake news no processo eleitoral. A pena estabelecida era de um a cinco anos de prisão e multa.

Na justificativa do veto, Bolsonaro afirmou que “a redação genérica tem o efeito de afastar o eleitor do debate político, o que reduziria a sua capacidade de definir as suas escolhas eleitorais, inibindo o debate de ideias, limitando a concorrência de opiniões, indo de encontro ao contexto do estado democrático de direito, o que enfraqueceria o processo democrático e, em última análise, a própria atuação parlamentar”.

O ex-presidente também vetou outro trecho, em que um partido pode acionar a Justiça Eleitoral caso o Ministério Público não se manifeste sobre a disseminação de desinformação nas eleições.

Há ainda uma série de agravantes no caso de atentado do direito de manifestação. São os casos de crime cometido por funcionário público, que perderia o cargo e teria a pena aumentada em um terço, no caso do uso de arma, que também aumentaria a pena em um terço. Caso os crimes contra o estado democrático de direito fossem cometidos por militar, a pena seria aumentada e o militar perderia a patente ou função pública exercida.

Pauta de costumes

A derrota mais rumorosa para o Planalto ocorreu no projeto das “saidinhas”. Como mostrou o Estadão, o governo havia escalado uma força-tarefa com ministros e líderes para tentar convencer deputados e senadores a manter o veto presidencial. Um dos mais atuantes foi o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Ele procurou, em reiteradas oportunidades, integrantes da bancada evangélica para reforçar sua posição.

Após mobilização de bolsonaristas e da Frente Parlamentar Evangélica, o Congresso também derrubou ontem um veto de Lula a trechos da LDO de 2024 que levaram a disputa ideológica da chamada pauta de costumes para dentro do Orçamento da União.

Os deputados e senadores retomaram, dessa forma, a proibição do uso de recursos públicos para ações contra a “família tradicional” – cirurgias de mudanças de sexo em crianças e adolescentes, realização de aborto em casos não autorizados por lei e invasão de propriedades rurais privadas. Foram 339 votos a 107 pela derrubada do veto na Câmara, com uma abstenção. No Senado, o placar foi de 47 a 23.

Essas proibições foram aprovadas na votação da LDO em dezembro, por meio de um destaque (tentativa de mudança no texto-base) apresentado pelo líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), correligionário de Bolsonaro.

O governo obteve uma vitória esperada. Por 244 votos a favor na Câmara e 177 contra, o veto ao calendário fixo para o pagamento de emendas impositivas foi mantido. Com o aval dos deputados para a manter a decisão do petista, o texto nem precisou ser analisado no Senado.

O Planalto conseguiu fazer um acordo com os deputados e senadores após acelerar a liberação dos recursos de emendas, que são cruciais para os parlamentares irrigarem suas bases eleitorais em ano de disputas por prefeituras e vagas em Câmaras Municipais.

Se o veto fosse derrubado, o Orçamento da União se tornaria ainda mais engessado. Nos últimos anos, o Congresso avançou no controle das verbas orçamentárias, principalmente com a obrigatoriedade de pagamento das emendas individuais e de bancada estadual. No entanto, apesar de ser obrigado a liberar os recursos, o Executivo ainda controla o ritmo das liberações e pode usar essa prerrogativa para negociar o apoio de deputados e senadores a projetos de seu interesse. O calendário da LDO eliminaria esse trunfo do governo.

Como mostrou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o Executivo prometeu pagar o máximo possível de emendas impositivas até o dia 30 de junho para que os deputados e senadores mantivessem o veto ao calendário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.